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CCJ0036-WL-D-AMMA-15-AV3

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II.
Aula 15 – HOMOLOGAÇÃO DE 
SENTENÇA ESTRANGEIRA E 
UNIFORMIZAÇÃO DE 
JURISPRUDÊNCIA.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Para que uma decisão proferida por juízo ou tribunal
estrangeiro gere efeitos há a necessidade de instauração
de um processo de conhecimento com esta finalidade no
Brasil que, inclusive, gera um estado de contenciosidade
limitada, com possibilidade de um conflito de interesses
entre as partes, muito embora nele não possa ser renovada
a discussão do litígio que gerou o ato estrangeiro.
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA.
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Com o advento da EC nº 45/04, a competência para este
processo, que era originariamente do STF (de acordo com o
antigo art. 102, inciso I, alínea “h”, da CRFB-88), foi
deslocada para o STJ, em razão da redação dada ao art. 105,
I, alínea “i”, da Carta Magna. E, por se tratar de norma que
cuida de matéria processual (“competência”), todas as
homologações pendentes de julgamento no STF foram
encaminhadas ao STJ, em atenção ao disposto no art. 1.211,
que estabelece que as normas de natureza processual
possuem aplicação imediata. O tema é regulado pela
resolução nº 09/2005 do STJ.
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Mas não pode o STJ, no entanto, analisar o mérito da
sentença estrangeira, posto que a sua atuação se limita a
verificar a forma, competência, autenticidade, ofensa ou
não a ordem pública, dentre outras questões mais que
estão relacionadas nos artigos 15/17 da LICC. Nesta análise,
comumente denominada de “juízo de delibação”, o STJ
apenas efetua a verificação de aspectos formais como estes
acima mencionados para que, só então, possa
“nacionalizar” o ato estrangeiro.
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Após a homologação da sentença estrangeira, é curioso
observar que o título executivo, nesta hipótese, será a
decisão brasileira que homologou a sentença ou o acórdão
estrangeiro, em que pese a literalidade do art. 475-N,
inciso VI. E esta execução, mesmo sendo de título judicial,
irá gerar a criação de uma nova relação jurídica processual
(não será etapa executiva), processando-se perante a
Justiça Federal de primeira instância (art. 109, inciso X,
CRFB-88).
DA UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.
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Este incidente tem previsão entre o art. 476 e art. 479. Para
que seja possível melhor atender ao princípio da isonomia e,
também, de modo a prestigiar a previsibilidade das decisões
judiciais, sempre que for possível é recomendável a
instauração deste incidente, que, muito embora não vá gerar
uma decisão de cunho vinculante a todos os demais órgãos,
pelo menos irá solucionar uma pendência concreta e poderá
servir de parâmetro para que, em um futuro próximo, possa
ser levada em consideração no momento em que os
julgamentos estiverem sendo realizados.
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EXERCÍCIOS
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1ª Questão.
A respeito da homologação de sentença estrangeira,
responda:
1.1 Segundo o art. 483, CPC, "a sentença proferida por
tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois
de homologada pelo Supremo Tribunal Federal": a referência
a "tribunal" significa que não pode haver ser homologada
sentença de juízo singular estrangeiro? Trata-se de
competência originária do STF? Justifique as respostas.
1.2 Na contestação à ação de homologação de sentença
estrangeira, é permitido pretender rever o conteúdo e a
justiça de decisão a ser homologada? Explique.
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2ª Questão.
A respeito da homologação da uniformização de
jurisprudência, não está correto:
a) é matéria de competência apenas do órgão fracionário do
Tribunal;
b) pode ser feita incidentemente e depois de admitida pelo
órgão fracionário do Tribunal é encaminhado para o Órgão
Especial ou o Pleno do Tribunal;
c) a decisão do órgão competente de mérito é vinculativa
para a solução do recurso interposto da sentença;
d) pode suscitar o incidente a parte interessada e qualquer
juiz ao dar o voto na turma, câmara ou grupo.
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E chegamos ao fim da aula... 
Bibliografia: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de 
Direito Processual Civil. Vol. III – Recursos Cíveis & Outros 
Temas.Ed. Impetus. 
www.rodolfohartmann.com.br

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