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26/01/2018 1 Educação Inclusiva TA 3 Tipos de deficiência Resumo Unidade de Ensino: 3 Competência da Unidade de Ensino: Compreender as deficiências, agora em ocorrências concomitantes, como é o caso das deficiências múltiplas. Entender sobre algumas síndromes e suas definições, além de assimilar as características dos Transtornos Globais do Desenvolvimento e suas novas nomenclaturas e aprender o que são as altas habilidades e/ou superdotação. Resumo: Estudar as deficiências múltiplas. Também serão abordadas algumas síndromes e suas definições, além de tratar sobre os Transtornos Globais do Desenvolvimento e suas novas nomenclaturas, entre elas o Transtorno do Espectro Autista e Asperger. As altas habilidades e/ou superdotação. Palavras-chave: deficiência múltipla; síndromes; transtornos globais; desenvolvimento; Altas; habilidades; superdotação Título da teleaula: Deficiências, síndromes, transtornos globais do desenvolvimento Teleaula nº: 3 Convite ao estudo Estudar as deficiências múltiplas. Abordar algumas síndromes e suas definições. Tratar sobre os Transtornos Globais do Desenvolvimento e sua nova nomenclatura: Transtorno do Espectro Autista. Compreender as altas habilidades/superdotação. Pensando a aula: situação geradora de aprendizagem Maria é coordenadora pedagógica de uma escola pública de ensino regular e por estar cansada de ouvir, de seus colegas professores, justificativas como o despreparo e o desconhecimento para atuar com aluno da educação especial, resolveu propor à equipe escolar momentos de estudo, de troca de informações e de práticas que possam preparar o professor e a escola em geral para incluir esses alunos. Pensando a aula: situação geradora de aprendizagem Maria sugere que nesses momentos, sejam discutidas características e recursos, além dos comumente trabalhados e encontrados no ensino regular, mas outras deficiências, síndromes, transtornos e talentos, que também caracterizam o público-alvo, mas são menos presentes na escola regular e, por isso mesmo, muito mais polêmicos. 26/01/2018 2 Cápsula 1 “Iniciando o estudo” Situação-Problema 1 Para dar início à troca de informações e às práticas pedagógicas para alunos da educação especial, Maria pergunta à equipe escolar se alguém conhece ou já teve como aluno, uma pessoa com mais de uma deficiência. Acabou provocando alvoroço entre os professores que argumentam que “já é complicado atuar com um aluno com uma deficiência, com mais de uma é impossível!” E você já pensou que uma pessoa pode ter mais de uma deficiência associada? Como ela é denominada? Que características apresenta? E quais possibilidades e práticas podem favorecer a educação dessa pessoa na escola? Problematizando a Situação-Problema 1 Deficiência múltipla Consiste em um conjunto de duas ou mais deficiências associadas de ordem física, sensorial, intelectual, psíquica ou de comportamento social. O que caracteriza a deficiência múltipla é o nível de desenvolvimento, possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem, características que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas (BRASIL, 2004). A escola deve se adaptar as necessidades dos educandos Problematizando a Situação-Problema 1 Surdocegueira não é deficiência múltipla. Caracteriza-se pela perda parcial ou total da visão e da audição, de tal forma que a combinação das duas deficiências causa extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais. O professor deve conhecer as dificuldades e potencialidades dos alunos para organizar seus trabalho e propiciar uma educação de qualidade Problematizando a Situação-Problema 1 Recursos e adaptações na educação desses alunos Fonte: http://goo.gl/LHbRENhttp ://goo.gl/dg9SE4/http://g oo.gl6b46tr -Equipamentos para atividades em pé e locomoção independente. -Adaptação do espaço e eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais, playground. -Recursos humanos especializados ou de apoio. -Equipamentos específicos e tecnologia assistida. -Mobiliário adequado. -Sistemas alternativos e ampliados em comunicação. -Recursos, materiais e didáticos adaptados. -Adaptações de atividades, jogos e brinquedos. Resolvendo a Situação-Problema 1 E você já pensou que uma pessoa pode ter mais de uma deficiência associada? Como ela é denominada? Que características apresenta? Denomina-se deficiência múltipla. Independentemente do diagnóstico da deficiência, é preciso conhecer o aluno, compreender suas características e identificar suas necessidades. E quais possibilidades e práticas podem favorecer a educação dessa pessoa na escola? O professor precisa conhecer o aluno e estabelecer uma parceria, de forma a contribuir com o seu acesso à informação, orientação e mobilidade, para que ele aprenda junto com os outros alunos, tendo suas dificuldades, limitações e meios de adquirir conhecimento respeitados. 26/01/2018 3 Cápsula 2 “Participando da aula” Situação-Problema 2 Uma das professoras questiona o grupo sobre as crianças com síndromes: “Um aluno com diagnóstico de síndromes, em geral, apresenta diferentes problemas, então podemos dizer que esse aluno tem deficiência múltipla?” A referida questão deixa os professores pensativos, e você, o que sabe sobre síndromes? Conhece alguém que tenha alguma síndrome? Coloque-se no lugar da professora que questiona o grupo. Problematizando a Situação-Problema 2 Síndrome é de deficiência múltipla. As síndromes podem causar deficiência na pessoa, mas apresentam também outros sintomas e sinais, e isso as diferencia. -Síndrome de Down -Alcóolica Fetal (SAF) -Síndrome de Williams -Síndrome de Tourette -Síndrome da Rubéola Congênita -Síndrome de Usher Síndrome é um conjunto de sintomas e sinais que definem manifestações e processos patológicos sem causa específica. https://www.google.com.br/search?q=s%C3%ADndrome+de+down&source=lnms&t bm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwih- qjVxYzVAhXLl5AKHfVPBj4Q_AUICigB&biw=1366&bih=638#imgrc=d-z_g8dxAqBMvM: Problematizando a Situação-Problema 2 Consiste em um mecanismo de superação de limites impostos pela deficiência (VYGOTSKY, 1984). O papel do professor, tanto de ensino regular, quanto de educação especial, é mediar esse processo, dar à criança a oportunidade para que faça tarefas condizentes com suas habilidades, mas que a desafiem, para que continue aprendendo. Compensação A educação não deve compensar os sentidos como audição, visão e tato, mas deve realizar a compensação social do defeito, isto é, não valorizando e nem se conformando com o sofrimento e limites biológicos, mas com a superação destes. Resolvendo a Situação-Problema 2 “Um aluno com diagnóstico de síndromes, em geral, apresenta diferentes problemas, então podemos dizer que esse aluno tem deficiência múltipla?” Diante do conteúdo que acabamos de estudar, você conseguiria justificar ou contra-argumentar essa pergunta? Depois de conhecer a definição de síndrome e se informar sobre alguma delas, você deve ter percebido que as síndromes podem causar deficiência, mas nem sempre a deficiência múltipla. Síndromes consistem em sintomas e sinais que definem manifestações e processos patológicos, enquanto deficiência múltipla consiste na associação de deficiências. Resolvendo a Situação-Problema 2 Como desenvolver uma prática inclusiva com esses alunos? Para Vygotsky (1984), não é a condição biológica que limita o desenvolvimento, é a sociedade, a forma como encaramos a pessoa sob tal condição. Hoje, com a perspectiva da inclusão, a ideia é ver as pessoas com deficiência como pessoas diferentes, mas capazes e detentoras de direitos.O planejamento de uma prática pedagógica inclusiva, será determinado pelas necessidades educacionais do aluno, com recursos e tecnologia assistiva condizentes com a sua realidade e da escola. 26/01/2018 4 Cápsula 3 “Participando da aula” Situação-Problema 3 A coordenadora Maria lembrou-se de que há alguns transtornos como os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). A coordenadora pede aos professores que compartilhem as dúvidas, as informações e as questões sobre o tema, para que todos participem e entendam a discussão. Um professor diz que considera essa população o maior desafio da inclusão, pois o autista não se comunica, vive no mundo dele, não interage e é agressivo. E termina a fala desabafando: “Eu, sinceramente, não sei se eles se beneficiam da escola regular!” E você o que sabe sobre TGD? E sobre o autismo? Consegue pensar em uma prática pedagógica que atenda às necessidades educacionais dessa população? Problematizando a Situação-Problema 3 Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) Tem o nome de espectro, porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve à mais grave. Todas, porém, estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social. Em 2013, denominaram-se os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) para se referir a uma parte dos TGD, segundo DSM V: � Autismo; � Síndrome de Asperger; � Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação. Problematizando a Situação-Problema 3 Características do espectro do autismo • Déficits na comunicação • Déficits na interação social • Comportamento repetitivo e estereotipado https://www.google.com.br/search?q=autismo&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved =0ahUKEwj9kq3o0IzVAhUHGJAKHZeXB2MQ_AUICygC&biw=1366&bih=638#imgrc=Z HGevtWPD04hDM: Problematizando a Situação-Problema 3 Papel da escola A escola inclusiva deve promover a melhora e a ampliação das capacidades funcionais do indivíduo em vários níveis e ao longo do tempo, por exemplo: � na participação e no desempenho em atividades sociais cotidianas; � na capacidade de autocuidado e de trabalho; � na ampliação do uso de recursos pessoais e sociais; � na qualidade de vida e na comunicação; � na autonomia para mobilidade. Resolvendo a Situação-Problema 3 Consegue pensar em uma prática pedagógica que atenda às necessidades educacionais dessa população? É um desafio de incluir alunos com TEA no ensino regular, é preciso conhecer suas características e seus comprometimentos, para entender como se relacionam com os outros e como percebem o mundo a sua volta, pois só assim é possível pensar em uma prática pedagógica que contribua com seu desenvolvimento e aprendizagem. Requer um trabalho multidisciplinar envolvendo não apenas a equipe escolar, mas também a família e todos os profissionais que atendem esse aluno. 26/01/2018 5 Cápsula 4 “Participando da aula” Situação-Problema 4 Maria conversou com o grupo de professores sobre a importância de focar nas possibilidades e nas potencialidades do aluno da educação especial, ao invés de focar somente nas dificuldades da inclusão deste. Ao ouvir Maria, uma das professoras disse concordar com ela, mas completou: “É que nós professores sempre recebemos alunos com uma infinidade de necessidades educacionais especiais, o que dificulta nosso trabalho, pois leva tempo para conhecermos a deficiência, o que ela provoca, o que o aluno precisa e o que pode ser feito em sala de aula. Agora, aqueles alunos que não dão trabalho algum, os superdotados, que sabem de tudo e não vão precisar de intervenção, vão ser exemplos para os outros alunos, esses não aparecem”. Situação-Problema 4 Ao ouvir esse comentário, Maria sugeriu que esse seja o tema de investigação, pois alunos superdotados também precisam de atenção e de trabalho específico para ser incluído na escola regular, o que causou muita polêmica entre os professores. E você consegue imaginar que tipo de intervenção deve ser realizada com esses alunos? Como incluir alunos com altas habilidades/superdotação na escola regular? Problematizando a Situação-Problema 4 São consideradas crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (BRASIL, 2008). Problematizando a Situação-Problema 4 Teoria das inteligências múltiplas de Gardner (GARDNER, 2000): Lingüística: poetas, locutores, jornalistas, advogados. Lógico-matemática: matemáticos, engenheiros, cientistas. Espacial: marinheiros, pilotos, cirurgiões, escultores, arquitetos. Interpessoal: políticos, religiosos, clínicos, professores, vendedores. Intrapessoal: escritores, psicólogos, teólogos, filósofos. Musical: músicos,compositores, dançarinos, maestros. Corporal-cinestésica: cirurgiões, desportistas, dançarinos, atores. Naturalista: fazendeiros, paisagistas, ecologistas, botânicos, caçadores. Problematizando a Situação-Problema 4 Atendimento educacional especializado Enriquecimento curricular; NAAH/S; Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação; Aceleração; O aluno com altas habilidades/superdotação requer enriquecimento curricular e práticas pedagógicas que explorem suas potencialidades, as quais devem ser desenvolvidas em um ambiente estimulador. 26/01/2018 6 Resolvendo a Situação-Problema 4 Como incluir alunos com altas habilidades/superdotação na escola regular? É preciso desmistificar algumas ideias sobre alunos com altas habilidades/superdotação e entender que esses alunos também são público-alvo da educação especial e precisam que suas necessidades educacionais sejam contempladas na escola regular, de forma que sejam estimulados a explorar e a desenvolver suas potencialidades. Resolvendo a Situação-Problema 4 Lembre-se da importância da escola e do professor na formação dos alunos com altas habilidades/ superdotação, em especial da parceria entre escola, professor da sala regular, professor da sala de recursos e profissionais que contribuem com as habilidades desses alunos. Cápsula 5 “Participando da aula” Provocando novas situações Imagine que um professor recebeu uma aluna com altas habilidades/superdotação no quinto ano do Ensino Fundamental. A coordenadora da escola explicou que a aluna tem acompanhamento psicológico e atendimento educacional especializado em uma instituição de Ensino Superior da cidade. Com uma semana de aula, o professor relatou estar decepcionado e com dúvidas se a aluna é superdotada, pois embora a aluna seja muito comunicativa e participativa em sala de aula, em especial nas aulas de interpretação e escrita textual, ela tem dificuldade em matemática, termina as atividades depois de muitas crianças e, quase sempre, comete erros. Provocando novas situações Ao ouvir o desabafo do professor, outra professora comenta: “que tipo de superdotado é esse que erra contas de matemática?” Você se lembra das inteligências descritas por Gardner (2000)? De acordo com as características da aluna, quais são os tipos de superdotação da garota? Reflita sobre as características da superdotação, todo aluno tem bom rendimento escolar e é competente em matemática? Diálogo do professor com alunos Perguntas? Próxima aula: Transtornos e aprendizagem; Atendimento educacional especializado (AEE); Currículo e avaliação; Inclusão e o mercado de trabalho. 26/01/2018 7 Referências Bibliográficas BRASIL. Decreto nº 5296de 02 de dezembro de 2004. Dispõe sobre normas e critérios de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências. (2004). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm> Acesso em: 14 jul. 2017. _______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: Rev. Educ. Esp., Brasília, v. 4, n. 1, p. 7-17, jan./jun. 2008. Ed. Especial. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf Acesso em: 10 jul. 2017. GARDNER, H. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. VYGOTSKY. L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. VE Caminho de Aprendizagem
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