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Hipertensão Walleri Reis, BPharm, MSc, PhD Atenção Farmacêutica Universidade Federal da Paraíba A origem da elevação da PA é multifatorial Sistólica Isolada PA = DC X RVP A HAS causa alterações vasculares e lesões em órgãos-alvo Estes são os fatores de risco para desenvolver hipertensão Idade Gênero e etnia Excesso de peso e obesidade Ingestão de sal Álcool Sedentarismo Genética Outros fatores de risco cardiovascular Estas substâncias / medicamentos podem produzir elevação da pressão arterial AINES Glicocorticoides Imunossupressores (ciclosporina, tacrolimus) Anorexígenos (sibutramina) Vasoconstritores e ergotamina Eritropoietina humana Contraceptivos orais Antidepressivos (IMAO e tricíclicos) Drogas ilícitas (anfetaminas, cocaína) O risco cardiovascular do hipertenso depende dos valores de PA, dos fatores de risco adicionais, lesões em órgão-alvo e comorbidades Identifique se existem condições clínicas associadas à hipertensão ▪ História de derrame (acidente cerebrovascular isquêmico ou hemorrágico) ▪ Doença cardíaca (infarto, angina, insuficiência cardíaca, revascularização) ▪ Doença renal (nefropatia diabética, redução importante da filtração glomerular) ▪ Retinopatia avançada (hemorragias ou exsudatos, papiledema) ▪ Doença vascular periférica Pacientes com qualquer dessas condições são classificados como “muito alto risco” Identifique os fatores de risco cardiovascular adicionais à hipertensão ▪ Idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos) ▪ Tabagismo ▪ Dislipidemias (triglicérides >150 mg/dL; LDL colesterol >100 mg/dL; HDL <40 mg/dL) ▪ Diabetes mellitus ▪ História familiar prematura de doença cardiovascular (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos) Encaixe o paciente na linha da tabela de risco conforme o número de fatores Identifique se existe lesão de órgãos-alvos ▪ Hipertrofia ventricular esquerda ▪ Placa de ateroma detectada em carótida ▪ Depuração de creatinina < 60 ml/min/1,72m2 ▪ Microalbuminúria entre 30 mg a 300 mg em urina de 24 horas Esta é uma identificação difícil ao farmacêutico, pois geralmente depende de exames específicos feitos por cardiologista Ainda assim, considerando o relato do paciente, procure saber se alguma dessas situações está presente: A meta terapêutica de controle depende da idade e do risco cardiovascular associado à hipertensão • < 140/90 mmHg Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular baixo ou intermediário • < 130/80 mmHg* Hipertensos e pressão limítrofe com risco cardiovascular alto ou muito alto, com 3 ou mais fatores de risco, DM, SM ou LOA • < 130/80 mmHg* Hipertensos com insuficiência renal (IR) com proteinúria > 1,0 g/l • < 150/90 mmHgIdosos (>60 anos) sem DM, SM, LOA ou IR *JNC 8 (USA) considera meta <140/90 mmHg para esses pacientes Como tratar a hipertensão? Tratamento não farmacológico A redução da ingestão de sódio funciona, mas é menos eficaz do que se imagina Redução da ingestão de sódio (NaCl) o Quantidade considerada máxima saudável para ingestão alimentar diária = 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que corresponde a 2 g de sódio) o Recomendar o consumo de, no máximo, 3 colheres rasas de café (3 g) por dia, que somados aos 2 g de sal já existentes nos próprios alimentos contemplariam 5 g Ensine seu paciente a ler e entender os rótulos dos alimentos Como interpretar o excesso de sódio no rótulo dos alimentos INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção g ou ml (medida caseira) Quantidade por porção % VD (*) Valor energético __ Kcal = Kj Carboidratos g Proteínas g Gorduras totais g Gorduras saturadas g Gorduras trans g Fibra alimentar g Sódio mg Evitar produtos • + 400 mg de sódio em 100 mg • + 400mg de sódio em 100 ml • + 7% VD (valor diário referência) • Onde os primeiros ingredientes sejam: sal, cloreto de sódio ou glutamato monossódico ou bicarbonato de sódio. (*) Valores diários com base em uma dieta de 2000 kca ou 8400 kj . Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. A perda de peso é a medida mais eficaz para reduzir a pressão arterial Redução do peso o Declínio de 0,5 a 2 mmHg da PAS para cada 1 kg de peso reduzido o A participação do paciente em programas específicos para perda de peso deve ser estimulada o Cuidado com os anorexígenos, que podem elevar a pressão arterial (p.ex. Sibutramina) Redução da ingestão de bebidas alcóolicas também funciona para reduzir a PA Redução do consumo de álcool o Diminuir a ingestão de álcool em indivíduos que bebem excessivamente, reduz significativamente a PA o A ingestão moderada de álcool parece reduzir o risco de doenças cardiovasculares o Máximo de 30g de etanol ao dia para homens e 15g para mulheres Atividade física, mesmo que não emagreça, proporciona redução da pressão arterial e benefício CV Exercícios físicos o Exercícios aeróbios complementados pelos resistidos o Realizar, pelo menos três vezes por semana, 30 min de atividade física moderada de forma contínua ou acumulada o Iniciar com atividades leves a moderadas, mantendo entre 70% e 80% da FC máxima ou de pico o FC MÁXIMA = 220 - IDADE Dieta: Aprenda sobre a dieta DASH e ensine aos seus pacientes DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) o Padrão alimentar rico em frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixos teores de gordura o Alto consumo de potássio, magnésio e cálcio o Tem importante impacto na redução da PA e potencializa ainda o efeito de orientações nutricionais para emagrecimento, reduzindo também biomarcadores de risco cardiovascular Preferir carne magra, aves e peixes frutas e hortaliças, aproximadamente de oito a dez porções por dia Evitar a adição de sal aos alimentos 2 ou 3 porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia castanhas, sementes e grãos, de quatro a cinco porções por semana Preferir alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral. Diminuir ou evitar a o consumo de doces e bebidas com açúcar Preferir óleos poliinsaturados, ao invés de gordura, nos alimentos Como tratar a hipertensão? Tratamento farmacológico Todos os medicamentos de primeira linha tem eficácia semelhante Redução de Morbimortalidade - Efeito importante sobre a PA Igualmente EFICAZES 30-50% resposta Monoterapia ou terapia combinada: depende do estágio da PA e do risco CV RENINA ANGIOTENSINOGÊNII O ANGIOTENSINA I ANGIOTENSINA II ALDOSTERONA OS RINS DETECTAM A DIMINUIÇÃO NA PA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (ECA) Retenção de sódio e água Vasoconstrição Os inibidores da ECA bloqueiam a ação desta enzima X Os IECA e BRA produzem efeitos semelhantes X BLOQUEADOR DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA (BRA) Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana Agem inicialmente pela redução de sódio e água, mas em longo prazo induzem a redução da resistência vascular periférica Comprovadamente reduzem morbimortalidade cardiovascular em longo prazo Tiazídicos Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida Alça Bumetamida, Furosemida, Piretanida Poupadores de potássio Amilorida, Espironolactona, Triantereno Os diuréticos continuamsendo a classe mais importante de antihipertensivos Tiazídicos Preferidos no tratamento da hipertensão primária Alça São reservados para hipertensão associada à insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixo de 30 ml/min/1,73 m2 e em insuficiência cardíaca com retenção de volume Poupadores de potássio Apresentam eficácia anti-hipertensiva limitada, entretanto, podem ser utilizados associados a diuréticos tiazídicos e de alça para prevenção e tratamento de hipocalemia Os diuréticos continuam sendo a classe mais importante de antihipertensivos Bloqueadores de canais de cálcio: prefira aqueles de ação longa Fenilalquilaminas Verapamil Benzotiazepinas Diltiazem Diidropiridinas Anlodipino, Felodipino, Isradipina, Lacidipina, Lercarnidipino, Manidipino, Nifedipino, Nisoldipino, Nitrendipino Inibe a entrada de Ca++ nas células do músculo liso ↑ Tempo de contração muscular ↓ Resistência vascular Atenolol, Bisoprolol, Carvedilol, Metoprolol, Nadolol, Nebivolol, Propranolol, Pindolol Betabloqueadores: eficazes em jovens e adultos, mas use com cautela em idosos Bloqueios de receptores beta no coração Contratilidade Pressão arterial Frequência cardíaca Consumo miocárdico de O2 Prolongamento da duração da diástole Aumento do tempo de perfusão subendocárdica Aporte de O2 no miocardio Terapias de segunda linha: uso em casos específicos • Alisquireno. Fármaco novo, pouco utilizado. • Promove inibição direta da ação da renina, com consequente redução da formação de angiotensina II Inibidores diretos de renina • Clonidina, Metildopa, Alfametildopa, Guanabenzo, Moxonidina, Rilmenidina, Reserpina. Baixa eficácia. Metildopa continua sendo usado em gestantes. • Estimulam os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no sistema nervoso central, reduzindo o tônus simpático Inibidores adrenérgicos de ação central • Doxazosina, Prazosina, Terazosina. Uso em HPB. • Inibem os receptores adrenérgicos alfa-1 pós-sinápticos, resultando em vasodilatação das veias e arteríolas e diminuição da resistência periférica/ Alfabloqueadores • Minoxidil, Hidralazina. Baixa eficácia, pouco usados. • Promovem relaxamento da musculatura da parede vascular, com consequente vasodilatação e redução da resistência vascular periférica Vasodilatadores diretos Características para escolha do tratamento Pacientes mais jovens Respondem melhor aos inibidores da IECA, BRA e betabloqueadores Pacientes negros e pacientes idosos Na maioria das vezes, respondem melhor a diurético tiazídico ou bloqueador do canal de cálcio Indicações específicas para diuréticos poupadores de potássio Espironolactona em associação a IECA + BB é usada em IC classe funcional III ou IV Indicação específica para IECA ou BRA Insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio prévio, doença renal crônica com proteinúria, DAC com fração de ejeção reduzida, e prevenção secundária de acidente vascular encefálico Indicação específica para Betabloqueadores DAC, com disfunção sistólica, arritmias cardíacas ou IAM prévio; em associação aos IECA em IC (carvedilol, metoprolol, bisoprolol e nebivolol); Tremor essencial, síndromes hipercinéticas, cefaleia vascular, enxaqueca, hipertensão portal (propranolol) No caso das associações, atenção para aquelas com maior benefício Legenda: IECA: inibidores da enzima conversora da angio- tensina, BCC: bloqueadores dos canais de cálcio, BRA: bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina, BB: beta- bloqueadores, IDR: inibidores diretos da renina. IECA + BCC IECA + DIURÉTICO BRA + BCC (diidropiridinicos) BRA + DIURÉTICO DIURÉTICO + BB BCC (diidropiridinicos) + BB BCC + DIURÉTICO IDR + DIURÉTICO IDR + BCC DIURÉTICO TIAZÍDICO + POUPADOR DE POTÁSSIO IECA + BB BRA + BB Preferênciais Ace itáve is Menos usuais Não usuais BCC (diidropiridinicos) + BB IECA + BRA IECA + IDR BRA + IDR Simpatolít ico central + BB Protocolo de atendimento Protocolo de atendimento Acolher Avaliar Aconselhar Acolher ▪ Apresente o serviço ▪ Escute atentamente ▪ Perceba as preferências do paciente ▪ Agende o atendimento ▪ Garanta conforto e privacidade Avaliar ▪ Quem é o paciente ▪ Rastreamento versus tratamento ▪ Determinação da pressão arterial (3 medidas) ▪ Fatores de risco, condições associadas e lesões de órgãos-alvos ▪ Metas terapêuticas ▪ Hábitos de vida ▪ Medicamentos e adesão ao tratamento • PA >= 180/110 mmHg (risco alto ou muito alto dependendo do número de fatores de risco adicionais ou doenças cardiovasculares já diagnosticadas) • PA entre 130/85 e 179/109 mmHg (limítrofe, estágio 1 ou estágio 2), com 3 ou mais fatores de risco adicionais, sinais de lesão em órgãos-alvo, síndrome metabólica, ou diabetes • Pacientes com doenças cardiovasculares já diagnosticadas (p.ex. Infarto, angina, insuficiência cardíaca, derrame, doença arterial periférica), independente do valores de PA • Pacientes com PA entre 160/100 e 179/109 mmHg (estágio 2), sem nenhum fator de risco adicional • Pacientes com PA entre 160/100 e 179/109 mmHg (estágio 2), com 1-2 fatores de risco adicional • Pacientes com PA entre 140/90 e 159/99 mmHg (estágio 1), com 1-2 fatores de risco associados • Pacientes com PA <130/85 mmHg (normal ou ótima), mas com 3 ou mais fatores de risco adicionais, sinais de lesão em órgãos-alvo, síndrome metabólica, ou diabetes • Pacientes com PA< 140/90 mmHg, sem nenhum fator de risco adicional (Risco Basal) • Pacientes com PA <140/90 mmHg, com 1-2 fatores de risco adicionais • Pacientes com PA entre 140/90 e 159/99 mmHg (estágio 1), sem nenhum fator de risco associado RISCO ALTO OU MUITO ALTO RISCO INTERME- DIÁRIO RISCO BAIXO OU BASAL ALERTAS QUE REQUEREM ENCAMINHAMENTO IMEDIATO Pacientes com resultados confirmados de PA diastólica ≥120 mmHg, com ou sem sintomas Resultados elevados de PA, principalmente diastólica, caracterizam crise hipertensiva, que pode ser urgência ou emergência Recomendado encaminhamento para pronto- atendimento Pacientes com PA > 180/110 mmHg e risco cardiovascular global alto ou muito alto Requer intervenção imediata com medicamentos, que deve ser feita pelo médico no pronto-atendimento, após avaliação do estado clínico Dor no peito com evolução progressiva, podendo irradiar para membros superiores ou mandíbula Estes sintomas sempre devem ser considerados preocupantes. Em hipertensos com alto risco cardiovascular, deve ocorrer encaminhamento imediato, considerando o risco de IAM Dores de cabeça associadas a alterações na fala ou parestesias (sensações cutâneas de frio, calor, formigamento, pressão, sensibilidade) É preciso avaliação médica imediata, para descartar acidente cerebrovascular, isquêmico ou hemorrágico Pressão arterial elevada pode representar: ▪ Uma doença não diagnosticada ▪ Reação adversa a medicamentos ▪ Falha de efetividade do tratamento anti-hipertensivo Medida da pressão arterial: siga o protocolo Para fazer uma boa medida respeite 2 coisas: 1. O EQUIPAMENTO Para fazer uma boa medida respeite 2 coisas: 2. A TÉCNICA Medida 1 Medida 2 Definir o braço Medida 3 Média dos 2 últimos valores! Medida da pressão arterial: respeite o protocolo Caso a PA esteja elevada, antes de decidir a melhor conduta é prudente confirmar este resultado em 3 outros dias na farmácia Uma alternativa ao monitoramento na farmácia é a MRPA Aconselhar ▪ Forneça a sínteseda sua avaliação ▪ Comunique de forma simples e objetiva ▪ Ajude a simplificar e organizar seu tratamento ▪ Aconselhe sobre a doença e os objetivos do tratamento ▪ Certifique-se de que o paciente entendeu ▪ Entregue a declaração de serviço farmacêutico ▪ Encaminhe informações ao médico, se necessário ▪ Marque o retorno Aconselhar • Alimentação saudável • Baixo consumo de sódio e álcool • Boa ingestão de alimentos ricos em potássio • Eliminar o sedentarismo • Parar de fumar • Controle do peso corpóreo PREVENÇÃO PRIMÁRIA Aconselhar • Dieta DASH, mediterrâneo ou vegetariana • Redução do consumo de sódio, máximo de 2 g ao dia • Redução do consumo de álcool, máximo 30g de etanol ao dia • Atividade física, 30 minutos/dia, 3 vezes na semana (mínimo) • Controle do peso (meta: IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m2 e circunferência abdominal <102 cm p/ homens e 90cm p/ mulheres. Recomendar programa específico de perda de peso. • Controle do estresse psicossocial: meditação, musicoterapia, biofeedback e yoga TRATAMENTO PA < 140/90 mmHg PA ≥ 140/90 mmHg Sem diagnóstico e tratamento de HAS Orientar sobre medidas não farmacológicas, com objetivo de prevenir a hipertensão. Não necessita acompanhamento. Pode ser hipertensão. Atentar para sinais de alerta. Recomendar monitoramento da PA na farmácia por 3 dias ou MRPA, para confirmar elevação da PA. Investigar uso de medicamentos que podem elevar a PA. Orientar sobre medidas não farmacológicas. Se confirmado PA elevada, encaminhar ao médico para avaliação diagnóstica. Sob tratamento anti- hipertensivo Tratamento parece estar funcionando bem e paciente tem baixo risco. Parabenizar e orientar sobre importância de manter adesão ao tratamento. Não necessita acompanhamento. Tratamento pode estar sendo não efetivo. Recomendar monitoramento na farmácia por 3 dias ou MRPA. Investigar uso de medicamentos que podem elevar a PA. Atentar para sinais de alerta. Orientar sobre adesão aos medicamentos e medidas não farmacológicas. Marcar retorno para 30 dias. RISCO BASAL OU BAIXO PA < 140/90 mmHg PA ≥ 140/90 mmHg Sem diagnóstico e tratamento de HAS Orientar sobre medidas não farmacológicas para prevenção da HAS. Contextualizar a relevância da PA no risco cardiovascular global do paciente. Explicar que paciente pode ter benefício maior em outros serviços, como diabetes, colesterol ou tabagismo. Retorno opcional. Pode ser hipertensão. Atentar para sinais de alerta. Recomendar monitoramento da PA na farmácia por 3 dias ou MRPA, para confirmar elevação da PA. Investigar uso de medicamentos que podem elevar a PA. Orientar sobre medidas não farmacológicas. Se confirmado PA elevada, encaminhar ao médico para avaliação diagnóstica. Sob tratamento anti- hipertensivo PA está abaixo de <130/85 mmHg, dentro da meta terapêutica. Perguntar sobre episódios de hipotensão. Orientar com foco nos fatores de risco presentes. Explicar que paciente pode ter benefício maior em outros serviços, como diabetes, colesterol ou tabagismo. Retorno opcional. Tratamento pode estar sendo não efetivo. Recomendar monitoramento na farmácia por 3 dias ou MRPA. Investigar uso de medicamentos que podem elevar a PA. Atentar para sinais de alerta. Orientar sobre adesão aos medicamentos e medidas não farmacológicas. Marcar retorno para 30 dias. RISCO BASAL OU BAIXO RISCO INTERME- DIÁRIO PA < 140/90 mmHg PA ≥ 140/90 mmHg Sem diagnóstico e tratamento de HAS Orientar sobre medidas não farmacológicas para prevenção da HAS. Pode estar usando IECA, BRA, BB ou diuréticos para outros fins. Explicar que paciente pode ter benefício maior em outros serviços, como diabetes, colesterol ou tabagismo. Retorno opcional. Se PA >180/110 mmHg encaminhar para pronto-atendimento. Se PA entre 140/90 e 180/110 mmHg, Investigar uso de medicamentos que podem elevar a PA. Recomendar monitoração na farmácia por 3 dias ou MRPA para confirmação. Orientar sobre relevância da PA no risco cardiovascular global do paciente. Se confirmada PA elevada, encaminhar ao médico para avaliação. Sob tratamento anti- hipertensivo Tratamento parece estar funcionando bem. Avaliar se anti-hipertensivos são os mais adequados para comorbidades. Parabenizar pelo controle e orientar sobre importância da adesão ao tratamento. Acompanhamento desejável. Retorno pode ser em 60 dias. Tratamento pode estar sendo não efetivo. Se PA >180/110 mmHg encaminhar para pronto-atendimento. Se PA <180/110 mmHg, recomendar monitoramento na farmácia por 3 dias ou MRPA. Orientar sobre adesão aos medicamentos e medidas não farmacológicas. Marcar retorno para 30 dias ou menos. RISCO BASAL OU BAIXO RISCO ALTO OU MUITO ALTO Hipertensão Walleri Reis, BPharm, MSc, PhD Atenção Farmacêutica Universidade Federal da Paraíba
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