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EAD 335 ESTRUTURA DE CAPITAL E FONTES DE FINANCIAMENTO Profa. Rosana Tavares AULA 2 2º sem. 2016 rosana@usp.br FONE: 3091 6077 SALA: G-168 Atendimento extraclasse: quinta-feira, das 16 às 18h, na sala G-168. Atendimento em outros horários, mediante agendamento. 2 Leituras para as aulas 1 a 4: • Básica – ROSS, S; WESTERFIELD, R; JAFFE, J; e LAMB, R. Administração financeira: corporate finance. 10.ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Capítulo 9. Avaliação de ações Capítulo 10. Risco e Retorno Capítulo 11. Modelo de Precificação CAPM Capítulo 13. Risco, custo de capital e avaliação Ou – ROSS, S; WESTERFIELD, R; JORDAN, B; e LAMB, R. Fundamentos de administração financeira. 9.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. Capítulo 8. Avaliação de ações Capítulo 12. Algumas lições da história do mercado de capitais Capítulo 13. Retorno, risco e linha do mercado de títulos Capítulo 14. Custo de capital 3 Leituras para as aulas 1 a 4: • Complementar – BREALEY, R; MYERS, S; ALLEN, F. Princípios de finanças corporativas. 10.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. Capítulo 7. Introdução ao risco e ao retorno Capítulo 8. Teoria da carteira e modelo CAPM de avaliação de ativos Capítulo 9. Risco e custo de capital – BERK, Jonathan; DEMARZO, Peter. Finanças empresariais. Porto Alegre: Bookman, 2009. Capítulo 10. Mercados de capital e precificação de risco Capítulo 12. O modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM) 4 Para lembrar... Variância: a média do quadrado das diferenças entre o retorno real e o retorno médio. Desvio Padrão: a raiz quadrada da variância. Precisamos medir a dispersão dos retornos: queremos saber quanto o retorno real se desvia da média. Em outras palavras... Precisamos medir quão volátil e o retorno. Quanto maior for a variância, mais os retornos realizados tendem a diferir do retorno médio (mais dispersos são os retornos). 1 ... )( 22 12 T RRRR RVar T )()( RVarRDP A área em azul mais escuro está entre mais (ou menos) um desvio padrão (σ) da média. Em uma distribuição normal, isto representa cerca de 68% do conjunto. Para lembrar... Distribuição Normal 68,2% 95,4% 99,7% Cálculo da variância e do desvio padrão (*) Suponhamos que as Companhias Supertech e Hyperdrive tiveram ao seguintes retornos em quatro anos: Ano Retorno da Supertech Retorno da Hyperdrive 2005 -0,20 0,05 2006 0,50 0,09 2007 0,30 -0,12 2008 0,10 0,20 • Quais são os retornos médios? • As variâncias? • Os desvios padrão? • Qual investimento foi mais volátil? (* ) ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D.; LAMB, Roberto. Fundamentos de administração financeira. 9a.ed. Porto Alegre: Grupo A, 2013. Pág. 404. Para calcular os retornos médios, somamos os retornos e dividimos pelo número de observações, nesse caso 4. Retorno médio da Supertech = 0,70 / 4 = 0,175 Retorno médio da Hyperdrive = 0,22 / 4 = 0,055 Cálculo da variância da Supertech: Ano (1) Retorno real (2) Retorno médio (3) Desvio = (1)-(2) (4) Desvio ao quadrado 2005 -0,20 0,175 -0,375 0,140625 2006 0,50 0,175 0,325 0,105625 2007 0,30 0,175 0,125 0,015625 2008 0,10 0,175 -0,075 0,005625 TOTAIS 0,70 0,000 0,2675 Como existem quatro retornos, calculamos a variância dividindo 0,2675 por (4-1): Resposta: Ano (1) Retorno real (2) Retorno médio (3) Desvio = (1)-(2) (4) Desvio ao quadrado 2005 0,05 0,055 -0,005 0,000025 2006 0,09 0,055 0,035 0,001225 2007 -0,12 0,055 -0,175 0,030625 2008 0,20 0,055 0,145 0,021025 TOTAIS 0,22 0,000 0,052900 Cálculo da variância da Hyperdrive: O desvio padrão da Supertech, 29,87% ,é um pouco mais do que duas vezes os 13,27% da Hyperdrive. Em conclusão, a Supertech é o investimento mais volátil. (MAIS RISCO!!) Supertech Hyperdrive Variância ( ) 0,2675 / 3 = 0,0892 0,0529 / 3 = 0,0176 Desvio padrão ( ) (0,0892)1/2 = 0,2987 (0,0176)1/2 = 0,1327 2 Supertech: 68% de probabilidade do retorno ficar entre -0,1237 e 0,4737 Hyperdrive: 68% de probabilidade do retorno ficar entre -0,0777 e 0,1877 Resposta: Tipos de risco (em teoria de carteiras) • Risco não sistemático (diversificável) pode ser reduzido com a diversificação – Relacionado ao risco de empresa – Exemplos: reputação, marcas, pesquisa & desenvolvimento, gestão, etc. – Influencia um pequeno grupo de ativos. • Risco sistemático (não diversificável ou de mercado) não pode ser reduzido – Relacionado a risco externos à empresa (macroeconômicos) que não desaparecem com a diversificação – Exemplos: taxas de juro, inflação, taxas de câmbio, preço de commodities, etc. – Influencia todos os ativos da economia. 9 Efeito de risco Total = Risco Diversificável + Risco não Diversificável Diversificação: Carteiras altamente diversificadas quase não têm risco não sistemático. Apenas o risco sistemático é importante. Retorno de mercado e CAPM 10 FM FM RR RR risco pelo Prêmio ou risco pelo Prêmio Retorno de mercado Taxa livre de risco Se alguém investe na carteira ótima, recebe um “prêmio pelo risco” da carteira FMFA RRRR ou CAPM FMFA RRRR CAPM: se alguém investe no ativo A, recebe uma “proporção” do “prêmio pelo risco” da carteira Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. 11 Coeficiente beta O coeficiente beta mede o risco de uma empresa em relação ao risco sistemático (não diversificável) de mercado. O beta pode ser identificado pela inclinação da reta de regressão linear do retorno da ação com o retorno de mercado. O beta é o coeficiente angular dessa reta. Rm RARm A Variância iânciaCo ;var Beta Significado Retornos do ativo são inversos aos do mercado. (cuidado!!) Retorno esperado para o título é igual à taxa livre de risco. Empresas com β<1 apresentam menor risco, inferior ao risco médio da carteira de mercado (ações defensivas) Beta de uma carteira bem diversificada, como a carteira de mercado. Portanto, empresas com β=1 apresentam o mesmo risco médio da carteira de mercado. O retorno esperado pelo título é igual ao retorno de mercado. Empresas com β>1 apresentam risco maior que o risco sistemático (ações agressivas) 0 10 0 1 1 Exemplo do efeito do beta 1,0% 2,0% 2,5% -2,0% -1,0% 1,0% 2,0% 2,5%2,5% 5,0% 6,3% -5,0% -2,5% 2,5% 5,0% 6,3% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 1 2 3 4 5 6 7 8 R e to r n o ( e m % a o p e r ío d o ) Período (ex.: meses) Retorno do Ibovespa Retorno da Ação "X" 12 Beta da ação “x” = 2,5 Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. AAMMAM RERRERERRCov ),( Como calcular o beta? • Definição de Beta (no contexto do modelo CAPM) – O Beta mede a sensibilidade do retorno de um título em relação a um índice de mercado ou... – O Beta é uma medida de risco do título em relação ao mercado dentro de um cenário em que o investidor pode ou realmente é diversificado – O Beta é chamado risco sistemático 13 )( , 2 M AM A R RRCov Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. 14 EXEMPLO - Calculo do beta da empresa A em relação ao Índice Bovespa. Preço PNA (VALE5) Preço po r ação (em R$) Retorno = RVale RVale - E[RVale] BOVESPA Retorno = Rbovespa RBovespa - E[RBovespa] {RBovespa - E[RBovespa]}2 Covariância (produto das diferenças) Mês Fecham Fecham out/15 14,03 45.869 nov/15 10,63 -0,24234 -0,26690 45.120 -0,01633 -0,04089 0,00167 0,01091 dez/15 10,25 -0,03575-0,06031 43.350 -0,03923 -0,06379 0,00407 0,00385 jan/16 7,24 -0,29366 -0,31822 37.497 -0,13502 -0,15958 0,02547 0,05078 fev/16 8,56 0,18232 0,15776 42.794 0,14126 0,11670 0,01362 0,01841 mar/16 11,38 0,32944 0,30488 50.055 0,16967 0,14511 0,02106 0,04424 abr/16 15,74 0,38313 0,35857 54.478 0,08836 0,06380 0,00407 0,02288 mai/16 11,24 -0,28590 -0,31046 48.472 -0,11025 -0,13481 0,01817 0,04185 jun/16 13,03 0,15925 0,13469 51.527 0,06303 0,03846 0,00148 0,00518 Soma 0,19650 0,16151 0,08961 0,19810 Média=E[R] 0,02456 0,02019 0,01120 0,02476 Variância 0,01120 Covariância 0,02476 Beta 2,21 1. Calcular a diferença entre o retorno da ação em relação ao retorno médio da ação; 2. Calcular a diferença entre o retorno da carteira ao retorno médio da carteira; 3. Elevar o resultado ao quadrado para cálculo da variância. 1. 2. 3. 15 Preço PNA (VALE5) Preço po r ação (em R$) Retorno = RVale RVale - E[RVale] BOVESPA Retorno = Rbovespa RBovespa - E[RBovespa] {RBovespa - E[RBovespa]}2 Covariância (produto das diferenças) Mês Fecham Fecham out/15 14,03 45.869 nov/15 10,63 -0,24234 -0,26690 45.120 -0,01633 -0,04089 0,00167 0,01091 dez/15 10,25 -0,03575 -0,06031 43.350 -0,03923 -0,06379 0,00407 0,00385 jan/16 7,24 -0,29366 -0,31822 37.497 -0,13502 -0,15958 0,02547 0,05078 fev/16 8,56 0,18232 0,15776 42.794 0,14126 0,11670 0,01362 0,01841 mar/16 11,38 0,32944 0,30488 50.055 0,16967 0,14511 0,02106 0,04424 abr/16 15,74 0,38313 0,35857 54.478 0,08836 0,06380 0,00407 0,02288 mai/16 11,24 -0,28590 -0,31046 48.472 -0,11025 -0,13481 0,01817 0,04185 jun/16 13,03 0,15925 0,13469 51.527 0,06303 0,03846 0,00148 0,00518 Soma 0,19650 0,16151 0,08961 0,19810 Média=E[R] 0,02456 0,02019 0,01120 0,02476 Variância 0,01120 Covariância 0,02476 Beta 2,21 4. 5. 4. Calcular o produto das diferenças, gerando a covariância; 5. Calcular o beta, dividindo a covariância entre retornos do ativo e carteira pela variância da carteira. EXEMPLO - Calculo do beta da empresa A em relação ao Índice Bovespa. 16 Determinantes (direcionadores) do beta: • Capacidade de gerar resultados previsíveis e com pouca variabilidade (fluxo de caixa mais estável) • Baixo GAO (quanto maior o GAO, maior o beta) • Baixo GAF • Volatilidade das receitas operacionais O beta estima o risco de mercado (sistêmico) futuro, porém, é calculado com base no risco histórico. CAPM não é indicado para empresas iniciantes (sem dados de beta histórico) ou para empresas em que o risco passado pode não ser bom indicador para o futuro. Estabilidade do beta • O beta mede o risco sistemático, mas isso não significa que ele não possa mudar ao longo do tempo • O beta é dinâmico, podendo se alterar em função de: – Mudanças de setor – Fusões & aquisições – Amadurecimento da empresa (reduzindo o risco e o beta) – Mudanças no perfil da empresa • Endividamento • Modelo de negócio – Entre outros fatores 17 Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. Linha de mercado de títulos 18 Beta Retorno Esperado Títulos federais Carteira de mercado (ex.: Ibovespa) 1,0 Ação agressiva (ex.: Gerdau) 1,26 Ação defensiva (ex.: Souza Cruz) 0,78 Prêmio pelo risco da Gerdau: 1,26 vezes a carteira de mercado Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. Estimando o custo de capital próprio 19 Ke Custo do capital próprio Retorno esperado pelo acionista FMFA RRRR Mas e se a empresa for financiada também com dívidas??? O custo do capital (taxa de desconto) de uma empresa financiada apenas com capital próprio corresponde, então, ao retorno esperado pelo acionista Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. Aplicando o CAPM • Para se calcular o custo do capital próprio de um projeto específico pode- se utilizar o CAPM (e o beta), mas são necessários alguns cuidados – O beta deve ser específico para cada projeto. Pode-se estimar esse beta observando-se: • Competidores “Pure Plays”, isto é, empresas que operem apenas no setor relativo ao projeto • O beta da própria empresa, se esta já for um “Pure Play” • O beta médio do setor relacionado ao projeto – Adequar o beta ao nível de endividamento do projeto • O beta calculado da ação também reflete o nível de endividamento da empresa • Endividamento tende a aumentar o risco da empresa e o beta 20 Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. • O beta setorial também pode ser usado – Quando a empresa avaliada for de capital fechado – Quando a empresa for de capital aberto, porém negociada há pouco tempo ou com pouca liquidez Ajustes no beta em função do endividamento 1. Calcular o beta da empresa ou procurar por betas de “Pure Plays” que sejam semelhantes ao projeto 2. Calcular o beta desalavancado (ou beta do ativo), U, partindo-se do beta alavancado, L ; T é a alíquota do IR (impostos) 21 UL E D T 11 Benefício Fiscal Alavancagem Exemplo: Beta alavancado (L ) = 1,8 Alavancagem (D/E) = 0,3 Alíquota do IR = 34% 50,1 3,034,01180,1 U U Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. Ajustes no beta em função do endividamento 3. Alavancar o beta do projeto de acordo com a nova estimativa de endividamento, supondo-se que: – beta desalavancado médio = 1,50 – Nova alavancagem (D/E) = 0,45 – O “projeto” pode se referir a uma empresa ou a um projeto de investimento específico 22 95,1 50,145,034,011 Projeto Projeto Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. Ajustes no beta em função do endividamento 4. Com o CAPM, utilizar o beta alavancado para calcular o custo do capital próprio do projeto; supondo-se que: – Taxa livre de risco (RF) = 6% ao ano – Prêmio pelo risco = 9,2% ao ano 23 ano ao %94,23 092,095,106,0 Projeto Projeto ProjetoProjeto R R RRRR FMF Agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo. 24 A empresa Qualcaê deseja calcular o custo do capital próprio ke com o modelo de formação de preços dos ativos CAPM. São conhecidos os seguintes dados: -taxa livre de risco Rf = 7% -Beta da empresa é 1,5 -Retorno de mercado é 11% %13)711(5,17)( FMFe RRRK Modelo da taxa de crescimento constante e CAPM podem apresentar resultados bem diferentes, dependendo do beta que oscila ao longo do tempo. CAPM - Exemplo 25 As ações ordinárias da J&M Corporation tem beta de 1,2. A taxa livre de risco é 6% e o retorno de mercado, 11%. a) Determine o prêmio pelo risco das ações ordinárias da J&M. b) Determine o retorno requerido que as ações ordinárias da J&M devem oferecer. a) prêmio de mercado = 5%; prêmio da empresa = 1,2 x 5 = 6% b) retorno = 12% ke = 6% + 1,2 (11-6) = 12% Exercício: Exercícios adicionais (Fonte: Ross, Westerfield e Jaffe) 1. A empresa Alpha produz equipamento pneumático. Seu beta é igual a 1,2. O prêmio por risco de mercado é 8,5% e a taxa livre de risco atual é 6%. Qual é o retorno esperado da Alpha? 2. Suponha que o beta da Ross Corporation seja igual a 0,80. A taxa livre de risco é de 6% e o prêmio por risco de mercado é igual a 8,5%. Qual é o retorno esperado da Ross Corporation? 3. Uma ação tem beta igual a 1,8. Um analista de títulos especializado nessa ação espera que seu retorno futuro seja de 18%. Imagine que a taxa livre de risco seja de 5% e que o prêmio por risco de mercado seja igual a 8%. Esse analista é pessimista ou otimista em relação a essa ação, em comparação com as expectativas do mercado? 4. Suponha que o retorno esperado do mercado seja de 13,8% e que a taxa livre de risco seja iguala 6,4%. A ação da Solomon Inc. tem beta igual a 1,2. (a) Qual é o retorno esperado da ação da Solomon? (b) Se a taxa livre de risco diminuir para 3,5%, qual será o retorno esperado da ação da Solomon? 26 Exercícios adicionais: Soluções 1. 16,2% 2. 12,8% 3. Retorno esperado pelo mercado é de 19,4%. Portanto, o analista é pessimista 4. (a) 15,28% ; (b) 15,86% 27 28 BRFMFe RRRK )( BR Limitações do CAPM no Brasil: - baixo grau de abertura de informações das companhias aos investidores; - alta concentração das ações negociadas no mercado; - concentração de controle em grupos de investidores; - baixa competitividade do mercado; - menor representatividade das ações com direito a voto nos pregões; - volatilidade da taxa livre de risco (SELIC). Modelo é indicado para mercado de capitais mais estável. Para aplicação às empresas brasileiras, deve sofrer ajustes, como por exemplo: Onde: representa o prêmio de risco Brasil. Nesse caso, Ke representa o custo de oportunidade do capital próprio como benchmarking, ou seja, a remuneração mínima exigida pelos investidores em ações, considerando o risco verificado na economia brasileira. Custo de Capital Próprio 29 Como esse prêmio de risco foi obtido a partir de títulos de renda fixa, há a necessidade de incorporar ao modelo a volatilidade do mercado de ações. Damodaran (2002) propõe que o risco país seja considerado no cômputo do premio pelo risco de mercado, e não somado, simplesmente, ao modelo. BRFMFe RRRK Verificando-se maior volatilidade no mercado acionário, é esperado que o prêmio pelo risco de mercado no país seja maior que o próprio risco país adicionado ao custo de capital. Custo de Capital Próprio Exercício 1 (grupo de até 5 alunos): As tabelas ao lado mostram, respectivamente, a evolução dos preços das ações da empresa Gama e de um índice de mercado, ambos no mesmo período. a) Calcular a média e desvio- padrão da empresa e do índice 30 b) Com base nos retornos calculados no exercício 1, estime o beta do CAPM (sugiro utilizar 6 casas decimais) Exercício 2 a) Desenhe a linha de mercado de títulos considerando que o prêmio pelo risco de mercado é igual a 5% e a taxa livre de risco é igual a 7%. b) Suponha que um ativo “A” tenha beta igual a -1. Usando o modelo CAPM, qual o retorno previsto para esse ativo? As condições de mercado atuais levam um analista a crer em um retorno de 4%. Coloque este retorno no gráfico desenhado no item (a). Se considerarmos o CAPM válido, o ativo está corretamente avaliado? Caso contrário, explique o que ocorrerá nesse mercado. c) Agora suponha um ativo “B” com beta igual a 3. Um analista espera um retorno de 20%. Coloque-o no gráfico desenhado no item (a). Considerando o CAPM, o ativo está corretamente avaliado? Se não estiver, explique o que ocorrerá nesse mercado. 31(Fonte: Adaptado de Ross, Westerfield e Jaffe)
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