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Intolerância a lactose

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INTOLERÂNCIA Á LACTOSE: SINTOMATOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE DIAGNÓSTICO
Apresentação
O presente trabalho trata-se da análise da pacientes com intolerância á lactose. Tendo como principal objetivo a análise dos seus principais sintomas e principais métodos de diagnóstico. Para tanto será utilizado o método de revisão cientifica. Com vista a conseguir resultados que ofereçam maiores informações a respeito do referido assunto.
Objetivo geral
- Identificar e classificar os graus de intolerância á lactose.
Objetivos específicos 
- Descrever a sintomatologia. 
- Descrever os mecanismos de ação. 
- Analisar os métodos laboratoriais para identificação de tal afecção. 
Justificativa
A intolerância a lactose é uma doença com pouca divulgação e consequentemente com diagnostico tardio. Nesses últimos anos a porcentagem de pessoas que tem esse sintoma desagradável vem aumentando de 10 a 15%, uma porcentagem alta para o número de pessoas, atingindo principalmente crianças. Parece simples, mas esses sintomas incomodam e afetam a vida social da pessoa, se ela não se tratar. O tema do trabalho foi escolhido justamente pelo aumento incidência e descrição do agravamento de muitos casos relacionados a intolerância á lactose.
Hipóteses 
Acredita-se que uma das principais causas da intolerância a lactose seja de origem genética. Estima-se também que com o avançar da idade as pessoas criem algum tipo de sensibilidade em relação a essa proteína encontrada em leite e seus derivados.
Métodos
O método escolhido para a fundamentação do presente trabalho foi o de revisão cientifica, onde escolheu-se livros e artigos científicos já existentes.
Intolerância á lactose: conceitos
Má absorção ou má digestão de lactose é a diminuição na capacidade de hidrolisar a lactose, que é resultante da hipolactasia. A hipolactasia significa diminuição da atividade de enzima lactase na mucosa do intestino delgado, também denominada recentemente de “lactase não persistente” (BERKOW, 2009).
O aparecimento de sintomas abdominais por má absorção de lactose caracteriza a intolerância à lactose. A má absorção de lactose nem sempre provoca sintomas de intolerância à lactose. Após o desmame, ocorre uma redução geneticamente programada e irreversível da atividade da lactase na maioria das populações do mundo, cujo mecanismo é desconhecido, resultando em má absorção primária de lactose (CARRERO, 2008).
. Porém, a hipolactasia também pode ser secundária a doenças que causem dano na borda em escova da mucosa do intestino delgado ou que aumentem significativamente o tempo de trânsito intestinal, como nas enterites infecciosas, giardíase, doença celíaca, doença inflamatória intestinal (especialmente doença de Crohn), enterites induzidas por drogas ou radiação, doença diverticular do cólon e anemia (estudo em ratos, mostrando diminuição na expressão gênica). Diferentemente da hipolactasia primária do adulto, a hipolactasia secundária é transitória e reversível (CASTRO, 2005).
Intolerância á lactose congênita
É herdada e autossômica recessiva, sendo uma condição extremamente grave. Caso não seja diagnosticada precocemente pode levar ao óbito. O recém- nascido apresenta diarreia líquida ao ser amamentado ou receber fórmulas, contendo lactose (AVILLAR, 2004).
Um estudo genético realizado com 24 famílias finlandesas mostrou que se deve a mutações no gene LCT que codifica a enzima lactase. A grande maioria dos pacientes (84%) apresentou a mutação homozigota nonsense c.4170TgA (Y1390X), designada “Finmajor”, resultando em códon de parada de síntese proteica no éxon 9, e proteína truncada com 537 aminoácidos (CASTRO, 2005).
Na Finlândia, a incidência é de 1:60.000, sendo diagnosticada em 42 pacientes de 35 famílias de 1966 até 2007. Com dieta restritiva de lactose os sintomas desaparecem e esses recém-nascidos têm crescimento normal. A diferença entre a hipolactasia primária do adulto e a intolerância à lactose congênita é molecular: na primeira, a enzima lactase é normal, mas diminui a expressão ao longo da vida; na segunda a enzima lactase está ausente, ou é truncada (CARRERO, 2008).
Métodos de diagnósticos laboratoriais
Os testes de tolerância à lactose são realizados com desafio, o paciente ingere de 25g a 50g de lactose e se avalia os sintomas por duas a três horas. A técnica mais difundida nos laboratórios de análises clínicas é a por curva glicêmica. Nesta técnica, é coletada a glicemia em jejum e depois é feita uma curva. Se o paciente absorver a lactose, a glicemia deve se elevar de 1,4 mmol/l ou mais (DANTAS, 2011).
O teste respiratório do hidrogênio expirado (realizado no Hospital das Clínicas da FMUSP) é considerado padrão-ouro para o diagnóstico de intolerância à lactose, seguindo o primeiro Consenso de Roma para metodologia e indicações de teste respiratório do hidrogênio expirado para doenças gastrintestinais (AVILLAR, 2004).
O paciente tem que fazer o preparo na véspera, só podendo ingerir dieta não fermentativa com restrição total de lactose, sem fumar (o cigarro aumenta o hidrogênio expirado). Deve também evitar antibióticos por um mês antes do exame (a presença da flora bacteriana é essencial para a produção do hidrogênio), não pode fazer exercícios físicos (aumentam o hidrogênio expirado) e tem que se apresentar para o exame com jejum de 10 a 12 horas, podendo ingerir água. A sensibilidade do exame é de 80% a 92,3% e a especificidade 100% com 25g de lactose, desde que o preparo esteja correto (CARROCCIO et al., 2007).
A flora bacteriana colônica fica com atividade diminuída em pH ácido (é esse o pH das fezes quando se dá a fermentação da lactose), podendo neste pH o exame ser falso-negativo. O exame se baseia na produção de hidrogênio pela fermentação da lactose não absorvida: o hidrogênio entra na corrente sanguínea e é expirado pelo pulmão. O paciente sopra o basal, ingere a lactose, e depois sopra novamente após 60, 90, 120, 150 e 180 minutos, sendo considerado o exame positivo quando ocorre aumento de hidrogênio expirado em 20 ppm (partes por milhão) em relação ao valor basal. O paciente intolerante relata sintomas durante o exame, geralmente coincidindo com aumento do hidrogênio expirado. A leitura é feita em cromatógrafo gasoso específico para o hidrogênio (BERKOW, 2009).
Referências
ÁVILA, R. Aleitamento da criança no primeiro ano de vida. Revista Portuguesa de Clínica Geral, , n. 20, 339–346, 2004.	
BERKOW R. - Intolerancia a carboidratos. In: Manual Merck de Medicina - diagnóstico e tratamento. Man Merck Méd, Roca, São Paulo,: 883-4 2009. 
CARROCCIO A, MONTALTO G, CAVERA G, - Lactose intolerance and selfreportet milk intolerance: relationship with lactose maldigestion and nutrient intake. Lactase Deficiency Study Group. Rev Coll Nutr, Dec; 17(6):631-6. 2007
CARREIRO, D. M. Alimentação, problemas e solução para doenças crônicas. Revista brasileira de nutrição 19(88)552-9. 2008.
CASTRO, A. P. B. M. Evolução clínica e laboratorial de crianças com alergia a leite de vaca e ingestão de bebida à base de soja. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 1, n. 23, p. 27–34, 2005.
DANTAS AL, CORREA EB - Diarréias Agudas. In: Mincis M. Gastroenterologia & Hepatologia: Diagnóstico e Tratamento. Lemos, 359-368 2011.
KRAUSE MV, KATHLEEN ML. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 7°ed, Roca, São Paulo, 2005.
PRETTO FM, SILVEIRA TR, MENEGAZ V. Má absorção de lactose em crianças e adolescentes: diagnóstico através do teste do hidrogênio expirado com o leite de vaca como substrato. Rev. J Pediatria, , vol.78, nº.3, p.213-218 2002.

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