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CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS Capítulo 2 – Aula 16 CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Trataremos agora do movimento de uma partícula ao longo de uma trajetória curva que pertence a um único plano. Considere o movimento contínuo de uma partícula ao longo de uma curva plana. No instante de tempo t a partícula está completamente especificada. No instante t+Dt a partícula está localizada em A’, localizada pelo vetor r+Dr. O deslocamento da partícula durante o intervalo de tempo Dt é dado por Dr, que representa a variação vetorial da posição e é independente da escolha da origem. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Velocidade: • Velocidade média da partícula: 𝑣𝑚𝑒𝑑 = Dr Dt • Velocidade escalar média da partícula: 𝑣𝑚𝑒𝑑 = Ds Dt • Velocidade instantânea: Ampliando a definição básica da derivada de uma grandeza escalar para incluir uma grandeza vetorial, temos: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Velocidade: A derivada de um vetor é também um vetor que tem módulo e direção. O módulo de v é chamado de velocidade escalar e é o escalar: Importante: • Módulo da derivada: representa o módulo de velocidade, ou a velocidade escalar da partícula; • Derivada do módulo: representa a taxa na qual o comprimento do vetor posição r está variando. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Aceleração: • Aceleração média da partícula: 𝑎𝑚𝑒𝑑 = Dv Dt • Aceleração escalar média da partícula: 𝑎𝑚𝑒𝑑 = Dv Dt • Aceleração instantânea: Por definição: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Visualização do Movimento: Existe um vetor velocidade tangente à trajetória correspondente a cada vetor posição, e a relação entre eles é 𝒗 = 𝒓 . CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/3 MOVIMENTO CURVILÍNEO PLANO Visualização do Movimento: Se esses vetores velocidade forem agora representados a partir de algum ponto arbitrário C, obtém-se uma curva, chamada de hodógrafa. A derivada desses vetores velocidade serão os vetores aceleração 𝒂 = 𝒗 , que são tangentes a hodógrafa. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Representação Vetorial: A trajetória da partícula é mostrada novamente abaixo, mas agora ao longo dos eixos x e y. Com o auxílio dos vetores unitários i e j, podemos escrever os vetores r, v, e a em termos de suas coordenadas x e y. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Representação Vetorial: A partir da figura, podemos inferir que: Se as componentes da aceleração são dadas como funções do tempo, podemos integrar cada uma delas separadamente com relação ao tempo duas vezes e obter as equações de movimento. Eliminando o tempo t entre essas duas, teremos uma equação da trajetória curva 𝑦 = 𝑓(𝑥). CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Representação Vetorial: A partir da figura, podemos inferir que: Se as componentes da aceleração são dadas como funções do tempo, podemos integrar cada uma delas separadamente com relação ao tempo duas vezes e obter as equações de movimento. Eliminando o tempo t entre essas duas, teremos uma equação da trajetória curva 𝑦 = 𝑓(𝑥). CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Movimento de Projéteis: Uma aplicação importante da teoria da cinemática bidimensional é o problema do movimento de projéteis. Para os eixos mostrados na figura, as componentes da aceleração são: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Movimento de Projéteis: Integrando essas acelerações, temos: Podemos ver que os movimentos x e y são independentes para condições do projétil simples em consideração. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/4 COORDENADAS RETANGULARES (x-y) Movimento de Projéteis: Integrando essas acelerações, temos: Podemos ver que os movimentos x e y são independentes para condições do projétil simples em consideração. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/5 O movimento curvilíneo de uma partícula é definido por 𝑣𝑥 = 50 − 16𝑡 e 𝑦 = 100 − 4𝑡2 , onde 𝑣𝑥 é expresso em metros por segundo, y em metros e t em segundos. Sabe-se ainda que x=0 quando 𝑡 = 0. Represente graficamente a trajetória da partícula e determine sua velocidade e sua aceleração quando a posição y=0 é atingida. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/6 Um foguete consome todo seu combustível até atingir a posição A, onde ele tem uma velocidade u e um ângulo Ѳ com relação à horizontal. Depois ele inicia um voo sem propulsão e atinge sua máxima altura h na posição B, após percorrer uma distância horizontal s desde A. Determine as expressões para h e s, o tempo t de voo de A até B e a equação da trajetória. Para o intervalo em consideração, admita a Terra plana, com uma aceleração gravitacional constante g, e despreze qualquer resistência atmosférica. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/5 COORDENADA NORMAL E TANGENCIAL (n-t) Essas coordenadas fornecem uma descrição muito natural do movimento curvilíneo, e frequentemente são as coordenadas mais diretas e convenientes para representá-lo. As coordenadas n-t são consideradas como se movendo ao longo da trajetória com a partícula como mostrado abaixo: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/5 COORDENADA NORMAL E TANGENCIAL (n-t) Velocidade e Aceleração Podemos usar essas coordenadas para descrever a velocidade v e a aceleração a que foram introduzidas. Para isso, teremos que introduzir os vetores unitários 𝒆𝑛, na direção n e 𝒆𝑡, na direção t para a posição da partícula no ponto A sobre essa trajetória. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/5 COORDENADA NORMAL E TANGENCIAL (n-t) Velocidade e Aceleração Durante um incremento de tempo 𝑑𝑡, a partícula se move de uma distância diferencial 𝑑𝑠 da curva de A para A’. Com o raio de curvatura da trajetória nesse ponto igual a 𝜌, nota- se que 𝑑𝑠 = 𝜌𝑑𝛽 , onde 𝛽 é expresso em radianos. Assim a velocidade pode ser escrita como o vetor: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/5 COORDENADA NORMAL E TANGENCIAL (n-t) Velocidade e Aceleração A aceleração pode ser escrita como: Onde o vetor 𝒆𝑡 agora possui uma derivada não-nula, pois sua direção varia. Outras relações podem ser expressas: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/5 COORDENADA NORMAL E TANGENCIAL (n-t) Movimento Circular É um importante caso especial do movimento curvilíneo plano, onde o raio de curvatura 𝜌 se torna o raio 𝑟 constante de um círculo e o ângulo 𝛽 é substituído por 𝜃 medido a partir de alguma referência radial. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/7 Para atravessar uma depressão seguida de uma elevação na estrada, o motorista de um carro aplica os freios para produzir uma desaceleração uniforme. Sua velocidade é de 100km/h no pontoA da depressão e de 50 km/h no ponto C no topo da elevação que se encontra a 120m de A ao longo da pista. Se os passageiros do carro experimentam uma desaceleração total de 3m/s² em A e se o raio de curvatura da elevação em C é 150m, calcule: (a) Raio da curvatura 𝜌 em A; (b) Aceleração no ponto B; (c) Aceleração total em C. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Considera-se agora a terceira descrição do movimento curvilíneo plano, denominada coordenadas polares, em que a partícula é localizada pela distância radial 𝑟 a partir de um ponto fixo e por uma medida angular 𝜃 até a linha radial. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Vetores unitários 𝒆𝑟 e 𝒆𝜃 são estabelecidos nos sentidos positivos das direções 𝑟 e 𝜃. O vetor posição 𝒓 da partícula em A tem módulo igual à distância radial r e uma direção especificada pelo vetor unitário 𝒆𝑟. Assim, a localização da partícula em A é dada pelo vetor: 𝒓 = 𝑟𝒆𝑟 CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Derivadas Temporais dos Vetores Unitários Necessitamos das expressões para as derivadas no tempo dos dois vetores unitários 𝒆𝑟 e 𝒆𝜃. Uma vez que seus módulos no limite são iguais aos vetores unitários como raios vezes o ângulo 𝑑𝜃 em radianos, pode-se escrevê-los como: Se dividirmos por 𝑑𝑡 as equações anteriores: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Velocidade Agora podemos diferenciar 𝒓 = 𝑟𝒆𝑟, com relação ao tempo. Substituindo 𝒆𝒓 , temos: A componente r de v e simplesmente a taxa na qual o vetor r aumenta. A componente 𝜃 de v é devida à rotação de r. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Aceleração Agora podemos diferenciar 𝒂 = 𝒗 , com relação ao tempo. Substituindo 𝒆𝒓 e 𝒆θ , temos: Onde: Ou alternativamente: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Interpretação Geométrica • Variação de módulo 𝑣𝑟 : é simplesmente o aumento do comprimento 𝑣𝑟 ou 𝑑𝑣𝑟 = 𝑑𝑟 , e o termo correspondente de aceleração é na direção r positiva; • Variação de direção de 𝑣𝑟: vale 𝑣𝑟𝑑𝜃 = 𝑟 𝑑𝜃, e sua contribuição para a aceleração se torna , na direção 𝜃 positiva; CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Interpretação Geométrica • Variação de módulo de 𝑣𝜃 : é simplesmente o aumento do comprimento 𝑣𝜃 ou d(𝑟𝜃) e sua contribuição para a aceleração é ; • Variação de direção de 𝑣𝜃: vale e o termo de aceleração correspondente se torna . CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/6 COORDENADAS POLARES (r-𝜽) Movimento Circular Para esse tipo de movimento com raio constante r, as componentes se tornam simplesmente: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/9 A rotação do braço pivotado radialmente é governada por 𝜃 = 0,2𝑡 + 0,02𝑡³ , onde 𝜃 é expresso em radianos e t em segundos. Simultaneamente, o parafuso no braço movimenta o cursor B e controla a sua distância a partir de O de acordo com 𝑟 = 0,2 + 0,04𝑡², onde r é expresso em metros e t em segundos. Calcule o módulo da velocidade e da aceleração do cursor para o instante t=3s. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/8 MOVIMENTO RELATIVO (EIXOS TRANSLADADOS) Representação Vetorial Considere duas partículas A e B que podem ter movimentos curvilíneos separados em um dado plano ou em planos paralelos. Arbitrariamente definimos na partícula B a origem de um conjunto de eixos x-y que se transladam mas não giram, observando-se o movimento de A a partir da posição móvel em B. O vetor de posição de A medido relativamente ao referencial x-y é: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/8 MOVIMENTO RELATIVO (EIXOS TRANSLADADOS) Representação Vetorial A posição absoluta de B é definida pelo vetor 𝒓𝐵 medido a partir da origem. A posição absoluta de A é dada por: Diferenciamos esta equação vetor uma vez em relação ao tempo para obter velocidades e duas vezes para acelerações: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: 2/8 MOVIMENTO RELATIVO (EIXOS TRANSLADADOS) Considerações Adicionais Podemos também usar o ponto A para conectar o sistema móvel e, neste caso, as equações ficam: Notamos que: CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/12 Os passageiros de um jato de transporte A voando para leste com uma velocidade de 800 km/h observam um segundo aviação B, que passa sob o primeiro em um voo horizontal. Apesar de o nariz do aviação B estar apontado para a direção nordeste a 45 graus, para os passageiros de A ele parece estar se movendo para longe do avião A com um ângulo de 60 graus, como mostrado. Determinar a real velocidade de B. CINEMÁTICA DAS PARTÍCULAS: EXEMPLO 2/13 O carro A está acelerando na direção de seu movimento a uma taxa de 1,2 m/s². O carro B está percorrendo uma curva de 150m de raio com uma velocidade de módulo constante de 54 km/h. Determine a velocidade e a aceleração que o carro B parede ter para um observador no carro A, se o carro A atingiu a velocidade de 72 km/h para as posições apresentadas.
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