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Prof. Ms. Luiz Francisco Mazzillo TERMOS-CHAVE Expansão tardia – expansão do amálgama com zinco, devido a formação do gás de hidrogênio, após contaminação com umidade na manipulação. Fratura marginal – fratura na interface amálgama e o dente formando uma fenda. OS CHINESES (SÉC. VII) FORAM OS PRIMEIROS POVOS A UTILIZAR A “PASTA DE PRATA” PARA PREENCHER DENTES CARIADOS. AUGUSTE TAVEAU A PARTIR DE 1826 USAVA RASPAS DE MOEDAS DE PRATA COM O MERCÚRIO, PRÁTICA QUE SE DIFUNDIU PELA EUROPA E ESTADOS UNIDOS. OS ROMANOS, NA ÉPOCA DE CRISTO, PREENCHIAM OS DENTES CARIADOS COM UMA MISTURA DE LINHO E CHUMBO. A PASTA DE PRATA, EXPANDIA E LEVAVA A FRATURA ALGUNS DENTES, ENTÃO PERDEU A CREDIBILIDADE FRENTE A OUTROS MATERIAIS COMO O OURO. Em 1859 o mercúrio promoveu uma grande controvérsia entre os práticos e os dentistas da época. SOB A LIDERANÇA DE FLAGG (1870) SURGIU O PRIMEIRO MOVIMENTO ORGANIZADO A FAVOR DO AMÁLGAMA, QUE FOI CONSOLIDADO COM AS PESQUISAS DE BLACK (1896). Amálgama é um tipo especial de liga que contém o mercúrio A.A.L. Amálgama O mercúrio é um metal em estado líquido que permite formar uma massa plástica com a prata, cobre, estanho e zinco. MERCÚRIO OCORRE EM TRÊS FORMAS: Metal (Hg°) penetra no homem pela pele ou vapor através do pulmão. Íon inorgânico (Hg²+) pelo desgaste da restauração, sendo fracamente absorvido pelo intestino. Forma orgânica (mercúrio de metila) não é produzido pela restauração e sim por bactérias, participa da dieta dos peixes (absorvido pelo intestino) (+ tóxica). Embora o mercúrio elementar tenha sido associado a efeitos adversos de alto risco para a saúde, os níveis liberados pela restauração de amálgama não são altos o suficiente para causar danos. Food and Drug Administration (FDA) Mercúrio Recomendações da ADA • Armazenar o mercúrio em recipientes inquebráveis. • Utilizar o mercúrio em áreas com superfícies lisas e com bordas para confinar o material. • Limpar imediatamente o mercúrio derramado. No caso de derramar, lançar sobre ele uma quantidade de enxofre em pó. • Usar cápsulas hermeticamente vedadas durante a amalgamação. Mercúrio Recomendações da ADA • Usar técnica de manipulação do amálgama com luvas máscara e gorro. • Acumular os resíduos de amálgama em recipientes fechados e imersos em solução fixadora de raio x. • Piso do consultório deve ser impermeável e liso. • Na remoção do amálgama, usar a alta rotação com spray e sucção. Liga de Amálgama de Prata Convencional Composição Metal Função dos componentes Média (%) Prata (aumenta a resistência mecânica) 69,4 Estanho (prolonga o tempo de endurecimento) 26,2 Cobre (torna a liga menos friável) 3,6 Zinco (agente de limpeza durante a fusão) 0,8 especificação n° 1 da ADA INDICAÇÃO • para classe I, II e V de Black • estética não essencial • menos sensível a técnica que a resina composta • tempo de trabalho e custo mais baixo AMÁLGAMA DE PRATA Classe II Classe V Classe I CONTRA INDICAÇÃO • contato com restaurações de metais diferentes • paciente com deficiência renal grave • paciente com alergia a amálgama • preenchimento retrógrado ou endodôntico • crianças com até 6 anos de idade • mulheres grávidas AMÁLGAMA DE PRATA FABRICAÇÃO PÓ USINADO Lingote de liga Recozimento de homogeinização # 450°C - difusão de átomos - fases em equilíbrio Envelhecimento # Ácido - liga mais reativa # Recozimento a 100°C Lingote - torno e moinho de bola torno moinho de bola Ag Sn Outros metais FABRICAÇÃO DO PÓ DA LIGA (USINADO) Fundição Partículas de liga de amálgama convencional (x100) Amálgama de Prata Reação Química - Convencional Ag3Sn + Hg Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn g + Hg g1 + g2 + g Liga + Mercúrio gama 1 + gama 2 + liga 1 2 (fase mais fraca devido ao estanho) Classe II Classe V Classe I O amálgama rico na fase gama 2 Menor resistência a compressão Grande escoamento Maior fratura marginal Corrosão acentuada FABRICAÇÃO PÓ ATOMIZADO Liga fundida Atomização em gotas esféricas Resfriamento Recozimento para homogeinização # Reação lenta com mercúrio Envelhecimento Ag Sn Outros metais T FABRICAÇÃO DO PÓ DA LIGA (ATOMIZADO) FUNDIÇÃO ATOMIZAÇÃO RESFRIAMENTO Partículas de liga de amálgama esféricas (x500) Amálgama de Prata (mais cobre) Reação Química - Fase Dispersa Ag3Sn + AgCu + Hg Ag2Hg3 + Sn8Hg + Ag3Sn Sn8Hg + AgCu Cu6Sn5 + Ag2Hg3 g + e + Hg g1 + h + g + e + g2 e = AgCu h = Cristais de Cu6Sn5 2 1 3 4 (com o tempo o cobre atrai o estanho e reduz a fase gama 2) MANIPULAÇÃO Trituração Massa Plástica Condensação Escultura Trituração mecânica Aspecto do amálgama obtido após uma trituração correta Trituração Sub trituração: cristaliza com mais rapidez e mantém em sua massa um conteúdo de mercúrio muito maior. TRITURAÇÃO MENOR RESISTÊNCIA Super triturado, poderá ficar quebradiço, dificultando a sua condensação. MAIOR CONTRAÇÃO Restauração de uma classe II Preparo cavitário Forramento com HC Restauração de uma classe II Forramento com cimento de ionômero de vidro Colocar o porta matriz e a cunha A inserção do amálgama deve ser iniciada imediatamente, pois quanto maior for o tempo passado entre a trituração e a condensação, o amálgama ficará menos resistente. Inserção Inserção Porta amálgama Dapen com amálgama triturado Manual Mecânica Ultra-som TIPOS DE CONDENSAÇÃO CONDENSAÇÃO O objetivo é compactar a liga na cavidade: • reduzindo a formação de poros • reduzindo o mercúrio residual • melhorando a resistência do amálgama Em classe II iniciar pela caixa proximal com calcadores pequenos CONDENSAÇÃO CONDENSAÇÃO Completar o preenchimento da cavidade oclusal com excesso Brunidura pré-escultura O intuito é remover o excesso de mercúrio Delimitar crista marginal Escultura O objetivo é devolver a anatomia do dente. -Início após o grito do amálgama -Esculpir apoiado em tecido dental Brunidura pós-escultura Adaptação às paredes cavitárias Elimina porosidades Produz uma superfície mais lisa Diminui a infiltração marginal. ACABAMENTO e POLIMENTO Objetivos : remover riscos e irregularidades da superfície (24 h após a condensação) Trituração ou Amalgamação Hg + HgSn Solubilidade Limitada Precipitação de Cristais Reação de Cristalização Significado Clínico das Alterações Dimensionais Expansão tardia: contaminação pela umidade Contração: aumento da infiltração marginal Expansão excessiva: trituração e condensação insuficientes CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA • Limalha (convencional) • Esferoidal (atomizada) • Dispersa (mistura de limalha + esferoidal) PRINCIPAIS CAUSAS DE INSUCESSOS DA RESTAURAÇÃO DE AMÁLGAMA: • Preparo Cavitário (56%) • Preparo do Amálgama (40%) • Alterações pulpares, fratura do dente e outras patologias (4%) Performance clínica dos materiais restauradores Restauração Performance clínica média (anos) Amálgama 8-12 Compósitos 6-8 Ionômero de Vidro 5 Ouro coesivo 10 Liga de ouro 12-18 (inlays/coroas) Coroa metalocerâmica 12-18 Public Health Service (USA) jan. 1993/14. Amálgama de Prata Vantagens - Escultura fácil - Resistência a mastigação - Alta longevidade - Selamento marginal Amálgama de Prata Desvantagens - Falta de adesão ao tecido dental - Não recupera resistênciaa fratura - Manchamento e corrosão - Cor não harmoniosa Amálgama de Prata Mecanismos de Retenção Amálgama não apresenta união a estrutura dental Meio auxiliares de retenção: Diretos (caixas retentivas e pins) Indiretos (pinos intra dentinários) Manchamento Descoloração superficial do metal precede a corrosão Causada por: bactérias, detritos alimentares, óxidos e cloretos Corrosão A presença de uma restauração de ouro em contato com o amálgama pode causar corrosão (eletroquímica) A liga também sofre corrosão por reação de agentes químicos (óxidos e cloreto de estanho) O selamento periférico melhora com a sua corrosão. Agradeço a sua atenção
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