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Distúrbios da função digestiva

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Distúrbios da função digestiva
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Distúrbios da função digestiva
• Distúrbios
• Esôfago
• Estômago
• Intestino delgado e grosso
• Hepatobiliar
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Hérnia hiatal
• Herniação do estômago através do hiato
esofágico no diafragma
• Tipos:
• deslizamento (comuns, deslocamento da
porção da mucosa gástrica proximal para
acima do diafragma)
• paraesofágica (porção do fundo gástrico
projeta-se para membrana do tec conj
diafragmático)
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Esofagite
• Inflamação do esôfago
• Causas: refluxo, infecção, fármacos, doenças sistêmicas e agentes físicos
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Esofagites Característica
Refluxo Gastroesofágico •Comum.
•Refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago (doença por
refluxo gástrico-esofágico)
•Causas: 
hérnia hiatal ou diminuição do tônus do esfíncter 
esofágico inferior
Microscopia: alongamento das papilas vasculares, 
espessamento da camada basocelular e infitrado de 
eosinófilos, neutrófilos e linfócitos
Esôfago de Barret •Metaplasia da mucosa (de escamosa para glandualr) 
semelhante a do Idelgado.
•Presença de céls caliciformes do ripo intestinal
•Alto risco de transformação em adenocarcinoma
Distúrbios do estômago
1. Distúrbios congênitos
2. Gastrite
3. Úlcera péptica
4. Distúrbios mecânicos
5. Neoplasias
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Gastrite
Gastrite Aguda Gastrite Crônica
1. Reação inflamatória intensa na mucosa
gástrica
2. Transitória
3. Autolimitada
Causas:
Drogas antiinflamatórias não esteróides,
alto consumo de álcool, outras doenças
sistêmicas, excesso de secreção ácida
•Erosões superficiais da mucosa são
processos autolimitados e curam-se sem
sequelas.
•Persistência da erosão: inflamação mais
profunda e necrose levando a formação
da úlcera péptica crônica
Reação inflamatória persistente na mucosa
gástrica
Acúmulo de linfócitos e plasmócitos na
lâmina própria
Infiltrado de céls inflamatórias de processo
agudo e crônico
Comum:
1. infecção bacteriana crônica pelo
Helicobacter pylori (adaptado ao baixo
pH, erradicada pelo tto com
Antibióticos)- imunorreação crônica-
lesão posterior do epitélio gástrico;
Metaplasia da mucosa gástrica (para
mucosa do Idelgado). Não há
regeneração se existir atrofia
2. Gastrite auto-imune (céls parietais)-
anemia perniciosa
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Úlcera péptica (Doença ulcerosa péptica)
• Úlceras profundas no estômago, 1ª porção do duodeno
• Causas:
• ação do ácido gástrico e das enzimas proteolíticas.
• Há associação com a H. pylori e a gastrite crônica. Lesão
extensa na mucosa gástrica permite o acesso as camadas
profundas do estômago podendo levar ao aumento da úlcera.
• Úlceras crônicas:
• erosão em toda parede do estômago—peritonite
• TTO: redução da secreção gástrica
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Distúrbios do Intestino Delgado
1. Distúrbios congênitos
2. Infecções
3. Doenças vasculares
4. Má absorção
5. Obstrução Mecânica
6. Neoplasias
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Infecções
Infecções
Virais •Echovírus, Coxsackievírus, Adenovírus
•Coronavírus
•Rotavírus (frequente)
•Vírus de Norwalk (lesões irregulares na mucosa e má absorção)
Fúngicas •Imunossupressão
•Candida, Histoplasma e Mucor
Parasitas 1. Orofecal ou carnes mal cozidas
2. Protozoário: Giardia, Entamoeba
3. Nematódeos: Ascaris, Strongyloides, Ancilostomídeos, Trichuris
4. Cestódeos
5. Trematódeos
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Má Absorção
• Distúrbio clínico no qual os nutrientes não são processados e absorvidos
apropriadamente
• Maior parte da absorção ocorre no intestino delgado (porção distal importante
para a absorção de sais biliares e vitamina B12)
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Doença celíaca
• Espru ou enteropatia perdedora de ptn
• Processo inflamatório que resulta em atrofia das vilosidades do
Idelgado e má absorção
• Causa: Imunorreação aos componentes do glúten (ptn do trigo)-
deve-se remover totalmente da dieta
• Diarréia e níveis tratáveis de má absorção
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Má Absorção
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Obstrução Mecânica
• Causas:
• Massa luminal, lesão instrínseca da parede intestinal
• Compressão extrínseca
• Intussuscepção
• Porção do intestino delgado que invagina-se sobre si mesma. Pode
causar divertículo de Meckel ou inflamação da placa de Peyer
• Vólvulo
• Giro do intestino sobre seu mesentério. Pode causar obstrução ou
interrupção do suprimento sanguíneo.
• Aderências
• Faixas fibrosas causadas por cirurgia pregressa obstruindo o intestino
• Hérnias
• Podem encarcerar e comprometer a circulação
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Vôlvulo e Intussusepção
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Distúrbios do Intestino Grosso
1. Distúrbios congênitos
2. Infecções
3. Doença inflamatória intestinal
4. Colite microscópica 
5. Enterocolite por radiação
6. Doença diverticular
7. Doenças vasculares
8. Síndrome da úlcera retal solitária
9. Pólipos colorretais
10. Neoplasias
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Infecções
Colite 
pseudomembranosa
•Distúrbio inflamatório do cólon
•Uso de antíbióticos e colonização por
Clostridium difficile (toxinas necrosam o epitélio
do cólon e inflamação nas criptas pro
neutrófilos)
•Exsudato necrótico, muco, fibrina e neutrófilos
Enterocolite
necrosante neonatal
•Emergências cirúrgicas comuns de neonatos ou
prematuros
•Etiologia: isquemia com colonização bacteriana
secundária
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Doença inflamatória intestinal
• Processos mórbidos intermitentes e ativos diferenciados com
base na localização e exame macro e microscópico
• Engloba 2 doenças inflamatórias crônicas do TGI:
• Doença de Crohn
• Colite ulcerativa
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Colite ulcerativa
Doença Diverticular
• Diverticulose:
• Bolsas da mucosa do trato intestinal que crescem para fora
(herniação da mucosa e submucosa pela muscular)
• adquirida
• Abertura arredondada que pode conter fezes- assintomático
• Causas: dietas pobres em fibras, diminuição da elasticidade
• Diverticulite
• Inflamação de um divertículo
• Dor abdominal persistente
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Doenças vasculares
Colite isquêmica Idosos com aterosclerose dos vasos mesentéricos
Mais comum: doença segmentar crônica
Dor abdominal, sangramento retal e mudança no padrão de evacuação
Angiodisplasia Idosos secundária a má formação arteriovenosas localizadas. Pode estar 
associada a valvopatia aórtica
Hemorróidas Idosos, gestação
Canais venosos de parede delgada e dilatados
Hemorróidas internas: plexo hemorroidário superior e externas do inferior.
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Síndrome da úlcera retal 
solitária
•Prolapso da mucosa interna do reto
•Irritação e ulceração da mucosa
Pólipos Colorretais •Não neoplásicos (metaplásicos)
•Pequenas projeções não neoplásicas da mucosa,
frequentemente múltiplas.
•Ocorrem em 75% dos idosos
Pólipos juvenis (de 
retenção)
•Proliferação hamartomatosas da mucosa do cólon.
•Crianças em idade inferior a 10 anos
•Lesõe pedunculares e solitárias
Pólipos inflamatórios •Estruturas nodulares da mucosa, inflamação
Pólipos linfóides •Folículos linfóides da submucosa
Adenomas •Pólipos adenomatosos
•Neoplasias do epitélio do cólon, displasia de baixo
grau
•Metade ocorre na região retosigmóide
•Assintomáticos
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Doenças do apêndice
1. Apendicite
• Aguda: qquer idade (pico: 10 a 30 anos)
• Obstrução da luz do apêndice (fecalito ou hiperplasia linfóide)-
dor abdominal perigástrica, náuseas, vômitos, febre de baixo 
grau
2. Mucocele
• Apêndice repleto de muco por obstrução crônica ou neoplasias
3. Neoplasias
1. Carcinóides do apêndice
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Distúrbio do Fígado
1. Anormalidades da bilirrubina
2. Colestase
3. Cirrose
4. Insuficiência hepática
5. Hipertensão portal
6. Hepatites
7. Hepatopatia alcoólicaEsteatose hepática não alccólica
8. Cirrose biliar primária
9. Colangiute esclerosante primária
10. Obstrução biliar extra-hepática
11. Síndromes de sobrecarga do ferro
12. Distúrbios hereditários associados a cirrose
13. Lesões hepatotóxicase vasculares
14. Infecções
15. Síndromes colestásicas da lactância
16. Atresia biliar
17. Neoplasias
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Colestase
• Comprometimento do fluxo
biliar do canalículo
(obstrução biliar intra-
hepática ou extra-hepática)
• Acúmulo de bilirrubina,
colesterol e sais biliare sno
sangue
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Cirrose
• Estágio terminal da hepatopatia crônica, refletindo lesão
hepática irreversível
• Estágio avançado é difícil identificar a causa
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Cirrose
Cirrose
Micronodular Nódulos de aproximadamente 3 mm de diâmetro 
circundados por septos fibrosos delgados
Normalmente na cirrose alcoólica
Macronodular Nódulos gdes separados por feixes largos de tecido 
fibroso
Hepatite crônica ou regeneração de cirrose micronodular
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Insuficiência hepática
• Síndrome clínica
• Função hepática inadequada para manter as atividades do
metabolismo, detoxificação e síntese
• Agudo ou crônico
• Complicações:
• icterícia, encefalopatia hepática, defeitos da coagulação e
hemorragia, hipoalbuminemia, síndrome hepatorretal,
diminuição da saturação do oxigênio arterial, complicações
endócrinas
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Hipertensão portal
• Aumento sustentado da pressão venosa portal por obstrução do
fluxo sanguíneo em qquer ponto
• Pode ser pré-hepática, intra-hepática e pós-hepática
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Hipertensão portal
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Causas
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Hepatite Viral
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Hepatite
Hepatite
Aguda •Semelhante a viral, diferentes graus
•Necrose dispersa de hepatócitos, corpúsculos de Councilman
(céls hepáticas apoptóticas). Necrose hepática confluente
(forma grave).
Crônica •Complicação do HBV ou HCV
Auto-imune •Etiologia desconhecida, afeta mulheres jovens (tipo I)-
anticorpos antinucleares e anti musculatura lisa, tipo II
crianças- anticorpos antimicrossomos do fígado e rim
Alcoólica •Ingestãoe msxcessiva de qquer forma de etanol
•Aumento da incidência de HBV e HCV
•Outras lesões: esteatose hepática, hepatite alcoólica, fibrose
intensa, cirrose alcoólica
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Cirrose biliar primária Hepatopatia colestásica progressiva crônica.
Destruição dos ductos biliares intra-hepáticos. 
Esporádica e acomete mulheres entre 30-65 anos
Colangite esclerosante
primária
Comum em homens com menos de 40 anos
Inflamação e fibrose dos ductos biliares intra e extra-
hepáticos que pode provocar obstrução biliar 
progressiva, icterícia.
Obstrução biliar extra-
hepática
Lesões 
Fígado aumentado e tingido de bile, colestase centro-
lobular e edema dos tartos portais
Síndromes de sobrecarga 
de ferro
Acúmulo de ferro em excesso no corpo (siderose)
Abcesso hepático
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Disfunção hepato-celualr
Síndrome de Reye Doença rara e patogênese incerta que ocorre em 
crianças jovens. Disfunção em múltiplos órgãos
Síndrome hepatorrenal Disfunção sincrônica de fígado e rins. Normalmente 
associada a cirrose alcoólica de longa duração
Deficiência da α1 
antitripsina
Autossômica recessiva causando enfisema e cirrose 
hepática
ICC grave Aumento da pressõa venosa central disfunção dos 
hepatócitos centro-lobulares. Congestaõ grave-
necrose
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Distúrbios da vesícula biliar
1. Distúrbios congênitos
2. Colelitíase
• Cálculos na maioria de colesterol
3. Colecistite
• Inflação difusa da vesícula biliar. Pode ser aguda ou crônica
4. Colesterolose
• Acumulo de macrófagos repletos de colesterol na mucosa da 
vesícula. Assintomático
5. Neoplasias
• Raros tumores benignos. (pailomas, adenomiomas, fibromas, 
lipomas, leiomiomas e mixomas)
• Adenocarcinoma- comum e associado a colelitíasee colecistite
crônica. Comum em mulheres.
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Deficiência de sais biliares: Colelitíase
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•Causas:
•diminuição de ácidos biliares na
bile
•aumento da excreção biliar de
colesterol
•uso de fibratos (derivados do ácido
fíbrico e usados para redução dos
níveis de triacilgliceróis)
Distúrbios do pâncreas
1. Distúrbios congênitos
• Pâncreas ectópico, pâncreas anular (cabeça circunda o 
duodeno), pâncreas bífido (falência da fusão), cistos secundários 
ao desenvolviemnto inadequado do ducto pancreático
2. Pancreatite
• Inflamação do pâncreas com lesão de céls acinares e 
extravasamento e ativação de enzimas digestivas no parênquima 
pancreático
3. Neoplasias
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Pancreatite
Aguda Crônica
Emergência clínica
Sensibilidade epigástrica, febre, taquicardia, choque
em poucas horas
Destruição progressiva do pâncreas associada a
fibrose e insuficiência exócrina e endócrina
Dor epigástrica recorrente ou persistente, perda de
peso. Ocasionalmente é silenciosa.
Necrose de céls acinares, inflamação aguda intensa e
adipócitos necróticos
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Referência bibliográfica
KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N.. Robbins; Cotran-Patologia – bases 
patológicas da doença- Elsevier2005. 1592pp.
RUBIN et al. RUBIN patologia- Bases clinicopatológicas da medicina. 
4edição. Editora Guanabara Koogan S.A. 2005.
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