Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 1 Artigo publicado no Vol. IV / 1996 da Revista Cadernos de Debate, uma publicação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da UNICAMP, páginas 32-46. Inquérito de Consumo Familiar de Alimentos - Metodologia para Identificação de Famílias de Risco Alimentar Maria Antonia Martins Galeazzi, Heloisa Bonvino, Fernando Lourenço e Rodrigo P. de Toledo Vianna Resumo O presente trabalho é resultado de várias reformulações metodológicas do Inquérito de Consumo do município de Mogi Guaçu aplicado em 1984 em convênio realizado entre NEPA/UNICAMP e prefeitura de Mogi Guaçu. A validação da metodologia consistiu na aplicação de Inquéritos de Consumo em dois municípios de São Paulo (Campinas) e Mato Grosso do Sul (Campo Grande) de forma sistemática por dois anos consecutivos. O instrumento permite, através de perfil socioeconômico e padrões de consumo de uma dada população, dar suporte a planejadores de políticas locais e até mesmo regionais além de ser seu custo/benefício baixo em relação a outras metodologias. Palavras chaves: consumo familiar de alimentos; metodologia de inquérito; políticas públicas. Family Food Consumption: Methodology for Identification of Families at Nutritional Risk Abstract The methodology used in the Family Food Consumption survey conducted in Mogi Guaçu in 1984 has been reformulated and tested for two years in two other counties in Brazil: Campinas (SP) and Campo Grande (MS). The instrument provides a relatively inexpensive outline of socioeconomic profile and local consumption patterns which can be used to assist in the planning of local policies and which cost/benefit ratio is lower than that of other known methodologies. Key words: family food consumption; methodology of investigation; public policies. 1. INTRODUÇÃO No campo da alimentação, importante ferramenta para se obter informações quanto ao perfil socioeconômico e nutricional de uma dada população é o inquérito de consumo alimentar. Entende-se por consumo alimentar a caracterização - qualitativa e quantitativa - do tipo de alimentação de um indivíduo, grupo ou população. Este está ligado a fatores Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 2 socioeconômicos, conjunturais sendo fortemente dinâmico e determinando, ao longo do tempo, o hábito alimentar, de acordo com as características estruturais da população como: cultura; regionalidade; condições produtivas, urbana ou agrícola. No Brasil, as informações sobre este tema são extremamente escassas. Ainda hoje, a principal referência provem do Estudo Nacional sobre a Despesa Familiar (ENDEF), realizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE) em 1974/75. Esta pesquisa coletou dados sobre todos os alimentos consumidos pelas famílias incluídas na amostra, dentro de um questionário amplo contemplando questões de saúde, antropometria e informações sócio econômicas. Após o ENDEF, IBGE em 1987/88 realizou uma nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que objetivou a quantificação indireta do consumo de alimentos nas áreas urbanas metropolitanas do País através dos dados de despesas com alimentação , permitindo assim uma estimativa do consumo de alimentos através de preços médios. Em 1989, a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), numa parceria entre o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas e o IBGE. E permitiu atualizar o mapeamento da quantificação da desnutrição e da obesidade no país, sem contudo acrescentar informações atuais sobre consumo alimentar, em relação às já existentes. A própria FIBGE reconhece a necessidade, no Brasil, de adoção de sistemas de informação atualizados de coleta de dados, sobre o consumo de produtos alimentares pela população, devido às flutuações do nível e distribuição de renda e da introdução de novos produtos no mercado. Estes são indicadores característicos da estrutura de consumo pouco estável das economias em desenvolvimento. Tomando como base o trabalho desenvolvido no município de Mogi-Guaçu em 1984 (Galeazzi, 1984)1, adaptou-se a metodologia, a partir do instrumento de coleta de dados e da sua aplicação, para ser utilizada em, em diferentes bairros da cidade de Campinas (Jardim Miranda, Real Parque e Jardim Novos Campos Elíseos). Com a aplicação de 30 1 "Perfil de Consumo e Nutricional de Famílias de Escolares em Escolas Públicas de 1° grau" que abrangeu 900 crianças matriculadas nas escolas públicas de 1° grau do município de Mogi-Guaçu, totalizando um universo de 5.400 indivíduos. Convênio NEPA/Prefeitura de Mogi-Guaçu - Galeazzi, M. A. M.; Collares, C. A. L.; Amorim, S. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 3 questionários em cada teste procurou-se adequar o instrumento de coleta de dados, o tempo de aplicação e a receptividade dos entrevistados. A análise dos resultados obtidos comparados com os resultados do ENDEF e da POF demonstrou a consistência da metodologia. O trabalho objetiva, através de um instrumento conciso (ANEXO I), ágil e de baixo custo, realizar Inquérito de Consumo Alimentar de uma dada população, além de obter estimativas do estado nutricional relativo às características socioeconômicas da população em análise. Visa, portanto, avaliar questões relevantes para os tomadores de decisão em políticas públicas relativas a alimentação. 2. PROCEDIMENTO PARA TRABALHO DE CAMPO 2.1. Amostragem A técnica de amostragem utilizada é a de Conglomerados em Dois Estágios, com a seleção feita por amostra aleatória simples (α = 0,05). Primeiro Estágio: Amostra Aleatória Simples, unidade amostral: ESCOLAS. Segundo Estágio: Amostra Sistemática, unidade amostral: CRIANÇA. Assim, a partir da criança, chega-se à FAMÍLIA a ser pesquisada. Considera-se que o matriculado dá preferência a uma instituição próxima à sua residência, logo a dispersão geográfica da população no município é obtida através das instituições selecionadas. Como se trata de uma população de renda relativamente baixa, levou-se em consideração que todos os alimentos comprados pela família são consumidos no próprio mês. Considerando-a não existência de estoque de um mês para outro, pode-se obter com os dados destas compras, o consumo mensal da família no domicílio. 2.2. Treinamento da Equipe de Entrevistadores Esta etapa é fundamental para o bom desempenho das entrevistas, confiabilidade e análise dos dados obtidos. São realizados dois treinamentos, utilizando o material de campo (questionários e manual do entrevistador), com a equipe de entrevistadores selecionada: a) para a aplicação de um pré-teste; b) para avaliação do material obtido no pré-teste e complementação da formação dos entrevistadores. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 4 2.3. Suporte de Informática Todos os dados coletados são transcritos para meio eletrônico, em formato dbf, e todos os procedimentos de análise são realizados utilizando-se os softwares EXCELL e SAS, em microcomputadores IBM compatível. 3. PROCEDIMENTO DE ANÁLISE 3.1. Caracterização socioeconômica Para a estratificação da população em faixas de renda utiliza-se como parâmetro o Salário Mínimo Per Capita (SMPC), que representa o total da renda da unidade amostral, incluindo salários, aposentadoria, pensão, aluguel, rendimentos, etc., dividido pelo número de integrantes da unidade amostral. Define-se unidade amostral neste estudo como o conjunto de indivíduos que repartem as mesmas estratégias de sobrevivência. É certo que na maioria dos casos o que chamamos de unidade amostral é coincidente com as relaçõesconsanguíneas, isto é, a família, mas podem acontecer casos de indivíduos agregados às famílias, que em conjunto compõe o que nos interessa, que chamamos de unidade amostral. A partir dos dados de renda per capita, define-se um conjunto de classes, com uma quantidade suficiente de casos, para se proceder as análises relevantes . São desconsiderados os questionários das unidades amostrais que não declaram, direta ou indiretamente a renda, pois pode-se observar na prática, que estes casos compõem um grupo bastante heterogêneo, compostos por, unidades que não declararam renda por motivos diversos, bem como aquelas que realmente não dispunham de renda. São descritos a média de integrantes nas Unidades Amostrais em cada faixa de renda, o número médio de pessoas que trabalham, ou tem algum rendimento, por unidade amostral, dividido por faixas de renda e a renda per capita média por unidade amostral (família), dividido por faixa de renda. O significado dos gastos com alimentação são indicados dentro dos rendimentos mensais da unidade amostral. Tomando-se como base de cálculo a média da renda das faixas Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 5 estipuladas, pode-se obter a porcentagem dos rendimentos de cada classe com alimentação e também os valores absolutos de gasto com esta despesa. São descritas as frequências de número de trabalhadores por unidade amostral, distribuição das unidades amostrais, relativas à relação de dependência encontrada e finalmente a distribuição das unidades amostrais em função do seu número de integrantes. Após a caracterização das unidades amostrais, é descrito o universo pesquisado de maneira geral em função da distribuição etária da população, divisão por sexo, porcentagem de gestantes e nutrizes e escolaridade. 3.2. Cobertura dos programas de alimentação O instrumento permite, avaliar o impacto dos programas sociais, principalmente promovidos pelo poder público, através de questões que visam medir o impacto de serviços como de creche, pré-escola, merenda escolar, programa de alimentação ao trabalhador (PAT) e outros programas de atendimento. São obtidas a s frequências de cobertura destes programas e qualitativamente avaliado seu atendimento. Observa-se também a frequência de trabalhadores com carteira assinada e trabalhadores informais, como subsídio para a discussão de programas como o PAT. 3.3. Local das refeições dos serviços de alimentação e equipamentos de abastecimento As informações sobre os locais das refeições de cada indivíduo pertencente ao universo amostral. é importante ao utilizar esta metodologia para a avaliação nutricional e consequentemente identificação de famílias de risco alimentar sendo computados somente os alimentos consumidos ou preparados no domicílio. A quantidade disponível de alimentos e consequentemente nutrientes é avaliada em função da demanda real dos mesmos por cada indivíduo dentro do domicílio. Desta maneira, uma pessoa que faz frequentemente suas refeições fora de casa tem necessidade de alimentos intra domicílio inferior àquele que faz todas suas refeições no domicílio. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 6 É possível também, através da alimentação fora do domicílio, diagnosticar a distribuição da população nos diferentes locais, ou seja, onde se concentram as pessoas em cada período para realizar suas refeições e a avaliação do comportamento do indivíduo em função das respectivas estratégias de sobrevivência. Os equipamentos de abastecimento utilizados pela população são avaliados, levando- se em conta quanto cada unidade amostral gasta por mês com suas despesas de alimentação e, onde são feitos estes gastos. O resultado desta informação aponta para o estabelecimento de um perfil do consumidor do universo pesquisado. Uma análise espacial, poderá ser obtida determinando como estão sendo supridas as necessidades de abastecimento da população em diferentes regiões de abrangência da pesquisa e com isso dar subsídios à medidas de planejamento visando suprir pontos de estrangulamento de abastecimento. Através da mesma análise pode-se encontrar possíveis correlações para o consumo de itens na alimentação da população em função da oferta. 3.4. Alimentos mais consumidos De acordo com o questionário aplicado, determina-se, qualitativa e quantitativamente, os alimentos mais consumidos por faixa de renda. Com este recurso é possível avaliar o perfil de consumo com vistas à medidas a serem tomadas quanto a políticas públicas na área alimentar. Os resultados da coleta de dados de consumo alimentar são apresentados em tabelas, com as especificações de produto, frequência, quantidade e gasto monetário, e a partir destes dados são feitas as análises de nutrientes disponíveis. Os itens especificados correspondem a uma lista de 86 produtos, buscando-se adequar o instrumento de forma a encontrar os itens presentes no consumo mensal de alimentos das famílias. Estes itens foram definidos com base nas pesquisas anteriores realizadas pela Fundação IBGE, no caso o Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF) de 1974 e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 1987 e pelo NEPA (Mogi-Mirim, 1984; Campinas, abril, agosto e novembro de 1992; Campinas, 1994 e Campo Grande no Estado de Mato Grosso do Sul, 1995). Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 7 É quantificada a frequência de consumo dos itens, isto é, a porcentagem de famílias que responderam positivamente a cada alimento. Por exemplo: um item indicado com frequência de 100% representa que todas as famílias, com diferentes quantidades de alimentos, responderam que consomem este item mensalmente; e no caso de um produto com frequência de 25%, significa que somente 1/4 das famílias entrevistadas responderam que consomem este alimento mensalmente. São expressas as médias de consumo, obtidos nas respostas positivas de consumo das famílias, ou seja, a quantidade média de consumo, de cada item alimentar, consumido pelas famílias que apontaram resposta positiva para o item. Finalmente, o gasto monetário, representa uma estimativa do custo da quantidade média encontrada anteriormente. Os valores dos preços de cada item alimentar são obtidos através de dados atualizados no momento da execução da pesquisa. 3.5. Disponibilidade de nutrientes e adequação da dieta segundo recomendações Os dados de consumo alimentar obtidos são analisados de acordo com as suas contribuições nutricionais. Utilizam-se as recomendações nutricionais aplicadas à população brasileira, elaboradas pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) em 1990, e a Recommended Dietary Allowances/National Research Council (RDA/NRC, 1989) para determinar as adequações da população amostrada. Este procedimento é feito adotando as recomendações para cada indivíduo da amostra, ponderado por sua idade, sexo e estado fisiológico resultando nas recomendações específicas do universo analisado. Analisa-se a contribuição nutricional dos alimentos determinados na pesquisa, convertidos em macronutrientes, micronutrientes e minerais (caloria e proteína; Vitamina A, B1, B2 e C; e Cálcio, Fósforo e Ferro). Os alimentos são transformados em unidades de pesos e medidas comestíveis, utilizando-se a tabela de “Fator de Correção” de Niedja M. de Melo Luna do livro “Tecnica Dietética - Pesos e medidas em alimentos” da editora da Fundação Universidade Federal do Mato Grosso, 1995. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 8 A conversão dos alimentos é feita a partir de um programa, desenvolvido em planilha eletrônica EXCEL, com base na tabela de composição de alimentos do IBGE de 1977, a mais apropriada para este tipode inquérito e de maior abrangência para estudos de alimentos brasileiros, uma vez que foi elaborada para o ENDEF na década de 70. Definiu-se Ritmo Alimentar de acordo com o ENDEF, representando a frequência com que cada indivíduo faz suas refeições durante o dia. Assim, os dados de consumo levantados neste inquérito, que dizem respeito aos alimentos presentes no domicílio, são comparados com uma tabela de recomendação nutricional ponderada considerando-se o ritmo alimentar e o local das refeições de cada indivíduo de cada unidade amostral. Os dados obtidos da conversão dos alimentos consumidos em nutrientes, e comparados com a recomendação nutricional de cada nutriente por unidade amostral, representam a disponibilidade de nutrientes nos domicílios. Este resultado é apresentado na forma de adequação, em porcentagem, de macro e micro nutrientes, de acordo com a disponibilidade de alimentos no domicílio em função da recomendação nutricional ponderada, levando em conta o local das refeições e o ritmo alimentar da população amostrada. De acordo com a porcentagem de adequação, nos casos negativos, identificamos grupos de risco nutricional, ou seja, unidades amostrais que não apresentam quantidades de alimentos suficiente nos seus domicílios para suprir as recomendações nutricionais de seus integrantes. Uma vez obtida a conversão dos alimentos consumidos, é possível iniciar a análise da quantidade de nutrientes disponíveis para as unidades amostrais. Como este tipo de metodologia busca somente informações sobre os alimentos adquiridos - comprados, recebidos ou produzidos - pela família, as análises nutricionais possíveis de serem feitas são sobretudo de caráter indicativo, isto é, de detecção de grupos vulneráveis, ou de risco, considerados desta maneira em virtude de não dispor de quantidade suficiente para suprir suas recomendações nutricionais. Por outro lado, a composição do quadro de alimentos preferencialmente consumidos pelas unidades amostrais, permite observar as características de consumo e hábito alimentar. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 9 A deficiência do consumo de algum item, assim como o consumo excessivo são dados importantes para subsidiar o planejador, na área de alimentação, que busca atingir o objetivo da Segurança Alimentar definida nos termos de “assegurar que todas as pessoas tenham, em todo momento, acesso físico e econômico aos alimentos básicos que necessitam (...) a segurança alimentar deve ter três propósitos específicos: assegurar a produção alimentar adequada, conseguir a máxima estabilidade no fluxo de tais alimentos e garantir o acesso aos alimentos disponíveis por parte dos que necessitam” (Galeazzi, 1996). Esta metodologia permite indicar os alimentos mais consumidos, tomando como referência o aporte de calorias, que cada um deles fornece ao ser ingerido. A contribuição calórica, ou de energia, é escolhida como referência por ser um forte indicador da suficiência alimentar, ou seja, a deficiência no aporte de calorias indica deficiência de ingestão de alimentos, apontando para um quadro de desnutrição, aguda ou crônica. Além disso, a insuficiência calórica está associada a carências de outros nutrientes e micronutrientes. A listagem de alimentos, apresentada desta forma, permite dar subsídios para a elaboração de uma cesta básica regional, baseada nos padrões locais de consumo. 4. BIBLIOGRAFIA FIBGE. Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF), Brasília, FIBGE, 1974. FIBGE. Estudo Nacional de Despesa Familiar: Tabelas de composição dos alimentos, Brasília, FIBGE, 1977. FIBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), Série relatórios metodológicos, v.10. Rio de Janeiro, 3v., FIBGE, 1990. Galeazzi M.A.M. Hábito Alimentar e Educação Alimentar. Boletim da SBCTA. Galeazzi M.A.M. Segurança Alimentar e os problemas estruturais de acesso. In Segurança Alimentar e Cidadania: a contribuição das Universidades Paulistas. Mercado de Letras, 1º ed., Campinas, 1996. LUNA, N.M.de M. Técnica Dietética - Pesos e medidas em alimentos, editora da Fundação Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 1995. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 10 NAS-USA. Food and Nutrition Board Committee on Dietary Allowances: Recommended Dietary Allowances, 9 th ed, Washington- DC, National Academy of Sciences, 1980. SBAN. Recomendações Nutricionais Aplicadas à População Brasileira. Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), 1990. Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 11 ANEXO I - QUESTIONÁRIO SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES - INSTRUMENTO DE PESQUISA Residência: Bairro: QUESTIONÁRIO SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES N°: Hora início: Hora final: Entrevistador: Bairro: COD.: I- COMPOSIÇÃO DA FAMÍLIA Número Nome ( * = chefe da casa) Sexo Idade Estado Fisiológico Estudo Estudo 0- sem estudos 1- pré-escola 2- 1° grau incompleto 3- 1° grau completo 4- 2° grau incompleto 5- 2° grau completo 6- técnico 7- superior 8-não sei (último caso) Est. Fisiológico A- amamentando G- grávida II- HISTÓRICO 1- Família sempre morou na cidade? 1- Sim 3- Não Sabe de que Estado veio sua família? 2- marido: 3- mulher: III- ORIGEM DOS ALIMENTOS: Gasto mensal médio (R$) em: (Estimar o total quando não souber os ítens abaixo) 4- Total: Supermercado: Sacolão: Armazém Feira/ambulante: Açougue: Quitanda: Produtor: Padaria: Outros (espec.): IV- LOCAL DAS REFEIÇÕES Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 12 Número Café da manhã Almoço Lanche Jantar Local das refeições 0- Não faz 1- Casa 2- No trabalho mas leva de casa 3- No trabalho 4- Escola 5- Creche 6- Restaurante / Lanchonete V- CRECHE Número Identificação da creche: 1- Creche Municipal 2- Creche Conveniada 3- Creche Particular Número Alimentação: 1- Oferecido pela creche 4- A família prepara a comida 2- A família paga em dinheiro 5- Outros 3- A família paga em mercadoria VI- PRÉ-ESCOLA Número Identificação da Pré-Escola: 1- Particular 3- Pública Número A criança toma merenda? 1- Sim 2- As vezes 3- Não VII- MERENDA ESCOLAR (perguntar de preferência para as crianças da casa) Número O aluno toma merenda ? (por que?) 1- Sim 2- As vezes 3- Não Número A escola oferece merenda nas férias ? 1- Sim 2- As vezes 3- Não p/ a criança Qual mais gosta ? Qual menos gosta ? sorteada O que mais gostaria que houvesse na merenda ? Salgado Doce VIII- PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR (PAT) Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 13 Número O local onde você trabalha oferece algum tipo de alimentação? 2- refeição 6- cesta básica 4- ticket 8- não oferece Número Tem carteira assinada? A empresa desconta no seu pagamento esta alimentação? 1- sim 3- não 5- não sabe IX- OUTROS PROGRAMAS DE ALIMENTAÇÃO 5- A família recebeu doação de algum tipo de alimento no último mês? 1- sim 3- não 6- Se sim, qual(is) alimento(s) recebeu ? 1- leite em pó 2- leite fluido 3- óleo 4- outros (espec.) 7- Quem distribuiu? 1- Prefeitura 3- Min. Saúde 5- Ent. Filantrópica 7- não sabe 2- Gov. Federal 4- Igreja 6- Comitê Contra Fome 8- outro (espec.) 8- Quem consumiu os alimentos recebidos? 1- toda família 3- as crianças 5- mulheres amamentando 2- os idosos 4- gestantes 6- outros (especif.) 9- A família, para receber estes alimentos, participou de atividades de: 1- saúde ( pesagem,consulta médica, vacinação) 3- trabalho comunitário 2- palestras educativas 4- nenhuma atividade X- HABITO ALIMENTAR E SAÚDE Número Cite 4 alimentos mais consumidos pela criança durante a semana (marcar ao lado a quantidade para os alimentos exclusivos) Número A criança tem acompanhamento do posto de saúde ? 1- sim 3- não XI- RENDA E INFRA-ESTRUTURA Cadernos de Debate, Vol. IV, 1996 14 10- Profissão do chefe da casa: 11- Quantas pessoas da família trabalham: 12- Renda familiar: 13- Renda do chefe : 14- Tipo de construção da casa: 1- alvenaria completa 2- alvenaria incompleta 3- madeira / outros 15-Situação da moradia: 1- própria 2- alugada 3- cedida 4-financiada 5- outra 16-Saneamento: 1- esgoto e água 2- fossa e água 3- esgoto e poço 4- fossa e poço 5- sem saneamento 17- Bens: 1- carro ( ) 2-geladeira ( ) 3- freezer ( ) 4- fogão ( ) 5- televisão ( ) 6- video cassete ( ) 7- aparelho de som ( ) 8- telefone ( ) TABELA DE CONSUMO FAMILIAR MENSAL DE ALIMENTOS (**** perguntar primeiro os ítens mais consumidos, depois verificar os outros) ANOTE TODO ALIMENTO ADQUIRIDO, COMPRADO, RECEBIDO E PRODUZIDO PARA CONSUMO FAMILIAR CEREAIS E DERIVADOS qdade local LEGUMES**** qdade local FRUTAS**** qdade local Arroz kg � abóbora kg � abacate kg � farinha de trigo kg � abobrinha kg � abacaxi un. � fubá de milho kg � agrião maço � banana dz � macarrão kg � alface pés � caju un. � maizena kg � alho cabeça � doce de fruta kg � pão de forma pacote � almeirão pés � goiaba kg � pão francês un. � berinjela kg � laranja dz � LEGUMINOSAS beterraba kg � limão dz � feijão kg � brócolis maço � maçã kg � lentilha/ervilha kg � cebola kg � mamão kg � outras (esp.) kg � cenoura kg � manga kg � TUBÉRCULOS cheiro verde maço � maracujá kg � batata kg � chicória pés � melancia e melão kg � farinha de mandioca kg � chuchu kg � pera kg � mandioca kg � couve pés � tangerina/ponkan dz � CARNES E PESCADOS couve-flor pés � uva kg � carne bovina sem osso kg � espinafre/bertalha maço � BEBIDAS E DIVERSOS carne bovina com osso kg � jiló kg � café kg � carne enlatada lata � milho verde em espiga un. � caldo de carne tablete � carne de porco sem osso kg � pepino kg � cerveja garr. � carne de porco com osso kg � pimentão kg � chá kg � bacon/toucinho kg � quiabo kg � outra bebida alcoólica l � frango kg � repolho kg � refrigerante l � salsicha kg � rúcula maço � sal kg � linguiça kg � tomate kg � suco artificial l � peixe kg � vagem kg � tempero pronto kg � peixe enlatado lata � AÇÚCARES E DOCES ÓLEOS E GORDURAS OVOS, LEITES E QUEIJOS achocolatado kg � oleo de cozinha lata � creme de leite lata � açúcar kg � banha kg � doce de leite kg � bolacha doce un. � maionese kg � leite l � bolacha salgada un. � manteiga kg � leite condensado lata � bolos un. � margarina kg � leite em pó lata � chocolate kg � ENLATADOS ovos dz � gelatina pte. � massa de tomate lata � queijo kg � pudim pte. � milho verde em lata lata � outro (esp.) � sorvete kg � seleta de legumes lata � OUTROS ÍTENS CONSUMIDOS E MENCIONADOS ÍTENS DE PRODUÇÃO PRÓPRIA CONSUMIDOS ITENS RECEBIDOS POR DOAÇÃO (EX.: CESTA BÁSICA) Legenda Ž 1- Não tem hábito 2-Preço elevado 3-Falta de oferta
Compartilhar