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2018313 92057 transtornos digestivos

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Dispensação em transtornos 
digestivos 
 
 
Prof. Lânea Kalliny 
 
DISPEPSIA 
 Dor ou desconforto relacionados ao trato 
gastrointestinal superior com sintomas por mais que 
25% dos dias nas últimas 4 semanas. Pacientes 
podem ter dor (ou desconforto) epigástrico, 
náuseas. 
 
 Sintomas relacionados ao abdome superior, 
comumente chamados de "indigestão". Inclui dor, 
eructação, empachamento, peso, náusea ou 
saciedade precoce. 
Doenças do estômago que provocam 
dispepsia 
 
Gastrite 
 
Úlcera péptica 
 
Refluxo gastroesofágico 
 
Câncer de estômago 
 
Medicamentos 
Fatores relacionados à presença de 
dispepsia 
 
Problemas motores nos músculos 
gástricos; 
 
Alterações psicológicas; 
 
Aumento da sensibilidade do estômago; 
 
Presença do H.pylori. 
 Sinais de alarme: 
 anemia 
 disfagia 
 hematêmese ou melena 
 vômitos persistentes 
 perda de peso (maior que 5%), involuntária. 
Dispepsia 
Tratamento da Dispepsia 
O tratamento da dispepsia deve ser 
focado na sua causa. 
 
• Inibidores da bomba de prótons 
 
• Bloqueadores H2 
 
 
 
 
Como abordar o paciente com 
dispepsia? 
Dispepsia 
Terapia empírica: 
Paciente que fará acompanhamento 
Diagnóstico imediato se: Investigar H. pylori 
Dispepsia + sinais de alarme 
 1. Definir o problema 
 
� 2. Especificar o objetivo terapêutico 
 
� 3. Escolher e verificar a adequação do 
tratamento 
 
� 4. Iniciar o tratamento 
 
� 5. Dar informação, instruções e avisos 
 
� 6. Monitorizar (e parar?) o tratamento 
 
• Lesão da mucosa do 
estômago ou duodeno, 
que pode ultrapassar a 
musculatura da mucosa 
• � A base da úlcera 
consiste geralmente 
numa zona com necrose 
eosinofílica e fibrótica. 
• � Resulta da quebra do 
equilíbrio entre 
fatores protectores 
(pré-epiteliais, epiteliais 
e sub-epiteliais) e 
fatores agressivos da mucosa. 
Definição do Problema 
Causas mais comuns: 
Infecção crónica por 
Helicobacter pylori ; 
Consumo frequente de AINEs 
o Alívio sintomático 
o Cicatrização da úlcera 
o Prevenção de recidivas 
Especificar objetivo terapêutico 
Fármacos que reduzem a acidez gástrica: 
 
 Anti-ácidos 
 Antagonistas dos receptores H2 
 Inibidores da bomba de prótons 
(IBP) 
Classes de fármacos 
 Tratamento empírico com bloqueadores 
do receptor H2 é recomendado para 
muitos pacientes com dispepsia 
 Endoscopia digestiva alta é 
recomendada inicialmente em pacientes 
portadores de dispepsia e com sinais de 
alarme ou idade acima de 50 anos 
 
Dispepsia 
Dispepsia 
Anti-ácidos 
 Medicamentos de venda livre 
 Uso comum para tratamento sintomático 
 
 Bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio: distensão 
gástrica, eructações. 
 Hidróxido de magnésio: diarréia osmótica 
 Hidróxido de alumínio: constipação 
 Bloqueadores H2 
 cimetidina (800 a 1200 mg/dia, divididos em 
2 ou 3 tomadas) 
 ranitidina (300 mg/dia, em 2 tomadas) 
 famotidina (40 mg/dia, em 2 tomadas) 
 nizatidina (300 mg/dia, em 2 tomadas) 
Dispepsia 
 Bloqueadores de bomba de prótons: 
 omeprazol 20 mg 1x/dia 
 lansoprazol 15-30 mg 1x/dia 
 pantoprazol 40 mg 1x/dia 
Dispepsia 
H. pylori 
Esquema 1 Esquema 2 Esquema 3 
omeprazol 20 mg 
2x/dia* 
+ 
metronidazol 500mg 
2X/dia 
+ 
claritromicina 500mg 
2X/dia 
 
omeprazol 20mg 
2X/dia* 
+ 
amoxacilina 1g 2X/dia 
(não ampicilina) 
+ 
claritromicina 500mg 
2X/dia 
 
omeprazol 20 mg 
2X/dia 
+ 
salicilato de bismuto 2 
tabletes 4X/dia 
+ 
tetraciclina 500mg 
4X/dia 
+ 
metronidazol 250 mg 
4X/dia 
 
 Se a endoscopia mostrar úlcera, fazer teste 
diagnóstico para H. pylori (teste da urease, 
sorologia) 
 Caso positivo, erradicar com: 
 inibidor de bomba de prótons, claritromicina (1g/dia em 
2 tomadas) e amoxacilina (2g/dia em 2 tomadas) por 7 
dias ou 
 inibidor de bomba de prótons, tetraciclina (1g/dia em 4 
tomadas), metronidazol (1g/dia em 2 tomadas) e 
bismuto (2 comp 4x por dia) por 7 dias 
 
Dispepsia 
 úlcera péptica foi diagnosticada previamente? 
Em pacientes que tiveram diagnóstico prévio de 
úlcera péptica, sorologia para H.pylori é 
indicada. 
 se sintomas persistem por mais que 4 semanas 
com uso de bloqueador do receptor H2, ou se 
ocorrer recidiva nos primeiros 12 meses, 
endoscopia está indicada. 
Dispepsia 
 pacientes em uso de anti-inflamatórios não-
hormonais (AINH) devem, se possível, interromper 
utilização. Tratamento por 12 semanas (com IBP) é 
recomendado se interrupção dos AINH não for 
possível. 
 pacientes com idade acima de 50 anos têm 
incidência aumentada de câncer gástrico. 
Endoscopia digestiva pode ser indicada antes da 
utilização de tratamento com bloqueador do 
receptor H2. 
Dispepsia 
 maioria dos pacientes com dispepsia 
não tem achados endoscópicos que 
expliquem os sintomas. Dispepsia não-
ulcerosa ou dispepsia funcional são 
termos utilizados para descrever esta 
situação. 
Dispepsia 
 Outras drogas: 
 pró-cinéticos: metoclopramida,bromoprida, 
domperidona 
 antiácidos: hidróxido de Al, Mg, carbonato 
de cálcio 
 
Dispepsia 
DISPENSAÇÃO ATIVA 
RANITIDINA 
 
 
Paciente chega à farmácia 
com prescrição 
Farmacêutico avalia a prescrição. Contém erros? 
Sim 
Não 
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Para quem é o 
medicamento? 
Ofereça informações por escrito. Dê o telefone 
e coloque-se à disposição. Explique a 
necessidade do usuário saber como é o uso 
adequado deste medicamento, e se possível 
para que ele venha à farmácia. 
O medicamento é para 
outra pessoa 
O medicamento é para o 
solicitante 
É a primeira vez que utiliza? 
Sim 
Não CONTINUIDADE DO 
TRATAMENTO 
Para que o médico lhe disse 
que era este medicamento? 
Explicar o objetivo do tratamento. 
Como o médico lhe disse que 
deveria tomar este medicamento? 
Explicar o modo correto de usar. 
 Classe Terapêutica 
Antiulcerosos 
 
Indicações 
A ranitidina é indicada para gastrite, esofagite de refluxo, úlcera péptica e hemorragia intestinal. 
 
Posologia 
Adultos: 
Tratamento de curta duração de úlcera: 150mg VO, 2 vezes ao dia, ou 300mg VO, ao deitar. 
Profilaxia da úlcera duodenal recorrente: 150mg VO, ao deitar. 
Hemorragia digestiva: 50mg IV em bolus, continuando com infusão venosa na dose de 6,25mg/hora. 
Condições de hipersecreção gástrica: 
Oral: 150mg VO, 2 vezes ao dia (máximo 600mg/dia). 
IM ou IV: 50mg/dose a cada 6 a 8 horas, até uma dose máxima de 400mg/dia. 
Infusão venosa: até 2,5 mg/kg/hora (máximo de 220mg/hora). 
Crianças de 1 a 16 anos: 
Oral: 1,25 a 2,5mg/kg/dose, a cada 12 horas (dose máxima diária de 300mg/dia). 
IM ou IV: 0,75 a 1,5mg/kg/dose, a cada 6 a 8 horas (dose máxima diária de 400mg/dia). 
Infusão venosa: 0,1mg a 0,25mg/kg/hora (preferido para úlceras de stress). 
 
Contra-Indicações 
A ranitidina é contra-indicada para pacientes que tenham hipersensibilidade à ranitidina. 
 
Efeitos Adversos 
A ranitidina pode causar: vertigem, sedação, astenia, cefaléia, confusão mental e sonolência. Rash. Constipação intestinal, 
diarréia, hepatite, náusea e vômito. Agranulocitose, neutropenia, trombocitopenia. Artralgia. Bradicardia e taquicardia. 
Broncoespasmo, febre. Ginecomastia. 
 
Interações 
Antiácidos podem diminuir a absorção da ranitidina. 
Redução
da absorção do cetoconazol, itraconazol e diazepam. 
Pode diminuir os níveis séricos de procainamida e sulfato ferroso. Diminuição dos efeitos de relaxantes musculares não 
despolarizantes, oxaprozina e cianocobalamina. 
A ranitidina diminui a toxicidade da atropina. 
Aumenta a toxicidade da ciclosporina, gentamicina, glipizida, gliburida, midazolan, metoprolol, pentoxifilina, quinidina e 
fenitoína. 
 
Precauções 
Usar com cautela em crianças menores de 12 anos e em pacientes com lesões hepáticas ou renais. 
A modificação da dose é necessária em pacientes com problemas renais. 
A terapia crônica pode causar deficiência de vitamina B12. 
 
 Fonte: Pdamed 
 
Paciente chega à farmácia 
com prescrição 
Farmacêutico avalia a prescrição. Contém erros? 
Sim 
Não 
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Para quem é o 
medicamento? 
Ofereça informações por escrito. Dê o telefone 
e coloque-se à disposição. Explique a 
necessidade do usuário saber como é o uso 
adequado deste medicamento, e se possível 
para que ele venha à farmácia. 
O medicamento é para 
outra pessoa 
O medicamento é para o 
solicitante 
É a primeira vez que utiliza? 
Sim 
Não CONTINUIDADE DO 
TRATAMENTO 
Para que o médico lhe disse 
que era este medicamento? 
Explicar o objetivo do tratamento. A Ranitidina é um bloqueador H2, 
utilizado no tratamento sintomático de úlcera dudodenal ativa e úlcera 
gástrica benigna, redução de recorrências, doença do refluxo 
gastroesofágico, estados de hipersecreção gástrica, também utilizado 
associado a antibióticos na erradicação de Helicobacter pylori e 
apresenta provável benefício na prevenção de lesões induzidas por 
AINEs. 
Como o médico lhe disse que 
deveria tomar este medicamento? 
Explicar o modo correto de usar. A Ranitidina é utilizada na posologia de 300 
mg, 1 x ao dia (18:00 hs). Também pode ser utilizada na dose de 150 mg 2 x ao 
dia, de manhã e à noite. Tomar com 1 copo de água, com o estômago cheio ou 
vazio. O tratamento tem a duração de 4 semanas em média. Após este período 
é feita nova avaliação médica. Ou conforme critérios médicos. 
Toma algum outro 
medicamento? 
Não 
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Avaliar a possibilidade de 
RAM, intoxicações e outros 
PRMs? 
Não há contra-indicações 
Apresenta outros problemas de saúde ou 
outras situações fisiológicas que contra-
indicam o tratamento? 
Não 
Avaliar duplicidade. Interações: 
Oferecer o serviço de seguimento 
farmacoterapêutico. 
Solicitar que o paciente repita tudo o que lhe 
foi explicado. 
Aconselhamento na dispensação de Ranitidina: 
Toma algum outro 
medicamento? 
Não 
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Avaliar a possibilidade de 
RAM, intoxicações e outros 
PRMs? 
De 1 a 10%: Sedação, tontura, dor de cabeça, sonolência, mal-estar, rash 
cutâneo, constipação, náuseas, vômitos, diarréia. < 1%: Agranulocitose, 
artralgia, bradicardia, broncoespasmo, confusão, febre, ginecomastia, hepatite, 
neutropenia, anemia hemolítica, anemia aplástica, trombocitopenia, 
hiperazotemia, taquicardia, extra-sistolia, bloqueio atrioventricular, 
trombocitopenia, impotência, perda da libido, ginecomastia, artralgia, mialgia, 
visão borrada. Não há contra-indicações 
Apresenta outros problemas de saúde ou 
outras situações fisiológicas que contra-
indicam o tratamento? 
Não 
Avaliar duplicidade. Interações: Não parece 
afetar em grande extensão o citocromo P450. 
Os efeitos no pH gástrico podem alterar a 
absorção de alguns fármacos: diminui a 
absorção de cetoconazol, itraconazol e 
cianocobalamina. Antiácidos diminuem a 
absorção de ranitidina. 
Oferecer o serviço de seguimento 
farmacoterapêutico. 
Solicitar que o paciente repita tudo o que lhe 
foi explicado. 
Aconselhamento na dispensação de Ranitidina: 
Alimentação, álcool, fumo, café e chá, stress. 
Paracetamol. 
Cautela em pacientes com disfunção hepática e renal. Neles exige-se 
ajuste de doses. Há hipersensibilidade cruzada em relação a outro 
antagonista H2. O tratamento de longa duração pode causar deficiência de 
vitamina B12. A resposta não exclui a presença de malignidade. A eficácia 
e a segurança não foram estabelecidas em neonatos. Categoria B de risco 
para gestação (FDA). 
Tratamento não farmacológico 
 O papel do farmacêutico 
Dez mandamentos para quem quer viver em paz 
com seu estômago 
1. Nunca tome nenhum medicamento sem orientação do seu 
médico 
2. Bom Senso. 
3. Faça suas refeições (café, almoço e jantar) nos horários 
corretos, em ambiente calmo, mastigando bem os alimentos. 
Não tenha pressa, pois, cá entre nós, 10 minutos a mais não 
vão fazer tanta diferença. 
4. Não fique muito tempo em jejum. 
5. Deitar depois das refeições é a pior coisa que você pode 
fazer. 
6. Frutas, verduras e legumes, preparados da maneira que você 
mais gostar, sempre fazem bem. Dê preferência a esses 
alimentos em vez daqueles gordurosos ou muito 
condimentados (principalmente com excesso de alho, cebola, 
pimentão etc.). 
 
7. O leite alivia a queimação de alguns pacientes, mas, por 
conter muito cálcio e proteínas que estimulam a secreção ácida 
do estômago, é recomendado apenas um copo, uma a duas 
vezes ao dia, preferencialmente no período diurno. Procure 
evitar aquele "leitinho antes de dormir". 
8. Cigarro, nem pensar. 
9. Bebidas alcoólicas devem ser tomadas com moderação e 
nunca em jejum. 
10. Um cafezinho depois do almoço e um depois do jantar não 
causam problema. O que não pode é "tomar um dedinho de 
café" o tempo todo.

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