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� 1 AULA 01 A ORIGEM DAS ORGANIZAÇÕES E SEUS ASPECTOS 1. INTRODUÇÃO Desde as remotas eras que os homens desenvolvem sistemas organizacionais buscando a8ngir determinados obje8vos pré-‐determinados. Podemos constatar que na pré-‐história, os homens se organizavam em busca de defesa, abrigo e alimentos, compondo, assim, uma estrutura organizacional informal onde os chefes eram definidos pela força; na busca por alimentos, organizavam-‐se em grupos de caça, o que levava a ter maior chance de sucesso contra animais de maior porte. Até mesmo a maioria dos animais selvagens se organiza em grupos, formando uma relação estruturada de comando. Antes de 1.500, a visão de mundo que prevalecia na Idade Média (de 400 a 1.400) era a visão orgânica, ou seja, vivenciava-‐se uma interdependência dos fenômenos materiais e espirituais e a subordinação das necessidades individuais às da comunidade. Toda a estrutura cienSfica dessa visão orgânica de mundo estava embasada no naturalismo de Aristóteles e na fundamentação teórica de Platão e Santo Agos8nho, que consideravam mais importantes as questões referentes a Deus, à alma humana e à é8ca. Foi uma época em que se exigia o respeito cego às autoridades, aos textos bíblicos e aos gregos. Uma época de muita repressão, na qual, em termos cienSficos, pouco se inovou. Aquele que inovava ou discordava dos textos bíblicos arriscava-‐se a morrer queimado para se redimir das bruxarias e alquimias, provenientes de sua inovação. A par8r dos séculos XVI e XVII, iniciou-‐se uma mudança na natureza da ciência e do pensamento medieval. A visão de um mundo orgânico, vivo e espiritual foi sendo subs8tuída grada8vamente pela noção de um mundo máquina, composto de obje8vos dis8ntos, em função das revolucionárias mudanças na ]sica e na astronomia, ocorridas depois de Copérnico, Galileu e Newton. A par8r desse período, iniciado no século XV e que os historiadores denominaram Idade Moderna, surgiu o Renascimento que recolocou o homem como centro do universo, período esse chamado de antropocentrismo. Com o Renascimento, o comércio começou a tomar força e com ele surgiram as grandes companhias de navegação, caracterizando-‐se pelos descobrimentos marí8mos e como consequência o apogeu do mercan8lismo, do racionalismo e o advento da experimentação cienSfica. De acordo com esse modelo de ciência, o homem, senhor do mundo, podia transformar a natureza, explorá-‐la, e ela deveria servi-‐lo, fazer-‐se escrava e obedecer. Sai o conceito de terra como mãe nutridora e entra o conceito de natureza supridora de todos os desejos do homem. Do ponto de vista da ciência, essa mudança da relação homem/natureza alterou também a relação é8ca e teórica do homem consigo mesmo. A par8r daí o homem tornou-‐se materialista, o divino desapareceu deixando um vácuo espiritual que se tornou caracterís8co em nossa cultura. A organização surgiu de uma conjunção de ideias e conceitos que vieram de diferentes áreas do conhecimento. Se já exis8am algumas tenta8vas isoladas de mobilizar uma quan8dade considerável de recursos para a produção de um determinado bem ainda no século XVII, o percurso até chegar ao que UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB) FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE (FACE) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM) DISCIPLINA CÓDIGO CRÉDITOS TURMA PERÍODO PROFESSOR ANÁLISE ORGANIZACIONAL, SISTEMAS E MÉTODOS 202380 04 A 2015/1 MARCOS ALBERTO DANTAS � 2 consideramos organização foi longo. No momento em que as fábricas cresciam não era mais possível controlar o trabalho na base do contato visual, era preciso inventar meios formais de fazer isso. Foi com o sociólogo alemão Max Weber que começou-‐se a observar a dinâmica de mudança da 1 sociedade, em fins do século XIX. Ele estava atento a todo esse admirável mundo novo que surgia perante os seus olhos e ao mesmo tempo preocupado. Era necessário formalizar as relações de trabalho e as necessidades de produção nas empresas industriais. A ideia era aumentar a eficiência da organização. E daí, provavelmente deriva a noção de organização, como uma mobilização de recursos para a8ngir um determinado obje8vo. Com Weber, inicia-‐se a teorização da organização burocrá8ca racional que é a organização regida por regras e princípios do racionalismo, mesmo que a racionalidade das organizações seja uma racionalidade limitada. No mundo de hoje essa é a maior das escravidões organizacionais, pois a organização não consegue se desvincular do processo burocrá8co escravizante, que coloca cada vez mais o sistema capitalista com um papel fundamental no desenvolvimento dessa burocracia. Em função de tudo isso o mundo dos negócios foi ficando árido, incolor, sem esté8ca, materialista, sem consciência e espírito.A busca pelo sucesso a qualquer custo, o homem como resultado de uma vida ansiosa, suspeitosa, temerosa, assustada com os acontecimentos, sem é8ca e sem os verdadeiros valores humanos deram início a era da imitação, ou seja, se eu não posso ser famoso, posso me comportar e agir como tal. A facilidade de se conseguir bens materiais gerou um vazio existencial e consequentemente uma nova busca pelo sen8do da vida, levando o homem a tentar descobrir um novo jeito de viver, a descobrir o elo perdido dentro de suas organizações. Para isso sonha em encontrar um jeito que possa ser aprendido e aplicado pelas pessoas e organizações com o intuito de transformar o trabalho numa experiência que transcenda as ações diárias, no qual a mo8vação e o entusiasmo venham de dentro para fora naturalmente. Algo que gere comprome8mento nas pessoas com a missão da empresa e com o bem-‐estar de seus pares. Na ânsia de reencontrar o elo perdido o homem começa a aumentar seu interesse pela é8ca e pelos valores humanos, entendendo que o indivíduo, assim como a organização, só é feliz quando tem suas dimensões corporal, racional, emocional e espiritual alimentadas. O homem está revendo seu conceito de “sucesso”. Para este novo homem sucesso é levar a felicidade aos outros, ser feliz, estar em paz, usufruir de conforto, ser querido, ser interessante, conhecer, experimentar e viver de forma ampla, vivendo em harmonia com valores que estão acima do simples ganho financeiro. As prá8cas relacionadas à organização são velhas conhecidas do homem, onde o domínio das a8vidades foi importante e necessária para a sua sobrevivência. Um dos grandes trunfos do homo sapiens era a capacidade de distribuição de tarefas. Em suas comunidades, os homens ocupavam-‐se da caça, enquanto as mulheres se encarregavam da agricultura e da criação da prole. Nas organizações militares e religiosas perduram até hoje a relação hierárquica rígida de obediência e subserviência, onde predominam as patentes de poder. Ao longo do tempo esse modelo foi se tornando mais flexível, porém sem perder a sua essência dominante. Revelam-‐se nessa observância os diversos modelos hierárquicos que vai do topo da pirâmide à sua base, predominando a ascensão funcional e, consequentemente, a ascensão do poder. Quanto à natureza das organizações podemos observar que elas permeiam sobre toda a vida da sociedade moderna. Em todos os países desenvolvidos observa-‐se o surgimento de organizações voltadas para a grande maioria das funções sociais, o que nos leva a uma sociedade de organizações, na qual a responsabilidade pelas tarefas ocorre nas organizações. É possível encontrar essa relação nas empresas, escolas, hospitais, universidades, prestadoras de serviços etc. Em todos esses casos, são encontradas GUERRINE, Fábio Müller... [et al.]. Porto Alegre: Bookman, 2014.1 � 3 pessoas em torno de obje8vos comuns, trabalhando de maneira organizada para alcançar metas e resultados compaSveis com a sua natureza específica. As organizações são ins8tuições com finalidades determinadas, que ganham eficácia a par8r do momento em que se concentram em sua missão. A concentração de esforços em uma tarefa específica que determina a eficácia, é ob8da a par8r do momento em que a organização alcança os seus resultados, através de pessoas, cada qual com suas caracterís8cas e competências próprias e dis8ntas. Qualidade de Vida Evolução Tecnológica 2. ASPECTOS CONCEITUAIS E CONTEXTUAIS Pode-‐se entender a organização como uma correlação de deveres e funções para a obtenção dos seus obje8vos e o sucesso dessa organização depende necessariamente de uma boa administração, com a distribuição e a coordenação feita de forma acertada. Segundo Robbins apud Dias, Zavaglia e Cassar (2000) a organização pode ser considerado um 2 arranjo sistemá8co de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compar8lham um propósito comum. Isso reflete os diversos conceitos que fazem parte da vida das organizações, como tarefas, metas, propósitos e obje8vos. Desse modo, as organizações se originam da união de diversas pessoas, que se reúnem na busca de obje8vos comuns claramente definidos, por um prazo determinado ou não, mas que segue a coerência dos obje8vos buscadospelos seus componentes. Neste sen8do Oliveira (2011) entende a organização como uma forma de ordenar e agrupar as 3 a8vidades e os recursos, buscando a8ngir os obje8vos e resultados previamente estabelecidos. Para a adequada organização de uma empresa pode-‐se considerar o desenvolvimento de alguns aspectos, tais como a estrutura organizacional e as ro8nas e procedimentos administra8vos. Segundo Day (2008) as organizações são entendidas como en8dades sociais nas quais possuem 4 metas bem direcionadas e sistemas de a8vidades deliberadamente estruturados e coordenados dentro de um desenho organizacional voltados para as relações com o ambiente externo. Drucker apud Dias, Zavaglia e Cassar (2000) afirma que uma organização é sempre especializada. É definida por sua tarefa, onde a comunidade e a sociedade, quando em contraste, são definida por um elo que as mantém unidas, seja por idioma, cultura, história ou localização. Nesse contexto, vimos que as empresas possuem funções exercidas pelos gerentes execu8vos e administradores, onde deverá exis8r uma relação recíproca no: DIAS, Reinaldo; ZAVAGLIA, Tércia; CASSAR, Maurício. Introdução à administração: da compe88vidade à sustentabilidade. 2 ed. 2 Campinas, SP: Alínea, 2008. OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 3 2013. DAFT. Richard. Organizações: Teorias e projetos. São Paulo: Thomson Learning (Pioneira), 2008.4 Pa ra Pr ov oc am Necessidade Humana A sa8sfação das necessidades humanas Q ue p ro du ze mTrabalho corpora8vo, racional e coordenado, exercido através das organizações Bens ou u8lidades � 4 ✓ O planejamento, que representa o estabelecimento de obje8vos e resultados esperados, bem como a suas estratégias e métodos; ✓ A direção, que representa a orientação, e/ou coordenação, e/ou mo8vação, e/ou liderança das a8vidades e recursos, visando alcançar os obje8vos e resultados esperados; ✓ O controle, que representa o acompanhamento, o controle e a avaliação dos resultados em função dos obje8vos traçados. As organizações são classificadas segundo diversos critérios. Uma das formas mais comuns se baseia no resultado desejado: a) Organizações com fins lucra_vos – são aquelas que buscam resultados monetários através de sua atuação. O obje8vo que une as pessoas por meio da organização se expressa através da obtenção do lucro, mul8plicando o capital empregado pelos proprietários com a execução de sua a8vidade fim. b) Organizações sem fins lucra_vos – são aquelas cujo obje8vo principal não é o de ter lucro ou receber remuneração por serviços prestados, mas sim prestar serviços comunitários. Os obje8vos desse 8po de sociedade se referem a fatores sociais, humanos e ambientais, de modo que pessoas em determinada missão, se reúnem e criam uma sociedade que buscará a8ngir tal obje8vo de maneira mais efe8va. As organizações podem ainda ser classificadas como públicas ou privadas; formais ou informais; civis ou militares; nacionais ou internacionais; comerciais, industriais ou de serviços, entre outras formas. Independentemente da classificação que se atribua a uma organização, é possível iden8ficar algumas caracterís8cas comuns: ➙ Cada organização possui o seu propósito específico, que refle os anseios daqueles que lhe deram origem e que dirigem os seus des8nos; ➙ As organizações são compostas por pessoas, que se reúnem em torno de propósitos comuns e através das organizações buscam cumprir tal propósito de maneira eficaz; ➙ As organizações desenvolvem uma estrutura sistemá8ca, que define papéis formais e limita o comportamento e atuação de cada um dos seus membros; ➙ As organizações servem à sociedade, refle8ndo alguns valores necessidades culturalmente aceitos; ➙ As organizações preservam e ampliam conhecimentos, na busca de novos processos e produtos, bem como na pesquisa cienSfica; ➙ As organizações combinam fatores de produção – terra, capital e trabalho – proporcionando meios de subsistência a trabalhadores e aproveitamento dos recursos naturais pela sociedade. 3. ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL A empresa é um conjunto intera8vo de pessoas ou de organismo. É uma sociedade e tem como obje8vos econômicos, a rentabilidade, a par8cipação no mercado, a qualidade dos produtos/serviços, inovação, qualidade gerencial, produ8vidade, eficiência operacional, etc. A empresa é uma sociedade econômica que deve garan8r a sa8sfação daqueles que nela trabalham através de um conjunto de valores compar8lhados que orientam a ação e o comportamento das pessoas no a8ngimento dos obje8vos econômicos. É na empresa que os esforços e obje8vos de qualquer um de seus componentes só serão válidos se es8verem convergidos e apoiados nos obje8vos. A empresa não pode ser considerada como uma máquina, mas como um conjunto organizado de pessoas que procuram a8ngirresultados econômicos. A coesão de uma empresa, assim como de qualquer � 5 sociedade, depende de seus conjuntos e crenças, de polí8cas e de valores. Estes, porém, somente serão válidos se aceitos e compar8lhados por todos e em todos os seus níveis. Os valores compar8lhados são 8dos como os obje_vos polí_cos da empresa e servem para orientar a ação e o comportamento de seus componentes. Dessa forma, a empresa é uma sociedade econômica que deve ter a capacidade de sa8sfazer seus componentes e cujo comportamento e ação são regidos por um conjunto de valores compar8lhados. A organização empresarial sendo um conjunto delimitado de interações humanas pode apresentar caracterís8cas que só é iden8ficável quando se conhece a sua cultura. Toda organização possui uma cultura definida, seja através da sua natureza de trabalho, dos seus valores culturais, religiosos, morais, polí8cos e ambientais. Em decorrência dessa fusão de interesses sociais e econômicos, o mundo moderno exibe-‐nos incontáveis organizações polí8cas religiosas, arSs8cas, filantrópicas, educacionais, fabris, comerciais, espor8vas, recrea8vas, culturais entre outras. Nela está fundada a vida do homem moderno, pois é exatamente ali que ele emprega a maior parte do seu tempo, seja par8cipando do seu processo produ8vo, seja consumindo seus bens e serviços. 4. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Organização como uma en8dade social é aquela dirigida para obje8vos específicos e deliberadamente estruturada. A organização é uma en8dade social porque é cons8tuída por pessoas advindas da própria sociedade. É dirigida para obje8vos porque é desenhada para alcançar resultados — como gerar lucros (empresas em geral) ou proporcionar sa8sfação social (clubes) etc. É deliberadamente estruturada pelo fato de que o trabalho é dividido e seu desempenho é atribuído aos membros da organização. Nesse sen8do, a palavra organização significa um empreendimento humano moldado intencionalmente para a8ngir determinados obje8vos. Essa definição se aplica a todos os 8pos de organizações, sejam elas lucra8vas ou não, como empresas, bancos, financeiras, hospitais, clubes, igrejas etc. Dentro desse ponto de vista, a organização pode ser visualizada sob dois aspectos: a) Organização formal: É a organização baseada em uma divisão de trabalho racional que especializa órgãos e pessoas em determinadas a8vidades. É a organização planejada definida no organograma, sacramentada pela direção e comunicada a todos por meio dos manuais de organização. É a organização formalizada oficialmente. b) Organização Informal: É a organização que emerge espontânea e naturalmente entre os ocupantes de posições na organização formal e a par8r dos relacionamentos humanos como ocupantes de cargos. Forma-‐se a par8r das relações de amizade (ou de antagonismos) e do surgimento de grupos informais que não aparecem no organograma ou em qualquer outro documento formal. Organização como função administra8va e parte integrante do processo administra8vo significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer suas atribuições e as relações entre eles, ou seja, depende do planejamento, da direção e do controle para formar o processo administra8vo. Nesse sen8do, organizar consiste em: Determinar as a8vidades necessárias ao alcance dos obje8vos planejados (especialização); Agrupar as a8vidades em uma estrutura lógica (departamentalização); e Designar as a8vidades às pessoas específicas (cargos e tarefas). Dentro da abrangência da organização vemos em três níveis diferentes: ✴ Organização em nível global: É a organização que abrange a sua totalidade. É o desenho organizacional que pode assumir três formatos: linear, funcional e staff. ✴ Organização em nível departamental: É a organização que abrange cada departamento da empresa. É observado pelo desenho departamental ou pela departamentalização. � 6 ✴ Organização em nível das operações: É a organização que focaliza cada tarefa, a8vidade ou operação. É o descrito pelo estudo de cargos e tarefas. Embora o trabalho possa ser estruturado em departamentos separados ou em conjuntos de a8vidades, a maioria das organizações atuais está se esforçando para obter maior coordenação horizontal das a8vidades relacionadas com o trabalho, muitas vezes u8lizando equipes de funcionários de diferentes áreas funcionais para trabalhar juntos em projetos. As fronteiras entre os departamentos e as organizações tornam-‐se mais flexíveis e difusas à medida que as empresas enfrentam a necessidade de responder às mudanças do ambiente externo com maior rapidez. Uma organização não pode exis8r sem interagir com clientes, fornecedores, concorrentes e outros elementos do ambiente externo. O mundo está semodificando rapidamente e as organizações tem enfrentados desafios advindos da concorrência globalizada, de uma abrangente mudança no seu conhecimento e comunicação, em face da diversidade existencial do comércio eletrônico e principalmente, da inserção e manutenção de padrões é8cos e de responsabilidade social. As empresas compe88vas de hoje são guiadas pela premissa de que é preciso encontrar caminhos de informação e conhecimento de forma é8ca e responsável, agregando polí8cas que es8mulem o compromisso com padrões elevados de responsabilidade social e ambiental. Para muitos, os negócios estão se tornando um campo global unificado à medida que caem as barreiras comerciais, fazendo com que a comunicação fique mais rápida e as preferencias do consumidor passam a convergir os mais diversos produtos e serviços. A crescente diversidade da força de trabalho traz para as organizações uma variedade de desafios, como manter uma forte cultura empresarial e as mesmo tempo garan8r o equilíbrio profissional com o pessoal. As organizações modelam nossas vidas, e os administradores bem-‐informados podem modelar as organizações. O conhecimento organizacional capacita os administradores a projetar organizações para que funcionem mais eficazmente. Em sen8do geral organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. O sucesso demonstrado pelo modelo de organização social foi cul8vado por gerações, onde a cooperação entre os indivíduos torna mais fácil a sa8sfação das necessidades comuns e proporciona qualidade de vida. 5. HIERARQUIA DAS NECESSIDADES Abraham Maslow apresentou uma teoria da mo8vação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão às necessidades mais primi8vas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais refinadas (as necessidades de auto-‐realização), cada uma delas com os seguintes significados: ✓ Necessidades fisiológicas: intervalos de descanso; conforto ]sico; horário de trabalho razoável; ✓ Necessidades de segurança: condições seguras de trabalho; remuneração e bene]cios; estabilidade no emprego; ✓ Necessidades sociais: amizade e colegas; interação com clientes; gerente amigável; ✓ Necessidade de es_ma: responsabilidade por resultados; orgulho e reconhecimento; promoções; ✓ Necessidades de auto realização: trabalho cria8vo e desafiante; diversidade e autonomia; par8cipação nas decisões; � 7 � Somente quando um nível inferior de necessidades está sa8sfeito é que o nível imediatamente mais elevado surge no comportamento da pessoa. Em outros termos, quando uma necessidade é sa8sfeita, ela deixa de ser mo8vadora de comportamento, dando oportunidade para que um nível mais elevado de necessidade possa se manifestar. Quando as necessidades mais baixas estão sa8sfeitas, as necessidades localizadas nos primeiros níveis passam a dominar o comportamento. Dentre muitos estudos e análises, Maslow iden8ficou duas necessidades adicionais à pirâmide de necessidades já criada. Estas novas descobertas que davam conta das pessoas que já possuíam todas as necessidades sa8sfeitas (pouquíssimas pessoas) foram chamadas de cogni_vas. São elas: ✓ Necessidade de conhecer e entender: Está relacionada com os desejos do indivíduo de conhecer e entender o mundo ao seu redor, as pessoas e a natureza. ✓ Necessidade de sa_sfação esté_ca: Está relacionada às necessidades de beleza, simetria e arte em geral. Ligada à necessidade que o ser humano tem de estar sempre belo e em harmonia com os padrões de beleza vigente. Os efeitos das necessidades humanas são refle8dos pelo quadro abaixo : 5 ACADEMIA PEARSON. OMS: uma visão contemporânea. São Paulo: Pearson Pren8ce Hall, 2011.5 Necessidades Humanas Trabalho em grupo, racional e coordenado Bens e Serviços Desenvolvimento de novos instrumentos Qualidade de Vida
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