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* DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS FILIAÇÃO HAVIDA FORA DO CASAMENTO Os filhos havidos no casamento gozam da presunção pater is est. O mesmo não acontece com aqueles que não o são. Se o reconhecimento não é voluntário, ao filho é facultada a ação de investigação de paternidade O reconhecimento voluntário (ou perfilhação) é feito pelos pais, conjunta ou isoladamente Por procuração pública específica Só produz efeitos em relação ao pai que reconhece A mãe não casada e que comparece só ao Registro – Nome do pai? – E o inverso? – Princípio da maternidade sempre certa Os absolutamente incapazes não podem reconhecer voluntariamente – Solução? Investigação. * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609) O reconhecimento, em qualquer das hipóteses, é irrevogável, porém pode ser invalidado (ação anulatória) se decorre de vício de consentimento Registro do Nascimento Por declaração de um ou de ambos genitores Complementação do registro: se já tem um genitor registrado (apenas nome da mãe, por ex.) Pode ser oriundo de decisão judicial ou de simples afirmação perante o oficial do Registro Havendo dúvida do tabelião, este submete a declaração ao Juiz competente Não há possibilidade de registrar filho já reconhecido – ato sem efeito jurídico – Somente com a invalidação do antigo registro obtido por erro ou falsidade. * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609) Por escritura pública ou escrito particular Feita em escritura específica ou genérica (que tenha outros objetivos), com manifestação expressa que não deixe dúvida. A escritura será averbada Desnecessária anuência da mãe para o reconhecimento, todavia o registro poderá ser cancelado por erro ou falsidade A intenção maior é de beneficiar a criança O escrito particular será arquivado em cartório e é válido como reconhecimento para todos os fins, desde que seja expresso Admite-se declaração escrita, carta e até e-mail, desde que não paire dúvidas quanto à autoria, autenticidade e intenção. * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609) Por testamento Admitido mesmo quando o reconhecimento não seja o principal objetivo do documento. Independe, ademais, da forma do documento (público, cerrado, particular e especial) Por meio de Codicilo Por manifestação direta e expressa perante o Juiz A manifestação pode ser feita em qualquer ação, não necessitando ser em uma Investigação, por ex. (depoimento, contestação, alegações finais, etc.) O Juiz determina remessa de certidão ao Registro Civil * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO Quando o filho é registrado só no nome da mãe: Procedimento do Cartório: Tabelião → Juiz → Notifica o suposto pai → Reconhece → Registra Tabelião → Juiz → Notifica o suposto pai → Não reconhece ou silencia → MP → Investigação de Paternidade Não se pode reconhecer filho na ata do casamento Evitar relacionar filiação com o estado civil dos pais No registro não há distinção quanto à origem da filiação e estado civil dos pais. Princípio da igualdade dos filhos O reconhecimento pode ser antes do nascimento e após o falecimento do filho Antes se justifica quando o pai ou a mãe correm risco de falecer antes do nascimento Depois só é permitido se o filho deixou descendentes (evitar que o interesse seja exclusivamente patrimonial) * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS OPOSIÇÃO AO RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO O filho maior só pode ser reconhecido com seu consentimento O consentimento pode ser posterior ao ato Pode ser negado (mesmo evidente a filiação) e não é suprido pelo Juiz O consentimento é dado perante o Oficial do Registro, em qualquer caso do 1.609, exceto por testamento O menor pode impugnar o reconhecimento em até 4 anos após adquirir capacidade civil É o oposto da ação de investigação de paternidade Devidamente representado/assistido, pode intentar a ação antes de adquirir capacidade civil Ação de Impugnação de Reconhecimento de Filiação – Alega-se: incapacidade do reconhecente ou falsidade da afirmação O STJ entende que esta ação é imprescritível quando fundada na falsidade do registro ou do reconhecimento * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE O filho que não obteve o reconhecimento voluntário, pode obtê-lo judicialmente através da Investigação Declaratória/De Estado/Imprescritível/Ex tunc Os efeitos pessoais são imprescritíveis, mas os patrimoniais não o são Petição de herança: Integra ao filho reconhecido seu quinhão hereditário Prazo de 10 anos após o reconhecimento da filiação É cumulada com Investigação de Paternidade post mortem A investigação é dirigida ao suposto pai (se vivo) e aos herdeiros (se falecido aquele) * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE Legitimação Ativa É do filho – Se menor, será representado ou assistido pela mãe – Se a mãe também for menor? Se o filho morre antes de ajuizada a ação: Se menor e incapaz: seus herdeiros podem ajuizar Se maior e capaz: não podem ajuizar Se já ajuizada a ação antes da morte, os herdeiros continuam, salvo se o feito for extinto O nascituro pode ajuizar a ação (direitos da personalidade) O filho adotivo pode, se intenciona reconhecer apenas sua filiação biológica (sem efeitos jurídicos com o pai/parente biológico, persistindo os naturais – impedimentos) Não admite desistência pelo representante do menor. O maior pode desistir, mas não implica em renúncia ao direito de filiação. * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE Legitimação Passiva Do suposto pai Dos herdeiros daquele, se falecido, inclusive os testamentários O cônjuge sobrevivente não é legitimado, ao menos que concorra com os herdeiros ou se representar algum menor O espólio (conjunto de bens do falecido) não é parte O interesse dos investigados é moral e patrimonial No polo passivo podem figurar mais de 1 réu, se vários são os supostos pais (multiplicidade de parceiros à época da concepção) * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS FATOS QUE LEVAM À INVESTIGAÇÃO No NCC basta a vontade de ver reconhecida a filiação (mínimo de prova) Como matéria de defesa pode se utilizar a multiplicidade de relações sexuais da genitora do Investigante à época de sua concepção O exame hematológico, quando não excluía, indicava apenas a possibilidade de ser pai, sem absoluta certeza O DNA é hoje meio quase absoluto de prova da filiação, desde que elaborado com isenção, não afastando, de primeira, as demais provas contrárias A recusa em se submeter ao exame é garantia Constitucional, mas induz presunção de paternidade (STJ, Súmula 301) Os Tribunais, atualmente, entendem que essa presunção não é absoluta se existir prova contrária suficiente ao convencimento A Investigação onde não se fez DNA não faz coisa julgada material (direitos da personalidade – direito ao reconhecimento da filiação) * DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS FATOS QUE LEVAM À INVESTIGAÇÃO O DNA é hoje ... (continuação) Se o exame de DNA vai de encontro às outras provas dos autos, deve ser refeito. Se idêntico o resultado, vale o exame. Se diferente, valem aquelas Se falecido o suposto pai: DNA de parentes (descendentes e ascendentes) e exumação (ossos longos) EFEITOS DO RECONHECIMENTO Uso do nome do pai e alteração do Registro Surge os deveres de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Dever de sustento filho → pai Efeitos ex tunc e erga omnes. Todavia, não modifica situações jurídicas válidas e consolidadas O reconhecimento não admite condição ou termo (início ou fim) Filho de pai já casado com outrem não pode residir com o pai, salvo se houver consentimento do consorte Reconhecimento é irrevogável, mas admite anulação se patente o defeito que o macule (erro, coação, fraude, etc.) – A Ação é imprescritível Legitimidade: todos aqueles que demonstrem interesse moral ou patrimonial (mãe e pai verdadeiros, filhos, pretensos irmãos, o MP Se julgada procedente o Juiz pode determinar que os pais socioafetivos continuem criando e educando o filho
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