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Aula 13- Do Reconhecimento dos Filhos

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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
FILIAÇÃO HAVIDA FORA DO CASAMENTO
Os filhos havidos no casamento gozam da presunção pater is est. O mesmo não acontece com aqueles que não o são.
Se o reconhecimento não é voluntário, ao filho é facultada a ação de investigação de paternidade
O reconhecimento voluntário (ou perfilhação) é feito pelos pais, conjunta ou isoladamente
Por procuração pública específica
Só produz efeitos em relação ao pai que reconhece
A mãe não casada e que comparece só ao Registro – Nome do pai? – E o inverso? – Princípio da maternidade sempre certa
Os absolutamente incapazes não podem reconhecer voluntariamente – Solução? Investigação. 
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609)
O reconhecimento, em qualquer das hipóteses, é irrevogável, porém pode ser invalidado (ação anulatória) se decorre de vício de consentimento 
Registro do Nascimento
Por declaração de um ou de ambos genitores
Complementação do registro: se já tem um genitor registrado (apenas nome da mãe, por ex.)
Pode ser oriundo de decisão judicial ou de simples afirmação perante o oficial do Registro
Havendo dúvida do tabelião, este submete a declaração ao Juiz competente
Não há possibilidade de registrar filho já reconhecido – ato sem efeito jurídico – Somente com a invalidação do antigo registro obtido por erro ou falsidade.
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609)
Por escritura pública ou escrito particular
Feita em escritura específica ou genérica (que tenha outros objetivos), com manifestação expressa que não deixe dúvida. A escritura será averbada
Desnecessária anuência da mãe para o reconhecimento, todavia o registro poderá ser cancelado por erro ou falsidade
A intenção maior é de beneficiar a criança
O escrito particular será arquivado em cartório e é válido como reconhecimento para todos os fins, desde que seja expresso
Admite-se declaração escrita, carta e até e-mail, desde que não paire dúvidas quanto à autoria, autenticidade e intenção.
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO (1.609)
Por testamento
Admitido mesmo quando o reconhecimento não seja o principal objetivo do documento.
Independe, ademais, da forma do documento (público, cerrado, particular e especial)
Por meio de Codicilo
Por manifestação direta e expressa perante o Juiz
A manifestação pode ser feita em qualquer ação, não necessitando ser em uma Investigação, por ex. (depoimento, contestação, alegações finais, etc.)
O Juiz determina remessa de certidão ao Registro Civil
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO
Quando o filho é registrado só no nome da mãe: Procedimento do Cartório:
Tabelião → Juiz → Notifica o suposto pai → Reconhece → Registra
Tabelião → Juiz → Notifica o suposto pai → Não reconhece ou silencia → MP → Investigação de Paternidade
Não se pode reconhecer filho na ata do casamento
Evitar relacionar filiação com o estado civil dos pais
No registro não há distinção quanto à origem da filiação e estado civil dos pais. Princípio da igualdade dos filhos
O reconhecimento pode ser antes do nascimento e após o falecimento do filho
Antes se justifica quando o pai ou a mãe correm risco de falecer antes do nascimento
Depois só é permitido se o filho deixou descendentes (evitar que o interesse seja exclusivamente patrimonial)
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
OPOSIÇÃO AO RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO
O filho maior só pode ser reconhecido com seu consentimento
O consentimento pode ser posterior ao ato
Pode ser negado (mesmo evidente a filiação) e não é suprido pelo Juiz
O consentimento é dado perante o Oficial do Registro, em qualquer caso do 1.609, exceto por testamento
O menor pode impugnar o reconhecimento em até 4 anos após adquirir capacidade civil
É o oposto da ação de investigação de paternidade
Devidamente representado/assistido, pode intentar a ação antes de adquirir capacidade civil
Ação de Impugnação de Reconhecimento de Filiação – Alega-se: incapacidade do reconhecente ou falsidade da afirmação
O STJ entende que esta ação é imprescritível quando fundada na falsidade do registro ou do reconhecimento
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE
O filho que não obteve o reconhecimento voluntário, pode obtê-lo judicialmente através da Investigação
Declaratória/De Estado/Imprescritível/Ex tunc 
Os efeitos pessoais são imprescritíveis, mas os patrimoniais não o são
Petição de herança: Integra ao filho reconhecido seu quinhão hereditário
Prazo de 10 anos após o reconhecimento da filiação
É cumulada com Investigação de Paternidade post mortem
A investigação é dirigida ao suposto pai (se vivo) e aos herdeiros (se falecido aquele)
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE
Legitimação Ativa
É do filho – Se menor, será representado ou assistido pela mãe – Se a mãe também for menor?
Se o filho morre antes de ajuizada a ação:
Se menor e incapaz: seus herdeiros podem ajuizar
Se maior e capaz: não podem ajuizar
Se já ajuizada a ação antes da morte, os herdeiros continuam, salvo se o feito for extinto
O nascituro pode ajuizar a ação (direitos da personalidade)
O filho adotivo pode, se intenciona reconhecer apenas sua filiação biológica (sem efeitos jurídicos com o pai/parente biológico, persistindo os naturais – impedimentos)
Não admite desistência pelo representante do menor. O maior pode desistir, mas não implica em renúncia ao direito de filiação.
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
RECONHECIMENTO JUDICIAL – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE E MATERNIDADE
Legitimação Passiva
Do suposto pai
Dos herdeiros daquele, se falecido, inclusive os testamentários
O cônjuge sobrevivente não é legitimado, ao menos que concorra com os herdeiros ou se representar algum menor
O espólio (conjunto de bens do falecido) não é parte
O interesse dos investigados é moral e patrimonial
No polo passivo podem figurar mais de 1 réu, se vários são os supostos pais (multiplicidade de parceiros à época da concepção)
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
FATOS QUE LEVAM À INVESTIGAÇÃO
No NCC basta a vontade de ver reconhecida a filiação (mínimo de prova)
Como matéria de defesa pode se utilizar a multiplicidade de relações sexuais da genitora do Investigante à época de sua concepção
O exame hematológico, quando não excluía, indicava apenas a possibilidade de ser pai, sem absoluta certeza
O DNA é hoje meio quase absoluto de prova da filiação, desde que elaborado com isenção, não afastando, de primeira, as demais provas contrárias
A recusa em se submeter ao exame é garantia Constitucional, mas induz presunção de paternidade (STJ, Súmula 301)
Os Tribunais, atualmente, entendem que essa presunção não é absoluta se existir prova contrária suficiente ao convencimento
A Investigação onde não se fez DNA não faz coisa julgada material (direitos da personalidade – direito ao reconhecimento da filiação) 
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DO RECONHECIMENTO
DOS FILHOS
FATOS QUE LEVAM À INVESTIGAÇÃO
O DNA é hoje ... (continuação)
Se o exame de DNA vai de encontro às outras provas dos autos, deve ser refeito. Se idêntico o resultado, vale o exame. Se diferente, valem aquelas
Se falecido o suposto pai: DNA de parentes (descendentes e ascendentes) e exumação (ossos longos)
EFEITOS DO RECONHECIMENTO
Uso do nome do pai e alteração do Registro
Surge os deveres de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Dever de sustento filho → pai
Efeitos ex tunc e erga omnes. Todavia, não modifica situações jurídicas válidas e consolidadas
O reconhecimento não admite condição ou termo (início ou fim)
Filho de pai já casado com outrem não pode residir com o pai, salvo se houver consentimento do consorte
Reconhecimento é irrevogável, mas admite anulação se patente o defeito que o macule (erro, coação, fraude, etc.) – A Ação é imprescritível
Legitimidade: todos aqueles que demonstrem
interesse moral ou patrimonial (mãe e pai verdadeiros, filhos, pretensos irmãos, o MP
Se julgada procedente o Juiz pode determinar que os pais socioafetivos continuem criando e educando o filho

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