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Execução no Processo do Trabalho

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CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Queridos alunos, 
 
Já estamos na oitava aula de nosso curso! Hoje estudaremos em processo do 
trabalho o tema execução, muito abordado nos concursos para os Tribunais 
Regionais do Trabalho. 
 
Peço desculpas pelo atraso da aula. 
 
Vamos ao estudo! 
 
Aula 08: Da execução: execução provisória; execução por prestações 
sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa 
falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do 
mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da 
impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90 e alterações posteriores). 
Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de 
terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na 
execução. 
 
8.1. Conceito de Execução: “É o conjunto de atos de atuação das 
partes e do juiz que tem em mira a concretização daquilo que foi decidido no 
processo de conhecimento.” (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
 
“É a atividade jurisdicional do Estado, coercitiva, com o objetivo de 
compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida na sentença 
condenatória transitada em julgado ou em acordo judicial inadimplido ou em 
título executivo extrajudicial previsto em lei.” (Manoel Antônio Teixeira Filho). 
Para José Augusto Rodrigues Pinto (citado por Mauro Schiavi): “Executar 
é, no sentido comum, realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido jurídico, a 
palavra assume significado mais apurado, embora conservando a idéia básica 
de que, uma vez nascida, por ajuste entre particulares ou por imposição 
sentencial do órgão próprio do Estado a obrigação, deve ser cumprida, 
atingindo-se no último caso, concretamente, o comando da sentença que a 
reconheceu ou, no primeiro caso o fim para o qual se criou”. 
Para Mauro Schiavi: “a execução trabalhista consiste num conjunto doe 
atos praticados pela justiça do trabalho destinados à satisfação de uma 
obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da 
competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo 
devedor, contra a vontade deste último.” 
O credor será denominado exeqüente e o devedor será denominado 
executado na fase de execução. A execução deverá ser processada pelo modo 
menos gravoso para o devedor/executado. 
 
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As normas aplicáveis ao processo de execução são: 
� CLT (arts. 876/892) 
� Art. 13º da Lei 5.584/80(remição) 
� Lei 6.830/80 (art. 889 da CLT) 
� CPC 
� Lei 8009/90. 
8.2. Princípios aplicados à execução trabalhista: 
Os princípios da execução trabalhista não diferem dos princípios da 
execução no Processo Civil, entretanto, em face da natureza do crédito 
trabalhista e da hipossuficiência do credor trabalhista, alguns princípios 
adquirem intensidade mais acentuada na execução trabalhista, máxime os da 
celeridade, simplicidade e efetividade do procedimento. 
A) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CREDOR TRABALHISTA: 
A execução trabalhista se faz no interesse do credor. Desse modo, todos 
os atos exevutivos devem convergir para satisfação do crédito do exeqüente. 
Art. 612 do CPC - Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que 
tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se a execução no 
interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência 
sobre os bens penhorados. 
Na execução trabalhista, o presente princípio se destaca em razão da 
natureza alimentar do crédito trabalhista e da necessidade premente de 
celeridade do procedimento executivo. Por isso, no conflito entre normas que 
disciplinam o procedimento executivo, deve-se preferir a interpretação que 
favoreça o exeqüente. 
B) PRINCÍPIO DO MEIO MENOS ONEROSO PARA O EXECUTADO: 
O presente princípio está consagrado no art. 620 do CPC, que assim 
dispõe: 
Art. 620, do CPC: “Quando por vários meios o credor puder promover a 
execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o 
devedor”. 
O dispositivo representa característica da humanização da execução, 
tendo por escopo resguardar a dignidade da pessoa humana do executado. 
Omissa a CLT, a regra do art. Supra se mostra compatível com a 
execução trabalhista (arts. 769 e 889 da CLT) 
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Somente quando a execução puder ser realizada por mais de uma 
modalidade, com a mesma efetividade para o credor, se preferirá o meio 
menos oneroso para o devedor. 
C) PRINCÍPIO DO TÍTULO: 
Segundo Carnellutti (citado por Mauro Schiavi): enquanto o processo de 
conhecimento se contenta com uma pretensão, entendida como vontade de 
submeter o interesse alheio ao próprio, bem mais exigente o processo 
executivo que reclamada, para sua instauração uma pretensão conforme o 
direito. 
Em outras palavras: O juiz no processo de execução, necessita de âncora 
explícita para ordenar atos executivos, e alterar a realidade em certos rumos, 
do mesmo modo que o construtor de edifícios sem o respectivo projeto não 
saberia como tocar o empreendimento. Como jamais se configurará a certeza 
absoluta em torno do crédito, a lei sufraga a relativa certeza decorrente de 
certo documento, que é o título. Faz o título prova legal ou integral do crédito. 
 A execução é nula sem título (nulla executio sine titulo), seja ele judicial 
ou extrajudicial. 
Dispõe o art. 586 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar-
se-á sempre em título executivo de obrigação certa, líquida e exigível. 
Os títulos trabalhistas que tem força executiva estão previstos no art. 
876 da CLT: 
Art. 876: As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha 
havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não 
cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma 
estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais 
devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do 
Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, 
inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual 
reconhecido. 
O título a embasar a execução deve ser líquido, certo e exigível. 
* A certeza está no fato de o título não estar sujeito à alteração por recurso 
(judicial); ou que a lei confere tal qualidade, por revestir o título das 
formalidades previstas em lei (extrajudicial). 
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* Exigível é o titulo que não está sujeito à condição ou termo. Ou seja, a 
obrigação consignada no título não está sujeita a evento futuro ou incerto 
(condição) ou a um evento futuro ou incerto (condição) ou a um evento futuro 
e certo (termo) 
* Líquido é o título que individualiza o objeto da execução (obrigação de 
entregar), ou da obrigação (fazer ou não fazer), bem como delimita o valor 
(obrigação de pagar). 
D) PRINCÍPIO DA REDUÇÃO DO CONTRADITÓRIO: 
O contraditório na execução é limitado (mitigado), pois a obrigação já 
está constituída no título e deve ser cumprida: ou de forma espontânea pelo 
devedor ou mediante a atuação coativa do Estado, que se materializa no 
processo. 
No procedimento executivo, a premissa é a existência de posições 
jurídicas diversas- poder e sujeição -, com que a finalidade é obter – como 
menor sacrifício possível do patrimônio do executado – a satisfação do direito 
exeqüendo. Certamente, haverá participação e atuação do réu, que tem o 
direito de ser ouvido dentro da perspectiva relativa à atuação da norma 
jurídica concreta. 
E) PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE: 
A execução não incide sobre a pessoa do devedor, e sim sobre seus 
bens. Tanto os bens presentes como os futuros do devedor são passíveis de 
execução. 
Art. 591 do CPC: Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na 
alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta 
Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma 
categoria econômica ou profissional. Parágrafo único. Na hipótese do 
caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I 
e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação 
caberão à confederação. 
A CF prevê duas possibilidades de a execução incidir sobre a pessoa do 
devedor no art. 5º, LXVII: Não haverá prisão civil or dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário infiel. Portanto, somente poderá haver prisão 
civil por dívida em duas hipóteses quais, sejam: a) depositário infiel e, b) 
devedor de obrigação alimentícia. 
 
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Quanto ao depositário infiel: Não mais existe, no modelo normativo 
brasileiro, a prisão civil por infidelidade depositária independentemente da 
modalidade de depósito. O entendimento já pacificado foi reafirmado pelo 
ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. 
O ministro, ao acolher Habeas Corpus de um depositário voluntário 
contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, citou vários precedentes da 
corte. Dentre eles, o julgamento do HC 92.566/SP, de relatoria do ministro 
Marco Aurélio, que declarou expressamente revogada a Súmula 619 da corte. 
A súmula autorizava a decretação da prisão civil do depositário judicial no 
próprio processo em que se constituiu o encargo, independentemente do 
prévio ajuizamento da ação de depósito. 
Por ter havido adesão ao Pacto de São José da Costa Rica, que permite a 
prisão civil por dívida apenas na hipótese de descumprimento inescusável de 
prestação alimentícia, não é cabível a prisão civil do depositário, qualquer que 
seja a natureza do depósito. 
F) PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE: 
Segundo Chiovenda (citado por Mauro Schiavi): O processo precisa ser 
apto a dar a quem tem um direito na medida do que for praticamente possível 
tudo aquilo a que tem direito e precisamente aquilo a que tem direito. 
Há efetividade da execução trabalhista quando ela é capaz de 
materializar a obrigação consagrada no título que tem força executiva, 
entregando, no menor prazo possível, o bem da vida ao credor ou 
materializando a obrigação consagrada no título. Desse modo, a execução 
deve ter o máximo resultado com o menor despêndio de atos processuais. 
Conforme destaca Araken de Assis, é tão vem sucedida a execução 
quando entrega rigorosamente ao exequente o vem perseguido, objeto da 
prestação inadimplida, e seus consectários, ou obtém o direito reconhecido no 
titulo executivo. Este há de ser o objeto fundamental de toda e qualquer 
reforma a função jurisdicional executiva, favorecendo a realização do crédito. 
G) PRINCÍPIO DA UTILIDADE: 
Como corolário do princípio da efetividade, temos o princípio da utilidade 
da execução. Por este princípio nenhum ato inútil, a exemplo de penhora de 
bens de valor insignificante, (art. 659, §2º, do CPC), poderá ser consumado. 
Desse modo, deve o Juiz do Trabalho racionalizar os atos processuais na 
execução, evitando a prática de atos inúteis ou que atentem contra a 
celeridade e o bom andamento processual. 
 
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H) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: 
O credor tem a disponibilidade de prosseguir ou não com o processo 
executivo. Nesse sentido, o artigo 569, “caput” do CPC diz que o credor tem a 
faculdade de desistir da execução sem anuência do devedor. 
De outro lado, no Processo do Trabalho, considerando-se os princípios da 
irrenunciabilidade de direitos trabalhista e a hipossuficiência do trabalhador, 
deve o Juiz do Trabalho ter cuidado redobrado ao homologar eventual 
desistência da execução por parte do credor trabalhista, devendo ser ouvir o 
reclamante, e se convencer de que a desistência do crédito espontânea. 
I) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: 
Em razão do caráter publicista do processo do trabalho e do relevante 
interesse social envolvido na satisfação do crédito trabalhista, a moderna 
doutrina tem defendido a existência do princípio da função social da execução 
trabalhista. 
Desse modo, deve o Juiz do Trabalho direcionar a execução no sentido 
de que o exeqüente, efetivamente, receba o vem da vida pretendido de forma 
célere e justa, e que as atividades executivas sejam razoáveis no sentido de 
que somente o patrimônio do próprio devedor seja atingido, preservando-se 
sempre a dignidade tanto da pessoa humana do exeqüente como do 
executado. 
J) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: 
O Processo do Trabalho permite que as regaras do direito processual 
comum sejam aplicadas na execução trabalhista, no caso de lacuna da 
legislação processual trabalhista e compatibilidade com os princípios que 
regem a execução trabalhista. 
O artigo 769, da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsidiária do 
Direito Processual Comum ao Processo do Trabalho, com a seguinte redação: 
Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do 
direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as 
normas deste Título. 
Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a 
aplicação do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho: 
a) omissão da CLT, ou seja, quando a CLT, ou a legislação processual 
extravagante não disciplina a matéria; 
 
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b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. Vale 
dizer: a norma do CPC além de ser compatível com as regras que regem o 
Processo do Trabalho, deve ser compatível com os princípios que norteiam o 
Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do trabalhador à Justiça. 
Na fase de execução trabalhista, em havendo omissão da CLT, aplica-se 
em primeiro plano a Lei de Execução Fiscal (6830/80) e, posteriormente, o 
Código de Processo Civil. 
Entretanto, o artigo 889, da CLT deve ser conjugado com o artigo 769 
consolidado, pois somente quando houver compatibilidade com os princípios 
que regem a execução trabalhista, a Lei 6830/80 pode ser aplicada. 
Atualmente, na execução trabalhista, há um desprestígio da aplicação da 
Lei 6830/80 em razão da maior efetividade do Código de Processo Civil em 
muitos aspectos. De outro lado, a Lei dos Executivos Fiscais que disciplina a 
forma de execução por título executivo extrajudicial, não foi idealizada para o 
credor trabalhista o qual, na quase totalidade das vezes, executa um titulo 
executivo judicial e, por isso, a sua reduzida utilização na execução trabalhista. 
L) PRINCÍPIO DA AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DA EXECUÇÃO 
TRABALHISTA: 
Ainda há na doutrina hodierna opiniões no sentido de eu a execução 
trabalhista é um processo autônomo e não uma fase do procedimento. 
Em prol deste entendimento, há o argumento no sentido de que a 
execução trabalhista começa pela citação do executado, conforme dispõe oart. 
880 da CLT. 
Na verdade, para os títulos executivos judiciais, a execução trabalhista 
nunca foi na prática, considerada um processo autônomo, que se inicia por 
petição inicial e se finaliza com a sentença. Costumeiramente, embora a 
liquidação não seja propriamente um ato de execução, as Varas do Trabalho 
consideram o início do cumprimento da sentença mediante despacho para o 
autor apresentar os cálculos de liquidação e, a partir daí, a Vara do Trabalho 
promove de ofício (art. 878 da CLT), sem necessidade de o credor entabular 
petição inicial. 
A execução trabalhista prima pela simplicidade, celeridade e efetividade, 
princípios estes que somente podem ser efetivados entendendo-se a execução 
como fase do processo e não como um novo processo formal, que começa com 
a inicial e termina com uma sentença. 
 
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No processo civil, por meio da Lei 11323/05, foi abolido o processo de 
execução, criando a fase do cumprimento da sentença. Desse modo, a 
execução passa a ser mais uma fase do processo, e não um processo 
autônomo que começa com a inicial e termina com a sentença. 
No nosso sentir diante dos novos rumos do processo civil ao abolir o processo 
de execução, e dos princípios consitucionais da duração razoável do processo e 
efetividade, consagrados pela EC 45/04, pensamos que não há mais motivos 
ou argumentos para sustentar a autonomia da execução no processo do 
trabalho. 
A execução trabalhista constitui fase do processo, pelos seguintes argumentos: 
a) Simplicidade e celeridade do procedimento 
b) A execução pode se iniciar de ofício (art. 878 da CLT) 
c) não há petição inicial na execução trabalhista por título executivo judicial 
d) princípios constitucionais da duração razoável do processo efetividade 
e) acesso à justiça e efetividade da jurisdição trabalhista 
M) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: 
Em razão do relevante aspecto social que envolve a satisfação do crédito 
trabalhista, a hipossuficiência do trabalhador e a existência do jus postulandi 
no processo do trabalho (art. 791 da CLT), a CLT disciplina, no art. 878, a 
possibilidade de o Juiz do Trabalho iniciar e promover os atos executivos de 
ofício. 
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, 
ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos 
termos do artigo anterior. 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a 
execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho. 
 
 
 
 
 
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8.3. Títulos Executivos: 
Os títulos executivos que podem ser executados na Justiça do Trabalho 
estão elencados no art. 876 da CLT. 
Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não 
cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e 
Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de 
acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual 
reconhecido. 
As contribuições sociais, a que se refere o parágrafo único do art. 876 da 
CLT, são as parcelas previdenciárias que incidirão nas verbas de natureza 
salarial deferidas na sentença ou transacionadas nos acordos celebrados e 
homologados em juízo. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. 
Títulos Executivos Judiciais 
� A sentença transitada em 
julgado; 
� A sentença sujeita a recurso 
desprovido de efeito 
suspensivo; 
� Acordos judiciais não 
cumpridos. 
Títulos Executivos 
Extrajudiciais 
 
� Termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
firmados pelo Ministério 
Público do Trabalho; (TAC) 
� Termo de Conciliação 
firmados pela Comissão de 
Conciliação Prévia. (TCCCP) 
 
 
Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na 
Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado perante o 
MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de conciliação prévia. 
Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, fora de um processo de 
conhecimento que dará origem a uma sentença (título executivo judicial). 
 
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Portanto, como não há um juiz anterior que julgou a matéria a 
competência para executá-lo será do juiz que seria competente para julgar a 
matéria caso houvesse um processo de conhecimento, ou seja, caso as partes 
não passassem pelo MPT e nem pela CCP. 
É importante lembrar que os cheques, as notas promissórias, as 
duplicatas, etc. não são títulos executivos extrajudiciais que possam ser 
executados na Justiça do Trabalho. 
Art. 877-A da CLT - É competente para a execução de título 
executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de 
conhecimento relativo à matéria. (Título Executivo Extrajudicial) 
Art. 877 da CLT - É competente para a execução das decisões o 
Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado 
originariamente o dissídio. (Título Executivo Judicial) 
8.4. Execução Provisória: A execução do título executivo judicial pode ser 
provisória ou definitiva. 
 
A execução definitiva é aquela que tem por base uma sentença 
transitada em julgado ou um título executivo extrajudicial. Já a execução 
provisória é aquela que ocorrerá quando o título executivo judicial estiver 
sendo objeto de recurso recebido no efeito devolutivo (art. 899 da CLT). 
Assim, a execução provisória será possível quando uma sentença condenatória 
não houver transitado em julgado. 
 
O art. 769 da CLT permite a aplicação subsidiária do art. 475-O, 
parágrafo 3º do CPC ao processo do trabalho, que estabelece a obrigação do 
exeqüente ao requerer a execução provisória de instruir o processo com os 
documentos necessários para a formação da carta de sentença. 
 
A Carta de sentença são os autos que se formam para o processamento 
da execução provisória. A Legitimidade Ativa para promover a execução está 
prevista no art. 878 da CLT que assim dispõe “qualquer interessado ou de 
ofício pelo juiz ou presidente do tribunal competente”. 
Art. 878 da CLT- A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal 
competente, nos termos do artigo anterior 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais 
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho. 
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O art. 878 da CLT ao mencionar a expressão “qualquer interessado” 
deverá ser interpretado da seguinte forma: a execução poderá ser processada 
pelo credor, pelo devedor e pelos seguintes legitimados: a) espólio, herdeiros 
ou sucessores do credor; b) o cessionário quando o direito do título executivo 
lhe for transferido por ato entre vivos; c) o sub-rogado nos casos de sub-
rogação legal ou convencional. 
O Ministério Público do Trabalho terálegitimidade para promover a 
execução, dentre outras hipóteses, nos casos de existência de títulos 
executivos judiciais, em funções de ações promovidas originariamente pelo 
parquet laboral, como por exemplo, a Ação Civil pública e no caso de execução 
do título executivo extrajudicial denominado termo de compromisso de 
ajustamento de conduta. 
 
8.5.. Execução por Prestações Sucessivas: Por prestações sucessivas 
devemos entender as obrigações contínuas que se sucedem no tempo ou as 
que sejam de trato sucessivo. 
 
Os doutrinadores citam como exemplo de prestações de trato sucessivo o 
pagamento de salário decorrente de um contrato de trabalho, pois a obrigação 
de pagar salário renova-se mês a mês até que ocorra a terminação contratual. 
 
Art. 890 da CLT - A execução para pagamento de prestações 
sucessivas far-se-á com observância das normas constantes desta 
Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo. 
 
 A execução para o pagamento de uma prestação sucessiva poderá ser 
por tempo determinado (art. 891 da CLT) e por tempo indeterminado (art. 892 
da CLT). Na execução para o pagamento de uma prestação sucessiva por 
tempo determinado, citamos como exemplo o acordo celebrado em dez 
parcelas, neste ocorrerá o vencimento antecipado de todas as parcelas pelo 
simples inadimplemento, independentemente do acordo prever tal cláusula. 
 
Art. 891 da CLT - Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a 
execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe 
sucederem. 
 
 
 
 
 
 
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Ao passo que, na execução de uma prestação sucessiva por tempo 
indeterminado podemos citamos o exemplo dado por Carlos Henrique Bezerra 
Leite de um contrato de trabalho cujas prestações obrigacionais são de trato 
sucessivo e que este ainda se encontra em plena vigência, como por exemplo, 
quando a sentença exeqüenda determina a obrigação do devedor de pagar 
diferenças salariais que serão devidas até o momento em que a execução se 
inicia. 
Art. 892 da CLT - Tratando-se de prestações sucessivas por 
tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias devidas, 
referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais 
da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio 
de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo 
constar o número do processo. 
§ 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a 
execução da contribuição social correspondente suspensa até a 
quitação de todas as parcelas. 
 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria 
da Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos 
efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em 
regulamento. 
8.6. Execução contra a Fazenda Pública: A expressão “Fazenda Pública” 
abrange as pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os 
Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as Autarquias e as Fundações 
Públicas. Os bens destes entes são impenhoráveis e imprescritíveis. Assim, 
eles serão citados para embargar a execução em 30 dias e não para pagar ou 
nomear bens à penhora como as pessoas jurídicas de direito privado e as 
pessoas físicas ou naturais. 
8.7. Execução contra a Massa Falida: A nova lei de falências (Lei 
11.101/05) estabelece que a falência decretação da falência da empresa 
suspenderá as execuções em face do devedor falido. 
 
Há divergências doutrinárias em relação à competência da Justiça do 
Trabalho para processar a execução contra a massa falida. Há pelo menos três 
posicionamentos divergentes, os quais não abordarei neste curso, uma vez que 
o nosso foco são as provas objetivas dos concursos dos Tribunais. 
 
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8.8 Do depósito da condenação e da nomeação de bens e do Mandado 
de citação e Penhora: 
Nos termos do art. 880 da CLT, quando a parte requerer a execução o 
juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do 
executado para que este cumpra a decisão ou o acordo no prazo estabelecido, 
pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de 
pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, 
para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob 
pena de penhora. 
 
A citação será feita pelos oficiais de justiça, sendo feita pessoalmente ao 
executado. Somente poderá ser realizada através e Edital quando o executado, 
procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for 
encontrado. Neste caso o Edital será publicado no jornal oficial ou, na falta 
deste, afixado na sede da Vara de Trabalho ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. O 
mandado de citação deverá conter a decisão exeqüenda ou o termo de acordo 
não cumprido. 
 
Assim, que a citação for realizada nos moldes do 880 da CLT o executado 
poderá pagar na forma do art. 881 da CLT, depositar em juízo o valor com o 
objetivo de garantir o juízo para a interposição de embargos à execução ou 
oferecer bens à penhora para a garantia do juízo e futura oposição, também de 
embargos à execução. 
Art. 881 da CLT - No caso de pagamento da importância reclamada, 
será este feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se 
termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo 
executado e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, entregando-
se a segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo. 
 Parágrafo único - Não estando presente o exeqüente, será depositada 
a importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, 
em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. 
Art. 882 da CLT - O executado que não pagar a importância 
reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, 
atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à 
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do 
Código Processual Civil. 
O executado deverá observar a ordem de bens do art. 655 do CPC para a 
nomeação de bens à penhora, uma vez que o art. 882 da CLT assim 
estabelece. 
 
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Art. 655 do CPC A penhora observará preferencialmente a seguinte ordem: 
I. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II. veículos de via terrestre; 
III. bens móveis em geral; 
IV. bens imóveis; 
V. navios e aeronaves; 
VI. ações e quotas de sociedades empresárias; 
VII. percentual de faturamento da empresa devedora; 
VIII. pedras e metais preciosos; 
IX. títulos da dívida pública da União, Estado, DF com cotação em mercado; 
X. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
 XI. outros direitos. 
Em provas de concursos costuma ser cobrada a Orientação 
Jurisprudencial 59 da SDI-II do TST que estabelece que carta de fiança 
bancária equivale a dinheiro.Assim, entre a carta de fiança bancária e um 
navio a ordem preferencial será para a carta de fiança bancária, uma vez que 
ela equivale a dinheiro que na ordem legal é o primeiro do rol do art. 655 do 
CPC. 
Art. 883 da CLT - Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao 
pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros 
de mora,sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em 
que for ajuizada a reclamação inicial. 
8.9. Dos bens penhoráveis e impenhoráveis: Os bens impenhoráveis são 
os dispostos no art. 649 do CPC, aplicado subsidiariamente ao Processo do 
Trabalho, os bens de família da Lei 8009/90, como já falamos anteriormente, 
os bens públicos. 
Os bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis e 
são os seguintes: 
a) os bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário não sujeito à 
execução; 
b) os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a 
residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as 
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, 
salvo se de elevado valor; 
d) os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos 
de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os 
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
observado o disposto no § 3o deste artigo; 
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e) os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos 
ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; 
f) o seguro de vida; 
g) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas 
forem penhoradas; 
h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família; 
i) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação 
compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
j) até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada 
em caderneta de poupança. 
l) os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, 
por partido político. 
 
8.10. Do bem de família (Lei 8009/90): A Lei 8009/90 assegura a 
impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade 
familiar, estabelecendo que tal imóvel não responderá, por qualquer tipo de 
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída 
pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele 
residam. 
Considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela 
entidade familiar para moradia permanente.Na hipótese de o casal, ou 
entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a 
impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido 
registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis. 
Não se beneficiará do benefício da Lei 8009/90 aquele que, sabendo-se 
insolvente, adquirir de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência 
familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. 
 
A impenhorabilidade será oponível em qualquer processo de execução civil, 
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
� em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das 
respectivas contribuições previdenciárias; 
� pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à 
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
� pelo credor de pensão alimentícia; 
� para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e 
contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
� para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia 
real pelo casal ou pela entidade familiar; 
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� por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de 
sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou 
perdimento de bens. 
� por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
 
É importante frisar que a impenhorabilidade compreenderá o imóvel 
sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de 
qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, 
ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. Excluem-se da 
impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos 
suntuosos. 
Quando o imóvel for locado, a impenhorabilidade aplicar-se-á aos bens 
móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do 
locatário. 
Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a 
impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens 
móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada 
como pequena propriedade rural. 
8.11. Dos embargos à execução: Embargos à execução, ou embargos do 
executado ou, ainda embargos do devedor é uma ação na qual o executado 
será o autor e o exeqüente será o réu com o objetivo de anular ou reduzir a 
execução. Assim, o executado tem por objetivo ao embargar a execução, a 
desconstituição do título em que ela se funda, e por conseqüência a sua 
extinção, seja total ou parcialmente. 
O executado terá o prazo de 5 dias contados da data da intimação da 
penhora para opor embargos à execução, desde que garanta a execução ou os 
bens sejam penhorados. 
 
O prazo de 5 dias para o executado apresentar embargos e igual prazo 
para exeqüente, impugná-lo ou de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 30 da 
lei 6.830/80). 
 
DICA: Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao 
processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de 
embargos à execução. 
⇒ Quando o executado for a fazenda pública o prazo para opor embargos à 
execução será de 30 dias. 
⇒ Caso o devedor não esteja no local da penhora o oficial irá proceder ao 
arresto dos bens, sendo dada ciência ao devedor depois de ele ter sido 
efetivado. 
⇒ Somente ocorrerá ordem de arrombamento se o devedor estiver 
ocultando-se para impedir que a penhora seja realizada. 
 
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Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os bens, 
terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo 
igual prazo ao exeqüente para impugnação 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento 
da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz 
ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, 
marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se 
dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar 
a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no 
mesmo prazo. 
 § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as 
impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e 
previdenciário. 
§ 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato 
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal 
ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
Art. 885 da CLT - Não tendo sido arroladas testemunhas na 
defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, 
dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a 
penhora. 
O prazo de 5 dias para o juiz julgar os embargos à execução quando não 
forem arroladas testemunhas, contar-se-á a partir da conclusão dos autos. 
Lembrando que a expressão “autos conclusos” significa que o processo está 
com o juizpara que ele profira a sua decisão. Quando tiverem sido arroladas 
testemunhas ou for necessária outra prova será aplicada a regra do art. 886 
da CLT. 
Na sentença dos embargos à execução o juiz irá julgar se a penhora é 
subsistente ou insubsistente. Quando ele declarar a insubsistência da penhora, 
ele irá determinar uma nova penhora. Quando ele julgar subsistente a penhora 
ele irá determinar a avaliação dos bens penhorados. 
Quando ele considerar que os embargos à penhora não possuem 
fundamento, ele irá rejeitar os embargos interpostos e prosseguirá a execução. 
 
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As partes serão notificadas desta decisão pelo correio com aviso de 
recebimento conforme estabelece o art. 886, parágrafo primeiro da CLT. 
Caberá a interposição de agravo de petição contra esta decisão no prazo de 
oito dias, que é uma modalidade de recurso que nós iremos estudar nas 
próximas aulas. 
Art. 886 da CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a 
sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que 
proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior. 
§ 1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
§ 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente mandará 
proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
O art. 887 da CLT está tacitamente revogado pela Lei 5.442/68 que deu 
nova redação ao art. 721 da CLT que determina que os bens penhorados 
sejam avaliados, pelo próprio oficial de justiça avaliador em no prazo de 10 
dias O oficial de justiça poderá ser recusado como avaliador quando for 
suspeito ou impedido. 
Importante: O art. 884 da CLT afirma que nos embargos à execução as 
matérias de defesa são restritas às alegações de cumprimento da decisão ou 
de acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao processo 
do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de embargos à 
execução. 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação 
que será anunciada por edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal e 
publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) 
dias. 
§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os 
bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência 
para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos 
por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
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§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e 
quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da 
execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os 
bens executados. 
Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias devidas, 
referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais 
da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio 
de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo 
constar o número do processo. 
§ 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a 
execução da contribuição social correspondente suspensa até a 
quitação de todas as parcelas. 
 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria 
da Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos 
efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em 
regulamento. 
8.12. Dos embargos de terceiro: A CLT é omissa em relação aos embargos 
de terceiro, por isso o Código de Processo Civil é aplicado subsidiariamente ao 
Processo do Trabalho, por força do art. 889 da CLT. Os embargos de terceiro 
objetivam proteger a posse ou a propriedade daquele, que não sendo parte, 
sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens em decorrência de atos de 
apreensão judicial como, por exemplo, a penhora. 
 
 Os artigos 1046\1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro que 
caracterizam-se por ser uma ação incidental conexa ao processo de execução 
ou de conhecimento. 
 
 No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 5 dias após 
a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da assinatura 
da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 
 O parágrafo segundo ao art. 1046 do CPC estende o conceito de terceiro 
embargante para aquele que, não sendo parte no processo, defende bens de 
sua posse ou propriedade que estão sendo objeto de constrição judicial. 
 
 São legitimados para a interposição de embargos de terceiro: a) o 
cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à meação; 
b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético que são detentores do 
direito real sobre os bens alheios; 
 
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Os embargos de terceiro deverão ser distribuídos por dependência e 
serem processados nos mesmos autos do processo, já os embargos do 
devedor deverão ser processados em autos apartados. 
 
 Um ponto muito cobrado nas provas de concursos é a questão de quem 
será competente para processar e julgar os embargos de terceiro quando a 
ação for processada por carta precatória. Será a competente o juízo deprecado 
(juízo que não processa a execução) ou o juízo deprecante (juízo que está 
processando a execução). Esta matéria está regulada pela Súmula 419 do TST. 
 
 
Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a 
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, 
unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação 
dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste 
último. 
8.13. Da Praça e Leilão: Resolvidos os embargos seguir-se-á para a praça ou 
leilão. 
� Praça é realizada no fórum, destinada aos bens imóveis e leilão é 
realizado onde estiverem os bens móveis ou em outro lugar designado 
pelo juiz. 
Na praça, poderão ocorrer uma das três situações abaixo: Após a 
penhora, a expropriação do bem poderá ocorrer pela remição, adjudicação ou 
arrematação. 
 
1. Da Arrematação: Ocorrerá quando um terceiro adquire o bem. A 
arrematação ocorrerá pelo maior lance, tendo o exeqüente a 
preferência para a adjudicação. O arrematante deverá garantir com 
um sinal de 20% sobre o valor da arrematação e em 24 horas deverá 
completar o restante, sob pena de perder o sinal dado para a 
execução. 
 
No processo do trabalho haverá uma só praça, assim defere-se a 
arrematação na primeira praça a quem der o maior lance, ainda que este não 
atinja o valor da avaliação. Será assinado o auto de arrematação que somente 
poderá ser desfeita nos casos do art. 694 do CPC. 
2. Da Remição: Ocorrerá quando o devedor mantém a propriedade do 
bem pagando o valor devido, ele sempre terá preferência. A remição prefere a 
adjudicação e à arrematação. Poderá ser feita a qualquer tempo pelo 
executado, porém antes da arrematação ou da adjudicação. 
 
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Não se deve confundir remição da execução com remição de bens, pois 
esta permitia ao cônjuge, ascendente ou descendente do executado remir 
quaisquer bens penhorados depositando o preço pelo qual forem penhorados 
ou adjudicados, conforme art. 787 do CPC, que foi revogado em 2006. A 
remição de bens não se aplicava ao processo do trabalho. 
 
É importante lembrar que o termo “remissão” significa perdão é diferente 
do termo remição que é deferida ao executado nos moldes do art. 13 da Lei 
5.584/70, abaixo transcrito. 
Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só será 
deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor da 
condenação.” 
 
3. Da Adjudicação: Ocorrerá quando o credor fica com o bem para si, 
pagando o valor do maior lance e não o do preço da avaliação. Ele deverá 
pagar a diferença caso a avaliação seja maior que o quantum devido. Somente 
será permitida a adjudicação se for feita antes da assinatura do auto de 
arrematação. 
 
8.14. Das Custas na Execução: O STF entendeu que o TST não tem 
competência para estabelecer custas na execução, uma vez que, as custas têm 
natureza de tributo e por isso, somente poderão ser fixadas por lei. Somente à 
União compete legislar sobre custas nos serviços forenses. 
 
Assim, o executado não deverá pagar as custas para recorrer na 
execução, uma vez que o art. 789-A da CLT é expresso no sentido de que elas 
deverão ser pagas ao final. 
 
8.15. Artigos da CLT: 
 
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha 
havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não 
cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais 
devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do 
Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, 
inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual 
reconhecido. 
 
 
 
 
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Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou 
Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o 
dissídio. 
 
Art. 877 A. É competente para a execução de título executivo 
extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de 
conhecimento relativo à matéria. 
 
Art. 878. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, 
ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, 
nos termos do artigo anterior. 
Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, 
a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho. 
 
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que 
entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de 
eventuais diferenças encontradas na execução ex officio. 
 
Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, 
previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por 
arbitramento ou por artigos. 
 
§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença 
liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal. 
 
§ 1º-A A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições 
previdenciárias devidas. 
§ 1º-B As partes deverão ser previamente intimadas para a 
apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição 
previdenciária incidente. 
§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes 
prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a 
indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de 
preclusão. 
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça 
do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, 
no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 
§ 4º A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os 
critérios estabelecidos na legislação previdenciária. 
§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato 
fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total 
das verbas que integram o salário-de-contribuição, na forma do art. 28 
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de escala 
decorrente da atuação do órgão jurídico. 
 
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§ 6º Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderá 
nomear perito para a elaboração e fixará, depois da conclusão do 
trabalho, o valor dos respectivos honorários com observância, entre 
outros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. 
 
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações 
estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive 
de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 
(quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. 
§ 1º O mandado de citação devera conter a decisão exeqüenda ou o 
termo de acordo não cumprido. 
§ 2º A citação será feita pelos oficiais de Justiça. 
 
§ 3º Se o executado. procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 
(quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, 
publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta 
ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. 
 
Art. 881. No caso de pagamento da importância reclamada, será este 
feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se termo de 
quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo executando 
e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a segunda 
via ao executado e juntando-se a outra ao processo. 
Parágrafo único. não estando presente o exeqüente, será depositada 
a importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, 
em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. 
 
Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá 
garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e 
acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, 
observada a ordem preferencial estabelecida no Art. 655 do Código 
Processo Civil. 
 
Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, 
seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da 
importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo 
estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a 
reclamação inicial. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 884. Garantida a execução ou penhora os bens, terá o executado 5 
(cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao 
exeqüente para impugnação. 
 
§ 1º A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da 
decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
§ 2º Se na defesa tiverem sido arrolada testemunhas, poderá o Juiz ou 
o Presidente do Tribunal, caso, julgue necessário seus depoimentos, 
marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se 
dentro de 5 (cinco) dias. 
 
§ 3º Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a 
sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo 
prazo. 
 
§ 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos ea impugnação à 
liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário. 
 
§ 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato 
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal 
ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
 
Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou 
presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 
(cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora. 
 
Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição 
em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e 
oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que proferirá sua 
decisão, na forma prevista no artigo anterior. 
 
§ 1º Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
 
§ 2º Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente mandará 
proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
 
 Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, contados da 
data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação que será 
anunciada por edital afixada na sede do Juízo ou Tribunal e publicado no 
jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens 
serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a 
adjudicação. 
 
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§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente 
a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por 
leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e 
quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da 
execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os 
bens executados. 
 
Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são 
aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os 
preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança 
judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
 
Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às 
contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais da Caixa 
Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio de 
documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo 
constar o número do processo. 
 
§ 1º Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a 
execução da contribuição social correspondente suspensa até a quitação 
de todas as parcelas. 
 
§ 2º As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria da 
Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos efetivados 
nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em regulamento. 
 
Art. 890. A execução para pagamento de prestações sucessivas far-se-
á com observância das normas constantes desta Seção, sem prejuízo 
das demais estabelecidas neste Capítulo. 
 
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a 
execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que 
lhe sucederem. 
 
Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações 
devidas até a data do ingresso na execução. 
 
 
 
 
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É importante mencionar a alteração que a Lei 12.440/2011, fez na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inserindo o artigo 642-A. 
 
"Art. 642-A. É instituída a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), 
expedida gratuita e eletronicamente, para comprovar a inexistência de débitos 
inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. 
§ 1º - O interessado não obterá a certidão quando em seu nome 
constar: 
 I - o inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença 
condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou em 
acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente aos recolhimentos 
previdenciários, a honorários, a custas, a emolumentos ou a recolhimentos 
determinados em lei; ou 
II - o inadimplemento de obrigações decorrentes de execução de 
acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de 
Conciliação Prévia. 
§ 2º - verificada a existência de débitos garantidos por penhora 
suficiente ou com exigibilidade suspensa, será expedida Certidão Positiva de 
Débitos Trabalhistas em nome do interessado com os mesmos efeitos da 
CNDT. 
§ 3º - A CNDT certificará a empresa em relação a todos os seus 
estabelecimentos, agências e filiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8.16. Questões FCC comentadas: 
 
1. (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª Região 
– 2011) Considere 
I. O seguro de vida. 
II. Bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão. 
III. 20 salários mínimos depositados em caderneta de poupança. 
IV. Aparelho de ar condicionado e aparelhos eletrônicos sofisticados. 
Em regra são absolutamente impenhoráveis os bens indicados APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
Comentários: Letra C. A assertiva I está correta (art. 649, f do CPC). A 
assertiva II, também, está correta (art. 649, e do CPC). A assertiva III está 
correta devido ao que diz o art. 649, j do CPC. 
 
 Ao passo que a assertiva IV está incorreta. 
 
O bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis e 
são os seguintes: a) os bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário 
não sujeito à execução; b) os móveis, pertences e utilidades domésticas que 
guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que 
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de 
vida; c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, 
salvo se de elevado valor; d)os vencimentos, subsídios, soldos, salários, 
remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as 
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de 
profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo; e) os livros, as 
máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros 
bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; f) 
o seguro de vida; g) os materiais necessários para obras em andamento, 
salvo se essas forem penhoradas; h) a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família; i) os recursos públicos 
recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, 
saúde ou assistência social; 
 j) até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia 
depositada em caderneta de poupança. l) os recursos públicos do fundo 
partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. 
 
 
 
 
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2. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª Região 
– 2011) Flávia arrematou um veículo modelo X, ano 2007, placa Y em hasta 
pública decorrentede execução de reclamação trabalhista da empresa XYZ. O 
veículo foi arrematado por R$ 10.000,00. De acordo com a Consolidação das 
Leis do Trabalho, Flávia deverá garantir um sinal de 
a) R$ 2.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
b) R$ 2.000,00 e depositar o restante em 48 horas. 
c) R$ 5.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
d) R$ 5.000,00 e depositar o restante em 48 horas. 
e) R$ 1.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
 
Comentários: Letra A 
 
Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, contados da 
data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação que será 
anunciada por edital afixada na sede do Juízo ou Tribunal e publicado no 
jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens 
serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a 
adjudicação. 
§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente 
a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por 
leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e 
quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da 
execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os 
bens executados. 
 
3. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª Região 
– 2011) A casa onde Júnior reside com a sua família e é proprietário foi 
penhorada e arrematada em leilão judicial em execução de reclamação 
trabalhista da empresa X ocorrido há três dias. Júnior não é parte no processo 
e pretende interpor Embargos de Terceiro. Neste caso, considerando que não 
ocorreu a assinatura da respectiva carta de arrematação, Júnior 
a) não pode interpor Embargos de Terceiro porque este só pode ser proposto 
até o trânsito em julgado da lide. 
b) poderá interpor Embargos de Terceiro estando dentro do prazo legal 
previsto em lei. 
c) não poderá interpor Embargos de Terceiro porque o prazo para interposição 
em fase de execução já se esgotou. 
d) poderá interpor Embargos à execução e não Embargos de Terceiro em razão 
da efetivação da penhora. 
e) deverá interpor Agravo de Petição e não Embargos de Terceiro em razão do 
encerramento do leilão judicial e da efetivação da arrematação. 
 
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Comentários: Letra B. Como já estudamos no decorrer desta aula, no 
processo de execução, a ação de embargos de terceiro poderá ser ajuizada até 
5 dias após a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 
4. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 24ª Região 
– 2011) Considere as seguintes assertivas a respeito dos Embargos de 
Terceiro: 
I. Em regra, na execução por carta precatória, os Embargos de Terceiro serão 
oferecidos no juízo deprecado, que possuirá também a competência para 
julgá-los. 
II. O prazo para o embargado oferecer a sua resposta é de dez dias, contados 
da sua intimação. 
III. No processo de conhecimento, os embargos de terceiro terão lugar 
enquanto não transitar em julgado a sentença ou o acórdão. 
IV. É legitimado ativo para propor embargos de terceiros o cônjuge, na defesa 
de seus próprios bens reservados ou atinentes à meação. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) II e IV. (D) III e IV. (E) I e IV. 
 
Comentários: Letra B. I- Incorreta. (Súmula 419 do TST) 
 
Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a 
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, 
unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação 
dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste 
último. 
 
II- Correta. O Processo Civil será aplicado subsidiariamente ao Processo do 
Trabalho no que tange aos embargos de terceiro. Assim, a assertiva abordou o 
art. 1053 do CPC que estabelece o prazo de 10 dias para o embargado 
oferecer a sua resposta. 
 
III- Correta. Os embargos de terceiro possuem natureza jurídica de ação 
incidental conexa ao processo de conhecimento ou de execução. No processo 
de conhecimento eles terão lugar enquanto não transitar em julgado a 
sentença ou o acórdão. Já no processo de execução a ação poderá ser ajuizada 
até cinco dias após a arrematação. Adjudicação ou remição, mas sempre antes 
da assinatura da carta (art. 1048 do CPC). 
 
IV- Correta. São legitimados para a interposição de embargos de terceiro: a) o 
cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à meação; 
b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético que são detentores do 
direito real sobre os bens alheios; 
 
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5. (FCC- Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Gabriela adquiriu 
uma fazenda na Cidade do Sol através de instrumento particular de compra e 
venda. Após alguns dias descobriu que a fazenda adquirida havia sido 
arrematada em leilão judicial em razão de dívida trabalhista do ex-proprietário. 
Neste caso, Gabriela 
(A) não poderá interpor Embargos de Terceiros, tendo em vista que o bem já 
foi arrematado em leilão. 
(B) poderá interpor Embargos de Terceiros até cinco dias depois da 
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. 
(C) poderá interpor Embargos de Terceiros até dez dias depois da 
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. 
(D) poderá interpor Embargos de Terceiros até cinco dias depois da 
arrematação, independentemente da assinatura da respectiva carta. 
(E) poderá interpor Embargos de Terceiros até dez dias depois da 
arrematação, independentemente da assinatura da respectiva carta. 
 
Comentários: Letra B. Os embargos de terceiro objetivam proteger a posse 
ou a propriedade daquele, que não sendo parte, sofrer turbação ou esbulho na 
posse de seus bens em decorrência de atos de apreensão judicial como, por 
exemplo, a penhora. 
A CLT é omissa em relação aos embargos de terceiro, por isso o Código 
de Processo Civil é aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, por 
força do art. 889 da CLT. 
 Os artigos 1046/1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro que se 
caracteriza por ser uma ação incidental conexa ao processo de execução ou de 
conhecimento. 
 No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 05 dias após 
a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da assinatura 
da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 Assim, Gabriela poderá interpor embargos de terceiro no prazo 
estabelecido pelo art. 1048 do CPC. 
 
6. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 9ª região- 
2010) Na execução da sentença proferida na reclamação trabalhista X, João 
arrematou um apartamento na cidade de Santos-SP. Para garantir o lance, 
João deu sinal correspondente a 20% do seu valor. Neste caso, de acordo com 
a Consolidação das Leis do Trabalho, João deverá pagar o preço da 
arrematação dentro de 
(A) cinco dias, sob pena de perder, em benefício da execução, todo o sinal, 
voltando à praça o imóvel arrematado. 
(B) quarenta e oito horas, sob pena de perder, em benefício da execução, 
metade do sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(C) vinte e quatro horas, sob pena de perder, em benefício da execução, todo 
o sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(D) dez dias, sob pena de perder, em benefício da execução, metade do sinal, 
voltando à praça o imóvelarrematado. 
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(E) trinta dias, sob pena de perder, em benefício da execução, todo o sinal, 
voltando à praça o imóvel arrematado. 
 
Comentários: Letra C. (art. 888 da CLT). 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação 
que será anunciada por edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal e 
publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) 
dias. 
§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os 
bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência 
para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos 
por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e 
quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da 
execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os 
bens executados. 
7. (FCC/TRT/Campinas – Técnico judiciário/2009) Considere as 
seguintes assertivas acerca da execução trabalhista: 
I- Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência 
de decisão proferida pelos juízes resultantes de homologação de acordo, 
exceto sobre os salários pagos durante o período contratual 
reconhecido. 
II- Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida 
à previdência social sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças 
encontradas na execução ex officio. 
III- O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 50% 
do seu valor. 
IV- Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a 
sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo. 
 
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De acordo com a Consolidação das Leis do trabalho está correto o que se 
afirma somente em 
a) II e IV; b) I, II e III; c) II,III e IV; d) I e IV; e) I,II e IV. 
Comentários: Letra A. I- errada . A parte em negrito é o que está errado na 
assertiva I, pois não é o que diz o parágrafo único do art. 876 da CLT. 
II- correta 
Art. 878-A da CLT - Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da 
parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da 
cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex officio. 
III- errada. O lance será de 20%. 
IV- correta. 
 
8. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) No tocante à execução 
trabalhista, marque a resposta que está em desacordo com o estabelecido pela 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
a) Ao devedor é facultado o pagamento imediato de parte que entender à 
Previdência Social, sem prejuízo de cobrança de eventuais diferenças 
encontradas na execução ex officio. 
b) As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso 
com efeito devolutivo, os acordos, quando não cumpridos, bem como os 
termos de ajuste de condutas firmados perante o Ministério público do trabalho 
e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação 
Prévia, serão executados conforme determina a Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
c) Os créditos previdenciários devidos em decorrência de decisão proferidas 
pelos juízes e tribunais do trabalho, resultante de condenação ou homologação 
de acordo serão executados ex officio. 
d) Os critérios estabelecidos na legislação previdenciária deverão ser 
observados quando se tratar de atualização do crédito devido à Previdência 
Social. 
e) Não se pode discutir matéria pertinente à causa principal na liquidação da 
sentença, nem tampouco modificar ou inovar a sentença liquidanda. 
 
Comentários: Letra B. O art. 876 da CLT fala “...não tenha havido recursos 
com efeito suspensivo...” e não efeito devolutivo como menciona a assertiva 
da letra “b”. 
 
 
 
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Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não 
cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e 
Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de 
acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual 
reconhecido. 
9. (FCC/ Técnico Judiciário – TRT- 2ª Região/2008) Considere: 
I- Termo de compromisso de ajustamento de conduta com conteúdo 
obrigacional firmado perante o ministério público do trabalho. 
II- Acordo celebrado entre empregador e empregado não homologado e sem 
testemunhas instrumentárias. 
III- Cheque sem suficiente provisão de fundos emitido pelo empregador para 
pagamento de salário. 
IV- Termo de conciliação com conteúdo obrigacional celebrado perante a 
Comissão de Conciliação Prévia competente. 
São títulos exeqüíveis na justiça do Trabalho os indicados apenas em 
a) I e IV; 
b) II e IV; 
c) I, III e IV; 
d) II e III; 
e) I, II e III. 
 
Comentários: Letra A. As assertivas I e IV estão certas. O erro da assertiva II 
é que o acordo celebrado entre as partes sem a homologação do juízo não será 
título executivo no processo do trabalho. Já o erro da assertiva III é que o 
cheque não é título executivo extrajudicial que possa ser executado na Justiça 
do Trabalho. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. 
Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na 
Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado perante o 
MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de conciliação prévia. 
Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, fora de um processo de 
conhecimento que dará origem a uma sentença (título executivo judicial). 
 
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TEORIA E QUESTÕES FCC 
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Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34
Títulos Judiciais 
� A sentença transitada em 
julgado; 
� A sentença sujeita a 
recurso desprovido de 
efeito suspensivo; 
� Acordos judiciais não 
cumpridos. 
Títulos Extrajudiciais 
 
� Termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
firmados pelo Ministério 
Público do Trabalho; (TAC) 
 
� Termo de Conciliação 
firmados pela Comissão de 
Conciliação Prévia (TCCCP). 
 
 
10. (FCC -Analista Judiciário - execução de mandados TRT 16ª região – 
2009) Considere as assertivas abaixo a respeito da arrematação. 
I. O arrematante deverá garantir o lance com sinal correspondente a 20% do 
seu valor. 
II. A fixação de edital na sede da Vara e a publicação em jornal local do 
anúncio da arrematação são requisitos alternativos. 
III. Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 horas o preço da 
arrematação, perderá em benefício do executado o sinal fornecido. 
IV. Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos 
bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo 
juiz. 
De acordo com a Consolidação das Leis

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