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Execução no Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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Queridos alunos, 
 
Não me esqueci dos resumos que prometi para vocês. Postarei em breve 
e irei voltar ao te4ma da aula 02, uma vez que há alunos com dúvidas 
em relação ao tema. 
 
Hoje, estudaremos em Processo do Trabalho o tema “execução” que é 
muito abordado nos concursos para os Tribunais Regionais do Trabalho. 
 
O Juiz ao proferir uma decisão (sentença) e solucionar o conflito de 
interesses entre as partes, poderá condenar uma parte a pagar à outra 
parte determinada quantia em dinheiro. 
 
Exemplificando: Maria das Dores foi condenada a pagar para a sua 
empregada doméstica as férias vencidas em dobro. A sentença do juiz é 
um título executivo judicial e caso Maria das Dores não pague os seus 
bens poderão ser executados. 
 
Creio que vocês já que são bacharéis em direito já entendem o que seja 
a execução no Processo do Trabalho. 
 
Vamos, agora, ao conceito clássico de vários doutrinadores! 
 
Aula 05: Da execução: execução provisória; execução por prestações 
sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a 
massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de 
bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; 
da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Dos embargos à 
execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da 
praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. 
 
 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1. Conceito de Execução: 
 
 “É a atividade jurisdicional do Estado, coercitiva, com o objetivo 
de compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida na 
sentença condenatória transitada em julgado ou em acordo 
judicial inadimplido ou em título executivo extrajudicial previsto 
em lei.” (Manoel Antônio Teixeira Filho). 
 
“É o conjunto de atos de atuação das partes e do juiz que tem em 
mira a concretização daquilo que foi decidido no processo de 
conhecimento.” (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
Para Mauro Schiavi: “a execução trabalhista consiste num conjunto doe 
atos praticados pela justiça do trabalho destinados à satisfação de uma 
obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da 
competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo 
devedor, contra a vontade deste último”. 
Para José Augusto Rodrigues Pinto: “Executar é, no sentido comum, 
realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido jurídico, a palavra assume 
significado mais apurado, embora conservando a idéia básica de que, 
uma vez nascida, por ajuste entre particulares ou por imposição 
sentencial do órgão próprio do Estado a obrigação, deve ser cumprida, 
atingindo-se no último caso, concretamente, o comando da sentença 
que a reconheceu ou, no primeiro caso o fim para o qual se criou”. 
O credor será denominado exeqüente e o devedor será denominado 
executado na fase de execução. 
A execução deverá ser processada pelo modo menos gravoso para o 
devedor/executado. 
As normas aplicáveis ao processo de execução são: 
� CLT (arts. 876/892); 
� Art. 13º da Lei 5.584/80(remição); 
� Lei 6.830/80 (art. 889 da CLT); 
� Código de Processo Civil; 
� Lei 8009/90. 
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5.2. Princípios aplicados à execução trabalhista: Os princípios da 
execução trabalhista não diferem dos princípios da execução no 
Processo Civil, entretanto, em face da natureza do crédito trabalhista e 
da hipossuficiência do credor trabalhista, alguns princípios adquirem 
intensidade mais acentuada na execução trabalhista, máxime os da 
celeridade, simplicidade e efetividade do procedimento. 
A) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CREDOR TRABALHISTA: 
A execução trabalhista se faz no interesse do credor. Desse modo, todos 
os atos executivos devem convergir para satisfação do crédito do 
exeqüente. 
Art. 612 do CPC - Ressalvado o caso de insolvência do devedor, 
em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se 
a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o 
direito de preferência sobre os bens penhorados. 
Na execução trabalhista, o presente princípio se destaca em razão da 
natureza alimentar do crédito trabalhista e da necessidade premente de 
celeridade do procedimento executivo. Por isso, no conflito entre normas 
que disciplinam o procedimento executivo, deve-se preferir a 
interpretação que favoreça o exeqüente. 
B) PRINCÍPIO DO MEIO MENOS ONEROSO PARA O EXECUTADO: 
O presente princípio está consagrado no art. 620 do CPC, que assim 
dispõe: 
Art. 620, do CPC: “Quando por vários meios o credor puder 
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo 
menos gravoso para o devedor”. 
O dispositivo representa característica da humanização da execução, 
tendo por escopo resguardar a dignidade da pessoa humana do 
executado. 
Omissa a CLT, a regra do art. Supra se mostra compatível com a 
execução trabalhista (arts. 769 e 889 da CLT). 
Somente quando a execução puder ser realizada por mais de uma 
modalidade, com a mesma efetividade para o credor, se preferirá o 
meio menos oneroso para o devedor. 
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C) PRINCÍPIO DO TÍTULO: 
Segundo Carnellutti (citado por Mauro Schiavi): enquanto o processo de 
conhecimento se contenta com uma pretensão, entendida como vontade 
de submeter o interesse alheio ao próprio, bem mais exigente o 
processo executivo que reclamada, para sua instauração uma pretensão 
conforme o direito. 
Em outras palavras: O juiz no processo de execução, necessita de 
âncora explícita para ordenar atos executivos, e alterar a realidade em 
certos rumos, do mesmo modo que o construtor de edifícios sem o 
respectivo projeto não saberia como tocar o empreendimento. Como 
jamais se configurará a certeza absoluta em torno do crédito, a lei 
sufraga a relativa certeza decorrente de certo documento, que é o título. 
Faz o título prova legal ou integral do crédito. 
A execução é nula sem título (nulla executio sine titulo), seja ele judicial 
ou extrajudicial. 
Dispõe o art. 586 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar-
se-á sempre em título executivo de obrigação certa, líquida e exigível. 
Os títulos trabalhistas que tem força executiva estão previstos no art. 
876 da CLT: 
Art. 876: As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando 
não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante 
o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação 
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão 
executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes 
e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos 
durante o período contratual reconhecido. 
O título a embasar a execução deve ser líquido, certo e exigível. 
* A certeza está no fato de o título não estar sujeito à alteração por 
recurso (judicial); ou que a lei confere tal qualidade, por revestir o título 
das formalidades previstas em lei (extrajudicial). 
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* Exigível é o titulo que não está sujeito à condição ou termo. Ou seja, a 
obrigação consignada no título não está sujeita a um evento futuro ou 
incerto (condição) ou a um evento futuro ou incerto (condição) ou a um 
evento futuro e certo (termo). 
* Líquido é o título que individualiza o objeto da execução (obrigação de 
entregar), ou da obrigação (fazer ou não fazer), bem como delimita o 
valor (obrigação de pagar). 
D) PRINCÍPIO DA REDUÇÃO DO CONTRADITÓRIO: 
O contraditório na execução é limitado (mitigado), pois a obrigação já 
está constituída no título e deve ser cumprida: ou de forma espontânea 
pelo devedor ou mediante a atuação coativa do Estado, que se 
materializa no processo. 
No procedimento executivo, a premissa é a existência de posições 
jurídicas diversas- poder e sujeição -, com que a finalidade é obter – 
com o menor sacrifício possível do patrimônio do executado – a 
satisfação do direito exeqüendo. Certamente, haverá participação e 
atuação do réu, que tem o direito de ser ouvido dentro da perspectiva 
relativa à atuação da norma jurídica concreta. 
E) PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE: 
A execução não incide sobre a pessoa do devedor, e sim sobre seus 
bens. Tanto os bens presentes como os futuros do devedor são passíveis 
de execução. 
Art. 591 do CPC: Inexistindo sindicato, os percentuais previstos 
na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 
589 desta Consolidação serão creditados à federação 
correspondente à mesma categoria econômica ou profissional. 
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os 
percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a 
e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão 
à confederação. 
 
 
 
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A Constituição Federal de 1988 prevê duas possibilidades de a execução 
incidir sobre a pessoa do devedor no art. 5º, LXVII: Não haverá prisão 
civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Portanto, 
somente poderá haver prisão civil por dívida em duas hipóteses quais, 
sejam: a) depositário infiel e, b) devedor de obrigação alimentícia. 
Quanto ao depositário infiel: Não mais existe, no modelo normativo 
brasileiro, a prisão civil por infidelidade depositária independentemente 
da modalidade de depósito. O entendimento já pacificado foi reafirmado 
pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. 
O ministro, ao acolher Habeas Corpus de um depositário voluntário 
contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, citou vários precedentes 
da corte. Dentre eles, o julgamento do HC 92.566/SP, de relatoria do 
ministro Marco Aurélio, que declarou expressamente revogada a Súmula 
619 da corte. A súmula autorizava a decretação da prisão civil do 
depositário judicial no próprio processo em que se constituiu o encargo, 
independentemente do prévio ajuizamento da ação de depósito. 
Por ter havido adesão ao Pacto de São José da Costa Rica, que permite 
a prisão civil por dívida apenas na hipótese de descumprimento 
inescusável de prestação alimentícia, não é cabível a prisão civil do 
depositário, qualquer que seja a natureza do depósito. 
F) PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE: 
Segundo Chiovenda (citado por Mauro Schiavi): O processo precisa ser 
apto a dar a quem tem um direito na medida do que for praticamente 
possível tudo aquilo a que tem direito e precisamente aquilo a que tem 
direito. 
Há efetividade da execução trabalhista quando ela é capaz de 
materializar a obrigação consagrada no título que tem força executiva, 
entregando, no menor prazo possível, o bem da vida ao credor ou 
materializando a obrigação consagrada no título. Desse modo, a 
execução deve ter o máximo resultado com o menor despêndio de atos 
processuais. 
 
 
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Conforme destaca Araken de Assis, é tão vem sucedida a execução 
quando entrega rigorosamente ao exequente o vem perseguido, objeto 
da prestação inadimplida, e seus consectários, ou obtém o direito 
reconhecido no titulo executivo. Este há de ser o objeto fundamental de 
toda e qualquer reforma a função jurisdicional executiva, favorecendo a 
realização do crédito. 
G) PRINCÍPIO DA UTILIDADE: 
Como corolário do princípio da efetividade, temos o princípio da utilidade 
da execução. Por este princípio nenhum ato inútil, a exemplo de 
penhora de bens de valor insignificante, (art. 659, §2º, do CPC), poderá 
ser consumado. Desse modo, deve o Juiz do Trabalho racionalizar os 
atos processuais na execução, evitando a prática de atos inúteis ou que 
atentem contra a celeridade e o bom andamento processual. 
H) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: 
O credor tem a disponibilidade de prosseguir ou não com o processo 
executivo. Nesse sentido, o artigo 569, “caput” do CPC diz que o credor 
tem a faculdade de desistir da execução sem anuência do devedor. 
De outro lado, no Processo do Trabalho, considerando-se os princípios 
da irrenunciabilidade de direitos trabalhista e a hipossuficiência do 
trabalhador, deve o Juiz do Trabalho ter cuidado redobrado ao 
homologar eventual desistência da execução por parte do credor 
trabalhista, devendo ser ouvir o reclamante, e se convencer de que a 
desistência do crédito espontânea. 
I) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: 
Em razão do caráter publicista do processo do trabalho e do relevante 
interesse social envolvido na satisfação do crédito trabalhista, a 
moderna doutrina tem defendido a existência do princípio da função 
social da execução trabalhista. 
Desse modo, deve o Juiz do Trabalho direcionar a execução no sentido 
de que o exeqüente, efetivamente, receba o bem da vida pretendido de 
forma célere e justa, e que as atividades executivas sejam razoáveis no 
sentido de que somente o patrimônio do próprio devedor seja atingido, 
preservando-se, sempre, a dignidade tanto da pessoa humana do 
exeqüente como do executado. 
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J) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: 
O Processo do Trabalho permite que as regras do direito processual 
comum sejam aplicadas na execução trabalhista, no caso de lacuna da 
legislação processual trabalhista e compatibilidade com os princípios que 
regem a execução trabalhista. 
O artigo 769, da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsidiária 
do Direito Processual Comum ao Processo do Trabalho, com a seguinte 
redação: Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título. 
Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a 
aplicação do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho: 
a) omissão da CLT, ou seja, quando a CLT, ou a legislação processual 
extravagante não disciplina a matéria; 
b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. 
Vale dizer: a norma do CPC além de ser compatível com as regras que 
regem o Processo do Trabalho, deve ser compatível com os princípios 
que norteiam o Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do 
trabalhador à Justiça. 
Na fase de execução trabalhista, em havendo omissão da CLT, aplica-se 
em primeiro plano a Lei de Execução Fiscal (6830/80)e, 
posteriormente, o Código de Processo Civil. 
Entretanto, o artigo 889, da CLT deve ser conjugado com o artigo 769 
consolidado, pois somente quando houver compatibilidade com os 
princípios que regem a execução trabalhista, a Lei 6830/80 pode ser 
aplicada. 
Atualmente, na execução trabalhista, há um desprestígio da aplicação 
da Lei 6830/80 em razão da maior efetividade do Código de Processo 
Civil em muitos aspectos. De outro lado, a Lei dos Executivos Fiscais 
que disciplina a forma de execução por título executivo extrajudicial, 
não foi idealizada para o credor trabalhista o qual, na quase totalidade 
das vezes, executa um titulo executivo judicial e, por isso, a sua 
reduzida utilização na execução trabalhista. 
 
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L) PRINCÍPIO DA AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DA EXECUÇÃO 
TRABALHISTA: 
Ainda há na doutrina hodierna opiniões no sentido de eu a execução 
trabalhista é um processo autônomo e não uma fase do procedimento. 
Em prol deste entendimento, há o argumento no sentido de que a 
execução trabalhista começa pela citação do executado, conforme 
dispõe o art. 880 da CLT. 
Na verdade, para os títulos executivos judiciais, a execução trabalhista 
nunca foi na prática, considerada um processo autônomo, que se inicia 
por petição inicial e se finaliza com a sentença. Costumeiramente, 
embora a liquidação não seja propriamente um ato de execução, as 
Varas do Trabalho consideram o início do cumprimento da sentença 
mediante despacho para o autor apresentar os cálculos de liquidação e, 
a partir daí, a Vara do Trabalho promove de ofício (art. 878 da CLT), 
sem necessidade de o credor entabular petição inicial. 
A execução trabalhista prima pela simplicidade, celeridade e efetividade, 
princípios estes que somente podem ser efetivados entendendo-se a 
execução como fase do processo e não como um novo processo formal, 
que começa com a inicial e termina com uma sentença. 
No processo civil, por meio da Lei 11323/05, foi abolido o processo de 
execução, criando a fase do cumprimento da sentença. Desse modo, a 
execução passa a ser mais uma fase do processo, e não um processo 
autônomo que começa com a inicial e termina com a sentença. 
No nosso sentir diante dos novos rumos do processo civil ao abolir o 
processo de execução, e dos princípios constitucionais da duração 
razoável do processo e efetividade, consagrados pela EC 45/04, 
pensamos que não há mais motivos ou argumentos para sustentar a 
autonomia da execução no processo do trabalho. 
 
 
 
 
 
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A execução trabalhista constitui fase do processo, pelos seguintes 
argumentos: 
a) Simplicidade e celeridade do procedimento; 
b) A execução pode se iniciar de ofício (art. 878 da CLT); 
c) não há petição inicial na execução trabalhista por título executivo 
judicial; 
d) princípios constitucionais da duração razoável do processo 
efetividade; 
e) acesso à justiça e efetividade da jurisdição trabalhista. 
M) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: 
Em razão do relevante aspecto social que envolve a satisfação do 
crédito trabalhista, a hipossuficiência do trabalhador e a existência do 
jus postulandi no processo do trabalho (art. 791 da CLT), a CLT 
disciplina, no art. 878, a possibilidade de o Juiz do Trabalho iniciar e 
promover os atos executivos de ofício. 
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou 
Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais 
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho. 
 
 
 
 
 
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5.3. Títulos Executivos: 
Os títulos executivos que podem ser executados na Justiça do Trabalho 
estão elencados no art. 876 da CLT. 
Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as 
contribuições sociais devidas em decorrência de decisão 
proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de 
condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os 
salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
As contribuições sociais, a que se refere o parágrafo único do art. 876 
da CLT são as parcelas previdenciárias, que incidirão nas verbas de 
natureza salarial, deferidas na sentença ou transacionadas nos acordos 
celebrados e homologados em juízo. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. 
• Títulos Executivos 
Judiciais 
� A sentença transitada em 
julgado; 
� A sentença sujeita a recurso 
desprovido de efeito 
suspensivo; 
� Acordos judiciais não 
cumpridos. 
• Títulos Executivos 
Extrajudiciais 
• 
� Termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
firmados pelo Ministério 
Público do Trabalho (TAC); 
• 
� Termo de Conciliação firmado 
pela Comissão de Conciliação 
Prévia. (TCCCP) 
• 
• 
 
 
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Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na 
Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado 
perante o MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de 
conciliação prévia. Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, 
fora de um processo de conhecimento que dará origem a uma sentença 
(título executivo judicial). 
Portanto, como não há um juiz anterior que julgou a matéria a 
competência para executá-lo será do juiz que seria competente para 
julgar a matéria caso houvesse um processo de conhecimento, ou seja, 
caso as partes não passassem pelo MPT e nem pela CCP. 
É importante lembrar que os cheques, as notas promissórias, as 
duplicatas, etc. não são títulos executivos extrajudiciais que possam ser 
executados na Justiça do Trabalho. 
 
 (FCC/ Técnico Judiciário – TRT- 2ª Região/2008) Considere: 
I- Termo de compromisso de ajustamento de conduta com conteúdo 
obrigacional firmado perante o ministério público do trabalho. 
II- Acordo celebrado entre empregador e empregado não homologado 
e sem testemunhas instrumentárias. 
III- Cheque sem suficiente provisão de fundos emitido pelo 
empregador para pagamento de salário. 
IV- Termo de conciliação com conteúdo obrigacional celebrado perante 
a Comissão de Conciliação Prévia competente. 
São títulos exeqüíveis na justiça do Trabalho os indicados apenas em 
a) I e IV; 
b) II e IV; 
c) I, III e IV; 
d) II e III; 
e) I, II e III. 
 
Comentários: Letra A. As assertivas I e IV estão certas. 
 
 
 
Questão 
de prova 
 
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O erro da assertiva II é que o acordo celebrado entre as partes sem a 
homologaçãodo juízo não será título executivo no processo do 
trabalho. Já o erro da assertiva III é que o cheque não é título 
executivo extrajudicial que possa ser executado na Justiça do 
Trabalho. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais. Os únicos títulos executivos extrajudiciais 
que podem ser executados na Justiça do trabalho são; o termo de 
ajustamento de conduta firmado perante o MPT e o termo de 
conciliação firmado nas Comissões de conciliação prévia. Ambos são 
firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, fora de um processo de 
conhecimento que dará origem a uma sentença (título executivo 
judicial). 
 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Compete à 
Justiça do Trabalho a execução dos termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho, os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
e, ex officio, as contribuições sociais devidas em decorrência de 
decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes 
de condenação ou homologação de acordo judicial. CERTA 
 
Art. 877-A da CLT - É competente para a execução de título 
executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o 
processo de conhecimento relativo à matéria. (Título Executivo 
Extrajudicial) 
Art. 877 da CLT - É competente para a execução das decisões o 
Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado 
originariamente o dissídio. (Título Executivo Judicial) 
 
 
 
 
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5.4. Execução Provisória: A execução do título executivo judicial pode 
ser provisória ou definitiva. 
 
A execução definitiva é aquela que tem por base uma sentença 
transitada em julgado ou um título executivo extrajudicial. Já a 
execução provisória é aquela que ocorrerá quando o título executivo 
judicial estiver sendo objeto de recurso recebido no efeito devolutivo 
(art. 899 da CLT). Assim, a execução provisória será possível quando 
uma sentença condenatória não houver transitado em julgado. 
 
O art. 769 da CLT permite a aplicação subsidiária do parágrafo 3º do 
art. 475- O, do CPC ao processo do trabalho, que estabelece a obrigação 
do exeqüente ao requerer a execução provisória de instruir o processo 
com os documentos necessários para a formação da carta de sentença. 
 
A Carta de sentença são os autos que se formam para o processamento 
da execução provisória. A Legitimidade Ativa para promover a execução 
está prevista no art. 878 da CLT que assim dispõe “qualquer interessado 
ou de ofício pelo juiz ou presidente do tribunal competente”. 
Art. 878 da CLT A execução poderá ser promovida por 
qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou 
Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo 
anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos 
Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela 
Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
O art. 878 da CLT ao mencionar a expressão “qualquer interessado” 
deverá ser interpretado da seguinte forma: a execução poderá ser 
processada pelo credor, pelo devedor e pelos seguintes legitimados: a) 
espólio, herdeiros ou sucessores do credor; b) o cessionário quando o 
direito do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; c) o 
sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
O Ministério Público do Trabalho terá legitimidade para promover a 
execução, dentre outras hipóteses, nos casos de existência de títulos 
executivos judiciais, em funções de ações promovidas originariamente 
pelo parquet laboral, como por exemplo, a Ação Civil pública e no caso 
de execução do título executivo extrajudicial denominado termo de 
compromisso de ajustamento de conduta. 
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5.5. Execução por Prestações Sucessivas: Por prestações sucessivas 
devemos entender as obrigações contínuas que se sucedem no tempo 
ou as que sejam de trato sucessivo. 
 
Os doutrinadores citam como exemplo de prestações de trato sucessivo 
o pagamento de salário decorrente de um contrato de trabalho, pois a 
obrigação de pagar salário renova-se mês a mês até que ocorra a 
terminação contratual. 
 
Art. 890 da CLT - A execução para pagamento de 
prestações sucessivas far-se-á com observância das normas 
constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas 
neste Capítulo. 
 
A execução para o pagamento de uma prestação sucessiva poderá ser 
por tempo determinado (art. 891 da CLT) e por tempo indeterminado 
(art. 892 da CLT). 
 
Na execução para o pagamento de uma prestação sucessiva por tempo 
determinado, citamos como exemplo o acordo celebrado em dez 
parcelas, neste ocorrerá o vencimento antecipado de todas as parcelas 
pelo simples inadimplemento, independentemente do acordo prever tal 
cláusula. 
 
Art. 891 da CLT - Nas prestações sucessivas por tempo 
determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação 
compreenderá as que lhe sucederem. 
 
Ao passo que, na execução de uma prestação sucessiva por tempo 
indeterminado podemos citamos o exemplo dado por Carlos Henrique 
Bezerra Leite de um contrato de trabalho cujas prestações obrigacionais 
são de trato sucessivo e que este ainda se encontra em plena vigência, 
como por exemplo, quando a sentença exeqüenda determina a 
obrigação do devedor de pagar diferenças salariais que serão devidas 
até o momento em que a execução se inicia. 
Art. 892 da CLT - Tratando-se de prestações sucessivas por 
tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
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Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias 
devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas 
agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do 
Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da 
Previdência Social, dele se fazendo constar o número do 
processo. 
§ 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do 
ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente 
suspensa até a quitação de todas as parcelas. 
 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os 
recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
5.6. Execução contra a Fazenda Pública: A expressão “Fazenda 
Pública” abrange as pessoas jurídicas de direito público interno, como a 
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as Autarquias e as 
Fundações Públicas. Os bens destes entes são impenhoráveis e 
imprescritíveis. Assim, eles serão citados para embargar a execução em 
30 dias e não para pagar ou nomear bens à penhora como as pessoas 
jurídicas de direito privado e as pessoas físicas ou naturais. 
5.7. Execução contra a Massa Falida: A nova lei de falências (Lei 
11.101/05) estabelece que a falência decretação da falência da empresa 
suspenderá as execuções em face do devedor falido. 
 
Há divergências doutrinárias em relação à competência da Justiça do 
Trabalho para processar a execução contra a massa falida. 
 
Há pelo menos três posicionamentos divergentes, os quais, eu não 
abordarei neste curso, uma vez que o nosso foco são as provas 
objetivas dos concursos dos Tribunais. 
 
 
 
 
 
 
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5.8 Do depósito da condenação e da nomeação de bens e do 
Mandado de citação e Penhora: Nos termos do art. 880 da CLT, 
quando a parte requerer a execução o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado para que este 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo estabelecido, pelo modo e sob 
as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o 
faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de 
penhora. 
 
A citação será feita pelos oficiais de justiça, sendo feita pessoalmente ao 
executado. Somente poderá ser realizada através e Edital quando o 
executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e 
oito) horas, não for encontrado. Neste caso o Edital será publicado no 
jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Vara de Trabalho ou 
Juízo, durante 5 (cinco) dias. O mandado de citação deverá conter a 
decisão exeqüenda ou o termo de acordo não cumprido. 
 
Quando a citação for realizada nos moldes do art. 880 da CLT o 
executado poderá pagar na forma do art. 881 da CLT, depositar em 
juízo o valor com o objetivo de garantir o juízo para a interposição de 
embargos à execução ou oferecer bens à penhora para a garantia do 
juízo e futura oposição, também de embargos à execução. 
Art. 881 da CLT - No caso de pagamento da importância 
reclamada, será este feito perante o escrivão ou chefe de 
secretaria, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, 
assinadas pelo exeqüente, pelo executado e pelo mesmo 
escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a segunda via ao 
executado e juntando-se a outra ao processo. Parágrafo único - 
Não estando presente o exeqüente, será depositada a 
importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de 
crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. 
Art. 882 da CLT - O executado que não pagar a importância 
reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da 
mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou 
nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial 
estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil. 
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O executado deverá observar a ordem de bens do art. 655 do CPC para 
a nomeação de bens à penhora, uma vez que o art. 882 da CLT assim 
estabelece. 
Art. 655 do CPC A penhora observará preferencialmente a seguinte 
ordem: 
I. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira; 
II. veículos de via terrestre; 
III. bens móveis em geral; 
IV. bens imóveis; 
V. navios e aeronaves; 
VI. ações e quotas de sociedades empresárias; 
VII. percentual de faturamento da empresa devedora; 
VIII. pedras e metais preciosos; 
IX. títulos da dívida pública da União, Estado, DF com cotação em 
mercado; 
X. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
 XI. outros direitos. 
 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Não fere 
direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina 
penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para 
garantir crédito exequendo, uma vez que obedece à gradação 
prevista no art. 655 do CPC. CERTA 
 
Em provas de concursos costuma ser cobrada a Orientação 
Jurisprudencial 59 da SDI-II do TST que estabelece que carta de fiança 
bancária equivale a dinheiro. Assim, entre a carta de fiança bancária e 
um navio a ordem preferencial será para a carta de fiança bancária, 
uma vez que ela equivale a dinheiro que na ordem legal é o primeiro do 
rol do art. 655 do CPC. 
 
 
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Art. 883 da CLT - Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem 
ao pagamento da importância da condenação, acrescida de 
custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos 
a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
OJ 93 SDI2 TST É admissível a penhora sobre a renda mensal ou 
faturamento de empresa, limitada a determinado percentual, desde que 
não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. 
 
Súmula 417 do TST I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o 
ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em 
execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que 
obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o 
executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em 
dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos 
requisitos do art. 666, I, do CPC. 
III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo 
do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando 
nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a 
execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos 
do art. 620 do CPC. 
 
OJ 343 da SDI 1 PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. 
EXECUÇÃO. É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito 
privado, realizada anteriormente à sucessão pela União ou por Estado-
membro, não podendo a execução prosseguir mediante precatório. A 
decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988. 
OJ 153 da SDI 2 Ofende direito líquido e certo decisão que determina o 
bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de 
crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual 
dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou 
poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC contém norma imperativa 
que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no 
art. 649, § 2º, do CPC espécie e não gênero de crédito de natureza 
alimentícia, não englobando o crédito trabalhista. 
OJ 226 da SDI 1 Diferentemente da cédula de crédito industrial 
garantida por alienação fiduciária, na cédula rural pignoratícia ou 
hipotecária o bem permanece sob o domínio do devedor (executado), 
não constituindo óbice à penhora na esfera trabalhista. (Decreto-Lei 
167/67, art. 69; CLT, arts. 10 e 30 e Lei 6.830/80). 
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5.9. Dos bens penhoráveis e impenhoráveis: Os bens 
impenhoráveis são os dispostos no art. 649 do CPC, aplicado 
subsidiariamente ao Processo do Trabalho, os bens de família da Lei 
8009/90, como já falamos anteriormente, os bens públicos. 
 
Os bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis 
e são os seguintes: 
a) os bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário não 
sujeito à execução; 
b) os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a 
residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem 
as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor; 
d) os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, 
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os 
honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste 
artigo; 
e) os livros, as máquinas, as ferramentas,os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de 
qualquer profissão; 
f) o seguro de vida; 
g) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas; 
h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família; 
i) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para 
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
j) até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia 
depositada em caderneta de poupança. 
l) os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos 
da lei, por partido político. 
 
 
 
 
 
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5.10. Do bem de família (Lei 8009/90): A Lei 8009/90 assegura a 
impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade 
familiar, estabelecendo que tal imóvel não responderá, por qualquer tipo 
de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários e nele residam. 
 
Considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela 
entidade familiar para moradia permanente. Na hipótese de o casal, ou 
entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como 
residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se 
outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis. 
 
Não se beneficiará do benefício da Lei 8009/90 aquele que, sabendo-se 
insolvente, adquirir de má-fé imóvel mais valioso para transferir a 
residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. 
A impenhorabilidade será oponível em qualquer processo de execução 
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se 
movido: 
� em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e 
das respectivas contribuições previdenciárias; 
� pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à 
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
� pelo credor de pensão alimentícia; 
� para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e 
contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
� para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como 
garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; 
� por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução 
de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização 
ou perdimento de bens. 
� por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
 
 
 
 
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É importante frisar que a impenhorabilidade compreenderá o imóvel 
sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias 
de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso 
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. 
Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de 
arte e adornos suntuosos. 
 
Quando o imóvel for locado, a impenhorabilidade aplicar-se-á aos bens 
móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de 
propriedade do locatário. 
 
Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a 
impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos 
bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à 
área limitada como pequena propriedade rural. 
5.11. Dos embargos à execução: Embargos à execução, ou embargos 
do executado ou, ainda embargos do devedor é uma ação na qual o 
executado será o autor e o exeqüente será o réu com o objetivo de 
anular ou reduzir a execução. Assim, o executado tem por objetivo ao 
embargar a execução, a desconstituição do título em que ela se funda, e 
por conseqüência a sua extinção, seja total ou parcialmente. 
 
O executado terá o prazo de 5 dias contados da data da intimação da 
penhora para opor embargos à execução, desde que garanta a execução 
ou os bens sejam penhorados. 
 
O prazo de 5 dias para o executado apresentar embargos e igual prazo 
para exeqüente, impugná-lo ou de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 
30 da lei 6.830/80). 
 
DICA: Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao 
processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de 
embargos à execução. 
⇒ Quando o executado for a fazenda pública o prazo para opor 
embargos à execução será de 30 dias. 
⇒ Caso o devedor não esteja no local da penhora o oficial irá 
proceder ao arresto dos bens, sendo dada ciência ao devedor 
depois de ele ter sido efetivado. 
⇒ Somente ocorrerá ordem de arrombamento se o devedor estiver 
ocultando-se para impedir que a penhora seja realizada. 
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Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os 
bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, 
cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá 
o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus 
depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a 
qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual 
direito e no mesmo prazo. 
 § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as 
impugnações à liquidação apresentadas pelos credores 
trabalhista e previdenciário. 
§ 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por 
incompatíveis com a Constituição Federal. 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Garantida a 
execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 dias para 
apresentar embargos; sendo que a matéria de defesa será 
restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, 
quitação ou prescrição da dívida, não cabendo instrução 
probatória por meio de testemunhas. ERRADA 
 
Art. 885 da CLT - Não tendo sido arroladas testemunhas na 
defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua 
decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou 
insubsistente a penhora. 
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O prazo de 5 dias para o juiz julgar os embargos à execução quando 
não forem arroladas testemunhas, contar-se-á a partir da conclusão dos 
autos. Lembrando que a expressão “autos conclusos” significa que o 
processo está com o juiz para que ele profira a sua decisão. 
Quando tiverem sido arroladas testemunhas ou for necessária outra 
prova será aplicada a regra do art. 886 da CLT. 
Na sentença dos embargos à execução o juiz irá julgar se a penhora é 
subsistente ou insubsistente. Quando ele declarar a insubsistência da 
penhora, ele irá determinar uma nova penhora. 
Quando ele julgar subsistente a penhora ele irá determinar a avaliação 
dos bens penhorados. 
Quando ele considerar que os embargos à penhora não possuem 
fundamento, ele irá rejeitar os embargos interpostos e prosseguirá a 
execução. 
As partes serão notificadasdesta decisão pelo correio com aviso de 
recebimento conforme estabelece o art. 886, parágrafo primeiro da CLT. 
Caberá a interposição de agravo de petição contra esta decisão no prazo 
de oito dias, que é uma modalidade de recurso que nós iremos estudar 
nas próximas aulas. 
Art. 886 da CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, 
finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário 
fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao 
juiz ou presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista 
no artigo anterior. 
§ 1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
§ 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente 
mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
O art. 887 da CLT está tacitamente revogado pela Lei 5.442/68 que deu 
nova redação ao art. 721 da CLT que determina que os bens penhorados 
sejam avaliados, pelo próprio oficial de justiça avaliador em no prazo de 
10 dias O oficial de justiça poderá ser recusado como avaliador quando 
for suspeito ou impedido. 
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Importante: O art. 884 da CLT afirma que nos embargos à execução 
as matérias de defesa são restritas às alegações de cumprimento da 
decisão ou de acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao processo 
do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de embargos 
à execução. 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) 
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias 
devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas 
agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do 
Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da 
Previdência Social, dele se fazendo constar o número do 
processo. 
§ 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do 
ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente 
suspensa até a quitação de todas as parcelas. 
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 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
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recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
5.12. Dos embargos de terceiro: A CLT é omissa em relação aos 
embargos de terceiro, por isso o Código de Processo Civil é aplicado 
subsidiariamente ao Processo do Trabalho, por força do art. 889 da CLT. 
 
Os embargos de terceiro objetivam proteger a posse ou a propriedade 
daquele, que não sendo parte, sofrer turbação ou esbulho na posse de 
seus bens em decorrência de atos de apreensão judicial como, por 
exemplo, a penhora. 
 
Os artigos 1046\1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro que se 
caracterizam por ser uma ação incidental conexa ao processo de 
execução ou de conhecimento. 
 
No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 5 dias após 
a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 
O parágrafo segundo ao art. 1046 do CPC estende o conceito de terceiro 
embargante para aquele que, não sendo parte no processo, defende 
bens de sua posse ou propriedade que estão sendo objeto de constrição 
judicial. 
 
São legitimados para a interposição de embargos de terceiro: a) o 
cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à 
meação; b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético que são 
detentores do direito real sobre os bens alheios; 
 
Os embargos de terceiro deverão ser distribuídos por dependência e 
serem processados nos mesmos autos do processo, já os embargos do 
devedor deverão ser processados em autos apartados. 
 
Um ponto muito cobrado nas provas de concursos é a questão de quem 
será competente para processar e julgar os embargos de terceiro 
quando a ação for processada por carta precatória. Será a competente o 
juízo deprecado (juízo que não processa a execução) ou o juízo 
deprecante (juízo que está processando a execução). Esta matéria está 
regulada pela Súmula 419 do TST. 
 
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Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, 
mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, 
avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em 
que a competência será deste último. 
 
 (FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Na execução 
por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no 
juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para 
julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, 
sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação 
dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência 
será deste último. CERTA 
 
5.13. Da Praça e Leilão: Resolvidos os embargos seguir-se-á para a 
praça ou leilão. 
� Praça é realizada no fórum, destinada aos bens imóveis e leilão é 
realizado onde estiverem os bens móveis ou em outro lugar 
designado pelo juiz. 
 
 
Três situações 
 
Arrematação Remição Adjudicação 
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Após a penhora, a expropriação do bem poderá ocorrer pela remição, 
adjudicação ou arrematação. 
 
1. Da Arrematação: Ocorrerá quando um terceiro adquire o 
bem. A arrematação ocorrerá pelo maior lance, tendo o 
exeqüente a preferência para a adjudicação. O arrematante 
deverá garantir com um sinal de 20% sobre o valor da 
arrematação e em 24 horas deverá completar o restante, sob 
pena de perder o sinal dado para a execução. 
 
No processo do trabalho haverá uma só praça, assim defere-se a 
arrematação na primeira praça a quem der o maior lance, ainda que 
este não atinja o valor da avaliação. Será assinado o auto de 
arrematação que somente poderá ser desfeita nos casos do art. 694 do 
CPC. 
2. Da Remição: Ocorrerá quando o devedor mantém a 
propriedade do bem pagando o valor devido, ele sempre terá 
preferência. A remição prefere a adjudicação e à arrematação. Poderá 
ser feita a qualquer tempo pelo executado, porém antes da arrematação 
ou da adjudicação. 
 
Não se deve confundirremição da execução com remição de bens, pois 
esta permitia ao cônjuge, ascendente ou descendente do executado 
remir quaisquer bens penhorados depositando o preço pelo qual forem 
penhorados ou adjudicados, conforme art. 787 do CPC, que foi revogado 
em 2006. 
 
A remição de bens não se aplicava ao processo do trabalho. 
 
É importante lembrar que o termo “remissão” significa perdão é 
diferente do termo remição que é deferida ao executado nos moldes do 
art. 13 da Lei 5.584/70, abaixo transcrito. 
Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só 
será deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor 
da condenação.” 
 
3. Da Adjudicação: Ocorrerá quando o credor fica com o bem 
para si, pagando o valor do maior lance e não o do preço da avaliação. 
Ele deverá pagar a diferença caso a avaliação seja maior que o quantum 
devido. Somente será permitida a adjudicação se for feita antes da 
assinatura do auto de arrematação. 
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5.14. Das Custas na Execução: O STF entendeu que o TST não tem 
competência para estabelecer custas na execução, uma vez que, as 
custas têm natureza de tributo e por isso, somente poderão ser fixadas 
por lei. 
 
Somente à União compete legislar sobre custas nos serviços forenses. 
Assim, o executado não deverá pagar as custas para recorrer na 
execução, uma vez que o art. 789-A da CLT é expresso no sentido de 
que elas deverão ser pagas ao final. 
 
5.15. Artigos da CLT: 
 
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando 
não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante 
o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação 
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão 
executados pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes 
e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos 
durante o período contratual reconhecido. 
 
Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou 
Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado 
originariamente o dissídio. 
 
Art. 877 A. É competente para a execução de título executivo 
extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de 
conhecimento relativo à matéria. 
 
Art. 878. A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou 
Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. 
Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais 
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho. 
 
 
 
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Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da 
parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da 
cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex 
officio. 
 
Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, 
previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, 
por arbitramento ou por artigos. 
 
§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença 
liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal. 
 
§ 1º-A A liquidação abrangerá, também, o cálculo das 
contribuições previdenciárias devidas. 
§ 1º-B As partes deverão ser previamente intimadas para a 
apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição 
previdenciária incidente. 
§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às 
partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação 
fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da 
discordância, sob pena de preclusão. 
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da 
Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para 
manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 
§ 4º A atualização do crédito devido à Previdência Social observará 
os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. 
§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato 
fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o 
valor total das verbas que integram o salário-de-contribuição, na 
forma do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 
ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão 
jurídico. 
 
§ 6º Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz 
poderá nomear perito para a elaboração e fixará, depois da 
conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com 
observância, entre outros, dos critérios de razoabilidade e 
proporcionalidade. 
 
 
 
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Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as 
cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para 
que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, 
sob pena de penhora. 
§ 1º O mandado de citação devera conter a decisão exeqüenda ou 
o termo de acordo não cumprido. 
§ 2º A citação será feita pelos oficiais de Justiça. 
 
§ 3º Se o executado procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 
48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação 
por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado 
na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. 
 
Art. 881. No caso de pagamento da importância reclamada, será 
este feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se 
termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, 
pelo executando e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, 
entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra 
ao processo. 
 
Parágrafo único. Não estando presente o exeqüente, será 
depositada a importância, mediante guia, em estabelecimento 
oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário 
idôneo. 
 
Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada 
poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, 
atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando 
bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no 
Art. 655 do Código Processo Civil. 
 
Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem 
ao pagamento da importância da condenação, acrescida de 
custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos 
a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
 
 
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Art. 884. Garantida a execução ou penhora os bens, terá o 
executado cinco dias para apresentar embargos, cabendo igual 
prazo ao exeqüente para impugnação. 
 
§ 1º A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
dívida. 
§ 2º Se na defesa tiverem sido arrolada testemunhas, poderá o 
Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso, julgue necessário seus 
depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a 
qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º Somente nos embargos à penhorapoderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual 
direito e no mesmo prazo. 
§ 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a 
impugnação à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista 
e previdenciário. 
§ 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal 
Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis 
com a Constituição Federal. 
 
Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o 
juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, 
dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a 
penhora. 
 
Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua 
inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 
48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou 
presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo 
anterior. 
 
§ 1º Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
 
§ 2º Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente 
mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
 
 
 
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 Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixada na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
 
Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são 
aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, 
os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a 
cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
 
Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias devidas, 
referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências 
locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., 
por intermédio de documento de arrecadação da Previdência 
Social, dele se fazendo constar o número do processo. 
 
§ 1º Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal 
do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, 
ficando a execução da contribuição social correspondente 
suspensa até a quitação de todas as parcelas. 
 
§ 2º As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os 
recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
 
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Art. 890. A execução para pagamento de prestações sucessivas 
far-se-á com observância das normas constantes desta Seção, 
sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo. 
 
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a 
execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá 
as que lhe sucederem. 
 
Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
 
É importante mencionar a alteração que a Lei 12.440/2011, fez na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inserindo o artigo 642-A. 
 
Art. 642-A. É instituída a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas 
(CNDT), expedida gratuita e eletronicamente, para comprovar a 
inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. 
§ 1º - O interessado não obterá a certidão quando em seu nome 
constar: I - o inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença 
condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho 
ou em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente aos 
recolhimentos previdenciários, a honorários, a custas, a emolumentos 
ou a recolhimentos determinados em lei; ou II - o inadimplemento de 
obrigações decorrentes de execução de acordos firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia. 
§ 2º - verificada a existência de débitos garantidos por penhora 
suficiente ou com exigibilidade suspensa, será expedida Certidão 
Positiva de Débitos Trabalhistas em nome do interessado com os 
mesmos efeitos da CNDT. 
§ 3º - A CNDT certificará a empresa em relação a todos os seus 
estabelecimentos, agências e filiais. 
 
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5.16. Questões FCC e CESPE comentadas: 
 
Quero ressaltar que irei apresentar questões da CESPE para aumentar o 
nosso rol de questões. 
1. (CESPE – TRT 10ª Região - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013) 
Julgue os itens a seguir, relativos à execução trabalhista. 
89 No processo de execução são devidas custas, sempre de 
responsabilidade do executado, pagas ao final. 
90 No caso de execução de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado, a execução pelo não pagamento de uma prestação 
compreenderá as que lhe sucederem. 
Comentários: 89. Certa (art.789-A da CLT). 
90. Errada. Na execução de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado a execução irá compreender as prestações devidas até a 
data de ingresso na execução. 
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a 
execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá 
as que lhe sucederem. 
 
Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
2. (CESPE – Analista Judic. - Executor de Mandados - TRT-6ª 
Região- 2005) Em cada um dos itens é apresentada uma situação 
hipotética a respeito de execução trabalhista, seguida de uma assertiva 
a ser julgada. 
90. Depois de transitada em julgado a sentença, o juiz do trabalho 
determinou o envio dos autos à contadoria, homologando, em seguida, 
os cálculos apresentados e ordenando a citação do devedor. 
Inconformado, o devedor opôs embargos, sustentando a ofensa ao 
princípio dispositivo, pois o julgador agirá até então sem qualquer 
provocação do credor interessado. Nessa situação, os embargos serão 
julgados improcedentes, pois é aplicável na Justiça do trabalho o 
princípio do impulso oficial nas execuções. 
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Comentários: Correta a assertiva, uma vez que o art. 879, parágrafo 
segundo da CLT menciona que o juiz poderá abrir vista às partes, sendo 
uma faculdade do juiz tal ato. Assim, o magistrado não feriu o 
princípio do dispositivo devendo os embargos ser julgados 
improcedentes. 
Art. 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, 
ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por 
cálculo, por arbitramento ou porartigos. 
§ 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a 
sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa 
principal. 
§ 1o-A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das 
contribuições previdenciárias devidas. 
§ 1o-B - As partes deverão ser previamente intimadas para a 
apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição 
previdenciária incidente. 
§ 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às 
partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação 
fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da 
discordância, sob pena de preclusão 
§ 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da 
Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para 
manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 
§ 4o - A atualização do crédito devido à Previdência Social 
observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. (CESPE – TRT 17.ª Região - Analista Judiciário – Área: 
Administrativa/2009) Considerando a execução, a citação, o depósito 
da condenação, a nomeação de bens e o mandado de penhora, julgue 
os itens subsequentes. 
93 Não há previsão legal no processo trabalhista de execução de título 
extrajudicial. 
94 As contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida 
pelos juízes e tribunais do trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, somente serão executadas após provocação da 
União. 
95 É admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento da 
empresa, limitada a determinado percentual, desde que não 
comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. 
 
Comentários: 93. Incorreta, uma vez que o art. 876 da CLT prevê dois 
títulos executivos extrajudiciais: o Termo de ajustamento de conduta 
firmado perante o MPT e o termo de conciliação prévia celebrado nas 
Comissões de Conciliação Prévia. 
Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as 
contribuições sociais devidas em decorrência de decisão 
proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de 
condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os 
salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
94. Incorreta, uma vez que elas serão executadas de ofício conforme 
estabelece o art. 876 da CLT em seu parágrafo único. 
 
95. Correta é o teor da Orientação Jurisprudencial 93 da SDI-II do TST. 
 
OJ 93 da SDI- II do TST É admissível a penhora sobre a renda mensal 
ou o faturamento da empresa, limitada a determinado percentual, desde 
que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. 
 
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4. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) Considerando a 
execução trabalhista conforme as disposições da Consolidação das Leis 
do Trabalho, marque a resposta correta: 
a) Dar-se-á no prazo de dois dias o ato de constrição caso não haja o 
pagamento do respectivo valor da condenação ou não indicando bens 
para a penhora. 
b) Concluída a avaliação dos bens penhorados dentro de vinte dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação. 
c) Em nenhuma hipótese a remissão será deferível ao executado, 
mesmo que este ofereça preço igual ao do valor da condenação. 
d) Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a 
penhora dos bens, e o cálculo dos juros de mora terá como referência a 
data da sentença do processo de cognição. 
Comentários: Letra C. 
a) O erro da letra “a” é que o prazo será de 48 horas para pagar ou 
nomear bens à penhora. 
b) Está errada porque o prazo correto é de 10 dias e não 20 dias. 
c) Correta. A remição será deferível ao executado conforme o art. 13 da 
Lei 5.584/70. 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) 
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só 
será deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor 
da condenação.” 
 
d) Errada. Porque os juros incidirão sobre a data da execução. 
 
5. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) Marque a alternativa 
correta: 
a) No processo trabalhista, o caso de a sentença exeqüenda ser 
proferida de forma ilíquida, ordenada a liquidação por cálculos e 
homologados por sentença os cálculos apresentados pelo servidor 
competente, o juiz deverá obrigatoriamente, atendendo o princípio da 
ampla defesa, abrir prazo sucessivo às partes, de dez dias para 
impugnação fundamentada, com a indicação dos itens e valores objeto 
da discordância, sob pena de preclusão. 
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b) Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato 
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal 
ou em aplicação e interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
c) A adjudicação, que é o ato processual através do qual o credor recebe 
o bem objeto de constrição judicial para pagamento de seu crédito ou 
de parte dele, não prefere à arrematação, pela prevalência do princípio 
de que a execução se processa de maneira menos gravosa para o 
devedor. 
d) A remição, uma das formas de extinção da execução no processo 
trabalhista, é o instituto que permite ao devedor liberar o bem constrito, 
depositando nos autos o valor de sua avaliação, desde que o faça antes 
do pedido de adjudicação que prefere àquela. 
e) O termo de acordo homologado pelo juízo trabalhista valerá como 
decisão irrecorrível, inclusive quanto às contribuições devidas à 
Previdência Social. 
Comentários: Letra B 
Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os 
bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, 
cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação 
§ 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei 
ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por 
incompatíveis com a Constituição Federal. 
a) O erro desta assertiva é que o juiz não deverá e sim poderá abrir 
vista às partes, conforme o art. 879 da CLT. 
c) A letra “C” é a assertiva incorreta porque a adjudicação prefere a 
arrematação. 
d) A letra “d” está incorreta porque o executado para remir a execução 
deverá depositar o valor da condenação. 
e) O erro da letra “e” é quanto às parcelas da previdência social o termo 
de acordo poderá ser objeto de interposição de recurso. 
 
 
 
 
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6. (CESPE – TRT 5.a Região/ Juiz do Trabalho/2006) Reginaldo 
teve sua pretensão julgada procedente em sentença judicial transitada 
em julgado, na qual foi condenada sua antiga empregadora ao 
pagamento de R$ 27.000,00, a título de verbas rescisórias,

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