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TECNOLOGIA DE FRUTAS E HORTALIÇAS Prof. M.Sc. Gilberto Massashi Ide Eng.º. de Alimentos 1999 I. Projeto de instalação e acabamento de industria de alimentos 1.1. Localização Na escolha de um local para instalar um agroindústria alimentar devem ser considerados: existência de matéria prima, suprimento adequado de água potável, disponibilidade de mão de obra, energia elétrica (custo e certeza de seu fornecimento), facilidade de transporte, comunicação (Estradas, telefone, correio,...), facilidade para tratamento de água residual, mercado consumidor, custos (terreno, incentivo fiscal,...) Terreno Maior o terreno menor as limitações para o projetista Declividade (1% no sentido de galerias pluviais) Disponibilidade de água de boa qualidade em quantidade adequada Tratamento de resíduos- Devem permitir a instalação de sistemas de tratamento de água 1.2. Lay-out Recomendações: Prever a expansão futura - a área livre deve ser gramado para evitar pó e a erosão. Salões simples com poucas colunas (propicia o remanejamento de equipamentos, transformação em depósitos,...) Laboratório e o escritório deve ser centralmente localizados Área separado para utilidades como: vapor, água, ar comprimido,...) (a casa de caldeira deve estar distante pelo menos 3 mts de outras construções) 1.3. Detalhes de construção visando evitar acúmulo de nutrientes e umidade Peitoril da janela deve ser fortemente inclinada Equipamentos distante das paredes ou de um outro equipamento Equipamentos fixos devem estar 30 cm acima do solo para facilitar a limpeza. Pisos Declive de 1 a 2% (8 em 8 m), fundo das canaletas arredondadas, cantoneiras arredondadas, saída do dreno com grade ou sifão. Cerâmica industrial antiácida com rejuntamento em epoxi, poliester e furano ou revestimento monolítico à base de epoxi, poliéster e “carborundum”. Paredes - Até 2 m de altura em azulejo ou labrilhos. - Mistura de pentaclorofenol (0,5 a 1%) nas tintas como fungicida Abertura dos prédios Telas de 1 a 1,2 mm (janelas, ventiladores,...) Saída do esgoto em sifão Portas não muito grandes protegidas com cortina de ar ou porta de vai -e -vem 1.4. Instalação elétrica Evitar entrada de água e vapor, instalação higiênica, altura das tomadas (1,5 m), tomadas eqüidistantes, prever instalação de equipamentos não previstas 1.5. Instalação hidráulica e de vapor Instalação em áreas longe de equipamentos para não gotejar dentro de alimentos Saída de vapor e água de 10 em 10 metros 1.6. Iluminação. Distribuição adequada para evitar sombras Iluminação natural: Área da janela deve ser 20% da área da planta baixa, janelas voltadas preferencialmente para o sul (vento, configuração do terreno devem ser levados em conta). Iluminação artificial 1.7. Instalações sanitárias Distante 50 m no máximo do local de trabalho Pias com pedal instalados na saída do sanitário e próxima à entrada da área de processamento c. Fornos e caldeiras d. Pisos e. Paredes f. Teto 1.8. Aspectos de segurança Corrimão Evitar áreas escorregadias Sinalizar tráfego de empilhadeiras Ter saídas de emergências Empregar as normas de cor na segurança (ABNT) Vermelho - Equipamento de incêndio Alaranjado - Parte móveis e perigosas da máquina, faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos Amarelo - Cuidado! (empilhadeiras, fundos de avisos, meio fios, vigas baixas, corrimão) Verde - Segurança! (Caixa para máscaras, sala de curativos, chuveiros de segurança) Púrpura - Radiações eletromagnéticas e nucleares Branco e preto - Para marcar corredores de circulação, áreas destinadas a armazenamento e coletores de resíduos. Tubulações Verde- Água Azul - Ar comprimido Amarelo - Gases não liqüefeitos Preto - Inflamáveis de alta viscosidade (óleo filóil) Alumínio - Gases liqüefeitos e inflamáveis de baixa viscosidade (óleo diesel, gasolina) Cinza claro - Vácuo Cinza escuro - Eletroduto Branco - Vapor II. NOÇÕES BÁSICAS DE HIGIENE PARA MANIPULADORES DE ALIMENTOS 2.1. Termos comumente usados Bactérias (germe ou microrganismo): organismos invisíveis a olho nú Detergente: removedor de sujeira Desinfetante: redutor de contaminação (produto químico) Contaminação: presença de contaminante causa Contaminação cruzada: transporte de bactérias de um local a outro ou de um alimento cru para cozido Toxiinfecção alimentar: causada por ingestão de alimentos contaminados Alimento de alto risco: alimento com elevado teor de proteínas (principalmente aqueles que não voltarão a ser cozidos novamente) Sanitizante: mistura de detergente e desinfetante Esporos: Fase de resistência e de adormecimento das bactérias 2.2. HIGIENE ALIMENTAR Higiene alimentar é: Destruição de microrganismos nos alimentos por cozimento; proteção contra contaminação; inibição da multiplicação de microrganismos A falta de higiene pode causar: Interdição do estabelecimento com multas e até a possibilidade de prisão; perda de emprego; epidemia de intoxicação e até morte, inclusive pagamento de indenização às vítimas de intoxicação; desperdício de alimentos; perda de reputação. 2.3. HIGIENE PESSOAL Áreas de higiene pessoal: Mãos e pele Não basta lavar as mãos antes do manuseio de alimentos mas durante todo o período de trabalho. Devem ser lavados toda vez que mudar de atividade em especial quando deixar de preparar ou manipular carne crua e alimentos crus, passando a manipular carne cozida e alimentos cozidos, depois de usar o banheiro, depois de pentear, depois de comer, fumar ou assoar o nariz, depois de manipular lixo ou restos de alimentos. Lesões Qualquer tipo de ferimento na pele deve ser coberto com algum tipo de proteção à prova d’água, de cor viva, para no caso de cair ou soltar durante o manuseio do alimento ser facilmente encontrado e o alimento destruído. Cabelos Uso freqüente de shampoo odos devem usar proteção na cabeça de maneira a cobrir completamente os cabelos Não deve pentear durante o manuseio dos alimentos Orelhas, nariz e boca São fontes de contaminação, principalmente por estafilococo (1/3 das pessoas são portadoras) causadores de grande parte das toxiinfecções alimentares Evitar: espirrar, tossir, assobiar, comer doces, mascar gomas,... Pessoas resfriadas não devem manipular alimentos Uso de jóias Perfumes, loções podem contaminar os alimentos Jóias são depósitos de contaminantes Roupas Uso de roupas limpas, cores claras, sem bolsos externos, pois as roupas são portadores de pó, pêlos de animais, fibras que podem contaminar os alimentos Roupas de proteção usados por cima das roupas de rua (indesejável) devem cobrir completamente a roupa de baixo. A PREVENÇÃO É MELHOR QUE A CURA 2.4. BACTÉRIAS (MICRORGANISMOS) São organismos microscópicos que podem ser encontrados em toda parte: no homem, na água, no solo e no ar. A maioria das bactérias não são prejudiciais à saúde humana. Algumas delas são vitais para o processo de decomposição da matéria orgânica (lixo) e para produção de determinados alimentos como queijos, iogurtes, salames, bebidas alcóolicas,... Outras delas causam deterioração nos alimentos e serem prejudiciais à saúde humana, são as bactérias patogênicas. 2.4.1. Influência da temperatura no crescimento dos microrganismos Os alimentos servidos quentes DEVEM ser mantidos a 65ºC ou acima disso 63ºC As bactérias crescem melhor dentro Evite deixar os alimentos desta ZONA DE PERIGO dentro desta faixa 8ºC Manter abaixo desta temperatura: Torta cozida, salsichase lingüiças a menos que sejam consumidos em 24 horas após a fabricação Determinados sobremesas derivadas do leite 5ºC Manter abaixo desta temperatura: Queijos macios, Patês, Carne defumada ou curada, cor- tada ou fatiada, Peixe defumado ou curado, Sanduíches ou salgadinhos contendo carne, peixe, ovos a menos que sejam vendidos ou consumidos em 24 horas após a fabricação -15º Os alimentos congelados não devem aquecer acima dessa temperatura -18º Faixa de segurança para armazenamento por longo tempo -20º MANTENHA OS ALIMENTOS ABAIXO DE 5ºC OU ACIMA DE 65ºC 2.4.2. Toxiinfecção alimentar As causas da Toxiinfecção alimentar: Bactérias e suas toxinas, vírus, produtos químicos, metais, plantas venenosas. A toxiinfecção bacteriana é toxiinfecção mais comum e pode causar a morte Lembrete Os alimentos que causam Toxiinfecção podem ter aparência, gosto, aroma e consistência normais. As bactérias causadoras da Toxiinfecção estão em toda parte. Causas da contaminação e desenvolvimento dos agentes de Toxiinfecção: - Deixar os alimentos preparados dentro da zona de perigo por muito tempo. - Reaquecimento inadequado - Cozimento insuficiente dos alimentos - Descongelamento inadequado - Contaminação cruzada - Manipuladores infectados - Higiene Como evitar toxiinfecções: Proteger os alimentos da contaminação Higiene pessoal e dos utensílios Higiene do estabelecimento Contaminação cruzada Prevenir a multiplicação das bactérias nos alimentos Temperaturas de armazenamento abaixo de 5ºC ou acima de 65ºC Alimentos secos - evitar a reumidificação Utilização adequada dos métodos de conservação: Congelamento, desidratação, enlatamento, uso de açúcar, sal e ácido, pasteurização e esterilização, embalagem Destruir as bactérias presentes nos alimentos com calor e radiação Fontes de contaminação Alimentos crus; Terra, poeira, ar e água; Insetos e roedores; Animais domésticos e pássaros; ; Lixo e restos de alimentos; Mãos, roupas e utensílios Vistorias necessárias Lixo está devidamente acondicionado em latas e sacos plásticos? Esteriliza todos os dias os utensílios como pano de prato e de limpeza, vassoura e baldes? Os alimentos de alto risco estão guardados separados de outros alimentos? Os alimentos crus estão guardados separados de cozidos? Usa produtos químicos para a limpeza do estabelecimento? 2. 4.3. As principais bactérias causadoras de Toxiinfecção Samonelose (Salmonella choleraesuis, Salmonella enteritidis typhimurium, ...) Período de incubação: 6 a 72 horas (12 a 24 horas) Duração: Vários dias (1 a 3 semanas) Sintomas: Diarréia, dor de cabeça, febre, cólicas, calafrio, dores abdominais, mal estar, prostração, vômito, anorexia. Origem: intestino do homem e animais, maateria prima animal (carne, aves), rações animais (farinha de ossos, farinha de sangue, ...), hortaliças plantadas em ambiente inadequado. Encontrados: Alimento mal-cozido, contaminação cruzada (Carnes, aves, Ovos e hortaliças contaminadas). Como evitar: Cozimento adequado; descongelamento adequado (na geladeira); separar os utensílios (alimento crú e cozido); lavar bem os utensílios e as mãos; na geladeira, separar os alimentos crus e cozidos evitando o máximo de contato; manter os alimentos fora da zona de perigo. Salmonella typhi Período de incubação: 7 a 28 dias (14 dias) Duração: 1 a 8 semanas. Sintomas: Diarréia (fezes com muco, pús e sangue), dor de cabeça, febre alta e contínua, suores, vômito, calafrio, mal estar, nausea, tosse, dores abdominais, pulso lento, anorexia, pontos vermelhos no peito, perda de sangue pelo nariz, falta de apetite Origem: intestino do homem e animais, água contaminada, hortaliças plantadas em ambiente inadequado. Encontrados: Produtos cárneos e lácteos, verduras, mariscos, ostras, pescados, saladas, alimento mal-cozido, contaminação cruzada. Como evitar: Idem Salmonella sp. Clostridios (Clostridium perfringens) Período de incubação: 8 a 22 horas Duração: 1 dia ou menos. Sintomas: Dores abdominais intensas, diarréia. São raros os casos de náuseas, vômitos, calafrio e febre. Origem: intestino humano e de animais, solo,(terra e água), moscas comuns e varejeiras, . Encontrados: Carnes, e aves, molhos, massas grandes de alimentos como enrolado de carne, peito de ovelha, Clostridio cresce melhor na ausência de oxigênio, Clostridio forma esporos que não podem ser destruídos pelo simples cozimento, os esporos não se multiplicam fora da zona de perigo Como evitar: Separar alimentos crus e cozidos; Limpar e desinfetar os equipamentos utilizados; Resfriar ou congelar rapidamente; Evitar reaquecer os alimentos, mas se for necessário aqueça bem (até 100ºC) Estafilococos (Staphylococcus aureus) Período de incubação: 1 a 7 horas Duração: 1 dia ou dois Sintomas: Mal estar, náusea, salivação, vômito, convulsões, diarréia, dores abdominais, suores, prostração. São raras as febres. Origem: Nariz, garganta e nas mãos, machucados, queimaduras, bolhas, espinhas, fezes, úberes com mastites. Ocorre contaminação do alimento preparado, após o cozimento geralmente por pessoas portadoras e moscas. Produzem toxina. Encontrados: Produtos de carne, presunto cozido, aves, saladas, molhos, massas recheadas com creme, leite, queijos, restos de comida com alto tor de proteína. Como evitar: Higiene pessoal; Evitar contato direto com o alimento (usar instrumentos); Manter os alimentos resfriados 2.4.4. Armazenamento de alimentos 2.4.4.1. Os materiais de limpeza, produtos químicos, solventes... devem ser guardados em lugares separados dos alimentos. 2.4.4.2. Deve-se, na medida do possível separar áreas de armazenamento para: Alimentos secos. Cereais, farinhas, açúcar, bolachas, chá, café, enlatados e outros produtos não perecíveis. Local de armazenamento seco, fresco, bem arejado e iluminado, à prova de larvas e mantido sempre limpo e desinfetado. Usar prateleiras vazadas de inox ou material similar. A última prateleira deve estar a 30 cm do chão. Usar recipiente com tampa, particularmente para farinhas e açúcar. As prateleiras não devem ser fundas para evitar “perdas” e conseqüente apodrecimento. Qualquer produto derramado deve ser imediatamente limpo e desinfetado. Realizar a limpeza e desinfeção em períodos regulares. Importante deixar espaço para movimentação dos estoques para realizar a limpeza. Observar antes de armazenar a embalagem do produto, prazo de validade... Os alimentos mais velhos devem ser trazidos para a parte da frente das prateleiras para serem usados primeiro Frutas, verduras e legumes. Sempre que possível devem ser comprados diariamente para que possam ser consumidos no seu melhor ponto de frescor. Local de armazenamento frio, ventilado e seco. Prefira armazenar na própria embalagem que é vendida para evitar a contaminação e aumento de apodrecimento. Realizar vistoria freqüente. Alimentos congelados. Local de armazenamento seco, bem ventilado e limpo. Vedação da câmara adequada. Verificar a temperatura (-18ºC) Observar o prazo de validade. Jamais recongele os alimentos Deve ser colocado em embalagem adequado para evitar a contaminação cruzada e queima pelo frio com ressecamento da superfície, apodrecimento, perda de valor nutritivo e qualidade de apresentação. Alimentos resfriados. A refrigeração abaixo de 4ºC inibe o desenvolvimento das bactérias mais comuns responsáveis pela toxiinfecção alimentar, O apodrecimento com bactérias e mofos também é reduzida. Realizar o descongelamento e a limpeza pelo menos uma vez por semana com uma colher de bicarbonato de sódio dissolvido e 4 litros de água. A temperatura devemanter-se entre 1 a 4ºC durante todo o período de armazenamento. Evitar a sobrecarga no refrigerador evitando a má circulação do ar frio. Alimentos mornos ou quentes não devem ser levados ao refrigerador. Não acondicionar os alimentos em latas depois de aberta para evitar enferrujamento e conseqüente contaminação e apodrecimento. Evitar abrir a porta do refrigerador desnecessariamente. Separar carne crua e peixe dos alimentos crus e este dos derivados de leite. III. DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO DE UMA SITUAÇÃO DE SURTO POR INGESTÃO DE ALIMENTOS CONTAMINADOS. No controle de alimentos temos três tipos de diagnósticos: -Diagnóstico epidemiológico consegue-se através do levantamento de uma situação com auxilio de atributos como tabela de sumário, taxa de ataque e histogramas de tempo e sintomas. -Diagnóstico de certeza consegue-se através do exame de laboratório. -Diagnóstico de eventuais consegue-se através da pesquisa do desconhecido. 1. DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO. Levantamento e histórico do ocorrido onde devemos conhecer atributos tais como: local e endereço, número de pessoas envolvidas, data, entrevistas aos pacientes, tipos de alimentos, tempo em horas em que apareceram os primeiros sintomas, horário do evento, coleta de amostras, dados higiênicos do local, equipamentos, utensílios, presença de insetos e manipuladores. Tabela sumário deve constar: local, tipo de eventos, data, pessoas, uma coluna para marcar quantas pessoas adoeceram e quantas não adoeceram, idade sexo, sintomas(com dias e horas), refeição (tipo), alimento consumido, tipos de sintomas. Tabela de taxa de ataque -deve constar: alimentos vulneráveis, número de pessoas que ficaram doentes e os que não ficaram doentes, total e percentagem de taxa de ataque. Histograma mostra a mediana de tempo em horas após a ingestão dos alimentos que aparece ou primeiros sintomas. mediana ordenar os números ou medidas em seqüência por exemplo: do menor para maior. 7 longitudes 7 longitudes 1 1 2 2 3 3 3 ponto 4 5 6 7 8 8 médio 3,5 2. SINTOMAS E TEMPO EM HORAS DE SEU APARECIMENTO Staphylococcus aureus causa a intoxicação estafilocócica com sintomas como: Mal estar, náuseas intensas, salivação, vômitos, cólicas e convulsões, diarréias, prostração. Febre são raros. Período de incubação: entre 1 a 6 horas, geralmente de 2 a 4 horas. Salmonelas (S. typhimurium) causa gastroenterite ou salmonelose com sintomas como: dos abdominal, diarréia, vômitos, náuseas, persistente por vários dias, febre é comum. Período de incubação: entre 6 á 72 horas, geralmente de 12 a 24 h. Clostridios (Clostridium perfringens) - causa dores abdominais intensas, diarréia. São raros os casos de náuseas, vômitos, calafrio e febre. Período de incubação: 8 a 22 horas Entamoeba histolytica causa a amebíase com sintomas como: diarréia com muco e sangue, febre, calafrios, colite, ulceração da pele na região perianal. Período de incubação: 2 a 4 semanas. 3. PROBLEMAS a. Jantar de 40 pessoas, Reunião de Promotores públicos, Laguna Praia Clube, 30/04/89, Cardápio servido: maionese, pernil, frango, peixe, strogonoff, salada mista. Foram entrevistados 11 pessoas ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- comeram não comeram Ingestão de alimentos E NE T Tx% E NE T Tx% -------------------------- ---------------------------------------- ------------------------------------------ Maionese 09 0 9 100 02 0 2 100 Pernil 06 0 6 100 05 0 5 100 frango 06 0 6 100 05 0 5 100 peixe 01 0 9 100 02 0 2 100 strogonoff 15 0 11 100 0 0 0 0 salada mista 08 0 8 100 03 0 3 100 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sintomas em dias:.... 10 pacientes em 05 horas 01 em 07 horas Sintomas: Sudorese.....09 pacientes Tontura ....... 10 pacientes Cólica forte.. 11 " Prostração ... 10 " Calafrios...... 11 " Desmaio....... 01 " Vômitos........ 04 Histograma: mediana 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 7 |horas Conclusão 100%-0%=100 ----Strogonoff/S. aureus b. Jantar para 25 pessoas, Restaurante de um Centro de Treinamento de Agricultores, Cardápio: Saladas de alface, agrião, tomate e morango, 25/07/83 às 20 horas, Sintomas: calafrio, colite e diarréia com muco e sangue. Todos os pacientes que adoeceram tiveram os mesmos sintomas. --------------------------------------------------------------------------------------- comeram não comeram Ingestão de alimentos E NE E NE --------------------------- ------------------------ --------------------------- Alface 14 05 04 02 agrião 23 01 01 0 tomate 17 04 02 02 morango 13 02 06 04 --------------------------------------------------------------------------------------- Sintomas: 8 pacientes em 9 dias 5 em 7 1 em 8 3 em 10 2 em 11 4 em 12 2 em 13 c. Jantar para 22 pessoas, Festa de casamento em Biguaçu, 14\04\84 às 21 horas, Cardápio: carne bovina assada, maionese, farofa e bolo. ------------------------------------------------------------------------- comeram não comeram Ingestão de alimentos E NE E NE --------------------------- ------------------ --------------------- carne bovina assada 15 06 01 0 maionese 10 04 06 02 farofa 11 07 02 02 bolo 08 08 03 03 ------------------------------------------------------------------------ Sintomas: 8 paciente em 6 horas 5 em 8 4 em 10 3 em 07 2 em 12 IV.Saneamento do meio A água tem muitas aplicações na indústria de alimentos, ela é uasada na lavagem da matéria prima, como veículo de transporte de uma operação para outra, maceração, branqueamento, preaquecimento, resfriamento, preparação de xarope ou salmoura, produzir vapor, limpeza de equipamentos, pisos, etc. Como regra geral, apenas água potável deve ser usada no processamento de alimentos, entrando em contato com eles. A maneira mais aprática de garantir uma contagem total de microrganismos baixa na água da indústria é o uso de cloro. O crescimento bacteriano em resíduo de matéria orgânica deixados no equipamentos, correias, pisos, etc., são eliminados e os odores desagradáveis desaparecem. É importante salientar que a ação química de cloro apenas suplementa, e não substitui a remoção física ou limpeza dos resíduos de alimentos. A concentração de cloro mais usado na indústria de alimentos é de 2 a 5 ppm porém para a limpeza, em geral, os níveis de cloro livre devem ser maiores de 10 a 20 ppm. Nenhuma dessas águas clorada deve ser usada para preparação de xaropes, salmouras ou adicionados ao alimento. No processo de cloração da água são usados hipoclorito ou gás de cloro. 4.1. Água de rio Segundo a Legislação Ambiental Básica do Estado de Santa Catarina, as águas interiores são classificados em: Classe 1 - Água destinadas ao abastecimento domestico sem tratamento prévio ou com simples desinfecção. Classe 2 - Água destinadas ao abastecimentodoméstico após tratamento convencional, à irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas e à recreação de contato primário (natação, esqui-aquático e mergulho). Classe 3 - Água destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, à preservação de peixes em geral e de outros elementos da fauna e flora e à dessedentação de animais. Classe 4 - Água destinadas ao abastecimento domestico após tratamento avançado, ou à navegação, à harmonia paisagística e ao abastecimento industrial, à irrigação e a usos menos exigentes. Na água de classe 1 não são permitidas qualquer lançamento de efluentes. Nas águas de classe 2 são estabelecidos os limites em condições seguintes: Ausência de materiais flutuantes inclusive espumas não naturais, óleos, graxas, gosto ou odor, corantes que não sejam possíveis de remover por processamento convencional de tratamento de água. DBO(5 dias)= 5mg/L (20ºC) OD = mínimo de 5mg/L NMP de coliformes totais= máximo 5.000/100ml NMP de coliformes fecais = máximo 1.000/100ml Obeservados em pelo menos 80% das amostras analisadas (mín. 5 amostras) num período de até 5 semanas consecutivas. Além dos limites de minerais como amônia, cádmio, cromo,... Nas águas de classe 3 são estabelecidos os mesmos limites da classe 2 exceto: DBO= máximo 10mg/L OD = máx. 4mg/L NMP coliformes totais = máx. 20.000/100ml NMP coliformes fecais = máx. 4.000/100ml Nas águas de classe 4 são estabelecidos os seguintes limites Material flutuante= virtualmente ausente Odor e aspectos = não objetáveis Fenois = até 1mg/L OD = mín. 0,5mg/L 4.2. Água de abastecimento fonte emergente (lagos) fonte jorrante (artesianos) fonte aflorante (poços, bicas) Camada impermeável 4.2.1. Poços - Localização : Ponto mais elevado do lote Distante 15 metros de privadas secas 30 metros de poço absorvente 45 metros de fossas negras - Agentes de desinfecção Hipoclorito de cálcio 70% de cloro disponível Cal clorada 25% Hipoclorito de sódio 10% Água sanitária 2% - Concentração de cloro x tempo para desinfecção Cloro (mg/L) T(horas) 50 12 100 4 200 2 - Procedimento para desinfecção do poço Lavagem do poço (100 a 200 ppm de cloro) Aplicação em concentração e tempo recomendados Esgotar o poço 4.2.2. Água tratada Tratamento de água convencional Adição de cal (CaCO3) e Sulfato de alumínio (Al (SO4)3 (CO2 ( H2O CaCO3 ( CaO ( Ca(OH) 2 + (Al (SO4)3 ( Al(OH) 3 ( Mistura violenta (Calha de Parshall) Mistura lenta (Gicana) Decantação; filtração Cloro (0,3 mg/L máx.) Neutralização com cal (pH-7,0) Reservatório - Caixa da água situado a 10 metros de altitude pois se existe pressão não haverá contaminação 4.2.3. Captação de água de chuva furo 4.3. Água residuária Os efluentes segundo a Legislação só poderão ser lançados direta ou indiretamente nos rios, lagunas,... com: pH = 6,0 a 9,0 Temperatura = inferior a 40ºC Material sedimentável = até 1mg/L em teste de 1 hora em cone de “ÍMHOFF”, porém ausente em lagos cuja velocidade de circulação seja praticamente nula. Outros como: (Limite máximo) Óleo mineral 20,0 mg/L Óleo vegetal e gorduras animais 30,0 Cromo total 5,0 Níquel total 1,0 Fenois 0,2 4.3.1. Tratamento industrial Separador absoluto Dejetos Pluviais Grade Caixa de retenção de areia Vertedor Parshall Valo de oxidação Decantador Lagoa de estabilização 4.3.2. Doméstico Fossa seca concreto Terra 20 cm 150cm Fossa de fermentação Tanque de fermentação Fossa com transporte hídrico - Tanque séptico ( ( ( - Tanque IMHOFF Tubo de ( ( limpeza Fossa absorvente Q/c = A(m2) Q= litros/dia (quantidade de água utilizada) c= lt/ m2 dia (coeficiente de percolação) A= 2( r H Valos de irrigação sub-superficial argila areia 90cm pedra 10cm cano ou manilha perfurada TS V. EMBALAGENS 5.1. Fatores que influem na seleção de uma embalagem em relação a danos. Danos mecânicos Coleta; Manuseio; Transporte; Estocagem Danos ambientais Umidade atmosférica; Luz; Temperatura Danos biológicos Insetos; Fungos; Moscas; Permeabilidade a microrganismos; Roedores Outros danos Custo; Aparência; Tipo de loja 5.2. Tipos de embalagens. Latas; Vidros; Embalagens flexíveis; Papeis; Plásticos 5.2.1. Latas Folha de flanardes - Laminado de aço de baixo teor de carbono (Máx= 15%) - Revestida de estanho puro Estanho, liga ferro-estanho, aço, liga ferro-estanho, óxido de estanho, óleo. 1 corpo e 2 fundos ou 1 corpo e 1 fundo. 5.2.2. Vidros SiO2 (areia do mar ............... 68-71% Na2O (a partir de NaCO2) barrilha. 14,5 15,5% CaO (calcário).................... 7-10% MgO (magnésio.................. 1-3% Al2O3 (alumínio)............... 1-2% Cor FeO - Azul Fe2O3- Amarela Vantagens Inerte e atraente (visibilidade) Desvantagens Quebra, transparente (permite a passagem da luz), pesado, caros, difícil manuseio, resistência térmica baixa 5.2.3. Embalagens flexíveis. Custo, Permeabilidade a água, gases e gordura, Resistência, Transparência, Termosoldabilidade, Encolhimento, Resistência química, Odor, Toxicidade, Disponibilidade CELOFANE Transparente, Fácil impressão, Resistente a O2, Pouco impermeável a água Fragmenta-se a baixa temperatura Impossível de fechar a quente Baixa resistência a insetos e roedores Celofane MSAÔ (Impermeabilizante em ambos lados a base de nitrocelulose, 1µ vezes mais eficiente do que polietileno a água, 70° ø a O2, pode ser fechado a quente, pode ser evestido com polietileno Celofane SARAN (Cloreto de vinilideno, melhora a resistência à umidade e O2) Celofane com polietileno (Carne fresca) POLIETILENO Derivado de petróleo, espessura de 0,02µ mm ou menos Amolece ao calor, baixo preço Resistente e flexível Excelente a barreira de água e inferior a O2 e Gordura Polietileno de Alta densidade (PEAD 0,945 a 0,965) Resistente a gordura e óleos Mais rígido e menos permeável Existe produto termo-encolhível Manteiga, Hambúrguer, Lingüiça, Gordura hidrogenada Polietileno de Baixa densidade (PEBD 0,910 a 0,925) A medida que a densidade aumenta diminui a resistência a vapor, O2 e transparência e aumenta a resistência a óleos e gorduras. Leite, cereais, alimentos em pó, balas. POLIPROPILENO Melhor barreira de O2 e H2O do que PEBD Transparente e brilhante Resistente a termosoldagem Mais leve dos plásticos (densidade=0,90) Resistência 2 a 3 vezes que o polietileno Para produtos gordurosos e desidratados POLIESTIRENO Benzeno mais etileno Baixo ponto de amolecimento (88(C) Baixa resistência a impacto Resistente a ácidos e álcali Atacado por ésteres e cetonas Não é boa barreira a gases e água Não estica Biorientado Rígido, resistente a impacto, transparente, baixa absorção de água, suporta baixas temperaturas. Expandido Baixa condutibilidade térmica, quimicamente inerte, resistente a óleos, água e ácidos Carne fresca, curada, queijos, doces, salgadinhos, alimento congelado CLORETO DE POLIVINILA (PVC) Resistente á � �cidoó å bases Pré-embalagemde frutas (atm. controlada) Óleo, vinho, água mineral, suco, cerveja não pasteurizada. PVdN CLORETO DE POLIVINILIDENO CRY-O-VAC E SARAN 13 a 20% de PVC Permeabilidade a O2 e Umidade POLIESTER NYLON¬ DRACON¬ MELINEX Autoclaváveis LAMINADOS Polietileno - Rigidez, imprimidavel Celofane/polietileno- café moído a vácuo, queijo ralado Nylon/polietileno carnes Papel/polietileno/alumínio/polietileno sopas desidratadas, pós para refresco. Alumínio/polietileno/papel/polietileno coco ralado Polietileno/alumínio/polietileno/papel Tetra-Pak LAMINADOS AUTOCLAVÁVEIS Poliester/alunínio/polietileno/PEAD Poliester/alumínio/polipropileno Nylon/polietileno PET VI. ANALISE SENSORIAL Apesar das recentes e constantes conquistas tecnológicas, com desenvolvimento de equipamentos analíticos dotados de sistemas sofisticados de computação, ainda não se tem notícias da possibilidade da substituição dos órgãos sensoriais do homem por máquinas. A análise organoléptica ou sensorial em alimentos ainda é e o será ainda por muito tempo de suma importância para avaliação das suas qualidades e da sua aceitabilidade pela população consumidora. Hoje a avaliação sensorial é feita de maneira científica, realizada por um “painel” de degustadores composta por pessoas trinadas e mediante o uso de métodos sensoriais que possibilitam uma avaliação estatística, permitindo a sua interpretação. 6.1. Os órgãos do sentido. A análise sensorial é realizada através da utilização dos cinco órgãos de sentido, ou sejam, a visão, paladar, olfato, audição e tato. Visão. A cor e a aparência do alimento é de fundamental importância na aceitabilidade e na qualidade do produto, pois através delas muitos dos consumidores fazem uma análise preliminar, prejulgando as outras qualidades gustativas, principalmente o sabor, ou seja, as características visuais do alimento induzem o consumidor a esperar determinado sabor. Normalmente, para avaliar outras características utilizam-se recursos que impessam a influência das visuais, tais como o uso de luzes colridas. Olfato. Outra característica importante avaliador de imediato pelos consumidores são os odores emanados pelas substâncias voláteis provenientes do alimento. Um alimento com pouco odor ou de odor insípido ou mesmo odor desagradável é prontamente rejeitado pelos consumidores. Paladar. Quase sem excessão, alimentos de bom sabor são bons para o organismo e frequentemente traz uma sensação de bem estar. Exsitem quatro sensações gustativas fundamentais, o ácido, doce, salgado e o amargo. Os demais sabores resutam provavelmente da combinação destas quatro sensações e do aroma liberado na boca, na ocasião da mastigação, e que passa para as narinas. A associação das percepções gustativas e olfativas com as sensações subjetivas provenientes dessa combinação denomina-se “flavor”. Audição. Determinados alimentos produzem sons característicos e esperados quando da sua manipulação e na mastigação como é o caso das batatas fritas. Deve ser levado em conta que as demais valiações sensoriais podem ser afetadas pelo barulho ou por outro som qualquer. Tato. Através do tato e também pelo sentido da boca avalia-se a textura do alimento. Determinados alimentos possuem características de textura própria, esperada e quando isso não acontece imediatamente é rejeitado. 6.2. “Painel” sensorial. O “painel” sensoria deverá ser composto por degustadores previamente selecionados e treinados a fim de obter resultados da análise precisa e calibrada em termos de avaliação pelos membros que o compõe. 6.2.1. Seleção. A seleção dos membros do painel deve ser rigorosa baseada principalmente nos atributos pessoais específicos e na capacidade de executar testes sensoriais (Nào basta ter o dom de dicernir diferenças gustativas). Para a seleção deve se levar em conta: Interesse: Se o candidato não tiver interesse em participar do programa de treinamento não deverá ser selecionado. Disponibilidade: A frequencia no treinamento deve ser levado em conta (deve ter pelo menos 80% de frequencia) Prontidão: O candidato deve estar disponível no horário estabelecido para o teste. Saúde: Não deve ter aversão ou antecedentes alérgicos aos materiais em teste. Não pode ser resfriado, fadiga, uso de antibióticos e antiinflamatórios. Comunicação: Deve ter habilidade para descrever e definir várias características do produto (oral ou escrita) Outros fatores: Instrução: Os candidatos devem apresentar níveis de instrução diversificado. Sexo: Ambos os sexos, apesar das mulheres apresentarem paladar mais acurado. Idade: A faixa etárea deve ficar entre 15 a 50 anos. Os velhos perdem sensibilidade devido a degeneração das celulas sensoriais e os novos por incapacidade de expressar os resultados. Tabagismo: Tanto o álcool como a nicotina causam desensibilização das papilas gustativas. 6.2.2. Recrutamento dos membros do painel. Questionário ou entrevista oral. Nome, Data, Nacionalidade e naturalidade, Data de nascimento, sexo, Profissão Escolaridade, renda familiar. Tem alergia a algum produto? Rejeta algum alimento ou bebida? Quais? Teste de seleção Selecionar duas a tres vezes mais candidato para formar o painel. Teste de acuidade sensorial Verificar a sensibilidade do candidato através de soluções diluídas de: Ácido (cítrico, acético ou lático) ( 0,050; 0,075; 0,100; 0,150%) Sal (0,10; 0,20; 0,50; 0,75; 1,00%) Açúcar (1,0; 2,0; 3,0; 5,0; 7,5; 10,0%) Álcool amílico (25; 50; 100; 150; 200; 250 ppm) OBS: Misturar todas as soluções e pedir para colocar em ordem. Verificar a acuidade sensorial do candidato com a mesma classe de produto que serão usados no treinamento. Repetir o teste pelo menos duas vezes. Treinamento Estabelecer o cronograma dos testes (hora e dia) Familiarizar os membros com os procedimentos do teste Aperfeiçoar a habilidade para reconhecer e identificar os atributos sensoriais para que possam fornecer dados mensuráveis (notas) confiáveis e padronizadas. 6.3. O laboratório Localização - Distante de locais movimentados e barulhentos. Construção - Deve constar setor de cozinha experimental (para preparação das amostras) e sala de degustação. - Paredes com cores brancas, cinzas ou beges. - Ar condicionado ou pelo menos bem ventilado. - Luz fluorescente ou luz natural. - Tamanho variável conforme a necessidade. 6.4. A amostra Apresentar todas as amostras de maneira uniforme (quantidade, recipiente, temperatura,...) e para todas as amostras. Apresentar em média 6 amostras por seção, excesso de amostras pode levar a fadiga. A apresentação das amostras deve ser em código (número, letra ou, preferencialmente, letra e número. 6.5. Métodos sensoriais. 6.5.1. Método de diferença. Teste triangular - Teste para identificar a amostra diferente dentre três amostras apresentadas ao degustador (duas iguais e uma diferente) Teste duo-trio - Teste para identificar a amostra igual ao padrão dentre três amostras apresentadas (uma amostra padrão identificado como tal e duas amostras codificadas dos quais uma é igual ao padrão) Teste pareado - Teste para averiguar a diferença ou preferência entre duas amostras. Comparação múltipla - Teste de comparação entre uma amostra padrão identificada e várias outras codificadas. 6.5.2. Método analítico. Teste de amostra única - Avaliação através de escala ou indicação da ausência ou presença de uma determinada característica Perfil de sabor (Flavor profile) - Avaliação descritiva das qualidades 6.5.3. Método de sensibilidade. Teste de “Threshold” - Avaliação de uma série de amostras colocadas em ordem crescente de concentrações de um determinado materialou ingrediente e registrar a amostra cuja concentração começa a perceber a diferença. Teste de diluição - Teste de uma única amostra com “padrões memorizados” 6.5.4. Método de preferência e aceitação. Teste de ordenação - Ordenar numericamente em ordem crescente de preferência ou com intensidade das características. Método de escala de avaliação. Escala hedônica - Avaliação expressa numa escala de “gostei muitíssimo” a “desgostei muitíssimo” associando a uma escala numérica que pode variar de 1 a 9. Escala hedônica facial - Idem anterior mas usando caretas que expressam a aceitabilidade. Escala estruturada - Avaliação mediante notas Escala não estruturada - Avaliação feita colocando uma marca numa linha em que nas extremidades aparecem os termos mínimos e máximos. 6.5.5. Índice de aceitabilidade (IA) Cálculo: Considerar a nota máxima (M) dada dentre os degustadore de uma determinada amostra como 100%. Calcular a média das notas (X). IA = (X/M).100 Para que um produto seja considerado como aceito, o índice de aceitabilidade deve ser no mínimo 70%. 6. 6. Análise estatística. 6.6.1. Para teste triangular. Degustador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total de C Resposta C C E C C E C E C C 7 C = Resposta correta ou seja o degustador identificou a amostra igual dentre as três amostras E = Resposta Errada H0 = Todas as amostras são iguais (P=1/3) H1 = A amostra X é diferente (P> 1/3) Se H0 for verdadeiro Probabilidade = 1/3 n = 10 Pela Tabela 1 com ( = 1% ( deve ter ao menos 8 respostas corretas ( = 5% ( deve ter ao menos 7 respostas corretas R= Como temos apenas 7 corretas então aceita-se H0 para nível de significância 1% e rejeita-se a 5% ou seja a nível de 5% a amostra X é diferente das demais amostras. 6.6.2. Para teste duo-trio Degustador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 total de C Resposta C C E C C C C C E C C 9 H0 = Não existe diferença entre as amostras ou os dois são iguais ao padrão H1 = Existe diferença entre as amostras n = 11; p = ½ Pela Tabela 2 com nível de significância a 5% é de 9 e com nível de significância a 1% é de 10 Aceita-se H0 com nível de significância a 1% e rejeita-se a 5%, portanto com nível de significância a 5% existe diferença entre as amostras. 6.6.3. Para teste pareado Degustador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total de C Resposta C C E C C C E C C C 8 H0 = As duas amostras são iguais H1 = A amostra X é mais .... (gostoso, ácido, doce...) n = 10 , p = ½ Pela Tabela 3 com nível de significância 5% = 9 e a 1% = 10. Portanto aceita-se H0 (não existe diferença entre as amostras) tanto a 5% e a 1% pois para rejeitars H0 deve se ter mais do que 9 ou 10 respostas corretas no teste degustativo. OBS: Quanto menor o número de ensaios (degustadores) mais difícil de rejeitar H0 6.6.4. Teste de ordenação Degustador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Total Amostra A 3 2 3 4 4 3 2 2 4 4 4 3 3 3 2 46 Amostra B 2 3 2 3 3 4 3 3 3 2 2 2 1 2 4 38 Amostra C 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 17 Amostra D 4 4 4 1 3 2 4 4 2 3 3 4 4 4 4 49 Análise estatística pelo método de Kramer H0 = Todas as amostras são iguais H1 = Existe diferença entre as amostras Se H0 for verdadeira o total de pontos entre as amostra não deve diferir muito n = 15; k = 4 Pela Tabela 4 com ( = 5% ( 28-47 ( = 1% ( 26-49 Rejeita-se H0 pois o total de pontos de alguma amostra não está no intervalo de 28-47 ou 26-49 respectivamente a 5% e 1% de nível de significância. A 5% a amostra C difere das demais e é a melhor enquanto a amostra D também difere das demais mas é a pior. A 1% somente a amostra C difere das demais e é a melhor 6.6.5. Teste escala Degustador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média Amostra A 4 3 5 7 4 6 5 5 5 3 4,7 Amostra B 6 4 5 7 2 5 6 5 6 4 5,0 Amostra C 6 7 7 9 3 9 8 8 8 6 7,1 Média 5,3 4,7 5,7 7,7 3,0 6,7 6,3 6,0 6,3 4,3 5,6 Tabela de análise de variância Fonte de Variação GL Soma dos quadrados Quadrado médio F Media 1 n.k.Y2 ------ ------- Provadores n-1 ( (yi - Y)2 SQp/GLp QMp/QMr Amostras k-1 ( (yj - Y)2 SQa/GLa QMa/QMr Resíduo (n-1)(k-1) SQt-SQm- SQp-SQa SQr/GLr ------- Total nk (((yij - Y)2 ------ ------- Fonte de Variação GL SQ QM F Media 1 940,8 Provadores 9 48,4 5,38 7,69 Amostras 2 34,2 17,10 24,4 Resíduo 18 12,6 0,70 Total 30 1036,0 a) Teste F H0 = Todas as médias das notas são iguais H1 = Existe diferença entre as médias Pela Tabela 5 temos para 5% ( F = 3,55 1% ( F = 5,09 Como o F calculado é maior para o F teórico (da Tabela) nos dois níveis de significância rejeita-se H0 ou seja existe diferença entre as amostras b) Comparação múltipla (Teste tukey) C = q Qmr/n q = Valor da Tabela 6 (k=3, Glr=18 ( q=3,61 para 5% de significância) C= 3,61 0,7/10 C= 0,96 ( Qualquer par de média cuja diferença exceder 0,96 tem diferenç significativa a 5% 4,7 [ 5,0 - 4,7 = 0,3 não é 4,7a 5,0 [ 7,1 - 4,7 = 2,4 é 5,0a 7,1 [ 7,1 - 5,0 = 2,1 é 7,1b OBS: Se entre 5,0 e 7,1 não tivesse di ferença então no 5,0 deveria ter também juntamente com a letra a a letra b Tabela1. Número de respostas corretas para estabelecer diferença significativa (Teste triangular p=1/3) Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n 5% 1% 1 26 14 15 52 24 26 2 27 14 16 54 25 27 3 3 28 15 16 56 26 28 4 4 29 15 17 58 26 29 5 4 5 30 15 17 60 27 30 6 5 6 31 16 18 62 28 30 7 5 6 32 16 18 64 29 31 8 6 7 33 17 18 66 29 32 9 6 7 34 17 19 68 30 33 10 7 8 35 17 19 70 31 34 11 7 8 36 18 20 72 32 34 12 8 9 37 18 20 74 32 35 13 8 9 38 19 21 76 33 36 14 9 10 39 19 21 78 34 37 15 9 10 40 19 21 80 35 38 16 9 11 41 20 22 82 35 38 17 10 11 42 20 22 84 36 39 18 10 12 43 21 23 86 37 40 19 11 13 44 21 23 88 38 41 20 11 13 45 21 24 90 38 42 21 12 13 46 22 24 92 39 42 22 12 14 47 22 24 94 40 43 23 12 14 48 22 25 96 41 44 24 13 15 49 23 25 98 41 45 25 13 15 50 23 26 100 42 46 Fonte: Manual on Sensory Testing Methods - American Society for Testing and Materials, 1968 Tabela 2 - Nº de respostas corretas para estabelecer diferença significativa (Teste duo-trio) Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n 5% 1% 1 26 18 20 52 33 35 2 27 19 20 54 34 36 3 28 19 21 56 35 38 4 29 20 22 58 36 39 5 5 30 20 22 60 37 40 6 6 31 21 2362 38 41 7 7 7 32 22 24 64 40 42 8 7 8 33 22 24 66 41 43 9 8 9 34 23 25 68 42 45 10 9 10 35 23 25 70 43 46 11 9 10 36 24 26 72 44 47 12 10 11 37 24 27 74 45 48 13 10 12 38 25 27 76 46 49 14 11 12 39 26 28 78 47 50 15 12 13 40 26 28 80 48 51 16 12 14 41 27 29 82 49 52 17 13 14 42 27 29 84 51 54 18 13 15 43 28 30 86 52 55 19 14 15 44 28 31 88 53 56 20 15 16 45 29 31 90 54 57 21 15 17 46 30 32 92 55 58 22 16 17 47 30 32 94 56 59 23 16 18 48 31 33 96 57 60 24 17 19 49 31 34 98 58 61 25 18 19 50 32 34 100 59 63 Tabela 3 - Nº de respostas corretas para estabelecer diferença significativa (Teste pareado) Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n) 5% 1% Nº de julgamentos (tratamentos) (n 5% 1% 1 26 19 20 52 34 36 2 27 20 21 54 35 37 3 28 20 22 56 36 39 4 29 21 22 58 37 40 5 30 21 23 60 39 41 6 6 31 22 24 62 40 42 7 7 32 23 24 64 41 43 8 8 8 33 23 25 66 42 44 9 8 9 34 24 25 68 43 46 10 9 10 35 24 26 70 44 47 11 10 11 36 25 27 72 45 48 12 10 11 37 25 27 74 46 49 13 11 12 38 26 28 76 48 50 14 12 13 39 27 28 78 49 51 15 12 13 40 27 29 80 50 52 16 13 14 41 28 30 82 51 54 17 13 15 42 28 30 84 52 55 18 14 15 43 29 31 86 53 56 19 15 16 44 29 31 88 54 57 20 15 17 45 30 32 90 55 58 21 16 17 46 31 33 92 56 59 22 17 18 47 31 33 94 57 60 23 17 19 48 32 34 96 59 62 24 18 19 49 32 34 98 60 63 25 18 20 50 33 35 100 61 64 Tabela 4. Tabela de Kramer (para teste de ordenação) n nível de significância ( = 1% Número de Número de amostras k Provadores 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 3 4-29 4-32 4-35 4 5-19 5-23 5-27 6-30 6-34 6-38 6-42 7-45 5 6-19 7-23 7-28 8-32 8-37 9-41 9-46 10-50 10-55 6 7-17 8-22 9-27 9-33 10-38 11-43 12-48 13-53 13-59 14-64 7 8-20 10-25 11-31 12-37 13-43 14-49 15-55 16-61 17-67 1873 8 9-15 10-22 11-29 13-35 14-42 16-48 17-55 19-61 20-68 21-75 23-81 9 10-17 12-24 13-32 15-39 17-46 19-53 21-60 22-68 24-75 26-82 27-90 10 11-19 13-27 15-35 18-42 20-50 22-58 24-66 26-74 28-82 30-90 32-98 11 12-21 15-29 17-38 20-46 22-55 25-63 27-72 30-80 32-89 34-98 37-106 12 14-22 17-31 19-41 22-50 25-59 28-68 31-77 33-87 36-96 39-105 42-114 13 15-24 18-34 21-44 25-53 28-63 31-73 34-83 37-93 40-103 43-113 46-123 14 16-26 20-36 24-46 27-57 31-67 34-78 38-88 41-98 45-109 48-120 51-131- 15 18-27 22-38 26-49 30-60 34-71 37-83 41-94 45-105 49-116 53-127 56-139 16 19-29 23-41 28-52 32-64 36-76 41-87 45-99 49- 111 53-123 57-135 62-146 17 20-31 25-43 30-55 35-67 39-80 44-92 49-104 53-117 58-129 62-142 67-154 18 22-32 27-45 32-58 37-71 42-84 47-93 52-110 57-123 62-136 67-149 72-162 19 23-34 29-47 34-61 40-74 45-88 50-102 56-115 61-129 67-142 72-156 77-170- 20 24-36 30-50 36-64 42-78 48-92 54-106 60-120 65-135 71-149 77-163 82-178 n nível de significância ( = 5% Número de Número de amostras k Provadores 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 3 4-14 4-17 4-20 4-23 5-25 5-28 5-31 5-34 4 5-11 5-15 6-18 6-22 7-25 7-29 8-32 8-36 8-39 9-43 5 6-14 7-18 8-22 9-26 9-31 10-35 11-39 12-43 12-48 13-52 6 7-11 8-16 9-21 10-26 11-31 12-36 13-41 14-46 15-51 17-55 18-60 7 8-13 10-18 11-24 12-30 14-35 15-41 17-46 18-52 19-58 21-63 22-69 8 9-15 11-21 13-27 15-33 17-39 18-46 20-52 22-58 24-64 25-71 27-77 9 11-16 13-23 15-30 17-37 19-44 22-50 24-57 26-64 28-71 30-78 32-85 10 12-18 15-25 17-33 20-40 22-48 25-55 27-63 30-70 32-78 35-85 37-93 11 13-20 16-28 19-36 22-44 25-52 28-60 31-68 34-76 36-85 39-93 42-101 12 15-21 18-30 21-39 25-47 28-56 31-65 34-74 38-82 41-91 44-100 47-109 13 16-23 20-32 24-41 27-51 31-60 35-69 38-79 42-88 45-98 49-107 52-117 14 17-25 22-34 26-44 30-54 34-64 38-74 42-84 46-94 50-104 54-114 57-125 15 19-26 23-37 28-47 32-58 37-68 41-79 46-89 50-100 54-111 58-122 63-132 16 20-28 25-39 30-50 35-61 40-72 45-83 49-95 54-106 59-117 63-129 68-140 17 22-29 27-41 32-53 38-64 43-76 48-88 53-100 58-112 63-124 68-136 73-148 18 23-31 29-43 34-56 40-68 46-80 52-92 57-105 62-118 68-130 73-143 79-155 19 24-33 30-45 37-58 43-71 49-84 55-97 61-110 67-123 73-136 78-150 84-163 20 26-34 32-48 39-61 45-95 52-88 58-102 65-115 71-129 77-143 83-157 90-170 Tabela 5 - Tabela de distribuição do F GL da AMOSTRA ou do PROVADOR ( = 1% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 98,50 99,00 99,17 99,25 99,30 99,33 99,36 99,37 99,39 99,40 G 3 3412 3082 2946 2871 2824 2791 2767 2749 2735 2723 r 4 2120 180 1669 1598 1552 1521 1498 1480 1466 1455 a 5 1626 1327 1206 1139 1097 1067 1046 1029 1016 1005 u 6 1375 1092 978 915 875 847 826 810 798 787 7 1225 955 846 785 746 719 699 684 672 662 d 8 1126 865 759 701 663 637 618 603 591 581 e 9 1056 802 699 642 606 580 561 547 535 526 10 1004 756 656 599 564 539 520 506 494 485 L 11 965 721 622 567 632 507 489 474 463 454 i 12 933 693 595 541 506 482 464 450 439 430 b 13 907 670 574 521 486 462 444 430 419 410 e 14 886 651 556 504 469 446 428 414 403 394 r 15 868 636 542 489 456 432 414 400 389 380 d 16 853 623 529 477 444 420 403 389 378 369 a 17 840 611 518 467 434 410 393 379 368 359 d 18 829 601 509 458 425 401 384 371 360 351 e 19 818 593 501 450 417 394 377 363 352 343 20 810 585 494 443 410 387 370 356 346 337 R 21 802 578 487 437 404 381 364 351 340 331 E 22 795 572 482 431 399 376 359 345 335 326 S 23 788 566 476 426 394 371 354 341 330 321 Í 24 782 561 472 422 390 367 350 336 326 317 D 25 777 557 4666 418 385 363 346 332 322 313 U 26 772 553 464 414 382 359 342 329 318 309 O 27 768 549 460 411 378 356 339 326 315306 28 764 545 457 407 375 353 336 323 312 303 29 760 542 454 404 373 350 333 320 309 300 30 756 539 451 402 370 347 330 317 307 298 40 731 518 431 383 351 329 312 299 289 280 60 708 498 412 365 334 312 295 282 272 263 120 685 479 395 348 317 296 279 266 256 247 INF 663 461 378 332 302 280 264 251 241 232 GL da AMOSTRA ou do PROVADOR ( = 5% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 161,4 199,5 215,7 224,6 230,2 234,0 236,8 238,9 240,5 241,9 2 18,15 19,00 19,16 19,25 19,30 19,33 19,35 19,37 19,38 19,40 G 3 10,13 9,55 9,28 9,12 9,01 8,94 8,89 8,85 8,81 8,79 r 4 7,71 6,94 6,59 6,39 6,26 6,16 6,09 6,04 6,00 5,96 a 5 6,61 5,79 5,41 5,19 5,05 4,95 4,88 4,82 4,77 4,74 u 6 5,99 5,14 4,76 4,53 4,39 4,28 4,21 4,15 4,10 4,06 7 5,59 4,74 4,35 4,12 3,97 3,87 3,79 3,73 3,68 3,64 d 8 5,32 4,46 4,07 3,84 3,69 3,58 3,50 3,44 3,39 3,35 e 9 5,12 4,26 3,86 3,63 3,48 3,37 3,29 3,23 3,18 3,14 10 4,96 4,10 3,71 3,48 3,33 3,22 3,14 3,07 3,02 2,98 L 11 4,84 3,98 3,59 3,36 3,20 3,09 3,01 2,95 2,90 2,85 i 12 4,75 3,89 3,49 3,26 3,11 3,00 2,91 2,85 2,80 2,75 b 13 4,67 3,81 3,41 3,18 3,03 2,92 2,83 2,77 2,71 2,67 e 14 4,60 3,74 3,34 3,11 2,96 2,85 2,76 2,70 2,65 2,60 r 15 4,54 3,68 3,29 3,06 2,90 2,79 2,71 2,64 2,59 2,54 d 16 4,49 3,63 3,24 3,01 2,85 2,74 2,66 2,59 2,54 2,49 a 17 4,45 3,59 3,20 2,96 2,81 2,70 2,61 2,55 2,49 2,45 d 18 4,41 3,55 3,16 2,93 2,77 2,66 2,58 2,51 2,46 2,41 e 19 4,38 3,52 3,13 2,90 2,74 2,63 2,54 2,48 2,42 2,38 20 4,35 3,49 3,10 2,87 2,71 2,60 2,51 2,45 2,39 2,35 R 21 4,32 3,47 3,07 2,84 2,68 2,57 2,49 2,42 2,37 2,32 E 22 4,30 3,44 3,05 2,82 2,66 2,55 2,46 2,40 2,34 2,30 S 23 4,28 3,42 3,03 2,80 2,64 2,53 2,44 2,37 2,32 2,27 Í 24 4,26 3,40 3,01 2,78 2,62 2,51 2,42 2,36 2,30 2,25 D 25 4,24 3,39 2,99 2,76 2,60 2,49 2,40 2,34 2,28 2,24 U 26 4,23 3,37 2,98 2,74 2,59 2,47 2,39 2,32 2,27 2,22 O 27 4,21 3,35 2,96 2,73 2,57 2,46 2,37 2,31 2,25 2,20 28 4,20 3,34 2,95 2,71 2,56 2,45 2,36 2,29 2,24 2,19 29 4,18 3,33 2,93 2,70 2,55 2,43 2,35 2,28 2,22 2,18 30 4,17 3,32 2,92 2,69 2,53 2,42 2,33 2,27 2,21 2,16 40 4,08 3,23 2,84 2,61 2,45 2,34 2,25 2,18 2,12 2,08 60 4,00 3,15 2,76 2,53 2,37 2,25 2,17 2,10 2,04 1,99 120 3,92 3,07 2,68 2,45 2,29 2,17 2,09 2,02 1,96 1,91 INF 3,84 3,00 2,60 2,37 2,21 2,10 2,01 1,94 1,88 1,83 Tabela 6 - Tabela de Tukey Número de média em estudo , k amostras GLr ( 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5 0,05 3,61 4,54 5,18 5,64 5,99 6,28 6,52 6,74 6,93 0,01 5,62 6,83 7,65 8,26 8,73 9,12 9,46 9,76 10,02 6 0,05 3,46 4,34 4,90 5,31 5,63 5,89 6,12 6,32 6,49 0,01 5,24 6,32 7,03 7,56 7,97 8,31 8,61 8,87 9,10 7 0,05 3,34 4,16 4,68 5,06 5,35 5,59 5,80 5,99 6,15 0,01 4,94 5,89 6,52 6,98 7,35 7,65 7,91 8,14 8,34 8 0,05 3,26 4,04 4,53 4,89 5,17 5,40 5,60 5,77 5,92 0,01 4,74 5,63 6,20 6,63 6,96 7,24 7,47 7,48 7,86 9 0,05 3,20 3,95 4,42 4,76 5,02 5,24 5,43 5,60 5,74 0,01 4,60 5,42 5,96 6,35 6,66 6,91 7,13 7,33 7,50 10 0,05 3,15 3,88 4,33 4,66 4,91 5,12 5,30 5,46 5,60 0,01 4,46 5,26 5,77 6,14 6,43 6,67 6,88 7,06 7,22 11 0,05 3,11 3,82 4,26 4,58 4,82 5,03 5,20 5,35 5,49 0,01 4,39 5,14 5,62 5,98 6,25 6,47 6,67 6,84 6,99 12 0,05 3,09 3,77 4,20 4,51 4,75 4,95 5,12 5,27 5,40 0,01 4,32 5,04 5,50 5,84 6,10 6,32 6,51 6,67 6,81 13 0,05 3,06 3,73 4,15 4,46 4,69 4,88 5,05 5,19 5,32 0,01 4,26 4,96 5,40 5,73 5,98 6,19 6,37 6,53 6,67 14 0,05 3,03 3,70 4,11 4,41 4,64 4,83 4,99 5,13 5,25 0,01 4,21 4,89 5,32 5,64 5,88 6,06 6,26 6,41 6,54 15 0,05 3,01 3,67 4,08 4,37 4,59 4,78 4,94 5,08 5,20 0,01 4,17 4,83 5,25 5,56 5,80 5,99 6,16 6,31 6,44 16 0,05 3,00 3,65 4,05 4,34 4,56 4,74 4,90 5,03 5,15 0,01 4,13 4,76 5,19 5,49 5,72 5,91 6,08 6,22 6,35 17 0,05 2,98 3,62 4,02 4,31 4,52 4,70 4,86 4,99 5,11 0,01 4,10 4,73 5,14 5,43 5,66 5,85 6,01 6,15 6,27 18 0,05 2,97 3,61 4,00 4,28 4,49 4,67 4,83 4,96 5,07 0,01 4,07 4,70 5,09 5,38 5,60 5,79 5,95 6,08 6,20 19 0,05 2,96 3,59 3,98 4,26 4,47 4,64 4,79 4,92 5,04 0,01 4,05 4,66 5,05 5,34 5,55 5,73 5,89 6,02 6,14 20 0,05 2,95 3,58 3,96 4,24 4,45 4,62 4,77 4,90 5,01 0,01 4,02 4,63 5,02 5,30 5,51 5,69 5,34 5,97 6,09 24 0,05 2,92 3,53 3,90 4,17 4,37 4,54 4,68 4,81 4,92 0,01 3,96 4,54 4,91 5,17 5,37 5,54 5,69 5,81 5,92 30 0,05 2,89 3,48 3,84 4,11 4,30 4,46 4,60 4,72 4,83 0,01 3,89 4,45 4,80 5,05 5,24 5,40 5,53 5,65 5,76 40 0,05 2,86 3,44 3,79 4,04 4,23 4,39 4,52 4,63 4,74 0,01 3,82 4,36 4,70 4,93 5,11 5,26 5,39 5,50 5,60 60 0,05 2,83 3,40 3,74 3,98 4,16 4,31 4,44 4,55 4,65 0,01 3,76 4,28 4,60 4,82 4,99 5,13 5,25 5,36 5,45 120 0,05 2,80 3,36 3,69 3,92 4,10 4,24 4,35 4,47 4,55 0,01 3,70 4,20 4,50 4,71 4,87 5,00 5,12 5,21 5,30 INF 0,05 2,77 3,32 3,63 3,86 4,03 4,17 4,29 4,39 4,47 0,01 3,64 4,12 4,40 4,60 4,76 4,88 4,99 5,08 5,16 VII. TECNOLOGIA DE FRUTAS E HORTALIÇAS 7.1. Introdução Cronograma da safra de diversas frutas na região Sul Produtos jan fev mar abr mai jun Jul ago set out nov Dez Abacaxi X X X X X Pêssego X X X X Ameixa X X X X Manga X X X Maçã X X X Figo verde X X X Marmelo X Morango X X X Uva X X X Goiaba X X X X Pera X X X Mamão X X X X X Banana X X X X X X X X X JACKIX (1988) Doces, geléias e frutas em calda. Composição centesimal aproximada da parte comestível das frutas Frutas água proteínas gordura cinzas carboidratos Fibra Abacate 65,4 1,7 26,4 1,4 5,1 1,8 Abricó 85,4 1,0 0,1 0,6 12,9 0,6 Banana74,8 1,2 0,2 0,8 23,0 0,6 Cereja 83,0 1,1 0,5 0,6 14,8 0,3 Goiaba 80,6 1,0 0,6 0,7 17,1 5,5 Laranja 87,2 0,9 0,2 0,5 11,2 0,6 Limão 89,3 0,9 0,6 0,5 8,7 0,9 Maçã 84,1 0,3 0,4 0,3 14,9 1,0 Morango 89,9 0,8 0,5 0,5 8,3 1,4 Pera 81,1 0,2 0,1 0,2 18,4 0,8 pessego 86,9 0,5 0,1 0,5 12,0 0,6 Tangerina 87,3 0,8 0,3 0,7 10,9 1,0 JACKIX (1988) Doces, geléias e frutas em calda. PH médio do suco de diversas frutas Abacaxi 3,4 Laranja 2,7 Ameixa 3,0 a 3,6 limão 2,5 Amora 3,2 Maçã 3,3 Banana 5,0 Marmelo 3,2 Cereja 3,1 Morango 3,4 Figo 6,2 Pera 4,0 Goiaba 3,9 Uva 3,8 JACKIX (1988) Doces, geléias e frutas em calda. Frutas pH Acidez (g/L) Frutas pH Acidez (g/L) 7.2. Perdas pós colheita de frutas. Os processos de deterioração em frutas são variados mas podem ser, em geral, classificados como aqueles resultantes dos processos fisiológicos, das doenças pós-colheitas e dos efeitos físicos de manuseio. As deteriorações resultantes dos processos fisiológicos são aquelas causadas pela respiração, transpiração, transformações químicas, amadurecimento e pela fisiologia anormal das frutas (injúria pelo frio, "bitter pit"). Tabela: Estimativas de perdas pós-colheita no Brasil. Fruto Produção(1000 ton.) % Perda Banana .............. 3.800 ............................... 20 Abacate .............. 298 ............................... 18 Manga ................ 257 ............................... 30 Abacaxi .............. 124 ............................... 25 Mamão ................ 52 ............................... 35 Limão .................. 25 ............................... 27 Tabela: Causas mais comuns de perdas pós-colheita. operação pós- Causas das % de perdas colheita perdas do total Colheita -Imaturidade ou super amadurecimento....................... 4 - 12 -Recipiente inadequado p/ colheita. - Danos mecânicos devido a colheita inadequada. - Falta de proteção ao sol. Preparo - Falhas na seleção (podres). ........................................ 5 - 15 para a - Embalagem inadequada. embalagem - Falta de pré-resfriamento. - Falta de sanitização do produto. Transporte - Manuseio. ................................................................... 2 - 8 - Controle de temperatura. - Mistura de produtos - Atraso no transporte. Manuseio..... - Carga e descarga inadequado .................................... 3 - 10 no - Armazenamento inadequado comércio - Distribuição - Falta de sanitização Manuseio em . - Demora de consumo................................................... 4 - 5 casa - Armazenamento inadequado. TOTAL DE PERDAS ............................................................................ 15 – 50 7.2.1. Respiração. Definição: Respiração é a decomposição oxidativa de substâncias mais complexas presentes nas células (amido, açúcares e ácidos orgânicos), em moléculas mais simples (CO2 e H2O), com a concomitante produção de energia e outras moléculas, as quais podem ser utilizadas pela célula para reações de síntese (KADER, 1979). (CH2O)n + nO2 ---- nCO2 + nH2O + Energia (C6H12O6) + 6O2 ----- 6CO2 + 6H2O + 673 Kcal Tipos de respiração. Climatéricas: Muitos frutos, quando atingem um estádio adequado de desenvolvimento, mas ainda não estão prontos para o consumo ("maturidade fisiológica"), podem ser colhidos e deixados a amadurecer fora da planta mãe. Num estádio inicial do desenvolvimento da tecnologia pós-colheita, descobriu-se que maçãs e outros frutos deste tipo apresentavam, após a colheita, um acentuado aumento em suas taxas de respiração até que atingissem um ponto máximo, quando, então, começavam a decrescer novamente. Este ápice das taxas de respiração correspondia ao estádio de “maturidade comercial” destas frutas. Este tipo de comportamento respiratório denomina-se "respiração climatérica". A curva de respiração climatérica é constituída de três partes: 1. "Maturidade fisiológica” 2.Ascensão climatérico até "pico climatérico" 3. Pósclimatérico. Frutas climatéricas: abacate, banana, fruta-do-conde, goiaba, maçãs, mamão, manga e maracujá. Não-climatéricas: Frutos que apresentam um contínuo decréscimo em suas taxas de respiração durante o crescimento e após a colheita, independentemente do estádio de desenvolvimento em que foram colhidos, a esse tipo de respiração dá-se o nome de respiração não-climatérica. Frutas climatéricas somente amadurecem enquanto estiverem ligados à planta. Após a colheita, eles não melhoram suas qualidades, embora um leve amolecimento e perda de cor verde possam ocorrer. Frutas não-climatéricas: Abacaxi, caju, carambola, coco, morango, laranjas, limão Fatores que afetam a respiração. a. Temperatura Dentro da faixa fisiológica de temperatura (ponto de congelamento a ponto de morte pelo calor), a taxa de respiração aumenta com o aumento da temperatura. Esta relação é governada pela lei de Vant’Hoff. De acordo com esta lei a velocidade de uma reação biológica aumenta a razão de duas a três vezes para cada aumento de 10ºC na temperatura. R (T + 10) R =Taxa de reação Q = --------------- = 2 a 3 T =Temperatura em ºC 10 RT Q =quociente de temperatura As frutas ao respirarem liberam calor denominado de "calor vital". E é ele que regula várias práticas comerciais de pós-colheitas como: pré-resfriamento, refrigeração, embalagem (ventilação), método de empilhamento e movimento de ar. b. Disponibilidade de oxigênio. Uma vez que o oxigênio do ar é o componente mais importante para que se realize a respiração aeróbica, deve estar disponível em quantidade adequada. Se acidentalmente ou propositadamente restringir o acesso das frutas ao oxigênio ocorrerá a fermentação, que é acompanhada da produção de odores e sabores desagradáveis. A redução adequada na concentração de oxigênio é uma técnica muito útil para controlar a taxa de respiração das frutas. c. Gás carbônico. Altos níveis de CO2 podem ser benéficos para armazenamento em atmosfera controlada ou modificada mas, uma quantidade muito elevada pode danificar as frutas em poucos dias, produzindo, álcool e outras substâncias. d. Etileno O etileno (C2H4) é o composto orgânico mais simples que afeta as plantas. É um produto do seu metabolismo e é produzido por todos os tecidos vegetais e por alguns microrganismos. É considerado um hormônio de maturação e envelhecimento de vegetais, é fisiologicamente ativo em quantidades iguais a 0,1 ppm. Como é produzido por todos os tecidos vegetais, o seu acúmulo em armazéns e recipientes é inevitável a menos que medidas sejam tomadas para sua contínua remoção. A aplicação exógena ou a produção pelas próprias frutas em quantidade mínima (± ppm) estimulam a atividade respiratória, tanto dos produtos climatéricos como dos não climatéricos. No grupo das frutas não-climatéricas, a respiração pode ser estimulada qualquer hora durante o período pós-colheita. Já para as climatéricas, a aplicação do etileno antecipa significativamente o período de tempo requerido para o pico climatérico, principalmente quando aplicado na fase pré-climatérica. O armazenamentoem atmosfera controlada ou modificada não somente reduz a taxa de produção de etileno pelos frutos como também a sua sensibilidade a este gás. Isto porque o gás carbônico exerce um efeito antagônico ao etileno, inibindo sua ação. A ação do etileno. - Fungos produzem grande quantidade de etileno. - Etileno degrada clorofila. - Etileno aumenta a respiração. - Etileno atua só após determinado crescimento do fruto. - KMnO4 - oxidante - reduz a maturação da banana no pé (coloca-se em saco plástico). - Ácido 2-cloro-etil-fosfórico (ETHEL, ETHEFON) é fonte de etileno - A síntese de etileno é uma reação em cascata nos frutos, uma vez formado acelera a formação. 7.2.2. Transpiração Definição: "É o termo biológico aplicado à evaporação da água dos tecidos vegetais através das estruturas anatômicas das frutas. A grande maioria dos produtos perecíveis possuem 75 a 95% de água e a umidade relativa dos espaços intercelulares é muito próximas de 100%, portanto, a tendência é quase sempre o vapor da água escapar dos tecidos, uma vez que a umidade relativa do ambiente é usualmente menos que 100%. A transpiração está em função da diferença de pressão de vapor entre os espaços intracelulares e o meio ambiente, isto é, maior a diferença maior é a transpiração. Tabela: Pressão de vapor em função da umidade relativa e temperatura. (ºC) UR(%) pV (mmHg) A. Fruta.......... 21 ............... 100 ......................19 Ar ................ 0 ............... 100 ....................... 5 B. Fruta ......... 0 ................ 100 ....................... 5 Ar................ 0 ................. 50 ....................... 2 Observa-se na tabela acima que a variação de temperatura ocasiona maior diferença de pressão de vapor do que a variação da umidade relativa, portanto, no armazenamento deve-se usar temperaturas baixas. Aspectos da transpiração A transpiração excessiva pode comprometer seriamente a qualidade das frutas tropicais, quer na sua aparência, tornando-as enrugadas e com colorações opacas, quer na sua textura, fazendo com que elas se apresentem flácidas, moles, murchas ou com aspecto borrachento. A perda da água antecipa a maturação e a senescência de frutos, além de ocasionar perda de peso resultando na violação da lei por não obedecer o peso estabelecido dificultando também a comercialização. As perdas por transpiração podem chegar a 30% durante o período de armazenamento como é o caso do maracujá. Fatores que afetam a transpiração. a) Fatores inerentes a fruta. - Tamanho - maior a superfície maior a transpiração. - Superfície/volume - maior a relação maior a perda de peso. - Estômatos e lenticelas aberturas naturais. - Região de inserção do fruto ao pedúnculo. - presença de cera natural. - pilosidade - retarda a transpiração apesar de aumentar a superfície. b) Fatores ambientais. - Temperatura e umidade relativa quanto menor a temperatura e maior a umidade relativas menos a transpiração. DPV "Déficit de Pressão de Vapor" 100-UR(TºC) DPV = ----------------- x PV(TºC) 100 Redução da transpiração Evitar danos mecânicos Perda de água pela rachaduras Entrada de microrganismos DVP - Minimizar a exposição a grandes DVP Reduzir a temperatura ao mínimo (pré-resfriamento) Colocar em ambientes com alta UR PV - Minimizar o gradiente de PV Não expor as frutas a movimentos desnecessários (UR da Câmara baixa) Encerar as frutas quando possível Utilizar filmes flexíveis 7.2.3. Transformações bioquímicas que ocorrem nas frutas Carboidratos . Hidrólise do amido . Banana (de 20-23% para 1-2%) . Manga (na fase de desenvolvimento - aumento de amido e diminuição de açúcares. Amadurecimento - redutores constante e sacarose 2 a 3 vezes de aumento) Ácidos orgânicos . Sabor devido ao balanço ácido/açúcar . Produto de metabolismo respiratório . Maioria diminui após a colheita exceção da banana. . Diminuição atribuída ao processo respiratório - Substrato preferido. Pigmentos . Clorofila - Amadurecimento - perda de coloração verde, exceto abacates. . Carotenóides - beta-caroteno e licopeno, síntese durante o amadurecimento - pode ser inibido pelo frio, calor ou baixa concentração de oxigênio. . Flavonóides (antocianinas) - vacúolos das células - Fenilalanina-amônia-liase(PAL) - enzima induzida pela luz solar (maracujá é uma exceção). Compostos fenólicos . Catequina, antocinanina, flavonois, ácido cinâmico, fenóis simples. Compostos voláteis. . Alta temperatura - alta produção de compostos voláteis. . Atmosfera controlada - diminui a produção. . Baixo teor de oxigênio e/ou alto de gás carbônico - aromas não se desenvolvem. 7.2.4. Doenças pós-colheita. Podridão por Alternaria. Temperaturas inferiores a 4,5ºC não ocorre. Couve-flor, repolho, brócolos, melão e pepino. Podridão por Antracnose Tratamento com Benlate (0,2%). Manga, banana, abacate, maçãs e melão. Podridão por Botrytis Tratamento com Benlate e Thiabendazol. Morango, pêra e hortaliças folhosos. Podridão por Penicillium. Tratamento com água a 52ºC, solução de 2-amino-butano(1%), Benlate(200 ppm), Thiabendazol(800 ppm). Frutas cítricas Podridão por Rhizopus. Tratamento com temperatura inferior a 6,5ºC ou cloro (100 ppm) ou água quente. Frutas de polpa mole (mamão, melão, caju). 7.3. Perdas pós colheita de hortaliças. Hortaliças de raízes (cenoura, beterraba, cebola, alho, batatinha, batata doce) tem como causas principais de perdas: Danos mecânicos; cura inadequada; tratamento e enraizamento; perda de água; Deterioração microbiana. Hortaliças de folhas (alface, acelga, espinafre, repolho) perdem-se por: Perda de água (murchamento); perda de cor; danos mecânicos; respiração alta; deterioração microbiana. Hortaliças de flores (alcachofra, brócolos, couve-flor) perdem-se por: Danos mecânicos; alteração de cor; abcissão das inflorescências; deterioração microbiana. Hortaliças de frutos (pepino, abobrinha, beringela, quiabo, vagem, pimentão) perdem-se por: Superamadurecimento na colheita; perdas de colheita; danos mecânicos; queima pelo frio; deterioração microbiana. Tabela 15. Vida média de prateleira e perdas estimadas de pós-colheita (KADER,1979) Produto Vida média Perdas estimadas de prateleira pós-colheita (%) Alface, espinafre, cebolinha, cogumelos tomates(maduras) .... 1 semana 25 a 50 Tomates (verdes), beringela ,pimentão, vagem, abobrinha, Quiabo, repolho ........................................................... 1-2 semanas 20 a 40 Cenoura, rabanete, beterraba, batata ........................................ 2-4 semanas 15 a 30 Batata, cebola seca, alho, abóbora, batata doce .................... 4 semanas 10 a 20 7.3.1. Cura de raízes. A cura é um processo que consiste em cicatrizar as feridas produzidas durante a colheita e manuseio e é feita para propiciar o tempo de armazenamento dos produtos. Tabela 14. Umidade Relativa e tempo de cura de alguns raízes. Temperatura Umidade Relativa Tempo de cura (ºC) (%) (dias) Batatinha 15-20 85-90 5-10 Batata-doce 30-32 85-90 4- 7 Inhame 32-40 90-95 1- 4 Mandioca 30-40 90-95 2- 5 Cebola 35-45 60-75 1 Alho 35-45 60-75 1 ou em galpões no campo por 5 a 10 dias 7.4. CAUSAS DE ALTERAÇÃO DOS ALIMENTOS A maioria
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