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SDE0389- FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I Terapia Nutricional Enteral Imunonutrição Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Complexidade dos Nutrientes Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Polimérica Oligomérica Somente com proteínas na forma intacta Quantidade de proteínas hidrolisadas na forma de peptídeos (cadeias de 2 a 50 aminoácidos) superior a 50% do teor de proteína no produto, não podem conter proteínas na forma intacta Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Densidade Calórica Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Categorização Densidade Calórica (kcal/mL) Fórmula Baixa <0,9 Hipocalórica Padrão ≥0,9 -≤ 1,2 Normocalórica Alta >1,2 Hipercalórica Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Densidade calórica- Kcal da formulação/ volume Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de Proteínas Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Classificação Quantidade de Proteína Hipoproteica <10% Normoproteica ≥10%- <20% Hiperproteica ≥20% Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de Água Livre Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Densidade Calórica (kcal/mL) Conteúdo de Água (mL/L de Solução) Conteúdo de Água (%) 0,9 - 1,2 800 - 860 80 - 86 1,3 - 1,5 760 - 780 76 - 78 > 1,5 690 - 710 69 - 71 Waitzberg DL , 2009 Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Osmolaridade Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Classificação Osmolaridade (mOsm) Hipotônica 280 - 300 Isotônica* 300 - 350 Levemente Hipertônica 350 - 550 Hipertônica 550 - 750 Muito Hipertônica > 750 Waitzberg DL , 2009 *Melhor tolerância digestiva Quanto mais componentes hidrolisados > a osmolaridade Osmolaridade- concentração osmótica calculada de um líquido expressa em miliosmoles por litro (mOsm/L) da solução Prescrição Nutricional Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Início da Terapia Nutricional Enteral ESPEN (2006) Período de 24h ASPEN/ SCCM (2016) Período de 24 a 48h da admissão na UTI UTI- Unidade de Terapia Intensiva Fonte: Nestlé Diretrizes são orientações para um generalidade de casos. A tomada de decisão pelo profissional responsável deve levar em conta a individualidade de cada paciente Prescrição Nutricional Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Evolução da Terapia Nutricional Enteral • 1º dia- 1/3 do volume • 2º dia- 2/3 do volume • 3º ao 5º dia- aporte pleno Evolução de acordo com a tolerância gastrointestinal e cálculo das necessidades nutricionais Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé Resíduo Gástrico Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL O resíduo gástrico não deve ser utilizado como parte de uma rotina de cuidados de pacientes na terapia intensiva recebendo nutrição enteral Razão: • Não correlação com incidência de pneumonia • Regurgitação • Aspiração ASPEN/ SCCM, 2016 Métodos de Administração Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL “BOLUS” ou Gavage • 100-300 mL de dieta no estômago com uso de seringa a cada 3-4h GRAVITACIONAL • Contínua: até 24h com uso de equipo de macro gotas • Intermitente: 200-300 mL a cada 3-4h BOMBA INFUSORA • Contínua: 24h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão • Cíclica ou Intermitente: 16-18h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão com período de descanso* *A pausa noturna permite o processo fisiológico de acidificação gástrica, auxiliando no controle da população bacteriana no trato gastrointestinal. Além de permitir maior conforto ao paciente, que pode manter decúbito baixo durante a noite. Waitzberg DL , 2009; EMTN HU/USP, 2014 Posicionamento da sonda Condição clínica Tolerância do paciente Fonte: Nestlé AVALIAR Métodos de Administração Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL “BOLUS” ou Gavage GRAVITACIONAL BOMBA INFUSORA Fonte: Virali Fonte: Nestlé Fonte: Nestlé Administração da Nutrição Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Competência do Enfermeiro • Observar a integridade da embalagem e presença de elementos estranhos ao produto • Checar o rótulo da dieta com a prescrição • Proceder à lavagem das mãos • Confirmar o posicionamento da sonda • Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada • Checar o (mL/h= volume total/ no. de horas) • Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a administração da dieta • Após aberta, a dieta sistema fechado tem validade de 24 h, assim como o equipo Adaptado da Resolução nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA Sistema fechado: irrigar a sonda com 30 a 40 mL de água a cada 4h Recalcular o mL/h caso haja medicação que necessite de jejum Principais Complicações da Nutrição Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Gastrointestinal Mecânica Infecciosa Metabólica Distensão abdominal Obstrução da sonda Pneumonia aspirativa Hiperglicemia Náuseas e vômitos Perfuração do trato gastrointestinal Sinusite Sobrecarga hídrica Diarreia Perda ou migração da sonda Otite média Síndrome de realimentação Hemorragia gastrointestinal Desequilíbrio hidro eletrolítico Complicação Gastrointestinal Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Diarreia é a principal causa de interrupção da dieta em paciente crítico ASPEN/ SCCM, 2016 Fonte: Nestlé Definição: 2 a 3 episódios de fezes líquidas ou > 250 g de fezes líquidas Os consensos de terapia nutricional recomendam fortemente a utilização de protocolos de investigação e manejo da diarreia: Padronizar o conceito Checar a prescrição Se em uso de antibiótico solicitar a pesquisa de Clostridium difficile Checar a história clínica e a condição abdominal por pseudo diarreia (fecaloma) Complicação Gastrointestinal Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Causas não relacionadas à TNE • Medicações (sorbitol; bloqueador H2; antiácidos com magnésio; betabloqueador/digoxina; suplementos com potássio e fósforo ; laxantes; teofilina; antibióticos) • Hipoalbuminemia (provoca edema de mucosa intestinal e diminui absorção) usar formulações isotônicas e concentrar gradualmente a dieta • Atrofia de mucosa • Supercrescimento bacteriano • Insuficiência pancreática • Fecaloma (pseudo diarreia) • Antibioticoterapia prolongada infecção por clostridium difficile colite + diarreia Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Complicação Gastrointestinal Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Causas relacionadas à TNE Contaminação bacteriana rever asboas práticas de preparo e administração Alta osmolaridade administrar dieta isotônica Dieta sem fibras incluir fibra solúvel Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Desmame da Terapia Nutricional Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL A ingestão diária média de energia e proteínas não excedeu 50% das necessidades diárias em todos os 7 dias para toda a população Capacidade de atender as necessidades nutricionais por via oral Avaliar risco nutricional Adequação da ingestão oral em doentes críticos 1 semana após a extubação Peterson SJ et al, 2010 Avaliação Dinâmica da Deglutição Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EMTN HU/USP, 2014 SNE- sonda nasoenteral, GTT- gastrostomia, VO-via oral Desmame da Terapia Nutricional Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL TNE- terapia nutricional enteral < 25% de aceitação oral Manter 100% da TNE ≥25% e < 50% de aceitação oral Manter 75% da TNE ≥50% e < 75% de aceitação oral • Manter 50% da TNE ≥75% de aceitação oral • Suspender a TNE • Avaliar a ingestão hídrica Fonte: Nestlé EMTN HU/USP, 2014 Monitorização Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Controle Clínico Frequência Avaliação nutricional 10 em 10 dias Balanço calórico e proteico diário Exame físico e balanço hidro eletrolítico diário Volume e aspecto das fezes diário Observação das complicações sempre que necessário Monitorização Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Controle Laboratorial Frequência Hemograma, glicose, ureia, creatinina, sódio, potássio, fósforo, magnésio semanal Proteínas totais e frações; lipidograma quinzenal Ureia urinária/24h quinzenal Assistência Domiciliar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Atribuições do Nutricionista na Assistência Domiciliar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Formular a prescrição dietética com base nas necessidades nutricionais e via de acesso Selecionar e/ou elaborar a formulação enteral de acordo com a condição clínica e financeira do paciente Orientar e treinar os familiares e os cuidadores Avaliar a tolerância da formulação prescrita e a eficácia da terapia nutricional Avaliar as possíveis interações fármaco-nutrientes com base na prescrição médica Realizar evolução dietoterápica de maneira clara no prontuário Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Indicador de Qualidade em Terapia Nutricional Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EMTN HU/USP, 2014 Indicador de frequência da medida ou estimativa do gasto energético e necessidades proteicas em pacientes em TN TN- terapia nutricional, EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional Indicador de Qualidade- método de avaliação da assistência nutricional Considerações Finais Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL A formulação enteral só deve ser liberada para administração, após confirmação do posicionamento da sonda (raio-x de abdome) pelo médico e/ou enfermeira A solicitação de exames laboratoriais para avaliação da terapia nutricional enteral deve acontecer em consenso com o médico (EMTN/rotina) e, deve ser avaliado a necessidade de inclusão de outros parâmetros de acordo com a condição clínica do paciente Implementar protocolos adequados à sua instituição EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 1. Sobre medidas para aumento da tolerância/efetividade na oferta da terapia nutricional, assinale a alternativa VERDADEIRA a) Use estratégias de infusão baseadas no mL/h b) Meça rotineiramente o volume residual gástrico e considere volumes de corte de até 500 mL c) Acrescente de modo escalonado e progressivo as medidas de otimização da tolerância à nutrição enteral d) Não interrompa a alimentação enteral em caso de diarreia e) Dentição, baixa relação número de enfermeiro/paciente, alimentação em bolus e frequência de transporte intra-hospitalar não estão associados a maior incidência de bronco aspiração Resposta Certa: _________ Falcão H, 2016 Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 1. Sobre o tipo de fórmula no paciente grave, assinale a alternativa VERDADEIRA a) O paciente grave deve sempre iniciar com fórmula peptídica b) A fórmula enteral imunomoduladora está indicada para pacientes graves cirúrgicos e sépticos graves c) A fórmula polimérica deve ser a primeira escolha no paciente séptico grave d) O uso de probióticos não mostrou benefício na redução da ocorrência de pneumonia associada a ventilação mecânica, colite pseudomembranosa e diarreia associada a antibiótico e) A suplementação de poli vitamínicos não altera o desfecho em pacientes graves em uso de terapia nutricional Resposta Certa:________ Falcão H, 2016 Bibliografia Complementar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª ed. Editora Manole , 2009. Cap.: 19 (págs.: 435- 437). Waitzberg, D L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Editora Atheneu, 2009. Manual da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - HU/USP, 2014. Guidelines ASPEN/SCCM 2016. Resolução nº 63- 06 de julho de 2000- ANVISA. Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA. Peterson SJ, Tsai AA, Scala CM, Sowa DC, Sheean PM, Braunschweig CL. Adequacy of oral intake in critically ill patients 1 week after extubation. J Am Diet Assoc. 2010 Mar;110 (3):427- 33. Bibliografia Complementar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Bibliografia Complementar Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Atividade Estruturada Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I AULA V: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL http://www.avanteead.com.br/ Resumo do Módulo Assuntos da próxima aula: 1. Nutrição parenteral total 2. Indicações e contra indicações 3. Monitorização 4. Complicações
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