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Organização Anatômica e Funcional do Aparelho Estomatognático Profª Vania Loureiro Aparelho Estomatognático È uma entidade fisiológica, funcional, integrada por órgãos e tecidos, cuja biologia e fisiopatologia são absolutamente interdependentes, envolvidos nos atos funcionais como: › mastigação, › deglutição, › fonação, › expressão e estética facial, › postura da mandíbula, da língua e do osso hióide, › e nos atos parafuncionais como: apertamento dentário e bruxismo. Componentes anatômicos › ossos fixos da cabeça, › mandíbula, › hióide › as clavículas e o esterno, › os músculos da mastigação, deglutição, expressão facial e posteriores do pescoço › as articulações dento-alveolar (periodonto), e temporomandibular (ATM) e seus ligamentos › os sistemas vasculares e nervoso › os dentes, › a língua, › os lábios, › as bochechas › glândulas salivares. Unidades Fisiológicas Básicas Indivíduo AE 4 unidades fisiológicas básicas › As articulações temporomandibulares › A oclusão dentária › O periodonto › O sistema neuromuscular Articulação Temporomandibular- ATM Articulação sinovial Durante o seu desenvolvimento, os côndilos e as fossas vão se remodelando continuamente através da transição da dentição temporária para a permanente e mesmo quando da perda desta última, como resposta adaptativa, às características específicas destas dentições As ATMs são consideradas unidades fisiológicas básicas, pois são referências para reabilitação do sistema estomatognático, além de serem fundamentais durante o movimento. Oclusão Estudo das relações estáticas e dinâmicas entre as superfícies oclusais, e entre estas e todos os demais componentes do sistema estomatognático. Funcionalmente isto ocorre durante a fala, a mastigação e a deglutição A oclusão é considerada uma das unidades fisiológicas básicas, pois a superfície oclusal é quem primeiro recebe o impacto durante a função. Uma oclusão é fisiológica quando apresenta harmonia entre os determinantes anatômicos e as unidades fisiológicas do Aparelho Estomatognático, não gerando patologias aos tecidos. É considerado maloclusão os contatos oclusais antagônicos ou adjacentes dos dentes que estão em desarmonia com os determinantes anatômicos e unidades fisiológicas do AE. “Maloclusão” › O termo “Maloclusão” não significa saúde ou doença, e sim dentes mal posicionados ou desalinhados. › Muitas pessoas apresentam uma maloclusão, mas se adaptam a ela não apresentando sinais patológicos. › Entretanto na presença de desarmonia a oclusão será patológica, quando gera danos aos tecidos. Dentes › Os dentes posteriores têm como funções: mastigação, ponto de apoio da mandíbula durante a deglutição, manutenção da dimensão vertical de oclusão, transmissão e dissipação das forças axiais, e a proteção aos dentes anteriores e das articulações temporomandibulares, quando do fechamento mandibular, na posição de oclusão em relação cêntrica - ORC. › Os dentes anteriores têm como funções: estética, fonética, apreensão e corte dos alimentos, e proteção dos dentes posteriores e ATMs nos movimentos excêntricos da mandíbula. Periodonto Considerado uma das unidades fisiológicas básicas já que as forças que incidem sobre os dentes são transmitidas aos ossos através das fibras periodontais O equilíbrio entre as forças que incidem sobre os dentes e a reação biológica adequada dos tecidos do periodonto de sustentação, cemento, fibras periodontais e osso alveolar mantêm a integridade das estruturas Sistema Neuromuscular O sistema neuromuscular é considerado fator preponderante nas funções do sistema estomatognático, pois os músculos excitado pelos nervos, constituem a parte ativa que origina as forças necessárias às funções a que se destinam. As demais unidades representam os elementos passivos encarregados de permitir (ATMs); receber (oclusão) e transmitir (periodonto), a ação das forças Sistema Muscular É o responsável pelo movimento. O excesso de função ou a função indevida pode gerar fadiga durante uma parafunção Um distúrbio oclusal poderá gerar desconforto muscular intolerável, precipitando uma patologia. Contrações musculares › Isotônica: quando o músculo, ao se contrair, tem somente um de seus extremos de inserção fixo, se encurta sem aumentar a tensão de suas fibras (ex.: abrir e fechar a boca). › •Isométrica: quando o músculo, ao se contrair, tem os dois extremos de inserção fixos; não podendo se encurtar, gera um aumento da tensão de suas fibras (ex.: hábito de apertamento dentário ou bruxismo). Sistema Nervoso Funções básicas: › Manutenção da constância do meio interno (homeostase) através de funções vegetativas que asseguram sua organização. › Emissão de comportamentos que são funções globais do organismo no meio em que vive. Neurofisiologia bucal É a parte da biologia que explica os mecanismos a serem explorados como recursos terapêuticos. A neurofisiologia se desenvolve em três etapas definidas: › 1. Percepção do Estímulo Sensorial. › 2. Integração no SNC. › 3. Reação Motora (na forma de contração muscular e/ou função glandular). 1. Percepção do estímulo sensorial É o mecanismo pelo qual o SNC se mantém informado das condições internas e externas existentes no organismo duas fases: › a recepção do estímulo por meio dos receptores nervosos › a condução do estímulo até o SNC por meio das vias condutoras aferentes (sensorial). Receptores nervosos › São terminações nervosas sensoriais, especializadas e sensíveis a determinados estímulos. › Em geral, cada tipo de receptor só responde a um determinado tipo de estímulo e pouco ou quase nada de outros 2. Integração ao SNC Ocorre a partir da produção de um estímulo ao SNP captado por um receptor específico Se inicia uma via ascendente (pelos nervos sensoriais, aferentes) até o SNC especificamente até o córtex sensorial, através dos constituintes do sistema nervoso (cerebelo, tálamo, e outros.), O estímulo é identificado, tornando-se consciente. 3. Reação motora Inicia-se após a integração de um estímulo ao córtex sensorial do cérebro. O impulso motor gerado inicia uma via descendente, através dos vários constituintes do sistema nervoso até o executor correspondente. Arcos reflexos Mecanismo neuromuscular inconsciente, cuja ação motora se produz sem intervenção do córtex cerebral, de forma automática que são os arcos reflexos Ex: a brusca parada da mastigação, quando se morde uma pedra ou algo estranho misturado ao alimento.
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