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Lingua Portuguesa III

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2
oficina
Oficina
Disciplina 
Língua Portuguesa III - Parte II
Autora
Profª. Márcia Arouca
 
3
oficina
Aula 10 - Presença da “voz”do resenhador e da “voz” do autor do texto
Objetivo: Conhecer a “voz” do resenhador e a “voz” do autor do texto.
 Uma das características mais destacadas das resenhas é que apresentam “vozes” interagindo: a voz 
do resenhador e a voz do autor do texto resenhado, na perspectiva do resenhista. Algumas vezes a voz 
do autor da obra aparece em forma de citação direta, com a utilização de aspas “ ”; outras vezes, em 
forma de relatos do autor da resenha, através do uso de verbos como retrata, mostra, expressa, afirma, 
entre outros.
MODELO: Leitura, fragmentos e preenchimento de quadro
Fragmento 1: 
Vigiar e Punir...
Duas formas de poder são apresentadas à luz do direito penal: nos regimes absolutistas, é delineado 
um poder que se exercia e se reafirmava por meio do severo exercício da punição; no mundo emergente 
pós-revolução francesa, vemos a caracterização daquilo que Foucault chama de sociedade disciplinar, 
uma modalidade de poder que perduraria até nossos dias e que tem como viés em relação ao direito 
penal a preocupação com o vigiar e disciplinar.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoHkAB/vigiar-punir-michel-foucault
Fragmento 2: 
Aventuras de ‘Tintim’ são a nova magia de Spielberg
Filme de Steven Spielberg venceu o Globo de Ouro de 
melhor animação e concorre a diversos outros prêmios
19 de janeiro de 2012 | 11h 53
Uma vez, Steven Spielberg descreveu Tintim, o 
personagem criado nos quadrinhos do desenhista 
belga Hergé (1907-1983), como “o Indiana Jones para 
crianças”. Nada mais lógico, portanto, que o diretor 
americano um dia se dedicasse a levar para a tela a 
história, o que ele faz com grande fidelidade ao visual 
original em As aventuras de Tintim. 
Tintim forma dupla com o capitão Haddock 
4
oficina
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,aventuras-de-tintim-sao-a-nova-magia-
de-spielberg,824633,0.htm
Voz do autor da resenha Voz do autor da obra
Fragmento 1
No mundo emergente 
pós-revolução francesa 
vemos a caracterização 
daquilo.... ...
...que Foucault chama 
de sociedade disciplinar. 
(citação indireta ou 
discurso relatado)
Fragmento 2
Nada mais lógico, 
portanto, que o diretor 
americano um dia se 
dedicasse a levar para a 
tela a história, o que ele 
faz com grande fidelidade 
ao visual original em As 
aventuras de Tintim. 
Uma vez, Steven 
Spielberg descreveu 
Tintim, o personagem 
criado nos quadrinhos do 
desenhista belga Hergé 
(1907-1983) – discurso 
relatado.
"o Indiana Jones para 
crianças" – citação direta.
Exercício 1: 
Leia os fragmentos de resenhas e preencha o quadro, como foi feito no modelo apresentado. 
Fragmento 1: 
Ensaio capta a utopia e a dor do Brasil que não somos 
HELOISA MARIA MURGEL STARLING 
especial para a Folha 
Cerca de meio século passado, o que torna o livro de Fernando de Barros 
e Silva, editor de Brasil, “Chico Buarque”, um dos melhores trabalhos já 
escritos sobre a obra do artista é precisamente o esforço de trazer à tona, 
como fio unificador de uma obra imensa e variada, o projeto de construção 
de uma narrativa musical e literária sobre os descompassos dessa 
nacionalidade permanentemente deslocada, sempre em trânsito, sempre 
distante daquilo que é comum. Descompassos que na obra de Chico vão 
Livro Interpreta Chico 
Buarque e revela a 
extensão de sua obra
5
oficina
contaminando os princípios formadores da sociedade brasileira até hoje. 
Organizado sob a forma do ensaio, “Chico Buarque” é construído em torno de uma ideia: tentar desvendar 
em palavras e imagens a metáfora de Brasil implícita na produção do artista. Essa capacidade de dizer 
o país dentro de uma perspectiva não convencional, argumenta Barros e Silva, está constituída sempre 
a partir das margens, num deslocamento de significado, por exemplo, entre o que virá e não vem, entre 
o que é tão recente que permanece à espera de conclusão, tão deteriorado que também não conseguiu 
envelhecer. Ou ainda, entre o que poderia ter sido e que, por falta de história, coube à imaginação do 
artista inventar. 
Fragmento 2: 
Baboseira pura
Frei charlatão defende que creme de babosa é remédio contra 
o câncer
[...] Apesar de incluir um capítulo sobre a composição química 
da babosa, o livro de frei Romano Zago parece ter sido escrito 
no século XVII, quando os jesuítas cavavam raízes para curar 
gases e picadas de cobra. Os jesuítas pelo menos tinham 
pretensões racionais, enquanto o frei age como um pajé. Sua 
fé no mingau de babosa é inabalável (apesar da diarreia que 
provoca), mas ele não deixa de lembrar que outros remédios 
para o câncer também estão disponíveis, entre os quais água, urina, urtigão, muçurum e cal misturada 
com azeite. Só mesmo a medicina é olhada com desconfiança — ainda que o padre, benevolamente, se 
preocupe em não “humilhar a benemérita classe médica”. Frei Zago chega a sugerir 
uma conspiração para manter elevado o número de cancerosos, o que enriqueceria 
os hospitais e eliminaria os pobres. Isto, para dizer que, além de todas as vantagens, 
seu remédio ainda tem mais esta: é baratíssimo e está ao alcance de todos. Não 
bastasse o tema, o estilo de Romano Zago é gorduroso e enjoativo, a ponto de ser 
perigoso para a saúde. Em resumo: não existe palavra melhor para descrever o livro 
do que... baboseira.
Zago: ideias do século XVII e 
atitude de pajé
Foto: Fernanda 
Davoghio
6
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Fragmento 3: 
História sem graça
A precariedade das nossas escolas cria fenômenos curiosos. A Viagem do Descobrimento (editora 
Objetiva; 137 p., R$16,00) do jornalista Eduardo Bueno, entrou para a lista dos mais vendidos..... é 
uma história asséptica, de múltipla escolha, sem riscos, em que o passado não tem influência sobre 
o presente. Nas raras ocasiões em que Bueno ousa afirmar alguma coisa, logo se arrepende. Por 
exemplo: ele avança a teoria “irrefutável”de que Pizón teria sido o primeiro navegador europeu a atingir 
o Brasil. Três páginas adiante, a teoria já lhe parece “a mais provável”. Desse jeito, História não tem 
graça. [...]
Diego Mainardi. Revista Veja. 09 de dezembro de 1998.
Voz do autor da resenha Voz do autor da obra
Fragmento 1 – Ensaio 
capta a utopia e a dor do 
Brasil que não somos 
Fragmento 2 – Baboseira 
Pura
7
oficina
Fragmento 3 – História 
sem graça
Aula 11 - Exercícios de fixação
Objetivo: Analisar as resenhas: títulos, assunto, referência ao autor da obra resenhada e citações; 
análise de resenhas: seleção linguística de verbos e definição de objetivo da resenha.
Exercício 1: 
Leia os textos e preencha os quadros
Texto 1:
O sonho de Einstein 
O jornalista de ciências italiano Pietro Greco questiona o consenso entre os acadêmicos segundo o 
qual o melhor da produção de Albert Einstein (1879-1955) a se concentra entre 1905 e 1917, quando 
ganhou o Nobel. Para o autor, é falsa a ideia de que Einstein “tenha perdido o interesse pela pesquisa de 
vanguarda” ou tenha tentado impedir “o desenvolvimento das ideias novas que, apesar dele, avançavam 
vigorosamente”.
Editora UNICAMP/trad. Letizia Zini/152 p./R$ 36,00
 
8
oficina
Texto 2:
Mundos Roubados 
Quatro anos depois de “Senhor Pip” tornar-se a surpresa entre os finalistas do Man Booker Priz (que 
naquele ano acabou ficando com “O Encontro”, de Anne Enright), sai no Brasil o mais recente romance 
do autor, o neozelandês Lloyd Jones. Por meio de inúmeras vozes narrativas, ele constrói a história de 
Inês, a arrumadeira de hotel tunisiana que parte ilegalmente para a Europa em busca do filho que o pai 
traficou. Rocco/ trad. Lea Viveiros de Castro/ 288 p. R$37,50.
Texto 3:
A Festa do SéculoComédia burlesca e crítica social à Itália de Berlusconi se misturam nesse romance de Niccolò Ammaniti 
– revelação da literatura italiana com “Não tenho medo” –, no qual uma seita invade uma festa da alta 
sociedade para realizar rituais satânicos. Bertrand Brasil/ trad. Joana Angélica d”’Avila Melo / 336p. 
R$39,00.
Texto 4:
A Geração superficial 
Chega ao Brasil o polêmico livro em que Nicholas Carr expõe sua tese de que a “internet está nos 
deixando mais burros”. Para ele, a rede inibe o treino do cérebro para a reflexão e introspectiva própria 
da leitura de livros, e o emprego intensivo de computadores nas escolas deveria ser coibido. Agir. Trad. 
Mônica Gagliotti Fortunato Friaça/ 384p. R$49,90.
Título da 
resenha
Assunto 
(resumo)
Referência ao 
autor da obra 
resenhada
Citações diretas 
(“ ”) ou relatadas
Texto 1
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Texto 2 
Texto 3
Texto 4
Título da 
resenha
Verbos descritivos
Verbos 
narrativos
Verbos 
avaliativos
Objetivo
Texto 1
O sonho 
de 
Einstein
.
10
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Texto 2
Mundos 
roubados
Texto 3 
Texto 4
11
oficina
 
Aula 12 e 13 - Macroestrutura e resenha
Objetivo: Conhecer a macroestrutura da Resenha: introdução, desenvolvimento, conclusão.
Na introdução, fazemos a apresentação com informações sobre o autor e sobre o objeto a ser resenhado, 
inserindo-os em um contexto histórico e social. 
Já no desenvolvimento, ressaltamos as informações mais importantes sobre o objeto resenhado 
(resumo) e inserimos uma tese, ou seja, a base do texto – a ideia a ser discutida. É o momento de 
elaborarmos os argumentos, estabelecendo relações e comparações entre objetos e evidenciando a 
crítica, a apreciação, a qual persuadirá o leitor. Podemos, também, dar sugestões ao autor, desde que 
as justifiquemos. 
Na conclusão, retomamos a introdução e o desenvolvimento. O texto deve ser concluído sem que nada 
de novo seja inserido, mas é fundamental deixarmos a apreciação final. Faça uma gentileza ao leitor e 
não revele o desfecho, para não perder o caráter surpresa caso ele decida ler o livro, assistir ao filme 
etc. 
A resenha é uma produção completa: deve conter as informações mais importantes sobre o objeto 
(resumo) e argumentos que o avaliem, sendo, portanto, um trabalho que exige maturidade intelectual, 
como você já observou nas resenhas trabalhadas. O objetivo da resenha é fazer uma análise crítica, 
avaliando e dando informações sobre o objeto resenhado, a fim de ajudar o leitor a tomar uma decisão; 
por essa razão, é fundamental uma avaliação criteriosa por parte de quem elabora a resenha.
Essas orientações indicam que todo texto tem determinada estrutura e elementos linguísticos que o 
organizam diferentemente, por isso, podemos dizer que escrever não é um ato de pura inspiração, mas 
de conhecimento e prática. O conhecimento das partes e dos elementos que compõem determinado 
tipo texto implica sucesso, ou não, da produção do autor. 
Ao finalizar a resenha, faça uma revisão. Lembre-se de que escrever é um ato responsável, por isso seu 
texto deve apresentar coerência e coesão e o uso da linguagem na norma (variante) padrão. O quadro 
1 sintetiza o processo de elaboração da resenha.
REFERÊNCIA (dados do autor, publicação, local, editora, ano, exposição etc. Esses dados 
dependem do objeto resenhado).
TÍTULO (deve ser criativo, diferente do título da obra). 
INTRODUÇÃO (apresentação com informações sobre o autor e sobre o objeto a ser 
resenhado, inserindo-os em um contexto histórico e social). 
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DESENVOLVIMENTO (resumo do texto /filme/livro etc. e inserção de tese e argumentos). 
CONCLUSÃO (fechamento do texto, retomando a introdução, o desenvolvimento e a 
apreciação final).
Agora, você vai ler uma resenha que apresenta um tom mais acadêmico, e acompanhará a identificação 
da macroestrutura dessa resenha. Vai também perceber porque temos insistido no fato de que a resenha 
exige, sob certa medida, um determinado amadurecimento intelectual. 
CUNHA, Rodrigo. A guerra do fogo. Disponível em: <http://www.comciencia.br>. Acesso em: 25 out. 
2009. 
Resenha: 
A Guerra do Fogo (La Guerre du feu, 1981, FRA/CAN) Dir.: Jean-Jacques Annaud. Com: Everett 
McGill, Rae Dawn Chong, Ron Perlman, Nameer El Kadi. 
por Rodrigo Cunha
Um dos temas que envolvem a discussão sobre a naturalidade da 
linguagem falada é o que versa sobre a sua origem. O filme A Guerra 
do Fogo, de Jean-Jacques Annaud, é uma interessante especulação a 
esse respeito, e ajuda a refletir sobre a questão.
O filme trata de dois grupos de hominídeos pré-históricos: um que cultuava 
o fogo como algo sobrenatural e outro que dominava a tecnologia de 
fazer o fogo. Em termos de linguagem, o primeiro não está muito longe 
dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade 
vocálicos. Esse tipo de comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a 
origem das línguas, como a primeira manifestação de linguagem no homem, que é a expressão de suas 
paixões, como a dor e o prazer. Já o segundo grupo parece ter uma comunicação mais complexa, com 
maior número de sons articulados. Há outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam 
um maior grau de complexidade do segundo grupo com relação ao primeiro.
No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um 
determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas 
mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, 
o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a 
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oficina
sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele 
descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.
Assim como, ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres (antes usadas principalmente na 
locomoção) e descobriu que poderia usá-las para manipular as coisas; assim como, ao tornar-se Homo 
Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio; da 
mesma forma, descobriu que os órgãos utilizados para funções vitais como a respiração e a digestão, 
também serviam para emitir sons. A partir do momento em que aprendeu a diversificar os sons através das 
articulações, conseguiu aumentar as possibilidades de combinação entre eles. Uma vez estabelecidas 
determinadas convenções entre os seus semelhantes, possibilitou-se a troca de informações (como a 
tecnologia de fazer o fogo) de um indivíduo para o outro.
A sofisticação da linguagem serviu para facilitar a comunicação de uma informação complexa, talvez 
não expressável meramente pelo gesto. Portanto, como diria o pai da Linguística Moderna, Ferdinand 
de Saussure, “não é a linguagem que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, 
vale dizer: um sistema de signos distintos correspondentes a ideias distintas”.
As divagações acima são apenas leituras possíveis do interessante filme de Annaud. E os indícios 
linguísticos (a distinção entre a linguagem de uma tribo e de outra) foram pensados pelo foneticista 
Anthony Burgess, que assina o roteiro. Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi 
adaptado para o cinema por Stanley Kubrick. 
A Guerra do Fogo, com roteiro de Burgess e direção de Annaud, pode ser monótono e cansativo para 
quem não tem curiosidade pelo tema. Mas aqueles que se interessam não só pela origem da linguagem, 
mas pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias, irão apreciar o filme.
Modelo de macroestrutura de resenha
INTRODUÇÃO: 
Um dos temas que envolvem a discussão sobre a naturalidade da linguagem falada é o que versasobre 
a sua origem. O filme A Guerra do Fogo, de Jean-Jacques Annaud, é uma interessante especulação a 
esse respeito, e ajuda a refletir sobre a questão.
OU (você pode indicar as partes do texto com as primeiras e últimas palavras)
Início: “Um dos temas que envolvem...”
Término: “... a refletir sobre a questão”.
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oficina
DESENVOLVIMENTO:
O filme trata de dois grupos de hominídeos pré-históricos: um que cultuava o fogo como algo sobrenatural 
e outro que dominava a tecnologia de fazer o fogo. Em termos de linguagem, o primeiro não está muito 
longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade vocálicos. Esse tipo de 
comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a origem das línguas, 
como a primeira manifestação de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões, como a 
dor e o prazer. Já o segundo grupo parece ter uma comunicação mais complexa, com maior número de 
sons articulados. Há outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam um maior grau 
de complexidade do segundo grupo com relação ao primeiro. (RESUMO)
No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um 
determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas 
mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, 
o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a 
sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele 
descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.
Assim como, ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres (antes usadas principalmente na 
locomoção) e descobriu que poderia usá-las para manipular as coisas; assim como, ao tornar-se Homo 
Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio; da 
mesma forma, descobriu que os órgãos utilizados para funções vitais como a respiração e a digestão, 
também serviam para emitir sons. A partir do momento em que aprendeu a diversificar os sons através das 
articulações, conseguiu aumentar as possibilidades de combinação entre eles. Uma vez estabelecidas 
determinadas convenções entre os seus semelhantes, possibilitou-se a troca de informações (como a 
tecnologia de fazer o fogo) de um indivíduo para o outro.
A sofisticação da linguagem serviu para facilitar a comunicação de uma informação complexa, talvez 
não expressável meramente pelo gesto. Portanto, como diria o pai da Linguística Moderna, Ferdinand 
de Saussure, “não é a linguagem que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, 
vale dizer: um sistema de signos distintos correspondentes a ideias distintas”.
Início: “No que concerne a...”
Término: “... correspondentes a ideias distintas.”
CONCLUSÃO (Avaliação)
As divagações acima são apenas leituras possíveis do interessante filme de Annaud. E os indícios 
linguísticos (a distinção entre a linguagem de uma tribo e de outra) foram pensados pelo foneticista 
Anthony Burgess, que assina o roteiro. Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi 
15
oficina
adaptado para o cinema por Stanley Kubrick. 
A Guerra do Fogo, com roteiro de Burgess e direção de Annaud, pode ser monótono e cansativo para 
quem não tem curiosidade pelo tema. Mas aqueles que se interessam não só pela origem da linguagem, 
mas pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias, irão apreciar o filme.
Início: “As divagações acima são apenas...”
Término: “.. e das tecnologia, irão apreciar o filme.”
Nem todas as resenhas podem ser divididas, assim, de modo quase linear. Mas, às vezes, acontece. 
Você pode começar desse modo e, depois, ir modificando o início de seus textos, fazendo referências 
jocosas (engraçadas), referências a outras obras, indicando de imediato o nome do livro e ou de outros 
livros e assim por diante. Você também encontra resenhas compostas por apenas um parágrafo, mas 
lendo-a podemos identificar o início, o resumo (desenvolvimento) e a conclusão (recomendação ou não 
do resenhador ou resenhista)
Exercício 1: Nesta resenha acadêmica o autor faz algumas referências. Procure as referências citadas:
a) Rousseau: 
b) Ferdinand de Saussure: 
c) homo erectus: 
d) homo sapiens: 
16
oficina
d) Stanley Kubrick. 
Aula 14 e 15 - Macroestrutura da resenha
Objetivo: Aprofundar os conhecimentos sobre a macroestrutura da resenha.
Exercício 1: 
Com base no modelo da aula anterior (A guerra do Fogo, de Rodrigo Cunha), identifique introdução, 
desenvolvimento e conclusão nas resenhas que seguem: 
(Livro é essencial para entender a produção brasileira do século 20, de Mara Gama e Amanhecer, de 
Ana Lúcia Santana).
Resenha 1:
Crítica artes plásticas (Folha Ilustrada, E1 26 de janeiro de 2012)
Livro é essencial para entender a produção brasileira do século 20
MARA GAMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
Ser o mais abrangente compêndio de design gráfico sobre o país já faz do livro de Chico Homem de 
Melo e Elaine Ramos um trabalho essencial para quem se interessa pela cultura visual brasileira. 
Mas, sobre uma pesquisa extensiva – cujos detalhes estão no capítulo “Crônica do 
Processo de Trabalho” –, houve uma seleção criteriosa nas qualidades expressivas 
de cada peça, aberta à contaminação dos contextos técnicos e históricos. 
 
Como resultado, o livro, pensado inicialmente como apêndice da prestigiosa “História do Design Gráfico”, 
de Philip Meggs e Alston Purvis, tem mais vocação para atingir o público não especializado do que o seu 
modelo original, tanto pela abordagem cultural como pelos textos analíticos, concisos e leves.
17
oficina
 
Revistas, livros, jornais, cartazes, capas de disco, sinais, selos e cédulas foram os grandes grupos 
de peças escolhidas para contar a história da criação gráfica no país a partir da vinda da família real 
portuguesa e a consequente autorização para impressão local, em 1808.
Incluir a produção anterior à difusão do conceito de design – que se dá nos anos 1950 e 1960 – sinaliza 
uma perspectiva aberta. A mesma adotada por Rafael Cardoso em “O Design Brasileiro Antes do Design 
– 1870 - 1960”, publicado em 2005, também pela Cosac Naify.
 
CAPAS SATÍRICAS 
 
As 1.500 peças que figuram nesta “Linha do Tempo” são apresentadas com autor, datação e análise da 
composição. Dez capítulos panorâmicos exploram a produção de cada período histórico.
Para o público em geral, “Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil” é um saboroso passeio pelos 
repertórios de várias gerações. Estão ali desde as capas satíricas de Angelo Agostini para o jornal 
“Don Quixote”, ainda no século 19, os memoráveis periódicos “O Malho”, “A Maçã”, “Para Todos”, 
“O Cruzeiro”, e trabalhos de ilustradores como J. Carlos, K. Lixto, Paim, Belmonte, Di Cavalcanti. 
Há desde marcas e logotipos dos anos 1960, 1970 e 1980, de Aloisio Magalhães, Alexandre Wollner 
e Cauduro e Martino, até famílias de tipos dos anos 1990, como a “Quadrada”, de Priscila Farias, e a 
“Piercing”, de Julio Dui. 
 
Para quem quer estudar o tema, Chico Homem de Melo aponta lacunas de informação que sugerem 
bons temas de pesquisa. 
 
LINHA DO TEMPO DO DESIGN GRÁFICO NO BRASIL
ORGANIZAÇÃO Chico Homem de Melo e Elaine Ramos
EDITORA Cosac Naify
QUANTO R$ 198 (744 págs.)
Avaliação: ótimo 
Disponível em: http://sergyovitro.blogspot.com/2012/01/evolucao-em-revista.html
18
oficina
Exercício: identificação de macroestrutura de resenha.
INTRODUÇÃO:
Início: “Ser o mais abrangente compêndio...”
Término: “... dos contextos técnicos e históricos.”
DESENVOLVIMENTO
Início: “...Como resultado, o livro, pensado...”
Término: “...a produção de cada períodohistórico.”
CONCLUSÃO: 
Início: “Para o público em geral...”
Término: “... bons temas de pesquisa.”
Resenha 2:
Amanhecer 
Por Ana Lucia Santana
Fonte
Ler Amanhecer é como mergulhar em um 
universo de mitos que nos envolve de tal 
maneira que, subitamente, ele se transforma 
na única realidade possível. Nesta sequência 
final da série Crepúsculo, a trama se torna 
ainda mais eletrizante, as hesitações se 
definem, escolhas são realizadas e o leitor 
finalmente saberá se Bella, a protagonista 
da saga, optará por continuar humana ou se 
converterá definitivamente em vampira. 
No final de Eclipse – volume anterior –, Bella ainda está dividida entre dois amores distintos, ambos do 
circuito mítico – o vampiro Edward e o lobisomem Jacob. Ela ainda vacila, também, entre sua condição 
humana e o seu futuro como vampira, pesando em sua balança interior o que conquistará e o que 
19
oficina
perderá com suas escolhas.
Em Amanhecer uma nova jornada a aguarda, um casamento que a apavora, seu distanciamento da 
família, especialmente do pai, Charlie, e a imprevisível lua de mel, da qual ela não sabe o que realmente 
esperar. Tudo é mistério e incógnitas diante de si. Por outro lado, Jacob, seu melhor amigo, igualmente 
aspirante ao seu coração, está desaparecido, transfigurado em forma de lobo, fugindo desesperadamente 
diante da possibilidade de perder seu grande amor.
Bella se refugia em suas fantasias, imaginando como será seu mundo ao lado de Edward, tentando 
conceber a si mesma como vampira, buscando a autoconfiança que não a ampara em sua identidade 
humana. Ela segue adiante e se torna a Senhora Cullen, cheia de expectativas e esperanças, embora 
sua felicidade ainda esteja incompleta, pois sabe o quanto Jacob está infeliz.
A partir desta escolha de Bella, tudo pode acontecer, até mesmo o que o leitor jamais poderia esperar. 
E quando tudo parece se encaminhar para a resolução dos sentimentos envolvidos neste triângulo 
amoroso, e as feridas parecem começar a cicatrizar, a trama toma novamente um rumo inesperado, que 
pode não só mudar o mundo dos vampiros e dos lobisomens, mas até mesmo destruí-los.
Stephenie Meyer inova neste romance ao deixar de lado o ponto de vista único, protagonizado por Bella, 
e ao criar, a exemplo do que já tentara em Eclipse, uma visão multíplice, ao incluir a voz de Jacob na 
narrativa. Esta é completamente subvertida ao assumir o ângulo do outro vértice do triângulo, ao revelar 
a forma como ele vê os outros personagens e o próprio enredo. É possível que o leitor até se esqueça 
de que, até então, a trama era conduzida pelas lembranças de Bella.
Sob este ponto de vista, é possível perceber que as escolhas de Bella não transformaram definitivamente 
apenas o universo dos Cullen, mas também, e principalmente, o clã dos lobos. Com o desenrolar 
dos acontecimentos, o líder deles, Sam, vê sua autoridade, adotada por falta de um alfa legítimo, ser 
contestada por Jacob, que está naturalmente destinado a ocupar esta posição. Depois deste passo 
decisivo, nada mais será como antes. O clã está inevitavelmente fissurado.
Neste volume, todos os mistérios e tramas habilmente dispostos ao longo da saga são finalmente 
decifrados e solucionados. Mas, até chegar a esta conclusão assombrosa, o leitor terá que se munir de 
nervos de aço, pois a história se desenrola de tal forma, que ele não deve estranhar se não conseguir 
respirar, se não depois que alcançar a margem extrema desta série. Ou seja, quando finalmente 
amanhecer.
Disponível em: http://www.infoescola.com/livros/amanhecer/
Exercício: identificação da macroestrutura da resenha.
20
oficina
INTRODUÇÃO:
Início: “Ler Amanhecer é como mergulhar em...”
Término: “... definitivamente em uma vampira.”
DESENVOLVIMENTO:
Início: “No final de Eclipse – volume anterior –, Bella ainda...”
Término: “... mas até mesmo destruí-los”
CONCLUSÃO: 
Início: “Stephenie Meyer inova neste romance ao deixar...”
Término: “...Ou seja, quando finalmente amanhecer.”
Aula 16 e 17 - Recursos de organização textual de resenhas
Objetivo: Compreender os recursos de organização textual de resenhas.
1. Operações de descrição (predominante)/ narração, apreciação.
Descrever é transmitir, para o leitor da resenha informações (propriedades, características) do objeto 
resenhado. É a operação predominante na resenha, mas, paralelamente, a resenha pode ter parágrafos 
narrativos, em que sobressaem aspectos relativos ao tempo e espaço e que denotam transformação ou 
alteração dos acontecimentos ou da abordagem de um texto (Bosco, 2008, p.149).
Voltemos ao texto: A Guerra do Fogo, 2º parágrafo
O filme trata de dois grupos de hominídeos pré-históricos: um que cultuava o fogo como algo sobrenatural 
e outro que dominava a tecnologia de fazer o fogo. Em termos de linguagem, o primeiro não está muito 
longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade vocálicos. Esse tipo de 
comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a origem das línguas, 
como a primeira manifestação de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões, como a 
dor e o prazer. Já o segundo grupo parece ter uma comunicação mais complexa, com maior número de 
sons articulados. Há outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam um maior grau 
de complexidade do segundo grupo com relação ao primeiro. (DESCRIÇÃO/NARRAÇÃO: RESUMO)
21
oficina
Apreciar é expressar uma opinião própria sobre as qualidades ou não qualidades da obra, 
objeto da resenha. Não se trata de “achismos”, mas sim de avaliações justificadas por 
argumentos.
Ainda o texto Guerra do Fogo
A Guerra do Fogo, com roteiro de Burgess e direção de Annaud, pode ser monótono e 
cansativo para quem não tem curiosidade pelo tema. Mas aqueles que se interessam não só 
pela origem da linguagem, mas pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e 
das tecnologias, irão apreciar o filme. 
Exercício: Leia as resenhas a seguir e preencha o quadro.
Resenha 1:
TOMBOY
 (França, 2011. Estreia no país nexta sexta-feira) 
Magrinha e de cabelos curtos, sempre vestida com bermuda e camiseta, Laure, de 10 anos, poderia 
passar por um menino – e é isso que ela decide fazer quando se muda de Paris para um subúrbio. Num 
impulso, Laure (a maravilhosa Zoé Hèran) se apresenta à garota Lisa (Jeanne Disson) e ao restante da 
criançada que mora por ali como Mickäel. Ninguém vê motivo para duvidar: Mickäel joga bem futebol, 
gosta das mesmas brincadeiras e até ensaia um namorico com Lisa. E Laure, todos os dias, se divide 
entre o estado de graça de ser quem deseja ser e a angústia de que alguém a desmascare. Dirigido com 
segurança por Cèline Sciamma, Tomboy (cuja tradução aproximada seria “moleque” ou “moleca”) não 
tem opinião formada sobre a crise de identidade de sua protagonista: pode ser definitiva, pode ser uma 
fase e certamente não tem razões trágicas, já que Laure tem pais amorosos, que deixam um espaço 
respeitoso em torno da filha – que, como sua querida irmã menor, aguarda ansiosa a chegada de um 
novo bebê à família. Com franqueza admirável, o filme transporta a plateia para o impasse de Laure/
Mickäel e dimensiona o significado tremendo que o fim inevitável da farsa terá de adquirir.
(Revista Veja – 11 de janeiro de 2012, p.112.)
22
oficina
RESUMO 
(descrição/narração) AVALIAÇÃO
Resenha 2:
Diretor usa Havaí como metáfora para vida socialmente aceitável e sem valores
O Havaí é o paraíso do lugar-comum: hula-hula, natureza e nativas seminuas são parte do imaginário 
universal. Alexander Payne situou seus “Descendentes” bem ali – e dificilmente por acaso.
É onde vivem o advogado Matt (George Clooney) e a mulher. Esta, aliás, não vive: vegeta numa cama 
após um acidente. Mas Matt fala com ela como nunca lhe falou antes.
Têm duasfilhas, Scottie, a menor, e Alexandra. Scottie começa a conhecer o pai agora, quando a mãe 
se encontra entre a vida e a morte.
Matt tem um problema em mãos: deve decidir para quem venderá um lote de terra virgem. O negócio 
vai render um dinheirão. Mas o local será ocupado por turismo, resort, essas coisas infernais.
É nesse pano de fundo que Payne dispõe suas peças, seus personagens e o problema que trabalha. 
Nesse espaço formado por uma série de ilhas, todo homem é uma ilha: permanece fechado em si 
mesmo, incapaz de se relacionar verdadeiramente.
Os personagens se comunicam quase sempre por meio de lugares-comuns. Alexandra comporta-se a 
princípio como uma rebelde sem causa saída de um filme de 1950.
Scottie agride coleguinhas. O avô da menina repete cantilenas sobre as maravilhas da filha e as 
deficiências do genro. Tudo como se espera...
O que sai do script: Matt enfrentará uma crise ao saber que a mulher tinha um caso. É uma dessas 
questões que fazem um homem perguntar: “Quem sou eu?”. E com intensidade ainda maior se não 
puder esperar respostas.
Talvez o mérito do filme seja fazer do Havaí um lugar de compreensão do contemporâneo. Ou seja, 
onde nos contentamos em trocar lugares-comuns e levar uma vida socialmente aceitável, ainda que 
dilacerada nos valores.
23
oficina
Se é aos poucos que vai isolando seus personagens, mostrando-os mais sós e desprovidos de sentido, 
é quase de pancada que Payne levará seu protagonista a se voltar a seus antepassados e, a partir 
deles, a refletir sobre si mesmo, a família e a herança pela qual é responsável.
OS DESCENDENTES
DIREÇÃO Alexandre Payne.
PRODUÇÃO EUA, 2011.
ONDE Iguatemi Cinemark, Espaço Unibanco, Pompeia e circuito.
CLASSIFICAÇÃO 12 anos.
AVALIAÇÃO bom.
RESUMO/DESCRIÇÃO /NARRAÇÃO AVALIAÇÃO
Aula 18 - Operações de referência ao autor do texto fonte/base
Objetivo: Compreender o estabelecimento da ponte entre a resenha e a obra resenhada.
Palavras ou expressões utilizadas por 
um resenhador para fazer referência à 
obra resenhada ou partes dela.
Esse livro, esse trabalho, esse texto, o 
livro em questão, a obra, o capítulo em 
questão, nesse capítulo, no capítulo x 
(nome do capítulo), nessa parte, nesse 
trecho, nessa passagem, nesse item, no 
item x, no início do......, no final do....., 
na primeira parte, no primeiro item, na 
página x, em seguida etc.
24
oficina
Palavras e recursos utilizados por um 
resenhador para fazer referência ao 
autor da obra resenhada
Nome do autor, sobrenome, o autor, 
elipses etc.
Palavras e/ou expressões utilizadas pelo 
autor de uma resenha para relacionar o 
autor da obra resenhada com o conteúdo 
da obra.
Para x, para o autor, conforme o autor , 
de acordo com x etc.
Verbos e/ou expressões utilizadas por 
um resenhador na introdução do discurso 
do autor da obra resenhada
Afirma, expressa, considera, refere-se 
a, descreve, adota, aborda, examina, 
acrescenta, entende, compreende, 
acrescenta, admite, determina, critica, 
percebe, revela, compara, propõe,busca, 
procura, responde a, indaga, descarta, 
verifica, conclui, indaga, estabelece, 
esclarece, faz uma observação, tece 
considerações, divide o livro em cinco.... 
etc
Exercícios: Identifique recursos adotados nos fragmentos.
Fragmento 1:
... Como é dito na introdução, numa altura em que 
tendências recentes têm valorizado o papel social na 
construção do conhecimento matemático dos alunos é 
importante aprofundar o conhecimento relativo ao tema 
da Sociologia da Matemática e contribuir, assim, para uma 
maior articulação entre esta e a Educação Matemática. 
.... Sociologia da Matemática. Cadernos de Educação e 
Matemática, número 3, grupo TEM, APM, Lisboa, 1998, 
133 p. /p.22
25
oficina
Fragmento 2:
[ Livro ] A Experiências de Sirius
De Bruno Portella
|Publicado em: 14/09/2011|Comentários [0] 
Enquanto Shikasta, o primeiro livro da série nos dá todo um panorama da colonização da Terra por 
Canopus (que ocupa o hemisfério norte), As Experiências de Sirius foca justamente no sistema planetário 
responsável por colonizar o Hemisfério Sul da Terra. Mas ao contrário de Shikasta que recontava a 
história através de relatórios oficiais e o diário da irmã de um dos emissários encarnados, esse livro foca 
nas aflições de uma personagem chamada Ambien II, uma embaixatriz do alto escalão de Sirius, que 
pouco a pouco começa a questionar o pensamento de seu próprio império.
Disponível em: http://sandubadequeijo.com.br/site/?cat=333&gclid=CJKRzIbt8K0CFQOR7QodYCnP
ug
Fragmento 3:
Em Lua Nova a autora remete seus personagens a um passado longínquo, às origens de sua 
própria história. Os mitos quileutes apenas esboçados anteriormente ganham forma concreta 
neste livro. (Lua Nova, Por Ana Lucia Santana
Fragmentos Referências ao autor/ obra resenhada
Fragmento 1
Fragmento 2
Fragmento 3
Aula 19 - Mecanismos de Introdução de relações da obra resenhada com outras obtras
Objetivo: Conhecer os mecanismos para a citação de outros autores que corroborem a avaliação do 
resenhista.
Muitas vezes o resenhador, estabelece relações entre a obra que ele está resenhando e outras obras. Isto 
demonstra maturidade intelectual e conhecimento do autor sobre o assunto. Trata-se de um fenômeno 
de intertextualidade, isto é, diálogos entre texto e expressão de leituras e de conhecimento de mundo. 
Voltemos à Resenha Guerra do fogo, de Rodrigo Cunha, da aula 12:
26
oficina
Parágrafo 2 
“Esse tipo de comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a 
origem das línguas, como a primeira manifestação de linguagem no homem [,..]”
Parágrafo 3 
“Portanto, como diria o pai da Linguística Moderna, Ferdinand de Saussure, “não é a linguagem 
que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, vale dizer: um sistema de signos 
distintos correspondentes a ideias distintas”.
Parágrafo 4 
“E os indícios linguísticos (a distinção entre a linguagem de uma tribo e de outra) foram pensados 
pelo foneticista Anthony Burgess, que assina o roteiro. Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja 
Mecânica, que foi adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.”
Identifique como o autor da resenha referiu-se a outros autores ou obras.
Leia a resenha a seguir e faça o que se pede:
Cinema
Os mortos também amam
Crepúsculo, a adaptação do primeiro livro da série da escritora Stephenie Meyer sobre um 
vampiro adolescente e sua paixão impossível, é mesmo um fenômeno: agrada ao público jovem 
pregando a virtude e a castidade.
 
Isabela Boscov 
É verdadeiramente química a paixão que Edward Cullen sente por Bella Swan: antes mesmo de vê-la, 
a distância, na cafeteria da escola, o aroma do sangue da menina desperta nele um instinto primitivo 
e quase irresistível. Também Bella experimenta uma atração poderosa por Edward, embora um pouco 
mais comum. A não ser por esse cheiro inebriante, ela é uma adolescente como qualquer outra, ao 
passo que ele é um vampiro, que há nove décadas permanece nos 17 anos. E, se isso não é uma 
maldição – viver a eternidade na fase mais tormentosa da adolescência, rematriculado ano após ano no 
ensino médio –, então nada há de ser. Mais difícil que isso, só apaixonar-se perdidamente e não poder 
manifestar essa paixão exceto pelos gestos mais castos. Um abraço aqui, um beijo ali, e Edward já mal 
consegue frear no sinal vermelho. Avançá-lo, no caso dele, implica mais do que sexo. Significa também 
sorver o sangue de Bella e trazê-la para as fileiras dos mortos-vivos. Para Edward, que como toda a 
27
oficina
sua família abdicou do sangue humano, ceder àquele instinto ancestral de verter o sangue da amada 
(e o sentido aí é tão claramente associado à virgindade que nem se pode dizê-lo duplo sentido) seria 
tornar-se ainda mais monstruoso do que ele jájulga ser. Não há, na história de Crepúsculo (Twilight, 
Estados Unidos, 2008), que estreia nesta sexta-feira no país, nem um traço de ironia. Amor é amor 
mesmo, renúncia também. E essa talvez seja a chave do sucesso tanto da série escrita pela americana 
Stephenie Meyer, que já vai pelo quarto livro, quanto desta adaptação de seu primeiro episódio: devolver 
a uma geração de adolescentes um tipo de romantismo que parecia descartado – o tipo que crê nos 
sentimentos genuínos, e que prega esperar não apenas pela pessoa certa, mas pela hora certa.
Stephenie Meyer é mórmon. O que não significa que viva fora do mundo nem que seja irremediavelmente 
pudica. Em seus livros (que inspiram devoção em alguns e perplexidade ante tamanha devoção em 
outros), ela tira pleno partido da situação altamente erótica desse casal. O que, aliás, serve tanto melhor 
ao seu propósito de advogar o autocontrole: onde não existe tentação, não existe mérito em resistir a 
ela. Como de boba a diretora Catherine Hardwicke também não tem nada, estes são os aspectos que 
ela reforça no filme: o da embriaguez da paixão que fulmina Edward e Bella e o do atordoamento de que 
eles são tomados a cada vez que quase chegam lá, e então recuam. É isso que Catherine, conhecida 
pelos dramas adolescentes Aos Treze e Os Reis de Dogtown, faz melhor – capturar, em seus jovens 
atores, o redemoinho de emoções dessa etapa da vida. Graças a esse talento, Crepúsculo resiste 
bem, ao menos do ponto de vista do público a que se dirige, a alguns entrechos desajeitados e aos 
efeitos malfeitinhos. Não é por nada disso, afinal, que a plateia está lá. É para também ela se atordoar 
com tanto amor impossível se desenrolando contra as paisagens turvadas por névoa e chuva da costa 
noroeste americana – esta, sim, lindamente fotografada.
O fato de Crepúsculo ser um filme assim sincero (além de barato, a um custo de 37 milhões de dólares, 
já quase quintuplicados em três semanas desde seu lançamento) não quer dizer que se exima de 
recorrer a um truque oportunista já consagrado em outras produções primordialmente destinadas à 
plateia feminina. Interpretado por Robert Pattinson, que foi o Cedric Diggory de Harry Potter e a Ordem 
da Fênix, Edward é alto, tem traços aristocráticos, gosto impecável (vampiros, como é sabido, têm 
grande senso fashion) e olhos que queimam quando se olha dentro deles. Kristen Stewart, como Bella, 
é independente, curiosa e graciosa – mas não mais do que graciosa. Juntar atores de beleza extrema 
a atrizes de beleza simplesmente humana é uma maneira eficaz de telegrafar a mensagem de que 
mesmo quem não tem porte de princesa pode achar um príncipe para chamar de seu. Ainda que ele 
esteja mais morto do que vivo. 
Disponível em: 
http://veja.abril.com.br/171208/p_172.shtml. Acesso em: 17/01/2012.
28
oficina
1. Identifique alguns fragmentos, na resenha “Os mortos também amam”, de Isabela Boskov, em 
que apareça alguma referência a algum autor ou obra:
Fragmentos:
Aula 20 - Coesão e coerência
Objetivo: Compreender o que são os organizadores textuais.
Os organizadores textuais servem para relacionar as partes de um texto, tornando-o coeso e coerente, 
isto é, estabelecendo sentido entre elas. São empregados para “ligar” grandes partes do texto ou 
pequenas orações e períodos.
Organizadores Textuais: 
Organizadores textuais Função/ sentido possível
E, além de, não só.... mas também, 
não apenas.... mas também, também, 
ainda, como se isso não bastasse, ao 
mesmo tempo que, e outros.
Ligar dois argumentos a favor de uma 
mesma conclusão.
Mas, porém, contudo, entretanto, não 
obstante, apesar de, ainda que, ora, ao 
contrário etc.
Introduzir argumento contrário.
Aliás, além do mais, por sinal etc. Introduzir argumento decisivo.
Até, até mesmo, mesmo, inclusive etc. Assinalar argumento mais forte.
Isto é, quer dizer, ou seja, em outras 
palavras etc.
Esclarecer, ratificar ou desenvolver 
argumento anterior.
Assim como, tanto... quanto, como, 
tal... como, da mesma forma, melhor 
que... etc.
Comparar argumentos.
Afinal, em suma, em resumo, 
concluindo etc.
Introduzir justificativa do que foi escrito 
anteriormente, encaminhando para a 
conclusão.
29
oficina
Pois, porque, já que, por força de etc.
Introduzir argumento que justifica o 
anterior.
Apenas, unicamente, exclusivamente, 
somente etc.
Indicar restrição.
Se, caso etc. Introduzir uma suposição.
Tal... que, tão... que, tanto... que, assim 
como etc.
Introduzir argumento que decorre do 
anterior.
Por exemplo, como ilustração, etc. Introduzir um exemplo.
Ou... ou, ora... ora, quer... quer etc.
Assinalar a distinção entre dois 
argumentos.
Exercício 1:
Identifique os fragmentos organizadores textuais (mínimo três) em: 
a) Por outro lado, Edward também realiza uma viagem rumo ao desconhecido, na mesma direção 
do destino que marca a relação entre amantes que se vêem sem saída, no melhor estilo Romeu e 
Julieta. Esta história clássica, de repente, parece transportar Bella e seu amado à mesma trajetória de 
desencontros, mal-entendidos, ameaças e morte. E leva a protagonista a mergulhar sua existência em um 
estado de completo vazio emocional, um árduo caminho que, através da dor, a conduz inevitavelmente 
à maturidade.
Resposta: por outro lado/ também/ que/ entre/ e/ através da/
 
b) A partir desta escolha de Bella, tudo pode acontecer, até mesmo o que o leitor jamais poderia esperar. 
E quando tudo parece se encaminhar para a resolução dos sentimentos envolvidos neste triângulo 
amoroso, e as feridas parecem começar a cicatrizar, a trama toma novamente um rumo inesperado, 
que pode não só mudar o mundo dos vampiros e dos lobisomens, mas até mesmo destruí-los. (Isabela 
Boscov. Veja Abril 2011)
Resposta: a partir desta/ até mesmo/ e quando/ que não só... mas até mesmo...
c) Ao contrário do esperado na continuação de uma obra que ocupou por muito tempo o primeiro lugar 
na lista dos mais vendidos nos mais conceituados veículos literários, Lua Nova é ainda mais eletrizante, 
hipnótico e sedutor, conquistando o leitor desde as primeiras linhas.
Resposta: ao contrário/ que/ ainda/ desde a
30
oficina
d) Também Bella experimenta uma atração poderosa por Edward, embora um pouco mais comum. A 
não ser por esse cheiro inebriante, ela é uma adolescente como qualquer outra, ao passo que ele é 
um vampiro, que há nove décadas permanece nos 17 anos. E, se isso não é uma maldição – viver a 
eternidade na fase mais tormentosa da adolescência, rematriculado ano após ano no ensino médio –, 
então nada há de ser.
Resposta: 
Resenha:
Lua Nova 
Por Ana Lucia Santana
Algumas tramas apenas sugeridas em 
Crepúsculo despertam com força total em 
Lua Nova, a eletrizante sequência da saga 
de Stephenie Meyer, especialmente o tão 
esperado triângulo amoroso protagonizado 
por Bella, Jacob e Edward. Outra 
personagem, que apenas promete seu retorno no primeiro livro, ressurge aqui de forma arrebatadora, 
deixando atrás de si um rastro de sangue, a vampira Victória. 
Ao contrário do esperado na continuação de uma obra que ocupou por muito tempo o primeiro lugar na 
lista dos mais vendidos nos mais conceituados veículos literários, Lua Nova é ainda mais eletrizante, 
hipnótico e sedutor, conquistando o leitor desde as primeiras linhas.
É praticamente impossível deixar de navegar por suas páginas até que finalmente se alcance, sem 
fôlego, as últimas palavras, as quais pairam no ar, na mais fiel tradição de Scherazade, a narradora das 
Mil e Uma Noites, conduzindo inevitavelmente o leitor até o terceiro livro da série, Eclipse.
Em Lua Nova a autora remete seus personagens a um passado longínquo, às origens de sua própria 
história. Os mitos quileutes apenas esboçados anteriormente ganham forma concreta neste livro. Assim, 
outras criaturas míticasse somam aos vampiros, levando Jacob a uma jornada sem volta aos segredos 
que envolvem sua família e seus amigos, especialmente o enigmático Sam Uley.
Por outro lado, Edward também realiza uma viagem rumo ao desconhecido, na mesma direção do destino 
que marca a relação entre amantes que se vêem sem saída, no melhor estilo Romeu e Julieta. Esta 
história clássica, de repente, parece transportar Bella e seu amado à mesma trajetória de desencontros, 
31
oficina
mal-entendidos, ameaças e morte. E leva a protagonista a mergulhar 
sua existência em um estado de completo vazio emocional, um árduo 
caminho que, através da dor, a conduz inevitavelmente à maturidade.
Neste contexto aparecem na trama novos e fascinantes vampiros, 
simultaneamente aterrorizantes e sedutores, a medieval família Volturi, 
guardiã da cidade de Volterra, localizada na Itália. Seus três integrantes 
– Caius, Aro e Marcus –, antigos companheiros de Carlisle, líder do 
clã dos Cullen, acrescentam novos e mais picantes ingredientes à já 
complexa relação de Bella com Edward.
No segundo livro a protagonista se vê dividida entre dois universos 
míticos. Seu coração oscila diante de um cruel dilema, escolher entre 
adversários milenares, amores distintos e intensos, cada um a sua maneira. A amizade e a lealdade são 
colocadas à prova e Bella tem que optar por um lado. Afinal, como conciliar crenças e interesses tão 
antagônicos?
Bella, mais que nunca, intensifica seu distanciamento das outras pessoas, particularmente na escola. 
Como Zoey, a protagonista de Marcada – da série House of Night –, ela tem uma crescente dificuldade 
de interação com os humanos e se sente constantemente deslocada no seu círculo social. Talvez por 
isso ambas se sintam tão à vontade junto a criaturas míticas e imortais.
Stephenie Meyer parece mesmo ter encontrado a fórmula do sucesso, combinando irresistivelmente em 
Lua Nova as doses certas de romance, fantasia, suspense e o resgate de criaturas míticas com novas 
vestes, bem mais atraentes e fascinantes. O resultado é um livro de tirar o fôlego, inspirado, segundo a 
autora, em músicas do circuito alternativo, especialmente em bandas como Muse, Coldplay, Linkin Park, 
My Chemical Romance, entre outras. E a sequência, Eclipse, promete ainda mais.
Dicas finais para identificar o gênero resenha
1. Título – Relação entre o título da obra, o título da resenha e a adequação 
ao assunto em questão. 
2.Adequação da resenha ao contexto de produção: produtor do texto, leitor, 
objetivo.
3. Informações sobre autor, obra, editora, cidade, ano, número de páginas, 
preço (opcional).
4. Organização da obra resenhada: organização em partes, em capítulos; 
presença/ausência de ilustrações. 
32
oficina
5. Identificação da macroestrutura da resenha: introdução, desenvolvimento, 
conclusão.
5. Identificação de: resumo (narração/descrição) e avaliação justificada 
(posicionamento do autor em relação à obra resenhada). 
6. Identificação de marcas linguísticas pertinentes ao gênero resenha.
7. Identificação de organizadores textuais que levam à coesão e coerência. 
8. Especificidade da resenha: comercial, acadêmica.
9. Organização da linguagem: objetiva/subjetiva, formal/informal, simples/
trabalhada.
10. Maturidade intelectual (referência a outros autores e obras). 
33
oficina
Gabarito
Aula 10
Fragmento 3
Voz do autor da resenha Voz do autor da obra
Fragmento 1 – Ensaio 
capta a utopia e a dor do 
Brasil que não somos 
Organizado sob a forma do 
ensaio, "Chico Buarque" é 
construído em torno de uma 
ideia: tentar desvendar em 
palavras e imagens a metáfora de 
Brasil implícita na produção do 
artista
... Essa capacidade de dizer o país 
dentro de uma perspectiva não 
convencional, argumenta Barros e Silva, 
está constituída sempre a partir das 
margens,...
Fragmento 2 – Baboseira 
Pura
Apesar de incluir um capítulo 
sobre a composição química da 
babosa, o livro de frei Romano 
Zago parece ter sido escrito no 
século XVII, quando os jesuítas 
cavavam raízes para curar gases e 
picadas de cobra.
— ainda que o padre, benevolamente, 
se preocupe em não "humilhar a 
benemérita classe médica". Citação 
direta
Frei Zago chega a sugerir uma 
conspiração para manter elevado 
o número de cancerosos, o que 
enriqueceria os hospitais e eliminaria os 
pobres – discurso relatado.
Fragmento 3 – História 
sem graça
A precariedade das nossas 
escolas cria fenômenos curiosos
Desse jeito, História não tem 
graça. (...)
ele avança a teoria de que Pizón teria 
sido o primeiro navegador europeu a 
atingir o Brasil.– discurso relatado.
 “irrefutável” – citação direta. 
Três páginas adiante, a teoria já lhe 
parece “a mais provável” – citação 
direta.
34
oficina
Aula 11
Texto 4
Título da 
resenha
Assunto 
(resumo)
Referência ao autor 
da obra resenhada
Citações diretas (“ ”) 
ou relatadas
Texto 1
O sonho de 
Einstein
Questionamento 
sobre a melhor 
produção de 
Einstein.
Para o autor...
...Pietro Greco 
questiona...
“tenha perdido... 
vanaguarda”
“... o 
desenvolvimento 
das ideias... 
vigorosamente”.
Texto 2 
Mundos 
roubados
História de uma 
arrumadeira em 
busca do filho 
sequestrado.
...ele constrói... Não há.
Texto 3
A festa do 
século
Invasão em 
festa de alta 
sociedade por 
seita satânica.
...neste romance de 
Niccolò Ammaniti..
...- revelação da 
literatura... Medo”...
Texto 4
A geração 
superficial
Crítica negativa 
à internet.
...em que Nocholas 
Carr....Para ele...
Nicholas Carr 
expõe...
“a internet está... 
burros.”
Para ele... deveria ser 
coibido.
35
oficina
Título da 
resenha
Verbos descritivos
Verbos 
narrativos
Verbos 
avaliativos
Objetivo
Texto 1
O sonho de 
Einstein
Para o autor... “tenha 
perdido...vanguarda”
Tenha tentado “o 
desenvolvimento...
vigorosamente”
...se concentra
Quando ganhou
Questiona
É falsa a 
ideia
Informar nome de 
obra e de autor, 
resumir a história, 
avaliar o conteúdo, 
indicar preço, 
número de páginas 
e editora.
Texto 2
Mundos 
roubados
O mais recente 
romance do autor
Por meio de 
inúmeras vozes 
narrativas
Quatro anos 
depois
Arrumadeira 
de hotel... o pai 
traficou.
Tornar-se 
surpresa
Informar nome de 
obra e de autor, 
resumir a história, 
avaliar o conteúdo, 
indicar preço, 
número de páginas 
e editora.
Texto 3 
A festa do 
século
No qual uma 
seita invade 
uma festa da 
alta sociedade 
para realizar um 
ritual satânico
Comédia 
burlesca 
e crítica 
social à 
Itália de 
Berlusconi
Revelação 
da 
literatura 
italiana
Informar nome de 
obra e de autor, 
resumir a história, 
avaliar o conteúdo, 
indicar preço, 
número de páginas 
e editora.
Texto 4
A geração 
superficial
...a rede inibe o 
treino do cérebro...
Chega ao 
Brasil...
Polêmico 
livro
Informar nome de 
obra e de autor, 
resumir a história, 
avaliar o conteúdo, 
indicar preço, 
número de páginas 
e editora.
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Aulas 12 e 13
a) Rousseau: Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 
1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado 
um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo. http://pt.wikipedia.org/wiki/
Jean-Jacques_Rousseau
b) Ferdinand de Saussure: Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de novembro de 1857 – Morges, 
22 de fevereiro de 1913) foi um linguista e filósofo suíço, cujas elaborações teóricas propiciaram o 
desenvolvimento da linguística enquanto ciência autônoma. Seu pensamento exerceu grande influência 
sobre o campo da teoriada literatura e dos estudos culturais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Saussure
c) homo erectus: Homo erectus é uma espécie extinta de hominídeo que viveu entre 1,8 milhões de 
anos e 300.000 anos atrás (Pleistoceno inferior e médio).
Eles mediam entre 1,30 e 1,70 m de altura, com 70 quilos e seu volume craniano era entre 750 e 1250 
cm³, um aumento de cerca de 50% em relação ao seu ancestral Homo habilis. Seus esqueletos fósseis 
datam de cerca de 1,5 milhão de anos atrás, e foram encontrados principalmente na África.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_erectus
d) homo sapiens: Um humano, ser humano, pessoa, gente ou homem é um animal membro da 
espécie de primata bípede Homo sapiens (“homem sábio”, em latim), pertencente ao gênero Homo, 
família Hominidae.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
d) Stanley Kubrick. Stanley Kubrick (Nova Iorque, 26 de julho de 1928 — Hertfordshire, 7 de março 
de 1999) foi um dos cineastas mais importantes de todos os tempos, responsável por uma carreira 
notável e bem estruturada. Uma de suas obras notáveis é baseada no livro A Clockwork Orange (br: A 
Laranja Mecânica), de 1971, de Anthony Burgess, focado na violência humana e, principalmente, na da 
juventude.
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Aulas 14 e 15
INTRODUÇÃO:
Início: “Ser o mais abrangente compêndio...”
Término: “... dos contextos técnicos e históricos.”
DESENVOLVIMENTO
Início: “...Como resultado, o livro, pensado...”
Término: “...a produção de cada período histórico.”
CONCLUSÃO: 
Início: “Para o público em geral...”
Término: “... bons temas de pesquisa.”
INTRODUÇÃO:
Início: “Ler Amanhecer é como mergulhar em...”
Término: “... definitivamente em uma vampira.”
DESENVOLVIMENTO:
Início: “No final de Eclipse – volume anterior –, Bella ainda...”
Término: “... mas até mesmo destruí-los”
CONCLUSÃO: 
Início: “Stephenie Meyer inova neste romance ao deixar...”
Término: “...Ou seja, quando finalmente amanhecer.”
RESUMO (descrição/
narração) AVALIAÇÃO
“Magrinha e de cabelos.... 
alguém a desmascare”
Dirigido com segurança.... o fim 
inevitável da farsa terá de adquirir”.
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RESUMO/DESCRIÇÃO /NARRAÇÃO AVALIAÇÃO
“...O Havaí é um paraíso... a menor 
, e Alexandra”... “Scottie começa a 
conhecer... essas coisas infernais”...
“É nesse pano de fundo que Payne dispõe... 
e a herança pela qual é responsável”
Aula 18
Fragmento 3
Fragmentos Referências ao autor/ obra resenhada
Fragmento 1 Como é dito na introdução....
Fragmento 2 esse livro foca...
Fragmento 3 a autora remete..... neste livro.
Aula 20
Exercício 1
 a) Resposta: por outro lado/ também/ que/ entre/ e/ através da/
 
b) Resposta: a partir desta/ até mesmo/ e quando/ que não só... mas até mesmo...
c) Resposta: ao contrário/ que/ ainda/ desde a
d) Resposta: também, embora, a não ser, ao passo que, se
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