Buscar

Atenção: Processo Seletivo de Recursos Cognitivos

Prévia do material em texto

É um estado de VIGÍLIA ATENTA. 
Mesmo sonhando temos certa capacidade de foco.
Estamos o tempo todo prestando atenção em alguma coisa e a atenção pode estar focada num 
processo interno ou externo e só HÁ REGISTRO CONSCIENTE quando focamos numa coisa e 
SUPRIMIMOS outros estímulos.
Só é possível focar em 1 objeto de cada vez. O que muda é a velocidade com que alternamos 
entre 2 coisas. Isso é feito pela ALTERNÂNCIA DE CÓRTICES PRÉ-FRONTAIS rapidamente. 
Atenção é o processo de alocação seletiva de recursos cognitivos a um de vários processos 
possíveis - que será o FOCO DA ATENÇÃO - em detrimento dos demais. 
Quando prestamos atenção em algo, temos uma MAIOR SENSIBILIDADE, MAIOR 
CAPACIDADE de DISCRIMINAÇÃO e MENOR TEMPO DE REAÇÃO. Quando selecionamos o 
foco de atenção:
Processamento do alvo é facilitado: mais rápido, sensível, etc; •
Processamento de distratores é suprimido, uma vez que vários estímulos diferentes •
competem pelo nosso foco de atenção 
Acesso à memória de trabalho: capacidade de operar mentalmente as informações que •
não estão mais disponíveis no meio - aquela que está no foco da atenção tem 
capacidade de ser uma memória a longo prazo. 
SÓ OCORRE EM VIGÍLIA. •
A Atenção só é possível em vigília pois o processamento facilitado e preferencial do que recebe 
o foco da atenção DEPENDE de MODULADORES, em particular a NA e HISTAMINA.
A atenção é sempre um processo competitivo de alocação seletiva de recursos. Não só a 
competição entre vários estímulos de um tipo, mas também a competição entre modalidades 
diferentes, e competição entre estímulos externos e todos os processos internos ao cérebro. 
Há 2 modalidades de atenção: sensorial e controle executivo. 
O processo de alocação é iniciado pelo córtex e envolve uma alça com modulação pela 
FORMAÇÃO RETICULAR TALÂMICA.
RAZÃO SINAL/RUÍDO: a NA atua diminuindo o ruído. Como a NA vem do Lócus ceruleus, 
quanto mais alerta estamos, mais ativo está o LC, liberando então maiores doses de NA. O grau 
de NA é proporcional ao grau de atenção. Tanto a NA quanto a HISTAMINA, quando agem em 
cima de neurônios do córtex cerebral, aumentam a razão sinal/ruído, ou seja, ficam com uma 
capacidade cada vez maior de processar o que realmente importa. Contudo, tal proporção de 
noradrenalina, a partir de certo ponto, adquire efeito CONTRÁRIO e a capacidade de atenção 
fica cada vez pior, o que explica o fato do estresse atrapalha na ATENÇÃO. 
A atenção coloca o Córtex num estado onde ele é ESPECIALMENTE CAPAZ DE PROCESSAR A 
INFORAÇÃO que precisa ser processada. O foco da atenção se traduz num aumento de NA e 
HISTAMINA.
Os estímulos externos também competem pelo foco da atenção e uma das coisas mais 
importantes que acontece quando mudamos o foco da atenção é a DIREÇÃO DO OLHAR, uma 
vez que normalmente dirigimos o olhar para o foco de nossa atenção. Quando olhamos para um 
estímulo, a imagem do estímulo CAI NA FÓVEA - com alto número de fotorreceptores e células 
ganglionares dedicadas a processar esta informação - nos dando mais detalhes do estímulo em 
questão. 
De fato, existe uma alocação interna de atenção que leva como consequência a direção do 
olhar. Se a atenção é uma só e os olhos produzem uma só imagem, os olhos têm que convergir 
em cima do foco de ATENÇÃO.
Há 2 vias: 
ESTIMULOS EXTERNOS - COLÍCULOS - ativam o nu. oculomotor e mudam a DIREÇÃO DO 
OLHAR.
OBJETIVOS INTERNOS - córtex pré-frontal e nu. da base -ativam o nu. oculomotor e mudam a 
DIREÇÃO DO OLHAR. 
IMPORTANTE: os colículos superiores têm um mapa topográfico visual que trabalha em 
casamento como o colículo inferior, que possui um mapa auditivo. Os colículos superiores têm 
alta capacidade de acompanhar estímulos em movimento. 
A visão periférica nos dá detecção, mas não identificação de objetos. Quando colocamos o 
objeto na visão central, podemos então identificá-los. QUando o objeto é colocado na fóvea, no 
foco da atenção, em detrimento dos outros, acontece a ALOCAÇÃO AUTOMÁTICA DE 
RECURSOS ATENCIONAIS. 
 
Os processos de ALOCAÇÃO VOLUNTÁRIA começam no córtex cerebral, direcional vários 
processos que fecham o foco da atenção em cima da coisa selecionada em cima dos objetivos 
internos. 
Quando temos um processo interno que diz "faz isso" e outro processo externo que diz "faz o 
oposto", só conseguimos realizar a alocação voluntária caso o estímulo interno seja forte o 
suficiente para controlar o movimento dos olhos. Quem manda de fato na direção do olhar 
depende de quem ganha a competição, se uma atividade for forte o suficiente para inibir a 
outra. 
Geralmente, quando temos um estímulo externo, o que chama a atenção é aquele que distoa de 
todos os outros. Este estímulo que distoa dos outros dispara uma resposta de orientação 
automática via colículos, levando a um aumento da atividade do Locus coeruleus - que 
aumenta a quantidade de NA para processar a informação, facilitando o processamento da 
informação. 
Ao mesmo tempo que só conseguimos dar conta de uma coisa de cada vez, a maior parte 
dessa informação não muda ao longo do tempo, por isso quando algo deixa de ser estável e 
fica dinâmico, nos chamam a atenção. 
A alocação atencional de recursos cognitivo nos permite processar preferencialmnete a 
informação mais importante a cada momento. O que determina o que é a informação mais 
importante é o estímulo mais forte (externo ou interno). 
A ATENÇÃO VOLUNTÁRIA permite tanto o processamento preferencial de determinado estímulo 
quanto a SUPRESSÃO DAS RESPOSTAS AUTOMÁTICAS DE CARÁTER ATENCIONAL. 
A representação de estímulos internos depende do córtex pré-frontal. O córtex cingulado 
anterior representa conflitos e as áreas pré-frontais agem de volta sobre outras áreas corticais e 
suprimem o processamento sensorial nessas áreas que não são relevantes para o que 
queremos prestar atenção naquele determinado momento. 
LANTERNA ATENCIONAL é o processo que nos permite ter um processamento cortical 
dedicado. 
A ATENÇÃO VOLUNTÁRIA é, de maneira geral, tudo que envolve alocação seletiva dos recursos 
cognitivos direcionados pelos objetivos internos. Pensamentos e ações motoras podem ter 
controle atencional voluntário. Tudo o que envolve processos que precisam de atenção interna e 
dependem de modulação NA custa um grande esforço cognitivo, podendo levar à FADIGA 
MENTAL. A ativação intensa e repetida sobre demanda atencional tem um grande custo 
metabólico e os neurônios têm um acúmulo de ADENOSINA nesse local, levando a uma 
ativação cada vez menor.

Continue navegando