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Herança Multifatorial e Malformações Congênitas Universidade Federal do Piauí Curso Biomedicina Disciplina Genética Básica Classificação das características humanas Características qualitativas ou descontínuas - condicionadas por herança monogênica - fenótipos marcadamente diferentes: rugosa/lisa, alta/anã - distribuição populacional descontínua: tem ou não tem - praticamente sem efeito ambiental Características quantitativas ou contínuas - herança poligênica: altura, pressão sanguínea, peso - muitos genes (poligenes) situados em diferentes loci, cada um com pequeno efeito sobre a característica – efeitos aditivos - diversos fenótipos intermediários – de um extremo ao outro - distribuição populacional contínua - curva normal ou em forma de sino: diferenças entre os indivíduos são pequenas e mensuráveis - bastante influenciada pelo ambiente: dieta, atividade física, sol Classificação das características humanas características quantitativas ou contínuas - não se herda determinada altura, peso ou cor, e sim uma potencialidade (predisposição genética) quantitativa, que será desenvolvida em maior ou menor grau, pelo ambiente, representada na altura e peso, pela nutrição e exercício, e na pigmentação da pele, pela exposição ao sol. - variação contínua de tons: união entre dois mulatos médios – desde de branco até negro Dominância incompleta Distribuição descontínua Herança monogênica Cor das flores em boca-de-leão, Antirrhinum majus aa bb cc AA BB CC Aa Bb Cc Distribuição contínua Herança poligênica ou quantitativa • Nilsson-Ehle (1909) estudou variação da cor em grãos de trigo Herança poligênica ou quantitativa altura: curva normal; comportamento hereditário Estudantes – 1920 Mais alto - 1,80 m Estudantes – 1997 Mais alto: 2,2 m melhor dieta e saúde geral Herança Multifatorial ou Complexa Traços quantitativos multifatorial: vários fatores interferem gene e ambiente poligênicos: influência genética exercida por vários genes Herança Multifatorial ou Complexa vários genes, influência ambiental variável (dieta, atividade física, toxinas), mas com distribuição contínua ou descontínua na população: características quantitativas: distribuição contínua (altura, peso); todos os genes contribuem de forma aditiva e igual (mesmo valor) características quantitativas com limiar: distribuição descontínua/qualitativa (normais e anormais), se manifestam quando foi ultrapassado um limiar genético de predisposição (patológicas; Diabetes, Esquizofrenia); mas a distribuição de genótipos é contínua (suscetibilidade genética; vários genes); genes com influências diferentes, uns podem influenciar mais do que outros (efeito aditivo, mas não igual) Exemplos de Características Multifatoriais na Espécie Humana Importância das Características Multifatoriais ou complexas Na medicina: patologias, conhecer para diagnóstico, prognóstico, tratamento, consulta genética Na agricultura (melhoramento vegetal) - cruzamento de plantas para gerar descendentes com características desejáveis: maior conteúdo de proteína, resistência a doenças, mais vitaminas, maior produtividade Em humanos: pigmentação da pele, inteligência, várias formas de comportamento, obesidade, hipertensão, suscetibilidade a doenças Na agropecuária (melhoramento animal) – cruzamento de animais (seleção artificial) para gerar descendentes com características desejáveis: altura, peso, produção de carne e leite em gado, produção de ovos em galinha, mais proteína, redução de gordura, maior produtividade Herança Multifatorial • Características Quantitativas o O componente genético desta variação podia envolver vários genes diferentes o Nilsson-Ehle (1909) - estudou variação da cor em grãos de trigo Vermelho- escuro Branco Vermelho- intermediário P F1 F2 7 classes distintas, variando do vermelho-escuro branco 3 genes envolvidos na determinação da cor do grão Herança Multifatorial • Características Quantitativas Variação da cor → Padrão mendeliano: 3 pares de alelos segregam independentemente e com dominância imcompleta 1/64 20/64 15/64 Herança Multifatorial Exemplo hipotético de altura de planta determinada por pares de alelos em cada um dos três loci Cada alelo + contribui com 1 cm em altura acima da linha básica de 10 cm • Alelo - = não codifica hormônio vegetal • Alelo + = codifica hormônio vegetal Como saber a contribuição para altura de cada alelo? Cor da pele humana – 2 genes envolvidos AABB negro (4 alelos aditivos) AaBB AABb AAbb aaBB AaBb Aabb aaBb aabb branco (nenhum alelo aditivo) Mulato escuro (3 alelos aditivos) Mulato médio (2 alelos aditivos) Mulato claro (1 alelo aditivo) Herança Multifatorial • Características Quantitativas 5 classes fenotípicas 9 classes genotípicas Herança Multifatorial • Características Quantitativas Variações em cor de pele: um modelo de dois ou três genes, com dois alelos cada; provavelmente envolve muito mais genes. 7 classes fenotípicas 27 classes genotípicas F re q ü ê n c ia Herança Multifatorial • Características Quantitativas • Característica poligênica pura, causada por genes mas não pelo ambiente 2 genes (4 alelos): 5 cores de olhos: Cor da pele humana – 2 genes envolvidos Calculando o número de genes e de fenótipos: Ex.: fenótipo extremo 1 = 1/16 1/4n = 1/16 = 1/42 n = 2 2n +1 = número de fenótipos possíveis Se n=2 2x(2) + 1 = 5 fenótipos possíveis (5 classes fenotípicas) 3n = 32 = 9 classes genotípicas Herança Multifatorial • Características Quantitativas = proporção de indivíduos em F2 expressando um dos fenótipos extremos, onde n = número de poligenes (loci) 1 4n 1 4 n → Herança Multifatorial • Características Quantitativas Para ilustrar: Suponha o cruzamento de duas variedades homozigotas diferentes de ervilhas que diferem em altura por 16 cm, no intercruzamento da F1 encontramos que aproximadamente 1/256 da F2 é similar a uma das variedades parentais homozigotas originais. 1/256 = 1/44 4 loci com pares segregantes de alelos Como as duas linhagens homozigotas diferem em altura em 16 cm e existem 4 genes/loci (8 alelos, com efeitos aditivos iguais), cada um dos alelos contribui com: 16 cm/8 = 2 cm em altura Métodos Estatísticos para Análise de Características Quantitativas • Média (x) = valor médio de um conjunto de medidas; controla a posição do pico do gráfico (pico no valor médio) • Calculada adicionando todas as medidas individuais e dividindo-se pelo número total de medidas na amostra (n) A média da informações sobre o centro de uma distribuição Métodos Estatísticos para Análise de Características Quantitativas Variância (s2) = variabilidade ao redor do valor central; indica a variabilidade de um grupo de medidas (fenótipos) Desvio padrão (s) = raiz quadrada da variância (x ± s) = inclui aproximadamente 66% das medidas de uma distribuição normal (x ± 2s) = 95% (x ± 3s) = 99% Herança Multifatorial Características Quantitativas (influência do ambiente) East (1916) Estudou o comprimento da corola nas flores de tabaco Em uma linhagem pura o tamanho médio era de 41 mm, em outra a média era 93 mm O tamanho da corola pode ser explicado por uma combinação de segregação genética e influências ambientais Variação devida ao ambiente (não apresentam proporções mendelianas) Em uma linhagem o tamanho médio era de 41 mm (pura), em outra a média era 93 mm (pura); mesmo assim observou variação no tamanho. Linhagens puras Ambiente Ambiente Ambientee genótipo Ambiente e genótipo Herança Multifatorial • Características com limiar Ex.: Esquizofrenia Menor limiar (situado mais centralmente na curva): mais suscetível (necessita de menos genes deletérios para expressar a característica) Possui mais genes deletérios (maior limiar) Limiar genético: quantidade mínima de genes presentes no genótipo para que uma característica se manifeste num dado ambiente A predisposição poligênica mais as interferências do ambiente resultam em distribuição contínua de suscetibilidades, que só desencadeiam o defeito quando ultrapassado o limiar Herança Multifatorial • Características com limiar Como os geneticistas sabem que a esquizofrenia é herdada? • 2 evidências Estudos de gêmeos Estudos familiais • Gêmeos monozigótigos são geneticamente idênticos • Taxa de concordância para esquizofrenia é de 60% • Os parentes de 1º grau têm muito mais probabilidade de expressá-la (agregação familiar) • De acordo com a base genética (parentes em 1o grau – compartilham 50% de seus genes) Herança Multifatorial • Características com limiar Concordância entre Gêmeos Monozigóticos (MZ) e Gêmeos Dizigóticos (DZ) para Malformações e Doenças Comuns Os genes predispõem um indivíduo a expressar esta característica (fatores predisponentes), mas fatores ambientais ativam seu desenvolvimento (desencadeante). Se apenas o genótipo controlasse a expressão da esquizofrenia, a taxa de concordância para gêmeos MZ seria de 100%. (genes/alelos com efeitos diferentes) Herança Multifatorial • Características com limiar • Gêmeos MZ criados separados - Genótipos idênticos / ambientes diferentes - Exemplo: estudo de alcoolismo – 5 de 6 pares de gêmeos MZ que cresceram separadamente eram concordantes para o alcoolismo → sugerindo que o compartilhamento dos fatores genéticos é mais importante do que o compartilhamento do ambiente - cuidados: apesar do mesmo genótipo podem não ter a mesma expressão gênica – rearranjo somático nos linfócitos, inativação aleatória do X em MZ femininos, ambiente fase de maturidade Herança Multifatorial • Características com limiar Agregação familiar: exemplo esclerose múltipla (EM) • Estudo caso-controle: - 3,5% dos irmão de pacientes com EM também têm EM - Entre os controles pareados sem EM, prevalência de 0,2% - risco relativo: igual a 1 (sem influência ambiental) para irmãos ou filhos adotados em uma família; igual a 20 para parentes biológicos em primeiro grau Critérios para o reconhecimento da Herança Multifatorial (1) Distribuição populacional da característica em forma de curva normal. (2) Efeito de muitos genes situados em diferentes loci e de diversos fatores ambientais. (3) A semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou de concordância entre gêmeos (ambos apresentam uma característica ou ambos não a apresentam). Coeficiente de correlação Critérios para o reconhecimento da Herança Multifatorial (4) A herdabilidade indica se o papel dos genes na determinação de um fenótipo é grande ou pequeno; desenvolvida para tentar separar o efeito dos genes e do ambiente. herdabilidade (h2): definida como a proporção da variação fenotípica resultante de diferenças genéticas em relação à variação fenotípica total (que inclui variações genética e ambiental) VG VG + VE h2 = VG = variação genética (aditiva) VE = variação ambiental (environmental) Quanto maior o valor da h2, maior o papel dos fatores genéticos na determinação da característica Critérios para o reconhecimento da Herança Multifatorial Estimativas de herdabilidade de algumas doenças de etiologia multifatorial h2 próximo de 1,0: meio ambiente quase não influenciou na variação do fenótipo na população estudada. h2 varia de 0 a 1: Herdabilidade (h2) • 65% da variação observada nos valores (medidas) de estatura em seres humanos é devida a efeitos aditivos de alelos (diferenças no genótipo); • O valor da herdabilidade para uma característica é específico para uma determinada população em um determinado ambiente • Proporção da variação fenotípica de uma população que é atribuível a diferenças genéticas Critérios para o reconhecimento da Herança Multifatorial (5) Risco de recorrência (Consulta genética e Características Multifatoriais) maior (aumenta): - quando há mais de um afetado na família: 1 filho afetado lábio leporino (4%); 10% após dois filhos afetados. - quanto mais grave a anomalia (mais extremo na curva normal, mais genes deletérios); 1o filho fenda labial sem palato fendido → risco para o próximo filho de 2,5%; 1o filho com fendas labial e palatina → risco para o próximo filho de 6%. - parentesco e consanguinidade: incidência de características multifatoriais é maior na prole de casamentos entre parentes (compartilham os mesmos alelos deletérios – ancestral comum), e em parentes de primeiro grau Diferente do risco para herança monogênica: 1. a frequência de pessoas afetadas nas famílias com defeito multifatorial é menor do que se espera na herança monogênica. 2. o número de filhos afetados não muda o risco de recorrência Doenças com Herança Multifatorial Trombose Venosa Cerebral: interação de dois alelos mutantes - oclusão catastrófica das veias cerebrais. - 2 fatores genéticos (2 genes) e um ambiental, levando a uma coagulabilidade anormal do sistema de coagulação: uma mutação de sentido trocado em um fator de coagulação (fator V), outra variante no fator de coagulação protrombina, e o uso de anticoncepcionais orais. - Fator V: Arg506Gln - gene protrombina: G20210A (3’UTR) - proposta de triagem do fator V de predisposição e mutações no gene de protrombina antes de prescrever pílula para o controle de natalidade. Doença Cardiovascular - Doença Arterial Coronariana (devido à Aterosclerose): principal causa de infarto do miocárdio Doença Cardiovascular Fatores de risco: nível de colesterol no plasma, obesidade, pressão sangüínea, níveis de lipoproteínas de alta e baixa densidades e nível de triglicerídios. Malformações congênitas Anomalias congênita, defeitos de nascimento e malformações congênitas: termos que descrevem perturbações do desenvolvimento presentes ao nascimento; a anomalia estrutural presente ao nascimento Congênita: significa que a anomalia está presente ao nascimento principal causa de mortalidade infantil e representam 21% das mortes neonatais; presentes em cerca de 3%-5% dos recém- nascidos Estruturais, funcionais, metabólicas, comportamentais ou hereditárias A ciência que estuda esses transtornos TERATOLOGIA Malformações congênitas Importância para o aconselhamento genético: identificar se uma malformação congênita é uma anomalia isolada ou um componente de um padrão de malformações (síndrome). - somente lábio leporino: bom prognóstico, risco de recorrência baixo - síndrome de Patau – trissomia do chr 13: péssimo prognóstico 2 ou mais anomalias menores presentes → risco maior (10-20%) de também ter uma malformação maior Malformações congênitas Anencefalia Espinha bífida aberta, com protrusão de elementos neurais, bem como das meninges. Distribuição sexual: 2F:1M Incidência: 3/1.000 Meningomielocele Prosencéfalo, meninges, a abóbada craniana e a pele estão ausentes. Natimortos e neonatos vivem por poucas horas. Distribuição sexual: 2F:1M Incidência: 2/1.000 Defeitos de tubo neural (deficiência do ácido fólico) • Lábio leporino com ou sem palato fendido • síndrome de Van der Woude • Distribuição sexual: 2M:1F) • Entre a quinta e a oitava semana • Defeito na fusão entre o maciço médio e os externos das massasmesoblásticas faciais • Freqüência: 0,4-1,7/1.000 • No Brasil: 300 mil pessoas com lábio leporino • Estenose pilórica • Distribuição sexual: 5M:1F • Hipertrofia da camada muscular circular do estômago (piloro) • Luz do canal pilórico muito estreita, obstruindo passagem do alimento • Freqüência: 2,5/1.000 (sexo M); 0,5/1.000 (sexo F) Causas das malformações congênitas Alterações cromossômicas: deleções, duplicações, trissomias, monossomias Herança monogênica: hidrocefalia (recessiva ligada ao X), membros (polidactilia – autossômica dominante); um único órgão ou sistema, ou síndromes Agentes Teratogênicos São aqueles que agem sobre o organismo em formação, produzindo anomalias características ou gerais, ou aumentando a incidência de uma anomalia na população Efeito teratogênico depende: - do tempo de exposição (duração e época) - dosagem - genótipo materno - genótipo e suscetibilidade do embrião - atividade enzimática do feto - interação entre teratógenos - especificidade dos teratógenos Principais agentes teratogênicos: radiações, vírus, drogas, doenças maternas Período crítico: da 3a a 8a semana de gestação Agentes Efeitos DOENÇAS Deficiência de zinco e folatos Malformação, principalmente do tubo neural. Diabetes materna insulino-dependente Natimortos, crianças muito grandes; síndrome da regressão caudal; anomalias cardíacas, ausência da vértebra lombossacra, membros inferiores malformados (sirenomelia), defeitos do tubo neural, lábio leporino com ou sem palato fendido. Freqüência de filhos malformados de diabéticas 7-13%, com média de 9%. Doenças tireóideas Tirotoxicose fetal ou bócio, com obstrução traqueal, mas não malformação congênita. Fenilcetonúria materna (quando a gestante não restringe a ingestão de fenilalanina) Retardo mental, microcefalia, cardiopatias congênitas. INFECÇÕES VIRAIS E OUTRAS Citomegalovírus (infecção assintomática) Freqüência: 1% dos recém-nascidos, 10% dos quais ficam com seqüelas; baixo peso ao nascer, microcefalia, deficiência mental, cegueira, hepatoesplenomegalia, trombo-citopenia, encefalite, calcificações intracranianas, perda auditiva e coriorretinite. Hepatite Graves efeitos, até aborto. Herpes simplex Microcefalia e microftalmia. Rubéola Defeitos cardíacos, dentários, surdez, catarata, microftalmia, retinite e microcefalia. Sífilis Lesões dérmicas tipo torta de uva, hepatoesplenomegalia, condiloma perianal, rinite hemorrágica, hidrocefalia e problemas neurológicos. Toxoplasmose (infecção assintomática) Hidorcelfalia ou microcefalia, deficiência mental, defeitos oculares, paralisia cerebral, epilepsia, calcificações cerebrais e surdez. Varicella zoster Microcefalia, coriorretinite e defeitos de pele. AGENTES FÍSICOS Radiações ionizantes Microcefalia, defeitos oculares, efeitos mutagênicos e carcinogênicos. Hipertermia (devida à febre materna ou a banhos de sauna durante o 1° trimestre) Mau desenvolvimento pré-natal, freqüência aumentada de microcefalia, anencefalia, espinha bífida, microftalmia e fácies incomum. DROGAS Abortivos: aminopterina Displasia craniana, ausência de cabelos na região superior da cabeça, ponte nasal larga, baixa implantação das orelhas, redução dos membros, deficiência mental. Álcool: ingestão 1-2l/dia 10% risco de dano fetal. ingestão 2l/dia 20% risco de dano fetal. ingestão 30ml/dia álcool abs. Risco de aborto e malformação congênita em 1-2/1.000 recém-nascidos. Síndrome do álcool fetal: retardo de crescimento e mental, microcefalia, hipoplasia da porção média da face, fissuras palpebrais estreitas, lábio superior fino, cardiopatia congênita. Alucinógenos: LSD (ácido lisérgico), maconha. Afetam o comportamento. Anorexígenos (redutores de apetite, dextroanfetaminas). Malformações gerais, transposição dos grandes vasos, alterações nas catecolaminas. Antabuse (antialcoolismo) Malformações congênitas. Antiabortivos: progestina Masculinização de fetos femininos, câncer vaginal dos embriões expostos. Antibióticos: tetraciclina Hipoplasia do esmalte dentário (dentes marrons) e inibição do crescimento ósseo. estreptomicina Surdez. Anticoagulantes: dicumarol, warfarin. Esqueleto nasal e extremidades hipoplásicas; anomalias oculares (atrofia óptica); se o tratamento da gestante é feito após o 1° trimestre: hemorragia fetal e hidrocefalia, devido ao bloqueio ventricular. Anticonvulsivantes: hidantoína, fenitoína, fenobarbital. Retardo do desenvolvimento físico e mental, hipertelorismo ocular, implantação baixa das orelhas, unhas e falanges hiploplásicas, defeitos cardíacos, fendas faciais, microcefalia (efeitos maiores no 1° trimestre). Cafeína Baixo peso ao nascer. Chumbo Retardo mental leve. Citotóxicos: ciclofosfamida, metotrexato, 6-mercaptopurina, mostarda nitrogenada, Fluoruracil, procarbazina, vinblastina, vincristina. Malformações congênitas faciais, urinárias e dos membros (o manuseio dessas drogas também produz malformações congênitas na prole). Fumo Crianças de pequeno tamanho e/ou com malformações cardíacas; taxas aumentadas de aborto e morte perinatal; o recém-nascido pode ter pneumonia por aspiração, asfixia neonatal, hipoglicemia, retardo do crescimento e deficiência mental a longo prazo. Hormônios cortisona Palato fendido. Narcóticos: metadona, heroína Abortos ou natimortos, baixo peso ao nascer, sintomas psicóticos no recém-nascido. Talidomida (tranquilazante, antiemético, antilepra) Efeito no 1º trimestre (35º ao 50º dia após a início da última menstruação): focomelia, atresia intestinal, defeitos auditivos e cardíacos. Traquilizantes menores: clordiazepóxido, clorpromazina, diazepam, meprobamato) Exposição no início da gestação produz 10-12 % de anomalias graves. Exposição nos últimos meses de gestação produz sintomas psicóticos no recém-nascido. Vacinas: contra difteria, febre amarela, poliomielite (oral), rubéola, sarampo, e BCG. Malformações gerais Vitamina A em excesso Fissuras lábio-palatinas Período crítico: da 3a a 8a semana de gestação Fase de pré-diferenciação: mata o embrião ou afeta poucas células Fase embrionária: é a mais prejudicada. 15-25 dias (afeta o cérebro), 24-40 dias (olhos), 20-40 dias (coração), 24-36 dias (membros) Fase fetal: menos atingida (cérebro, cerebelo, sistema urogenital • Menino recém-nascido apresentando membros tipicamente malformados (diminuição dos membros) • Causada por talidomida (tranqüilizante, antilepra) ingerida pela mãe durante o período crítico do desenvolvimento dos membros • Catarata típica bilateral congênita • Glaucoma congênito • Causados pelo vírus da rubéola • Criança com síndrome do alcoolismo fetal: lábio superior delgado, fissuras palpebrais curtas, nariz pequeno e malformado • Abuso de álcool pela mãe: causa ambiental mais comum de retardamento mental
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