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Malária 2016.2

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Plasmodium spp: 
 
MALÁRIA 
Protozoa 
 
 Filo: 
 Sarcomastigophora 
 Subfilo: 
 Mastigophora: Trypanosoma, Leishmania, Giárdia, Trichomonas 
 Sarcodina:Entamoeba histilítica, Entamoeba dispar 
 
 Apicomplexa 
 Classe: Sporozoa 
 
 Subclasse: Coccidia 
 Subordem: 
 Eimeriina 
 Família: 
 Sarcocystidae 
 Gênero: Toxoplasma 
 Haemosporina 
 Família: 
 Plasmodiidae 
 Gênero: Plasmodium 
 
Protozoários que se locomovem por meio de flagelos, 
cílios ou paseudópodos 
Organismos unicelulares, eucariotos, que pertencem ao reino protista 
Protozoários parasitos que dispõem de um complexo apical 
Parasitos com reprodução sexual e assexual, com produção 
de oocistos que dão origem por esquizogonia a esporozoítas 
Os esporozoítas formam-se dentro dos esporocistos no interior do oocisto 
Heteroxenos com esquizogonia no hospedeiro vertebrado e 
esporogonia no invertebrado. Transmitidos por insetos hematófagos 
A maláraia ou paludismo 
 
300 – 500 milhões de casos com 
1.5 a 2.7 milhões de óbitos em todo mundo 
• 1 em 5 crianças morrem de malária na África 
• A malária mata uma criança a cada 30 s na África 
• causa baixo peso no neonato, anemia, epilepsia e 
dificuldades de aprendizado 
• Pode ser prevenida e tratada 
Agente causador: Plasmodium 
P. malariae 
-África tropical; 
- Ásia; 
- América latina. 
Zonas tropicais e 
temperadas 
África tropical 
(oeste) 
P. falciparum 
P. vivax P. ovale 
Amplamente distribuído, 
porém irregular 
Malária Severa 
Morte 
Malária no Brasil 
Sivep-Malária/SVS/MS, 2008 
 
Hospedeiro invertebrado 
mosquito do gênero Anopheles 
Ciclo evolutivo 
A fêmea do mosquito inocula esporozoíta 
1h – invasão dos hepatócitos 
Criptozoítas – reprodução assexuada, esquizogônico – merozoítas 
Merozoítas invadem as hemácias 
Ciclo assexuado eritrocítico esquizogônico – trofozoítas 
Trofozoíta jovem – Trofozoíto maduro – esquizonte – rompimento da hemácia e 
liberação de merozoítos 
(repete-se em ciclos regurares característico da espécie) 
Aparecimento dos gametócitos nas hemácias macrogametócito 
Ciclo evolutivo 
 
O inseto suga o sangue c/ formas sexuadas 
Macrogametócioto - macrogameta 
Microgametócito – microgameta 
Microgameta forma flagelo captam macrogametas – formam zigotos 
20 h depois movem-se para a parede intestinas do inseto 
 – oocineto –oocisto 
Multiplicação esporogênica – esporozoitas 
(1a divisão meiose, demais por mitose 
Patologia 
Febre recorrente 
 
A maláraia ou paludismo inicia como uma gripe 8-30 dias após a infecção. 
Sintomas: febre (com ou sem dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, vômitos 
e diarréia) 
 
-Cíclos de febre típicos, tremores, sudurese. 
A periodicidade dos ciclos depende da espécie do parasita, coincidindo com a 
multiplicação do parasita e destruição das hemácias – levando a anemia 
Plasmodium faciparum – febre terçã maligna 36-48h 
Plasmodium vivax - febre terçã benigna, 48 h 
Plasmoduim ovale - febre terçã benigna, 48 h 
Plasmodium malarie (P. brazilium) – febre quartã 72 
A infecção por P. falciparum pode levar a malária severa causando 
morte do paciente se não tratado 
 pode não apresentar este padão 
Acesso malárico 
• Coincidente com o final da esquizogonia, 
é geralmente acompanhado de calafrio e 
sudorese. 
• Esta fase dura de 15 minutos a uma hora, 
sendo seguida por uma fase febril, que 
pode chegar a atingir 41ºC. 
• Após um período de duas a seis horas a 
febre diminui e o paciente apresenta 
sudorese profusa e fraqueza. 
Malária Severa Patologia 
Seqüestro de eritrócitos parasitados na 
rede capilar 
• Durante o seu desevolvimento na hemácia, o 
P. falciparum induz uma série de modificações 
na superfície da parede da hemácia que 
permitem a sua adesão a parede dos capilares. 
• podem levar a obstrução da microcirculação 
causando anóxia e infartos em órgãos 
importantes. 
• São responsáveis pela malária grave ou 
complicada. 
Eritrócitos parasitados por P. falciparum 
 
O P. falciparum modifica a superfície dos eritrócitos parasitados que passam a 
apresentar nódulos 
Ligação de eritrócitos parasitados por P. falciparum com o endotélio e a 
placenta 
A adesão protege o parasita da destruição reservada para as células 
circulantes 
Eritrócitos infectados 
 
Processo mediado pela proteína = 
P. falciparum erythrocyte surface (PfEMP1) 
Codificada por grande família de genes 
Envolvida na variação antigêgica da patogênese 
A região extracelular d PfEMP1 reconhece uma grande variedade de receptores 
-Receptores estão envolvidos no roling dos eritrócitos no endotélio 
(semelhante aos leucócitos) 
Interação com CD36 e Condroitin sulfato,, ICAM – adesão estável 
 
Formação de rosetas é responsável pera patogenia do P. falciparum 
 
Citoaderência e rosetas na malária falciparum 
Maier et al.,2009 
Citoaderência e rosetas na malária 
falciparum 
a elétron micrografia de transmissão da 
aderência entre uma Knob-iRBC e uma 
célula endotelial; 
b Interface detalhada: setas mostram 
material elétron denso unindo Knobs e célula 
endotelial. Note a presença do Maurer’s cleft 
(MC). 
Formação de rosetas é responsável pela patogenia do 
P. falciparum 
Malária Cerebral 
• Resultante do processo mecânico de obstrução dos vasos e inflamação 
Citoaderência Rosetamento 
Malária placentária 
 Pode levar à: - Nascimento prematuro 
 - Baixo peso ao nascer 
 - Morte 
 
Coloração por Giemsa: iRBC aderidos 
à camada de sincíciotrofoblasto 
(Andrews. et. al., 2002) 
MALÁRIA SEVERA 
Formação de rosetas, 
Adesão de hemácias infectadas vasos sangüíneos, 
Obstrução microvascular (sangue e O2 nos tecidos) 
glicólise anaeróbica nos tecidos 
Hipoglicemia 
acidose metabólica, 
anemia severa (fagocitose de hemácias infectadas e não infectadas), 
malária cerebral 
Complicações cerebrais (adesão ao cérebro – involvimento de ICAM-1) 
 
Aumento de citocinas pró-inflamatórias 
TNF-a esta associado aos acesso febris 
NO – bloqueio das sinapses perda de conciência 
 imunossupressão 
INF-g 
Fatores geográficos e sociais Fatores do hospedeiro 
• Imunidade 
 Genética 
•Determinantes de 
grupos sangüineos 
•Duffy 
•Glicoforina A 
•talassemia, 
•Deficiência de glicose-
6-fosfato desidrogenase 
•Genes que codificam 
TNF-a 
•Idade 
• Gravidez 
• Acesso ao tratamento 
• Fatores econômicos e sociais 
• Estabilidade política 
• Intensidade da transmissão 
Gravidade da doença 
Fatores do parasito 
• Espécie do parasita 
•Resistência a drogas 
• Velocidade de multiplicação 
• Citoaderência 
• Formação de rosetas 
• Poliforfismo antigênico 
• Variação antigênica 
•Pigmento malárica 
A gravidade da doença depende de diversos fatores 
Anemia falciforme (HbS) 
Williams, T. N. Curr. Opin. Microbiol. (2006) 9: 388-394 
• Homozygous state (HbSS) –  
• Heterozygous state (HbAS) – “sickle cell” anemia 
www.learn.genetics.utah.edu 
Possible protection mechanisms (HbAS): 
• Inhibition of parasite growth 
• Increased spleen clearance 
• Enhanced phagocytosis and natural immunity 
• Structural Hb variants - single aa substitutions 
in the a- or -globin chains; 
• Thalassaemias - ineffective synthesis of the 
a- and/or -globin chains. 
Anemia falciforme (HbS) 
Williams, T. N. Curr. Opin. Microbiol. (2006) 9: 388-394 
Maier et al.,2009; Cserti & Dzik, 2007) 
Modelo hipotético da interação entre PfEMP-1 
com epítopos Ana citoaderência e formação 
de rosetas 
Mosquitos injetam os esporozoitas no tecido subcutâneo ou 
diretamente na corrente sangüínea 
São levados diretamente ao fígado 
O co-receptor nos esporozoítas que medeiam a invasão = 
 
thrombospondin-related adhesive protein (TRAP) 
ligam-se à 
 heparina sulfato 
nos hepatócitos 
 
 Circumporozoita proteina (CSP) (GPI ancorada) 
Heparn sulfato de alto peso 
 
Passam por vários cíclos antes de romperem os hepatócitos 
liberando milhares de merozoítas que invadiram as hemácias 
dando início á doença 
Adesão dos esporozoítas aos hepatócitos 
MCP-1(óxido redutase) 
Organelas secretórias= verde 
Adesão dos esporozoítas aos Eritrócitos 
Imunidade 
 Se desenvolve por exposiçoes contínuas 
 Anticorpos contra os estágios sangüíneos 
 Células citotóxicas contra o estágio 
hepático 
 Aumenta com a idade 
•Estratégia de controle 
integrado (1983): “uma 
ação conjunta e 
permanente do governo e 
da sociedade, dirigida a 
eliminação ou redução 
dos riscos de adoecer ou 
morrer de malária.” 
controle 
• Ações: 
 Diagnóstico precoce e tratamento 
imediato dos doentes; 
 Uso de medidas seletivas contra os 
vetores; 
 Detecção oportuna de epidemias; 
 Monitoramento dos fatores de risco; 
Diagnóstico 
• Clínico: em situações 
de epidemia e em 
locais de difícil acesso, 
indivíduos com febre 
são considerados 
portadores de malária. 
Laboratorial 
•Gota Espessa: Esfregaço sanguíneo de gota 
espessa. 
• Desvantagens: 
 Depende de habilidade no preparo, 
manuseio e coloração da lâmina; 
 Qualidade ótica e iluminação do 
microscópio; 
 Competência do microscopista; 
• QBC®: 
 Combina a concentração dos parasitos 
por centrifugação me tubos de micro-
hematócrito e a coloração do DNA e do 
RNA do parasito. 
 Rápido, sensível e específico. 
 Desvantagem: alto custo. 
 Ainda não se mostrou superior a gota 
espessa. 
• ParaSight-F® 
 1983: descoberta um antígeno do P. 
falciparum: PfHRP2. 
 Muito bom em parasitemias altas (95% 
de sensibilidade). 
 Só identifica P. falciparum. 
 Por sua praticidade é utilizado para 
triagem e confirmação diagnóstica, 
principalmente em regiões de difícil 
acesso. 
A: Positive malaria IFA showing a fluorescent schizont 
Diagnóstico por imunofluorescência 
Cloroquina 
Cofator para transferência de Carbono 
(Essencial em mamíferos) 
Distribuição da resistência a cloroquina e SP 
Ridley, R. G. Nature (2002) 415: 686-693 
Artemisinas e derivados semi-sintéticos 
Artemisia annua 
Artemisinin 
Artemoil 
Dihydroartemisinin 
Artesunate* 
Artemether 
Ridley, R. G. Nature (2002) 415: 686-693 
Artemisina e mecanismo de ação 
Ridley, R. G. Nature (2003) 424:887-889 
Artemisinin is related to Thapsigargin (SERCA inhibitor) 
Iron-dependent mechanism generates ART  PfATP6  parasite growth 
Profilaxia 
• Medidas de 
proteção individual; 
Quimioprofilaxia 
• Indicada somente para viajantes 
internacionais e grupos especiais. 
• é realizada principalmente com a mefloquina. 
• O tratamento deve ser iniciado uma semana 
antes da entrada na zona endêmica. 
• A cloroquina foi tão usada para isso que já 
chegou a ser veiculada com o sal em certas 
regiões. 
Medidas coletivas 
• Combate ao vetor. 
• Medidas de saneamento básico; 
• Melhora nas condições de vida; 
• Vacinação. 
Fim

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