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Plasmodium spp: MALÁRIA Protozoa Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora: Trypanosoma, Leishmania, Giárdia, Trichomonas Sarcodina:Entamoeba histilítica, Entamoeba dispar Apicomplexa Classe: Sporozoa Subclasse: Coccidia Subordem: Eimeriina Família: Sarcocystidae Gênero: Toxoplasma Haemosporina Família: Plasmodiidae Gênero: Plasmodium Protozoários que se locomovem por meio de flagelos, cílios ou paseudópodos Organismos unicelulares, eucariotos, que pertencem ao reino protista Protozoários parasitos que dispõem de um complexo apical Parasitos com reprodução sexual e assexual, com produção de oocistos que dão origem por esquizogonia a esporozoítas Os esporozoítas formam-se dentro dos esporocistos no interior do oocisto Heteroxenos com esquizogonia no hospedeiro vertebrado e esporogonia no invertebrado. Transmitidos por insetos hematófagos A maláraia ou paludismo 300 – 500 milhões de casos com 1.5 a 2.7 milhões de óbitos em todo mundo • 1 em 5 crianças morrem de malária na África • A malária mata uma criança a cada 30 s na África • causa baixo peso no neonato, anemia, epilepsia e dificuldades de aprendizado • Pode ser prevenida e tratada Agente causador: Plasmodium P. malariae -África tropical; - Ásia; - América latina. Zonas tropicais e temperadas África tropical (oeste) P. falciparum P. vivax P. ovale Amplamente distribuído, porém irregular Malária Severa Morte Malária no Brasil Sivep-Malária/SVS/MS, 2008 Hospedeiro invertebrado mosquito do gênero Anopheles Ciclo evolutivo A fêmea do mosquito inocula esporozoíta 1h – invasão dos hepatócitos Criptozoítas – reprodução assexuada, esquizogônico – merozoítas Merozoítas invadem as hemácias Ciclo assexuado eritrocítico esquizogônico – trofozoítas Trofozoíta jovem – Trofozoíto maduro – esquizonte – rompimento da hemácia e liberação de merozoítos (repete-se em ciclos regurares característico da espécie) Aparecimento dos gametócitos nas hemácias macrogametócito Ciclo evolutivo O inseto suga o sangue c/ formas sexuadas Macrogametócioto - macrogameta Microgametócito – microgameta Microgameta forma flagelo captam macrogametas – formam zigotos 20 h depois movem-se para a parede intestinas do inseto – oocineto –oocisto Multiplicação esporogênica – esporozoitas (1a divisão meiose, demais por mitose Patologia Febre recorrente A maláraia ou paludismo inicia como uma gripe 8-30 dias após a infecção. Sintomas: febre (com ou sem dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, vômitos e diarréia) -Cíclos de febre típicos, tremores, sudurese. A periodicidade dos ciclos depende da espécie do parasita, coincidindo com a multiplicação do parasita e destruição das hemácias – levando a anemia Plasmodium faciparum – febre terçã maligna 36-48h Plasmodium vivax - febre terçã benigna, 48 h Plasmoduim ovale - febre terçã benigna, 48 h Plasmodium malarie (P. brazilium) – febre quartã 72 A infecção por P. falciparum pode levar a malária severa causando morte do paciente se não tratado pode não apresentar este padão Acesso malárico • Coincidente com o final da esquizogonia, é geralmente acompanhado de calafrio e sudorese. • Esta fase dura de 15 minutos a uma hora, sendo seguida por uma fase febril, que pode chegar a atingir 41ºC. • Após um período de duas a seis horas a febre diminui e o paciente apresenta sudorese profusa e fraqueza. Malária Severa Patologia Seqüestro de eritrócitos parasitados na rede capilar • Durante o seu desevolvimento na hemácia, o P. falciparum induz uma série de modificações na superfície da parede da hemácia que permitem a sua adesão a parede dos capilares. • podem levar a obstrução da microcirculação causando anóxia e infartos em órgãos importantes. • São responsáveis pela malária grave ou complicada. Eritrócitos parasitados por P. falciparum O P. falciparum modifica a superfície dos eritrócitos parasitados que passam a apresentar nódulos Ligação de eritrócitos parasitados por P. falciparum com o endotélio e a placenta A adesão protege o parasita da destruição reservada para as células circulantes Eritrócitos infectados Processo mediado pela proteína = P. falciparum erythrocyte surface (PfEMP1) Codificada por grande família de genes Envolvida na variação antigêgica da patogênese A região extracelular d PfEMP1 reconhece uma grande variedade de receptores -Receptores estão envolvidos no roling dos eritrócitos no endotélio (semelhante aos leucócitos) Interação com CD36 e Condroitin sulfato,, ICAM – adesão estável Formação de rosetas é responsável pera patogenia do P. falciparum Citoaderência e rosetas na malária falciparum Maier et al.,2009 Citoaderência e rosetas na malária falciparum a elétron micrografia de transmissão da aderência entre uma Knob-iRBC e uma célula endotelial; b Interface detalhada: setas mostram material elétron denso unindo Knobs e célula endotelial. Note a presença do Maurer’s cleft (MC). Formação de rosetas é responsável pela patogenia do P. falciparum Malária Cerebral • Resultante do processo mecânico de obstrução dos vasos e inflamação Citoaderência Rosetamento Malária placentária Pode levar à: - Nascimento prematuro - Baixo peso ao nascer - Morte Coloração por Giemsa: iRBC aderidos à camada de sincíciotrofoblasto (Andrews. et. al., 2002) MALÁRIA SEVERA Formação de rosetas, Adesão de hemácias infectadas vasos sangüíneos, Obstrução microvascular (sangue e O2 nos tecidos) glicólise anaeróbica nos tecidos Hipoglicemia acidose metabólica, anemia severa (fagocitose de hemácias infectadas e não infectadas), malária cerebral Complicações cerebrais (adesão ao cérebro – involvimento de ICAM-1) Aumento de citocinas pró-inflamatórias TNF-a esta associado aos acesso febris NO – bloqueio das sinapses perda de conciência imunossupressão INF-g Fatores geográficos e sociais Fatores do hospedeiro • Imunidade Genética •Determinantes de grupos sangüineos •Duffy •Glicoforina A •talassemia, •Deficiência de glicose- 6-fosfato desidrogenase •Genes que codificam TNF-a •Idade • Gravidez • Acesso ao tratamento • Fatores econômicos e sociais • Estabilidade política • Intensidade da transmissão Gravidade da doença Fatores do parasito • Espécie do parasita •Resistência a drogas • Velocidade de multiplicação • Citoaderência • Formação de rosetas • Poliforfismo antigênico • Variação antigênica •Pigmento malárica A gravidade da doença depende de diversos fatores Anemia falciforme (HbS) Williams, T. N. Curr. Opin. Microbiol. (2006) 9: 388-394 • Homozygous state (HbSS) – • Heterozygous state (HbAS) – “sickle cell” anemia www.learn.genetics.utah.edu Possible protection mechanisms (HbAS): • Inhibition of parasite growth • Increased spleen clearance • Enhanced phagocytosis and natural immunity • Structural Hb variants - single aa substitutions in the a- or -globin chains; • Thalassaemias - ineffective synthesis of the a- and/or -globin chains. Anemia falciforme (HbS) Williams, T. N. Curr. Opin. Microbiol. (2006) 9: 388-394 Maier et al.,2009; Cserti & Dzik, 2007) Modelo hipotético da interação entre PfEMP-1 com epítopos Ana citoaderência e formação de rosetas Mosquitos injetam os esporozoitas no tecido subcutâneo ou diretamente na corrente sangüínea São levados diretamente ao fígado O co-receptor nos esporozoítas que medeiam a invasão = thrombospondin-related adhesive protein (TRAP) ligam-se à heparina sulfato nos hepatócitos Circumporozoita proteina (CSP) (GPI ancorada) Heparn sulfato de alto peso Passam por vários cíclos antes de romperem os hepatócitos liberando milhares de merozoítas que invadiram as hemácias dando início á doença Adesão dos esporozoítas aos hepatócitos MCP-1(óxido redutase) Organelas secretórias= verde Adesão dos esporozoítas aos Eritrócitos Imunidade Se desenvolve por exposiçoes contínuas Anticorpos contra os estágios sangüíneos Células citotóxicas contra o estágio hepático Aumenta com a idade •Estratégia de controle integrado (1983): “uma ação conjunta e permanente do governo e da sociedade, dirigida a eliminação ou redução dos riscos de adoecer ou morrer de malária.” controle • Ações: Diagnóstico precoce e tratamento imediato dos doentes; Uso de medidas seletivas contra os vetores; Detecção oportuna de epidemias; Monitoramento dos fatores de risco; Diagnóstico • Clínico: em situações de epidemia e em locais de difícil acesso, indivíduos com febre são considerados portadores de malária. Laboratorial •Gota Espessa: Esfregaço sanguíneo de gota espessa. • Desvantagens: Depende de habilidade no preparo, manuseio e coloração da lâmina; Qualidade ótica e iluminação do microscópio; Competência do microscopista; • QBC®: Combina a concentração dos parasitos por centrifugação me tubos de micro- hematócrito e a coloração do DNA e do RNA do parasito. Rápido, sensível e específico. Desvantagem: alto custo. Ainda não se mostrou superior a gota espessa. • ParaSight-F® 1983: descoberta um antígeno do P. falciparum: PfHRP2. Muito bom em parasitemias altas (95% de sensibilidade). Só identifica P. falciparum. Por sua praticidade é utilizado para triagem e confirmação diagnóstica, principalmente em regiões de difícil acesso. A: Positive malaria IFA showing a fluorescent schizont Diagnóstico por imunofluorescência Cloroquina Cofator para transferência de Carbono (Essencial em mamíferos) Distribuição da resistência a cloroquina e SP Ridley, R. G. Nature (2002) 415: 686-693 Artemisinas e derivados semi-sintéticos Artemisia annua Artemisinin Artemoil Dihydroartemisinin Artesunate* Artemether Ridley, R. G. Nature (2002) 415: 686-693 Artemisina e mecanismo de ação Ridley, R. G. Nature (2003) 424:887-889 Artemisinin is related to Thapsigargin (SERCA inhibitor) Iron-dependent mechanism generates ART PfATP6 parasite growth Profilaxia • Medidas de proteção individual; Quimioprofilaxia • Indicada somente para viajantes internacionais e grupos especiais. • é realizada principalmente com a mefloquina. • O tratamento deve ser iniciado uma semana antes da entrada na zona endêmica. • A cloroquina foi tão usada para isso que já chegou a ser veiculada com o sal em certas regiões. Medidas coletivas • Combate ao vetor. • Medidas de saneamento básico; • Melhora nas condições de vida; • Vacinação. Fim
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