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11/04/2023 1 Toxoplasma gondii Prof Luís Fernando Santana Diagnóstico e conduta na gestação Toxoplasma gondii – Morfologia Oocisto Oocistos (2 esporocistos com 4 esporozoíto) 11/04/2023 2 Toxoplasma gondii – Morfologia taquizoito Arquivo pessoal Taquizoítos: de rápida multiplicação ocorrendo na infecção aguda Toxoplasma gondii – Morfologia bradizoitos Arquivo pessoal Bradizoítos: localizados em cistos teciduais e presentes na infecção crônica TOXOPLASMOSE: • Zoonose parasitária do homem, mamíferos e aves produzida por um protozoário coccídeo (Toxoplasma gondii) • No homem a infecção é habitualmente assintomática, sendo que as formas clínicas variam de acordo com o grau de imunidade do hospedeiro e com as características do agente • Estima-se que mais de um terço da população humana possua anticorpos contra o parasita. Ciclo biológico do Toxoplasma gondii • água e alimentos contaminados – oocistos - fezes de gatos; • ingestão de oocistos nos jardins, caixas de areia, latas de lixo; • mecanicamente através de moscas, baratas, minhocas, e outros; • ingestão de cistos teciduais em carnes cruas ou mal cozidas de porco, carneiro, aves, coelho; • Congênita. Transmissão- Toxoplasma gondii CONSEQUÊNCIAS: • Toxoplasmose adquirida – Formas linfoadenopatica ou ganglionar, ocular,etc. • Toxoplasmose congênita – infecção que ocorre no feto quando a gestante fica doente durante a gravidez, – podendo ser sem sintomas ou até fatal dependendo da idade da gestação; – quanto mais cedo se contaminar, pior a infecção. 11/04/2023 3 • Se ocorreu no segundo trimestre, o bebê pode: – nascer prematuramente, – mostrando sinais de encefalite com convulsões, – pleocitose - aumento gl brancos relacionado ao processo inflamatório no líquor e calcificações cerebrais. • Pode aparecer: . coriorretinite: 90% dos casos . calcificação cerebral: 69% dos casos . micro e macrocefalia: 50% dos casos Consequências em humanos • Se a infecção ocorre no último trimestre, o bebê: • nasce normal, mas com sintomas de comprometimento ganglionar, hepatoesplenomegalia, anemia, miocardite, problemas visuais –Coriorretinite (inflamação da coróide e retina – edema e opaca), – ausência de ganho de peso ou é assintomático. Consequências em humanos (cont.) Distúrbios em decorrência de infecção toxoplásmica: Sintomatologia nos animais • Abortos • Variações de temperatura, queda no desempenho • Descendentes com problemas fisiológicos Foto Arquivo Pessoal Vias de transmissão e fontes de infecção • Infecção transplacentária • Ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos esporulados • Ingestão de carne crua, ou mal-cozida contendo cistos teciduais. • Transplante de órgãos, transfusão sanguínea, acidentes laboratoriais, amamentação, transmissão sexual. O papel do gato • Produção de oocistos e a perpetuação da doença no meio ambiente. • O que fazer com os gatos ? 11/04/2023 4 Criar gato é fator de risco ? • Os oocistos devem esporular antes de se tornarem infectantes, esse processo leva de 1 a 5 dias (DUBEY, 1994) • Provavelmente menos de 1% da população felina, num determinado momento, deve estar excretando oocistos ( DUBEY, 1994) Posse responsável de gatos. • Não alimentar os gatos com carne crua ou mal cozida. • Manter os gatos dentro de casa (impedir caça). • Trocar as caixas de areia dos gatos diariamente. • Evitar caixas de areia de praças públicas. Fatores de risco: • Cães que vivem em áreas muito contaminadas. • Baratas. • Felídeos selvagens. • Atividade de jardinagem. Cuidados redobrados: • Mulheres gestantes • Indivíduos imunossuprimidos (AIDS, câncer, transplantados...) Prevenção: • Não ingerir carne crua ou mal cozida. • Lavar frutas e verduras. • Usar luvas e lavar as mãos após atividades de jardinagem. • Combater os vetores mecânicos ( baratas) Neospora caninum - CICLO BIOLÓGICO 11/04/2023 5 Sinais clínicos - Neospora HD oocistos HI cistos HI abortos bezerros sadios CICLO BIOLÓGICO 23,1% 41,6% 12,0% 42,0% 10,3% 15,6% 7,7% 28,2% 7,7% 29,0% 8,7% 20,0% 14,7 % PREVALÊNCIA- BOVINOS • 95% vacas soropositivas – bezerros soropositivos Fonte: GENNARI, 2004 Mãe positiva Bezerros positivos EPIDEMIOLOGIA Leishmaniose Prof Luís Fernando Santana Situação Epidemiológica: • Problema de saúde pública em 88 países (Américas, Europa, África e Ásia) • OMS – Classifica como uma das 6 mais importantes doenças infecciosas 11/04/2023 6 LEISHMANIOSES TRANSMITIDA POR FLEBOTOMÍNEOS Leishmania sp. Classificação: Filo Sarcomastigophora Sub-filo Mastigophora Ordem Kinetoplastida Família Trypanosomatidae Gênero Leishmania Características gerais Protozoário flagelado Habitat: - Vetor: lúmen do trato digestivo (Subgenus Leishmania: intestino anterior/médio) (Subgenus Viannia: intestino anterior/médio/posterior) - Hospedeiro vertebrado: células do sistema mononuclear fagocitário (SMF), principalmente macrófagos Leishmaniose Formas amastigota ( macrófagos e SMF) Formas promastigota As Leishmanias Brasileiras: Leishmaniose cutânea e mucosa • L. (V.) brasiliensis; • L.(L.) amazonensis; • L. (V.) guyanensis Leishmaniose visceral • L. infantum chagasi Estas espécies são pouco antropofílicas, o que justifica uma menor frequência de infecção humana por esta Leishmania . A doença atinge principalmente sexo masculino, jovens e adultos, em fase produtiva, o que caracteriza a ocorrência ocupacional nas frentes de trabalho Nas áreas de ambiente modificado, a transmissão ocorre no ambiente domiciliar, atingindo indivíduos de ambos os sexos e de todos os grupos etários 11/04/2023 7 Leishmaniose VETOR • Características do Vetor (HI) HI – Phlebotomus e Lutzomyia mosquito palha, birigui, cangalinha Poucos são domésticos ou peri-domésticos Hematofagia noturna Vôos curtos e silenciosos, pouso freqüentes Oviposição em matéria orgânica • Vivem em ambientes quentes, úmidos e escuros (florestas, quintais com acúmulo de lixo orgânico) Leishmaniose - O vetor Reconhecimento: • Dípteros 2 asas; • Antenas longas; • Mosquitos pequenos (2-4 mm), • Cafés, • Peludos; • Asas ovais e com pêlos, • Angulação da cabeça • Angulação do tórax • Posição das asas LEISHMANIOSE RESERVATÓRIOS X HOSPEDEIROS 11/04/2023 8 11/04/2023 9 Ciclo de vida do parasita Devemos considerar o caso de LTA como um todo, composto do parasito, das condições particulares de cada indivíduo e do estado de seu sistema imune. A resultante desta associação é que determinará a evolução da doença. (Manual de vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana – Ministério da Saúde – 2007) Fisiopatogenia • Infecção inaparente – sorologia em casos suspeitos • Leishmaniose linfonadal – linfadenopatia localizada • Leishmaniose cutânea - inicial – nodular - úlcera típica – infecção 2a Diagnóstico Clínico Diagnóstico Clínico Lesão cutânea Diagnóstico Clínico - Lesão cutânea 11/04/2023 10 Diagnóstico Clínico Lesão cutânea difusa Baço Medula Óssea Fígado Linfonodos Intestino Outros Leishmaniose Visceral Esplenomegalia Pancitopenia Hepatomegalia Febre Leishmaniose Visceral – Quadro Clínico Leishmaniose Diagnóstico Esfregaços de amostras de biópsia de baço, fígado, linfonodos Esfregaços de lesões cutâneas Profilaxia Controle de mosquitos (HI), complexo pela dificuldade em se localizar os criatórios. Levantamentosorológico de cães Eliminar cães doentes e suspeitos ?? Proteção individual de homens e animais Babesiose • Localização: – Os organismos ficam isoladamente – ou em pares dentro dos eritrócitos. • Espécies: – Bovinos : • Babesia divergens, B. major, B. bigemina, B. bovis . – Ovinos e caprinos: • B. motasi, B. ovis. – Eqüinos: • B. caballi, B. equi. – Suínos: • B. perroncitoi, B. trautmanni. – Cães: • B. canis, B. gibsoni. – Gatos: • B. felis. 11/04/2023 11 – A doença ocorre tipicamente uma a duas semanas depois que o carrapato começa a se alimentar e se caracteriza por febre e hemoglobinúria (“hematúria”). – Membranas mucosas tornam-se ictéricas, – Freqüências respiratória e de pulso aumentam, os batimentos cardíacos usualmente são muito audíveis, e nos bovinos. – Perda de peso e da produção de leite. – Nos animais previamente expostos à infecção, ou infectados por uma espécie de Babesia de baixa patogenicidade, a sintomatologia clínica pode ser moderada ou mesmo inaparente. SINTOMATOLOGIA CLÍNICA:
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