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Resumo: Gastrite e Úlcera Péptica

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Gastrite e Úlcera Péptica
GASTRITE E 
ÚLCERA PÉPTICA
Prof. Dr. Halbert Villalba
ANATOMIA E HISTOLOGIA DO ESTÔMAGO
Secreção Gástrica
Características das secreções gástricas 
Células secretoras de muco
Dois tipos de glândulas tubulares
Glândulas oxíntricas (ou gástricas)
Glândulas pilórica 
Glândulas
Células Oxíntricas 
secretam:
Ácido clorídrico;
Pepsinogênio;
Fator intrínseco e
Muco.
Células Pilóricas
secretam:
Principalmente muco;
Algum pepsinogênio;
Hormônio gastrina.
Regulação da secreção gástrica por mecanismos nervosos e hormonais
Fatores básicos que estimulam a secreção gástrica, são: A acetilcolina, a gastrina e a histamina.
 atuam através de receptores específicos;
Esses receptores ativam ativam os processos secretores;
A acetilcolina estimula a secreção de todos os tipos celulares secretores nas glândulas gástricas;incluindo a secreção de pepsingênio, de ácido clorídrico e de muco;
A histamina e a gastrina são específicas da estimulação de ácido pelas células parietais;
Células parietais: São as únicas que secretam ácido clorídrico;
Células parietais atuam em estreita associação com células enterocromafins;
Células enterocromafins estimulam a secreção histamina;
A histamina está relacionada com a formação da secreção de ácido clorídrico; 
Estimulação da secreção ácida pela gastrina
Gastrina é um hormônio secretada pelas células G, localizadas nas glândulas pilóricas;
Quando a extremidade antral do estômago recebe carne ou alimentos que contêm proteínas, algumas delas estimulam a produção de as células G, a liberação de gastrina, a mistura vigorosa do sulco gástrico transporta a gastrina até o corpo do estômago,causando a liberação de histamina, que atua rapidamente estimulando a produção de ácido clorídrico.
Regulação da secreção de pepsinogênio
Estimulação das células pépticas pela acetilcolina liberada dos nervos vagos; 
Estimulação da secreção péptica em resposta à presença de ácido no estômago;
Inibição por feedback da secreção de ácido e pepsinogênio por excesso de acidez dos sucos gástricos
Quando a acidez dos sucos gástricos altera o pH abaixo de 3,0 o mecanismo de gastrina é bloqueado, resultando em dois fatores:
1º A acidez aumentada acentuadamente diminui, ou bloqueia a secreção de gastrina 
2º O ácido parece causar reflexo nervoso inibitório, que inibe a secreção gástrica
Essa inibição por feedback desempenha importante papel na proteção do estômago,que de outro modo poderia desenvolver ulceração péptica; 
AS TRÊS FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA
Fase cefálica
Fase gástrica 
Fase intestinal
INIBIÇÃO DAS SECREÇÕES GÁSTRICAS
Inibição da secreção gástrica por fatores intestinais pós-gástricos.
Secreção durante período interdigestivo.
Gastrite e Úlcera gástrica
O que é gastrite?
Gastrite é um termo que significa existência de reações inflamatórias na parede do estômago. Quando ela é primária o processo inflamatório fica limitado à mucosa, podendo associar-se a doenças inflamatórias sistêmicas, infecciosas ou não e o processo pode se estender a outras camadas dos órgãos, como na Sífilis, Tuberculoses, Micoses Profundas, doenças de Croh, entre outras. Usado de modo amplo para indicar estados clínicos acompanhados de dor epigástrica, desconforto ou queimação gástrica, mas nem sempre associados, infiltrado inflamatório na mucosa gástrica. A gastrite caracterizada por reação inflamatória na mucosa gástrica, é identificável através de exames histológicos que é o método mais fidedigno para diagnóstico.
O conhecimento das alterações morfológicas encontradas nas gastrites foi adquirido de peças cirúrgicas e pela análise de biópsias obtidas durantes a gastroscopia.
Alguns tipos de gastrite:
A gastrite aguda - é o processo inflamatório agudo da mucosa gástrica associado com causas endógenas ou exógenas, de curta duração, com infiltração neutrofílica, freqüentemente, tem hemorragia gástrica ou erosões superficiais da mucosa, lesões estas que podem se estender ao duodeno, motivo pelo qual alguns rotulam esse quadro de “lesões agudas da mucosa gastroduodenal. “
A gastrite crônica - se caracteriza por predominância de linfócitos ou plasmócitos. O diagnóstico da gastrite crônica se baseia em reações inflamatórias na mucosa por exudato mono e polimorfonucleares, em intensidades variáveis. O processo inflamatório pode acometer regiões diferentes da mucosa, o no diagnóstico é necessário que os fragmentos para análise histológica sejam obtidos em diversas regiões. 
A gastrite causada por Helicobacter Pylori é uma das formas mais comuns, principalmente das gastrites crônicas. Pode se apresentar sob a forma aguda ou crônica. Na forma aguda o indivíduo tem sua primeira infecção pelo H.Pylori, nesta fase existe um infiltrado neutrofílico e eosinofílico na lâmina própria, edema, congestão e re-epitelização celular. Geralmente nesta fase os pacientes são assintomáticos, mas alguns podem apresentar desconforto gástrico, dor epigástrica, náuseas e vômitos. A persistência desta bactéria acarreta um quadro de gastrite crônica caracterizada pela infiltração na mucosa gástrica de linfócitos e plasmócitos, podendo apresentar também atrofia glandular. 
A gastrite atrófica pode ser autoimune ou ambientais. A autoimune, denominada também Anemia Perniciosa, apresenta evidências imunológicas de se tratar de uma doença autoimune. A maioria dos portadores deste tipo de gastrite apresenta anticorpo anti-célula parietal que pode desempenhar papel importante na destruição das células parietais. Caracterizada por uma atrofia das glândulas do corpo e fundo gástrico, hipocloridria, hipergastrinemia, deficiência do fator intrínseco e deficiência de vitamina B12. 
Os AINES provocam lesão na mucosa gastroduodenal sendo por mecanismo sistêmico e por mecanismo tópico. No mecanismo sistêmico, ocorre enfraquecimento nos fatores defensivos da mucosa, pela enzima essencial para produção de prostaglandinas. No tópico ocorre o efeito tóxico direto à mucosa por aumento da permeabilidade celular, inibição do transporte iônico e da fosforilação oxidativa. Os pacientes podem apresentar hemorragia digestiva severa ou perfuração sem que tenham tido algum sintoma prévio ao início do quadro, ou podem apresentar queixas dispépticas importantes como dor, náusea, queimação, flatulência, sem que haja lesões importantes vistas à endoscopia. 
A gastrite de refluxo ocorre na ação irritante prolongada de secreção alcalina, sobre a mucosa gástrica. Ocorre em indivíduos gastrectomizados, especialmente aqueles com reconstituição, por meio de anastomose gastrojejunal. Os pacientes apresentam dor epigástrica, vômitos biliosos, anemia, emagrecimento e esvaziamento do estômago. 
Tratamento:
O tratamento da infecção pelo H.Pylori pode ser bastante difícil em alguns pacientes, e não é raro que ocorra a reinfecção. Esse tratamento não é indicado de rotina em todos os pacientes, sendo reservado para aqueles que apresentam úlcera péptica ou linfoma gástrico. Neles, o tratamento é realizado com antibióticos, medicamentos que reduzem a secreção de ácido pelo estômago e também com agentes protetores da mucosa gástrica. Na gastrite induzida por medicamentos, geralmente a suspensão do agente suspeito leva à resolução do quadro. Associado a isso utiliza-se medicamentos para melhora sintomática. Em alguns tipos de gastrite pode ser necessário o uso de corticóide, para conter o processo inflamatório e prevenir complicações. Os medicamentos utilizados para melhora sintomática podem atuar melhorando o esvaziamento gástrico ou reduzindo a secreção de ácido. Os que melhoram o esvaziamento gástrico são os chamados pró-cinéticos, que reduzem a estase alimentar no estômago e auxiliam na digestão.
ÚLCERA PÉPTICA
O que é Úlcera Péptica?
É um termo utilizado para descrever um grupo de distúrbios ulcerativos que ocorrem em áreas do trato gastrintestinal superior que se encontra exposto a secreções ácidas e pepsina.As formas mais comuns da úlcera péptica são as úlceras duodenais e gástricas. A úlcera péptica, com suas remissões e exacerbações, representam um problema crônico de saúde. As úlceras duodenais são cinco vezes mais freqüentes que as úlceras gástricas. As primeiras aparecem em qualquer idade, sendo frequentemente observadas em adultos jovens. Já as úlceras gástricas tendem a afetar um grupo etário mais velho, tendo um pico de incidência situado entre 55 e 70 anos de idade. Ambos os tipos de úlcera afetam homens três a quatro vezes mais frequentemente que mulheres. 
A úlcera péptica pode afetar uma ou todas as camadas do estômago ou duodeno. A maior parte das úlceras pépticas é causada por infecção pelo H. Pylori, e a segunda mais comum é o uso de AINE e aspirina. 
Úlcera duodenal constitui uma doença crônica. Na verdade é um pequeno buraco ou escavação na mucosa que é o revestimento interno do intestino. No seu interior existe tecido em decomposição e em cicatrização. Pode ocorrer perfuração de toda a camada do intestino, ocasionando a famosa úlcera perfurada que pode levar à morte, ou a cicatrização também pode levar a deformação do intestino, impedindo o trânsito alimentar de forma adequada. Pode haver plenitude abdominal ou sensação de fome. A dor ocorre tipicamente entre noventa minutos à três horas após uma refeição, e é aliviada em poucos minutos pelo alimento ou antiácidos.
Na úlcera gástrica o pico de incidência ocorre na sexta década de vida, cerca de dez anos mais tarde do que o da úlcera duodenal. A dor epigástrica também é o sintoma mais comum, e ao contrário da duodenal é provocada ou acentuada pela refeição. Muitos portadores de úlcera gástrica são assintomáticos, ocorre hemorragia em 25% dos casos, e sua perfuração apresenta uma mortalidade três vezes maior que na úlcera duodenal.
Uma úlcera péptica pode ocorrer em vários lugares:
Estômago (chamada úlcera gástrica) 
Duodeno (chamada úlcera duodenal) 
Esôfago (chamada úlcera esofágica) 
Em um divertículo de Meckel
Tratamento:
O tratamento da úlcera péptica mudou drasticamente nos últimos anos e agora visa erradicar a causa e efetuar uma cura permanente da doença. O tratamento farmacológico focaliza a erradicação do H. Pylori, alívio dos sintomas ulcerosos e cura da cratera ulcerosa. As drogas neutralizadoras e inibidoras do ácido bem como agentes protetores da mucosa são utilizadas para o alívio dos sintomas e para promover a cura da cratera ulcerosa. Não existem evidências de que uma dieta especial seja benéfica no tratamento da úlcera péptica. A aspirina e AINE devem ser evitadas sempre que possível.
Ele requer terapêutica combinada que inclui dois antibióticos e bismuto ou um inibidor da bomba de prótons. Os antibióticos que demonstram ter grande eficácia contra agentes, como o H. Pylori, são a claritromicina, metronidazol, amoxicilina e tetraciclina. Compostos de bismuto em diversas formulações são utilizados para tratar a dispepsia, doença ulcerosa péptica e diarréia. O único agente disponível nos Estados Unidos é o Pepto-Bismol. O bismuto promove a cura da úlcera através de estimulação da produção de bicarbonato e prostaglandinas pela mucosa. Também possui um efeito antibacteriano completo contra o H. Pylori. O bismuto provoca um escurecimento não-patológico das fezes.
Helicobacter Pylori:
Este é o nome da bactéria causadora de infecção no estomago. Esta infecção pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como gastrite, úlcera e câncer de estômago. O H. Pylori é uma frágil bactéria cujo meio ambiente é no muco protetor do estômago. Alguns dos sintomas causados por ele é náusea, dores no estômago, queimação, digestão difícil dos alimentos e sensação de estufamento, bactéria que está presente em mais de 50% da população mundial. 
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