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Cuidados de Enfermagem à Gestante

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM À GESTANTE SADIA E DE ALTO RISCO
A assistência à gestante deve ser progressiva e integral. Para isto deve receber atenção suficiente e na intensidade desejada, de acordo com suas necessidades básicas e, portanto, por uma equipe multiprofissional.
A prestação da assistência de enfermagem em atividades diretas e sistemáticas junto às pacientes, proporciona maior dinamização ao programa materno-infantil. Os danos redutíveis através de ações educativas, podem ser tratados a nível de atenção de enfermagem.
Pelo seu preparo a enfermeira está apta para atuar com pacientes em estado de saúde e de doença. Ela provê serviços diretos de enfermagem, mas também ensina às gestantes prepararem-se para o auto-cuidado.
 
CARACTERÍSTICAS DA ASSISTÊNCIA À GESTANTE SADIA
No Ambulatório de Pré-Natal do HCPA é proposto à gestante um atendimento mensal até o 7.º mês de gestação e do 7.o ao 9 .0, quinzenal, ou semanal, quando necessário.
A gestante é acompanhada através de:
- consulta à gestante de alto risco - consulta médica;
- consulta à gestante sadia - consulta médica e consulta de enfermagem;
- entrevista à gestante de alto risco - entrevista de enfermagem.
A entrevista à gestante de alto risco e a consulta de enfermagem à gestante sadia são realizadas por Enfermeira Obstétrica, com treinamento especial no serviço. A consulta de enfermagem é a atividade independente em que a gestante é atendida de forma sistemática e contínua, enquanto que a entrevista de enfermagem é a atividade interdependente em que a enfermeira supervisiona o seguimento da terapêutica médica, define e orienta os aspectos de educação relacionados aos problemas de saúde e à higiene pré-natal.
A inscrição da gestante no Serviço de Pré-Natal é realizada através da consulta médica, ocasião em que se procede a avaliação e encaminhamento das gestantes sadias, para a consulta de enfermagem, e das de alto risco para a entrevista de enfermagem. No atendimento à gestante compete à Enfermeira Obstétrica:
- fazer a inscrição da gestante;
- realizar a consulta de enfermagem à gestante sadia;
- realizar entrevista de enfermagem à gestante de alto risco;
- fazer controle de retornos;
- programar e promover trabalho de grupo com gestantes (CURSO PSICOPROFILÁTICO).
 
A CONSULTA DE ENFERMAGEM é a atenção de enfermagem prestada à gestante sadia, de modo sistemático e contínuo, tendo em vista o transcorrer de uma gestação, parto, puerpério e recém-nascido normais.
DURAÇÃO DA CONSULTA - está prevista para ser realizada em 30 minutos.
A consulta de enfermagem é alternada com a consulta médica, tendo pois, 50% das consultas previstas para a gestante sadia.
AÇÕES COMPONENTES DA CONSULTA - na realização da consulta, a enfermeira executa as seguintes ações:
1.º - avaliação dos resultados dos exames laboratoriais realizados pela gestante;
2.º - histórico de enfermagem para identificação do perfil da gestante, visando orientá-la no atendimento às suas necessidades básicas e psico-sociais, baseada na investigação de:
- percepções e expectativas relacionadas à gestação;
- hábitos anteriores quanto ao sono, repouso, atividades físicas, recreação, alimentação, uso de fumo e álcool, eliminações e higiene pessoal;
- aspectos relacionados à sexualidade;
- aspectos relacionados a sinais e sintomas na gestação;
- constelação familiar;
- atividade profissional;
- atividade na comunidade;
- condições sócio-econômicas;
- condições da habitação quanto à localização, tipo, dependências, ventilação, água, esgoto, instalação sanitária, lixo, luz, presença de animais e insetos.
3.º - exame físico, que consta basicamente de:
- controle de pressão arterial;
- avaliação de estado nutricional da gestante, através do controle ponderal sistemático, da observação e de dados levantados no histórico de enfermagem, quanto aos hábitos alimentares;
- observação de alterações como edemas, varizes, erupções cutâneas, problemas de mamas...
4.º - exame obstétrico, feito através de:
- medida da circunferência abdominal e altura uterina;
- execução de manobras de palpação;
- ausculta dos batimentos cardíacos fetais;
- toque vaginal, quando indicado.
5.º - definição de problemas a nível de atenção de enfermagem e organização de um Plano Assistencial.
6.º - orientação da gestante de acordo com os problemas identificados, considerando necessidades individuais, normas e rotinas do serviço.
7.º - agendamento para imunização antitetânica e cursos desenvolvidos no serviço.
8.º - encaminhamento para outros locais (Laboratório, Serviço Social, Serviço Odontológico, Maternidade, Serviço de Puericultura, Clínica de Planejamento Familiar...).
9.º - registro de consulta no prontuário.
No esquema de orientação prestada à gestante, foi dada ênfase a:
- Orientação e controle dietético. Tendo como base a identificação dos hábitos alimentares da gestante, de suas preferências, do poder aquisitivo da família, orienta-se quanto à importância da alimentação balanceada no período gestacional e é fornecido cardápio adequado quanto a tipos de alimentos, quantidade e frequência. Para isso considera-se a utilização dos alimentos de fácil obtenção no meio. Desta forma realiza-se a promoção da saúde e prevenção de complicações materno-fetais;
- ensino e supervisão da gestante quanto aos cuidados básicos de higiene pré-natal, salientando-se higiene pessoal, do vestuário, atividade e repouso, divertimentos, atividades sexuais e higiene da habitação;
- orientação quanto à vacinação antitetânica, necessidade da mesma, número de doses, importância dos retornos. Agendamento para a aplicação do Anatox Tetânico;
- orientação quanto à identificação dos sinais e sintomas de trabalho de parto, conduta no parto e puerpério, com especial referência à revisão puerperal e planejamento familiar;
- orientação quanto à utilização dos recursos da Comunidade;
- informação quanto à assistência prestada ao recém-nascido, no Serviço de Puericultura do HCPA, motivando a paciente a realizar o registro precocemente;
- motivação e inscrição das pacientes para participação em atividades de grupo.
Cuidados na gravidez de alto risco 
A gravidez é um fenômeno fisiológico que acontece, na maioria das vezes, sem intercorrências. No entanto, em decorrência de alguma característica específica ou de algum agravo apresentado pela mulher desde o início da gravidez ou durante o seu percurso, algumas gravidezes podem ser denominadas de gestação de alto risco, por apresentarem uma maior chance de evoluírem de forma desfavorável – tanto para a mãe, quanto para o feto. As ações de promoção de cuidados de enfermagem realizadas com mulheres classificadas como gestantes de alto risco durante o cuidado pré-natal atual, grande parte recebe o diagnóstico por apresentar, no evento gestacional anterior e/ou atual, fatores de risco como: morte fetal, má formação fetal, trabalho de parto prematuro, descolamento prematuro de placenta, doenças hipertensivas, diabete gestacional, infecção do trato urinário, distúrbios psiquiátricos, dependência química, cardiopatias, epilepsia, obesidade, idade menor ou igual a 16 anos e maior ou igual a 40 anos, entre outros fatores. Os assuntos trabalhados nos Grupos versam sobre a importância do pré-natal, cuidados com a gestação atual, modificações corporais e alterações emocionais causadas pela gravidez, aleitamento materno, sinais de alerta, sinais e sintomas do trabalho de parto, tipos de parto, cuidados com o bebê, direitos da gestante, medos e angústias. Estes temas costumam ser escolhidos pelas participantes, sendo expostos oralmente e na forma de materiais impressos para posterior discussão e trocas entre o Grupo. A maioria das gestantes não compreende o motivo do diagnóstico, apresentando muitas dúvidas em relação à condição de risco que se encontram. As informações e orientações são passadas até total entendimento de todas as participantes a fim de facilitar a aceitação da condição de cada uma, bem como a adesão ao acompanhamento pré-natal e o sucesso
nos cuidados com a gestação. É um desafio ofertar e garantir um atendimento pré-natal qualificado a estas gestantes, principalmente em um município onde as taxas de mortalidade neonatal são altas. Porém, com a realização das atividades do Projeto já foi possível observar que aspectos importantes relacionados à situação de cada mulher têm sido esclarecidos, possibilitando que a mesma seja participante ativa no próprio cuidado, visando a diminuir os riscos e complicações relacionados a uma gestação de alto risco.
VANTAGENS DO PRÉ – NATAL.
Promove a redução dos:
Partos prematuros;
De cesárias desnecessárias;
Crianças com baixo peso ao nascer;
De complicações de hipertensão arterial na gestação, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.
EXAMES QUE PODEM DETECTAR DOENÇAS QUE PODEM SER PREVENIDAS.
Glicemia.
Grupo sanguíneo e fator Rh.
Anti-HIV.
Exame para detectar a sífilis.
Exame de urina.
ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL.
ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL PARA GESTANTES.
Ingerir alimentos ricos em ferro.
Ácido fólico .
Vitaminas.
Minerais.
Carboidratos.
Proteínas.
Consuma líquidos regularmente. Isso previne a desidratação, prisão de ventre e infecções no trato urinário.
ALIMENTOS A GESTANTE NÃO DEVE CONSUMIR
Evitar ao máximo alimento que podem conter salmonela.
Alimentos diet ou light e adoçantes sem orientação médica.
Cuidados de Enfermagem centrados na Criança
Enfermagem Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que se dedica ao cuidado do ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde o nascimento até a adolescência.
Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência.
Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento até completar 28 dias;
Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento.
Hebiatria: é o ramo da medicina que trata das alterações típicas da adolescência.
Classificação da infância em grupos etários:
Período neonatal: 0 a 28 dias;
Infância: de 29 dias a 10 anos
Lactente: 29 dias a 2 anos
Pré – escolar: 2 a 7 anos
Escolar: 7 a 12 anos
Adolescência: de 12 anos a 18 anos.
RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO
O estabelecimento de um relacionamento terapêutico é o fundamento essencial para o provimento de um cuidado de enfermagem de qualidade.
O profissional Enfermeiro precisa estar significativamente relacionado à criança e sua família, mas saber separar-se e distinguir seus próprios sentimentos e necessidades, além de estimular o controle da família sobre a atenção à saúde da criança.
Deve ser atencioso, mas saber impor limites e manter uma comunicação aberta com a criança e a família.
As maiores dificuldades de se estabelecer um relacionamento terapêutico estão no ambiente de cuidado domiciliar, principalmente por se tratar de um ambiente informal.
O Enfermeiro deve:
Ajudar as crianças e familiares a fazerem opções conscientes e agirem de acordo com os interesses da criança.
Trabalhar com os familiares de modo a identificar suas metas e necessidades e planejar as intervenções que melhor solucionam os problemas identificados.
Informar adequadamente à criança e sua família sobre tratamentos e procedimentos.
Encorajar que a família faça parte nos cuidados à criança e que mudem ou apoiem as práticas de atenção à saúde existente.
Fazer provisão de cuidados terapêuticos nos serviços que visa o uso de intervenções que eliminam ou minimizam o desconforto psicológico e físico experimentado pelas crianças e seus familiares.
Prevenir ou minimizar a separação da criança de sua família.
Promover o senso de controle.
Prevenir ou minimizar a lesão corporal e a dor.
Melhorar o relacionamento pais-filho durante a hospitalização.
Preparar a criança antes de qualquer tratamento ou procedimento não-familiar.
Garantir a privacidade da criança.
Oferecer atividades recreativas que possibilitam que a criança expresse seus medos e agressividade.
Respeitar as diferenças culturais.
CUIDADO DOMICILIAR CENTRADO NA CRIANÇA E SUA FAMÍLIA
O sucesso em implementar os cuidados de enfermagem no ambiente domiciliar é construído sobre uma base de colaboração entre a família e o profissional. Tendo como premissas:
Comunicação com diálogo e escuta ativa.
Consciência e aceitação das diferenças.
Negociação.
O Enfermeiro deve assegurar às famílias o direito ao sigilo das informações coletadas no histórico de enfermagem.
Em situação de discordância entre família e profissional quanto aos procedimentos apropriados para o cuidado com a criança, deve-se respeitar as preferências paternas, desde que não traga risco ou prejuízos à saúde da criança.
Sempre respeitar as diferenças culturais e não fazer julgamentos.
Atentar-se para a curiosidade das crianças:
Medicamentos, agulhas, seringas e quaisquer materiais contaminados devem ser armazenados com segurança.
CUIDADO HOSPITALAR CENTRADO NA CRIANÇA E NA FAMÍLIA
Impacto da hospitalização na criança
Ansiedade e medo da separação da família.
Regressão de comportamento.
Perda de “controle” e “poder”:
Perda de confiança.
Perda de autonomia e estabilidade decorrente à mudança de hábitos.
Perda da privacidade.
Comprometimento do rendimento escolar.
Pensamento imaginário de que a hospitalização é uma forma de punição.
Sentimentos profundos de raiva, tristeza e negação.
Condutas de enfermagem que minimizam o estresse na hospitalização
Histórico de enfermagem na admissão que assegure uma coleta sistemática de dados da criança e família, o qual permitirá planejar um cuidado individualizado.
DESAFIO:
Avaliar os hábitos de vida da criança em casa de modo a promover um ambiente doméstico no hospital.
Permitir que os pais ou responsáveis fiquem ao lado dos filhos durante a hospitalização e procedimentos.
Familiarizar a criança e família sobre as instalações da enfermaria.
Estimular o autocuidado.
Permitir e orientar que a criança e família participem de cuidados e/ou procedimentos.
Criar ambiente agradável e amistoso.
Ter um local reservado para procedimentos dolorosos.
Cuidado com acidentes.
Buscar apoio da psicopedagogia hospitalar:
Propiciar atividades de acordo com a etapa de desenvolvimento da criança.
Oferecer oportunidades recreativas para as crianças e sua família.
Escuta terapêutica para crianças e sua família.
DOR
A partir dos três anos a criança já é capaz de comunicar a dor que está sentindo.
Embora não tenha capacidade de descrever o tipo ou intensidade da dor, elas podem localizá-la ao apontar para uma área específica. 
“DOR - Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiências anteriores.” IASPInternational Association for the Study of Pain
Nunca subestimar a dor em criança.
Muitas vezes ao indagar as crianças sobre a dor elas podem negá-la por temerem receber “injeção” ou por acreditarem merecer uma punição por algum erro.
Podem também negar a dor para um desconhecido, mas rapidamente admiti-la para os pais.
Atentar para as respostas verbais, não-verbais e fisiológicas da dor:
Rigidez corporal, agitamento, retraimento local reflexo da área estimulada.
Choro alto, gritos, face de dor ou raiva.
Falta de colaboração, solicita o término do procedimento.
Expressões como: “Ai”, “Ui”, “Isto dói”, “Você está me machucando”, “Espere um pouco”.
Aumento da PA, FR e FC.
Escalas e instrumentos utilizados na avaliação da dor na criança
FACES
Utilizada em crianças até 3 anos.
FACE 0 sem dor
FACE 1 dói um pouco
FACE 10 dói o máximo.
Utilizada em crianças de 3 a 12 anos
0 significa
sem dor
10 significa muita dor
Encorajar pais e crianças maiores a expressarem o que dói, como dói e como aliviar a dor.
Administrar analgésicos corretamente.
Controle não-farmacológico da dor.

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