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Contrato de Depósito - Civil

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Contratos:
Depósito
Conceito: Contrato real em que o depositante transfere ao depositário coisa móvel para fins de guarda e conservação, e posterior restituição. 
A guarda deve ser feita com zelo e diligência.
Coisa móvel: Bem móvel não fungível, tendo em vista que o depositário não pode restituir coisa diversa (=deve ser o mesmo objeto); ou fungível (com algumas considerações).
Não fungíveis: Bens não passiveis de substituição na mesma quantidade, qualidade e espécie.
Não cabe depósito de imóveis. 
Interesse: O depósito é feito no interesse do depositante, normalmente quando se trata de depósito gratuito, de que o depositário exerça a guarda e conservação do bem e o restitua posteriormente no mesmo estado em que foi traditado; Já no oneroso, passa a ser um interesse do depositário em receber a remuneração. 
Cabível depósito de semovente (animais). 
Depósito X Comodato
No depósito o interesse é de quem entrega o objeto (depositante), salvo nos casos de depósito oneroso;
No depósito vislumbra a guarda e conservação, além de restituição; Já no comodato ocorre o contrário, a finalidade do contrato é o uso (o comodatário quer pegar emprestado para usar, e o comodante esta a fazer uma liberalidade). 
A responsabilidade civil: O comodatário quando toma emprestado tem a prerrogativa do uso (empréstimo) de graça, por isso na hipótese do desastre, calamidade se priorizar o salvamento dos bens pessoais em detrimento dos bens em comodato, responde por perda ou deterioração por caso fortuito ou força maior (enchente, vendaval etc). Já o depositário, na modalidade gratuita, não há prerrogativa de uso e sim um favor gratuitamente, sendo assim o interesse não é do depositário, somente o ônus; 
 Exceto nos casos onerosos, onde a responsabilidade aumenta.
Não é possível deposito de bens imóveis, diferente do comodato. 
Não há comodato de coisa móvel fungível, como o dinheiro, diferente do deposito na modalidade irregular.
Espécies 
Voluntário: Aquele em que o depositante possui liberdade de escolha. Ou seja, o depositante escolhe o depositário (exemplo: amigos, familiares), decorrente da vontade e não da necessidade.
Natureza jurídica:
Real: Só se inicia com a tradição (entrega da res). 
Se houver desistência antes da tradição a responsabilidade civil é aquiliana (extrancontratual), ou seja, havendo desistência injustificada causando prejuízo (má fé). Salvo, se houver promessa de depósito (compromisso), cabendo a execução especifica, somente quando se tratar de contrato de depósito oneroso.
Não solene: Não possui forma prescrita em lei, sendo escrito somente para meio de prova.
Unilateral e Gratuito: Quando só gera obrigações ao depositário (não há sacrifício pelo depositante).
Conhecido com favor do amigo no Direito Frances. 
Presume-se gratuito quando ocorre entre particulares.
Bilateral e oneroso: Gera sacrifício patrimonial tanto ao depositário quanto ao depositante e, por conseguinte, obrigações recíprocas.
Cabe exceção do contrato não cumprido: Se uma das partes não cumprir sua parte, o contrato pode ser extinto.
Personalíssimo “intuitue personae”: Relativo, somente quando na modalidade gratuita. Se baseia na confiança.
Por esse motivo a morte de qualquer das partes extingue o contrato., salvo se possui caráter econômico (ex. instituição bancaria). 
Necessário: Deposito que se faz em casos de calamidade, desastre ou catástrofe. Além daquele que decorre de contrato de hospedagem (hotel – bagagem), transporte, etc.
Hotel como depositário da bagagem do hóspede: 
Natureza jurídica:
Oneroso: Gera sacrifício patrimonial, todos os contratos necessários presumem-se onerosos. 
Não exige prova escrita.
No caso do hotel já esta incluso no preço da diária. 
Real: Depende da entrega da res.
Sem prova escrita
Obrigações:
Do depositário 
Guardar: Guardar o objeto com diligencia 
Conservar: Preservar o bem com zelo e diligencia como se fosse o dono, por exemplo, pode incluir alimentar, comprar remédio, levar ao médico ou veterinário
Restituir: Restituição do objeto por estar em posse alheia, no momento em que o depositante reivindicar. 
Se não restituir viola a confiança do depositante e caracteriza uma posse injusta.
Gratuito
Obs: 
Restituição antes do prazo (gratuito): O depositário, agindo por liberalidade 
(contrato gratuito), pode se ver em uma situação emergencial (urgência e necessidade) e restituir antes do prazo sob pena de consignação judicial.
Pleito do depositante: Pode o depositante pleitear a restituição a qualquer momento.
Art. 652. Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos.
Responsabilidade Civil Subjetiva do Depositário (regra geral – art. 389 CC)
A responsabilidade do depositário depende do elemento da culpa, isto é, da conduta reprovável, negligente, imprudente e até dolosa.
Presunção: Trata-se de uma presunção de culpa do depositário, sendo incumbido a ele o ônus da prova (deve provar – inversão do ônus da prova). A responsabilidade aumenta quando o contrato é oneroso.
Depósito oneroso: Por exemplo, nas relações de consumo há uma responsabilidade civil objetiva, cabível ação regressiva (teoria do risco da atividade).
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
Quando a responsabilidade civil for objetiva e presunção é relativa, admitindo prova em sentido contrária.
Únicas hipóteses de prisão civil (prisão sem crime):
Devedor de alimentos; e
Depositário infiel 
Art. 5 CF (...) - LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Súmula Vinculante nº 25 STF
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
Os pactos que versam sobre direitos humanos ingressam no direito brasileiro com força de norma constitucional.
Restituição do Objeto, deve ser:
 Mesmo estado: Como foi recebido.
 Local: Deve ocorrer no mesmo local que recebeu, salvo cláusula em sentido contrário.
 Terceiro: Notificado de que o objeto pertence a terceiro, o depositário não pode restituir ao depositante e sim ao terceiro (princípio da boa fé).
Restituição obrigatória - Exceções
O depositário é sempre obrigado a restituir, salvo nos casos de ordem judicial e:
Recusa – suspeita: Quando há suspeita de crime. Exemplo: Objeto produto de roubo.
Possibilita o deposito em juízo. 
Retenção: Não restituição pelo exercício do direito de retenção, por exemplo, quando locatário ou comodatário está na posse de coisa alheia e há despesas ou prejuízos, então compelem o depositante a efetuar o reembolso e indenização.
Frutos
Do depositante: Não são especificas do contrato
Reembolso de despesas;
Indenização pelo prejuízo;
Remuneração, quando oneroso o contrato.
Depósito Irregular: Trata-se do depósito de bem móvel fungível. 
Quando era possível a prisão do depositário infiel os bancos queriam voltar para a Idade Média e pedir a prisão do devedor inadimplente (como se fosse um depositário infiel que não restituiu o dinheiro tomado emprestado).
Por isso, o legislador se preocupou em estabelecer que se o depósito tiver por objeto coisa fungível, então aplicam-se as regras do contrato de mútuo. Ou seja, se o depósito for de dinheiro a tradição transfere o domínio, sendo restituídas outras notas (o mutuário passa a ser dono). 
Herdeiros: A morte de qualquer das partes extingue o depósito quando for gratuito. No entanto, sendo oneroso irá persistir, por não ser um contrato personalíssimo. 
No caso do herdeiro do depositário, este vindo a alienar o objeto do depósito a terceiro, deverá auxiliar o depositante na busca para reivindicação do objeto que por erro alienou. 
Ou seja, o herdeiro dodepositário, nos casos de contrato oneroso, deverá avisar ao depositante para quem o objeto foi alienado. 
Na hipótese de não ser possível recuperar, deve restituir em pecúnia o valor.
Ex: terceiro que adquiriu o bem está em local incerto e não sabido. 
Cláusula de irresponsabilidade: NULA. 
Ou também chamada de clausula de não indenizar é nula, ate porque nestes estabelecimentos se trata de uma responsabilidade civil objetiva típica das relações de consumo. Neste caso, devem provar culpa exclusiva da vítima para se isentar. 
Exemplos: Casos em que os estacionamentos não se responsabilizam por objetos deixados no veículo. Neste caso, havendo um roubo e dentro do carro uma joia, deve haver prova pelo depositante.
No caso de malas extraviadas, se a cia aérea não disponibilizar a ficha para preenchimento aos passageiros para informar os bens deixados na mala, irá se responsabilizar pelo que o depositante (passageiro) dizer que tinha. 
Em hotéis, pode o mesmo alegar que disponibilizou cofre caracterizando uma culpa concorrente. 
Cia aérea e hotéis: Depósitos necessários. 
Extinção – hipóteses 
Termina sempre que o depositante pleiteia;
Quando o depositário não puder por questão emergencial, no caso de contrato gratuito;
Termina no prazo, quando se trata de contrato por prazo certo;
Perda do objeto ou perecimento;
Nulo= quando uma das partes for absolutamente incapaz; ou
Anulável= por vicio de consentimento.

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