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Síndrome de Rett (2)

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FACULDADE REDENTOR 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
GENÉTICA 
 
 
 
 
JULIA RODRIGUES GODOY 
KARIZA GUIMARÃES XAVIER 
LAILA IMACULADA RODRIGUES 
LAIS GRIPP MORAES 
LAURIVAN DE SOUSA OLIVEIRA 
LIVIA GOMES BERINGER BRITO 
VICTOR BRUNO TEODORO DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE RETT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA, RJ 
1º semestre de 2017 
 
 
FACULDADE REDENTOR 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
JULIA RODRIGUES GODOY 
KARIZA GUIMARÃES XAVIER 
LAILA IMACULADA RODRIGUES 
LAIS GRIPP MORAES 
LAURIVAN DE SOUSA OLIVEIRA 
LIVIA GOMES BERINGER BRITO 
VICTOR BRUNO TEODORO DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE RETT 
 
 
 
 
 
Projeto Acadêmico apresentado ao 
componente curricular da disciplina 
de Genética, solicitado pela 
professora Ludmilla Rangel. 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA, RJ 
1º semestre de 2017 
 
 
Resumo: 
A Síndrome de Rett é uma doença genética que afeta, na maioria dos casos, o 
sexo feminino. É uma consequência da mutação do gene MECP2 localizado no 
cromossomo X, assim quando é expressa uma vez, como no sexo masculino, 
pode ser letal, salvo as meninas que por possuírem dois X, um dos 
cromossomos contrabalança em parte o desequilíbrio causado. Grande parte 
dos recém-nascidos com a síndrome de Rett se desenvolvem, aparentemente, 
normal nos seus primeiros meses de vida, mas, por volta do 6º mês, os 
primeiros sintomas começam a aparecer. Com o passar do tempo, as crianças 
afetadas passam a apresentar deficiências nos movimentos, coordenação e 
comunicação, podendo prejudicar, também, a capacidade de usar as mãos e 
andar. Por muito tempo esta síndrome foi diagnosticada como autismo ou 
paralisia cerebral, erroneamente. Porém, hoje, há informações corretas sobre a 
doença, que apesar de ainda não ter cura, há tratamentos inovadores sendo 
estudados. 
Palavras-chave: Síndrome de Rett, mutação e doença genética. 
Abstract: 
Rett syndrome is a genetic disease that affects, in most cases, the female sex. 
It is a consequence of the mutation of the gene MECP2 located in the X 
chromosome, so when it is expressed once, as in the male sex, it can be lethal, 
except for the girls that, because they have two Xs, one of the chromosomes 
compensates the caused imbalance. Most newborns with Rett syndrome 
develop, apparently, normal in their first months of life, but by the 6th month the 
first symptoms begin to appear. Over time, the affected children are deficient in 
movement, coordination and communication, which may impair their ability to 
use their hands and walk. For a long time this syndrome was diagnosed as 
autism or cerebral palsy, erroneously. However, today there is correct 
information about the disease, that although there is still no cure, there are 
innovative treatments being studied. 
 
Key-words: Rett syndrome, mutation and genetic disease. 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução .................................................................................................. 5 
2. Cariótipo ..................................................................................................... 6 
3. Fenótipo ..................................................................................................... 8 
4. Tratamento ............................................................................................... 11 
5. Estudo de Caso ........................................................................................ 14 
6. Conclusão ................................................................................................ 15 
7. Referências .............................................................................................. 16 
 
 
 
5 
 
1. Introdução 
 
A síndrome de Rett surgiu entre o final da década de 1950 e início da década 
de 1960, essa síndrome é representada por um distúrbio no desenvolvimento 
neurológico humano. O gene MECP2 localizado no cromossomo X, é 
diretamente afetado, causando desordem no desenvolvimento de suas funções 
dentre elas, o controle de outros genes além, da perda da função da proteína 
(MECP2), essa proteína atua diretamente no desligamento de alguns genes 
que atuam durante a etapa do desenvolvimento neural, resultando em perdas 
no desenvolvimento do sistema nervoso central. 
A maior incidência de casos de síndrome de Rett ocorre em pessoas do sexo 
feminino, independente da raça, sendo uma doença bastante rara. Os 
primeiros sinais começam a surgir geralmente entre a 6° e 18° mês de vida, na 
maioria dos casos evidenciando comportamentos extremamente calmos, em 
relação a outros indivíduos sem a doença, diminuição nas medidas do 
perímetro cefálico, atraso no desenvolvimento, são alguns dos sinais 
apresentados. Ao longo da idade são observadas mais manifestações como, 
perda de habilidade motora, mudanças comportamentais e irritabilidade. 
O diagnóstico da síndrome de Rett é feito através de exame laboratorial, 
buscando-se alterações nos genes MECP2 ou em outros genes e através de 
diagnóstico molecular. Até o momento não existe cura para a síndrome de Rett, 
o tratamento é feito com o intuito de controlar a doença, aliando o uso de 
medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia e uma boa alimentação. 
Nos últimos 25 anos o conhecimento e o aperfeiçoamento da síndrome de Rett 
teve uma grande evolução no tratamento. 
Embora, ainda se trate de uma doença muito desconhecida para segmentos 
sociais e científicos. Devemos ressaltar que há muitos médicos, terapeutas e 
educadores que não fazem ideia o que é a síndrome de Rett e muitos deles 
que já ouviram falar sobre essa doença permanecem desinformados sobres os 
avanços no conhecimento clínico e terapêutico obtido especialmente nesta 
última década. 
 
 
6 
 
2. Cariótipo 
 
A síndrome de Rett é uma doença genética, por consequência da mutação no 
gene MECP2, com variações clínicas que podem ser explicadas por diferentes 
mutações nesse gene. Considerada uma mutação com herança dominante 
ligada ao X, no qual o lócus está localizado no braço longo do cromossomo X, 
a síndrome afeta meninas, e é letal no sexo masculino. Em 1999, o gene 
MECP2 foi identificado nos pacientes com a síndrome clássica. A partir de 
então, mais de 20 tipos de mutações no gene MECP2 foram descritas, 
relacionando-se a variabilidade do quadro clínico com a variação alélica. O 
diagnóstico da SR pode ser realizado através da verificação da alteração 
molecular, usando técnicas de PCR. 
A grande maioria dos casos de síndrome de Rett se compõe de casos isolados 
dentro de uma família, exceção feita à ocorrência em irmãs gêmeas; porém, 
casos familiares têm sido observados. Nos casos do sexo masculino foi visto 
fenótipo de SR com cariótipo 47 XXY (segue figura abaixo), assim como se 
identificou a mutação no gene MECP2 em meninos com encefalopatia neonatal 
grave. 
Observaram-se casos nos quais meninos, irmãos de meninas com a Síndrome 
de Rett, nasciam com uma doença encefalopática com óbito precoce. Dessa 
forma, poucos casos foram descritos, nos quais um fenótipo similar ao da SR 
foi observado em meninos. Em geral, constituíam apenas um sugestivo do 
diagnóstico, com sinais e sintomas presentes de forma bastante atípica e 
parcial. Recentemente, houve estudos indicando que cerca de 75% a 80% de 
pacientes com a forma clássica da SR têm mutações no gene MECP2. 
Considera-se que a proteína MeCP2 produzida pelo gene, funciona como 
repressor global de transcrição. Como essa proteína possui alguns diferentes 
sítios de ação, acreditasse que as diferentesmutações encontradas no gene 
seriam responsáveis pelos diferentes fenótipos observados nos portadores de 
SR. 
Sabemos, hoje, que alguns meninos portadores das mesmas mutações podem 
sobreviver, apresentando um quadro encefalopático totalmente distinto do 
quadro clínico clássico da SR no sexo feminino. Também se aceita que a 
 
7 
 
pesquisa de mutações no gene MECP2 esteja justificada em meninos com 
formas severas de encefalopatia que não tenham alguma etiologia claramente 
definida. 
 
 
8 
 
3. Fenótipo 
 
O fenótipo padrão clássico para determinar a síndrome de Rett é diagnosticado 
em exames clínicos, realizados através de exames laboratoriais buscando o 
MECP2. Em estágio inicial, o diagnóstico clínico pode ser dificultado, sendo 
confundido com Autismo Infantil ou Paralisias cerebrais. Além deste 
diagnóstico devem ser analisados os seguintes aspectos: 
• Ser normal ao nascer; 
• Retardo no desenvolvimento do perímetro cefálico pós-natal; 
• Ausência de habilidades motoras manuais que seriam adquiridas; 
• Regressão psicomotora com falta de interesse em interação social, 
dificuldade comunicativa, capacidade cognitiva comprometida; 
• Dificuldade ao locomover, com uma disfunção na marcha; 
• Refluxo gastresofágico. 
 
Existem os casos não clássicos da síndrome, sendo assim, os pacientes 
devem apresentar pelo menos três dos seis critérios maiores e cinco dos onze 
critérios menores, sendo eles: 
 
 Critérios Maiores: 
• Ausência ou redução de habilidades manuais; 
• Redução da fala, ou apenas balbucios; 
• Redução ou perda de habilidades de comunicação; 
• Retardo no crescimento periférico cefálico no início da vida; 
• Desordem da síndrome: ocorre uma regressão da síndrome, seguida de 
recuperação de interações sociais e envolvidas a regressões 
neuromotoras lentas. 
 
Critérios Menores: 
• Complicações respiratórias; 
• Aerofagia; 
• Bruxismo; 
 
9 
 
• Dificuldade de locomoção; 
• Escoliose; 
• Atrofia de membros inferiores; 
• Intenso contato visual; 
• Menores respostas a dor; 
• Quadros de gritos e risadas; 
• Hipotermia; 
• Distúrbios de sono com terrores noturnos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Além disso, existem as formas atípicas da síndrome, sendo elas com as 
características: 
• Crises epilépticas; 
• Não ocorre desenvolvimento precoce normal, devido a uma forma 
congênita; 
• A fala permanece inalterada, ou seja, neste caso fica normal; 
• “Foram Frustra”, manifestação tardia dos sintomas e sinais. 
 
No caso de meninas portadoras da Síndrome de Rett, têm-se os seguintes 
padrões bem definidos de fenótipos: 
• Desenvolvimento precoce normal (aparentemente); 
• Não há desenvolvimento da menina; 
• Diminuição do contato social; 
• Habilidades manuais fracas; 
• Retardo mental severo; 
• Fase estável: melhora no contato social; consegue fixar o olhar e há 
redução das funções motoras. 
 
 
 
11 
 
Segundo a ANPAR (Associação Nacional de Pais e Amigos de Rett) estes são 
os estados evolutivos clínicos para a Síndrome: 
1ª fase: 
• Inicio: de 6 a 18 meses. 
• Duração: meses. 
• Atraso do desenvolvimento psicomotor e do crescimento cefálico. 
• Diminuição do interesse para o jogo. 
 2ª fase: 
• Inicio: de 1 a 3 anos. 
• Duração: desde algumas semanas para meses. 
• Fase de regressão rápida, deterioramento do comportamento, com 
perda do uso voluntário das mãos, e o aparecimento de estereótipos. 
• Crises convulsivas. 
• Manifestações autistas e perda do idioma. 
• Comportamento Auto estimulante, insônia e motricidade desajeitada. 
3ª fase: 
• Inicio: de 2 a 10 anos. 
• Duração: De meses para anos. 
• Fase de Estabilização Aparente. 
• Atraso mental severo. 
• Regressão das características autistas, com uma melhoria do contacto. 
• Crises convulsivas. 
• Características manuais estereotipadas: lavar de mãos. 
• Espasticidade, ataxia apraxia. 
• Disfunções respiratórias. 
4ª fase: 
• Inicio: Depois dos 10 anos. 
• Duração: anos, décadas. 
• Deterioração motora tardia. 
 
12 
 
• Perda da capacidade motora. 
• Escolioses, atrofias musculares, rigidez. 
• Síndrome piramidal e extrapiramidal marcados. 
• Redução da velocidade de crescimento com ausência de idioma. 
• Melhora do contato visual. 
• Crises convulsivas menos severas. 
• Alterações tróficas. 
 
Fonte: ANPAR 
 
13 
 
4. Tratamento 
 
O tratamento para Síndrome de Rett não tem cura, mas há formas de melhorar 
a qualidade de vida do paciente. As pacientes que apresentam esta síndrome 
tem que ser acompanhadas a vida toda por um Pediatra na infância e 
adolescência e depois por Clínico Geral na vida adulta. 
Recomenda-se acompanhamento clínico semestral do Pediatra / Clínico Geral 
para: 
• Avaliação e acompanhamento dos sinais vitais, peso, altura e índice de 
massa corpórea; 
• Controles laboratoriais, de acordo com as necessidades clínicas e com 
as medicações utilizadas (especialmente os anticonvulsivantes, quando 
utilizados); 
• Avaliação do desenvolvimento, que inclui a identificação de novas 
aquisições e a observação de perdas cognitivas; 
• Detecção de presença de escaras, dermatites e lesões de mucosas 
(especialmente nas pacientes sem marcha); 
• Avaliação do tônus muscular, da postura e de contraturas; 
• Avaliação do aparelho circulatório e respiratório; 
• Avaliação da desenvoltura do cuidador; 
• Atenção aos aspectos emocionais da família. 
 
Uma das formas utilizadas são as diferentes intervenções terapêuticas em que 
o paciente pode ser submetido. Cada criança apesenta características 
diferentes uma das outras, encaixando-as em estágios diferentes, cabendo 
então ao terapeuta utilizar o recurso mais adequado para cada criança. 
O terapeuta pode utilizar a reabilitação aquática em que o objetivo principal é 
de tornar o paciente o mais independente para que consiga realizar as tarefas 
do dia a dia. Dessa forma, o papel do fisioterapeuta consiste em auxiliar os 
programas de terapias físicas e também terapias ocupacionais. E assim o 
Ortopedista vai avaliando a locomoção, movimento e a postura. 
 
14 
 
Na grande maioria dos casos de Síndrome de Rett ocorre o desenvolvimento 
da escoliose que é o desvio da coluna. Esses pacientes geralmente são 
submetidos ao tratamento cirúrgico da escoliose. 
Uma boa parte das pacientes com Sídrome de Rett apresentam alterações nas 
funções gastrointestinais com ajuda de um gastroenterologista é possível 
desenvolver um tratamento adequado para essas pacientes. 
A saúde sexual das pacientes com Síndrome de Rett parece ser bastante 
preservada em face dos demais prejuízos causados pela síndrome. Dessa 
forma, deve ser rigorosamente acompanhada pelo Ginecologista. 
Informações sobre o desenvolvimento sexual de moças com Síndrome de Rett 
ainda são escassas, mas alguns estudos já evidenciaram que a maturidade 
sexual é alcançada em essas pacientes podem engravidar e dar a luz de modo 
bastante normal cabe ao Ginecologista orientar a família sobre formas de 
interromper o ciclo menstrual. 
 
5. Estudo de Caso 
 
P.J. teve crescimento e se desenvolveu normalmente até os seus 18 meses de 
idade. Com 24 meses, começou a exibir uma desaceleração de crescimento da 
cabeça e progressiva perda de movimentos voluntários das mãos 
desenvolvendo assim contração repetitiva das mãos a partir dos 30 meses. 
Apresentando leve microcefalia, ataxia troncular, marcha apráxica e linguagem 
receptiva e expressiva prejudicada. Visto quenenhum outro membro familiar 
possuía doenças neurológicas, o neurologista propôs que P.J. tinha síndrome 
de Rett. E para provar foi feito um teste de DNA, que identificou uma mutação 
heterozigota em MECP2 que acabou causando a síndrome. 
 
 
15 
 
6. Conclusão 
 
A origem da Síndrome de Rett permaneceu desconhecida até 1999. A 
ocorrência no sexo feminino sugeria uma base Genética, nomeadamente uma 
mutação dominante no cromossomo X com efeito letal no sexo masculino. 
Neste contexto, o fato da maioria dos casos serem inesperados, sem outros 
familiares afetados, seria compatível com o aparecimento de novas mutações. 
A pesquisa feita em vários genes candidatos culminou na descoberta recente 
de mutações no gene MECP2 em várias crianças com síndrome de Rett. 
A proteína codificada pelo gene MECP2 está presente em quantidade 
considerável no sistema nervoso central (SNC). Mutações nesse gene 
representam em grande parte dos casos esta anomalia na estrutura da 
proteína codificada. Entretanto, as mutações no MECP2 não é a única fonte da 
síndrome, uma vez que esta também pode ser causada por fatores fenotípicos. 
A síndrome de Rett agrava gradualmente da primeira infância até a 
adolescência. Desde então, os sintomas podem estabilizar-se e, depois, 
melhorar. Os problemas respiratórios, por exemplo, tendem a diminui no início 
da fase adulta. Já a regressão no desenvolvimento é variável. Uma criança 
afetada pela síndrome, geralmente, é capaz de sentar-se corretamente, mas 
não consegue engatinhar. 
Da mesma maneira, algumas crianças andam de maneira independente, ao 
passo que outras apenas não aprendem a caminhar por conta própria até o 
final da infância ou inicio da adolescência. Estas que aprendem a andar no 
tempo normal, tendem a manter essa capacidade durante a vida toda, 
enquanto outras perdem a habilidade com o tempo. 
Contudo, a expectativa de vida para um indivíduo com a síndrome de Rett 
ainda não está esclarecida, embora se saiba que o tempo que um paciente 
pode viver costuma variar de pessoa para pessoa. As principais causas de 
morte coma doença são as complicações decorrentes de problemas cardíacos 
e respiratórios. 
 
 
 
16 
 
7. Referências 
 
• SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome de Rett. Revista brasileira 
de Psiquiatria, v. 25, n. 2, p. 110-113, 2003. VEIGA, Marielza Fernández; 
TORALLES, Maria Betânia Pereira. A expressão neurológica e o 
diagnóstico genético nas síndromes de Angelman, de Rett e do X-Frágil. 
Jornal de Pediatria, 2002. 
 
• Rett, S. Síndrome de Rett. Disponível em: 
<http://rettportugal.blogspot.com.br/p/sindrome-de-rett.html>. Acesso 
em: 7 maio. 2017. 
 
• Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo - Abre-Te. 
Disponível em: <http://abrete.org.br/sindrome_rett.php>. Acesso em: 8 
maio. 2017. 
 
 
• Síndrome de Rett - Sintomas, Tratamentos e Causas | Minha Vida. 
Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-
de-rett>. Acesso em: 17 maio. 2017.