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Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Educacional Leonardo Da Vinci
Maria Madalena da Cruz Batista
Marlene Almeida da Cruz
Nazareno do Socorro Almeida da cruz
Shirlene Corrêa Duarte
(PED 1564)
SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR II
CAMETÁ
2017
POR UMA ESCOLA PARA TODOS: NOVOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NA ATUALIDADE
Maria Madalena da Cruz Batista
Marlene Almeida da Cruz
Nazareno do Socorro Almeida da cruz
Sirlene Corrêa Duarte
Professor: Marcio Luiz Pinto Furtado
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSEVI
Licenciatura plena em Pedagogia –(PED 1564)- Seminário da Prática III
20/5/2017
RESUMO
O presente trabalho vem fazer uma analise e reflexão sobre o processo de inclusão dentro do ambiente escolar da Escola Municipal de Ensino fundamental Isabel Fernandes dos Santos, iremos abordar também a necessidade de ser ter profissionais preparados pra lhe dar com esse processo inclusivo dentro da escola, o “adjetivo” inclusivo é usado quando se busca qualidade para todos as pessoas com ou sem deficiência, o termo inclusivo já nos traz a tona a exclusão, para ser incluído necessita estar excluído. Iremos analisar como estar ocorrendo o processo de inclusão desses alunos ditos “especiais”, iremos também descrever o processo histórico da educação para pessoas com necessidades especiais e educacionais e propor ideias de melhorias para facilitar esse processo de inclusão dentro do ambiente escolar, mostrar uma face desses alunos, que ate o momento de nossas pesquisas estava desconhecido por nossa equipe, e que nos chamou muita atenção despertando assim a escolha de nosso tema, para esse trabalho tivemos muitos contatos com livros, artigos na internet, vídeos e visitas constantes na escola, entrevistas com pais, professores, alunos e diretor. Esperamos contribuir nesse processo de inclusão que já dura quase 10 décadas de luta. “É normal ser diferente”.
Palavras chave: Educação; Inclusão; Alunos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------4
2 O QUE É INCLUSÃO ESCOLAR --------------------------------------------------------------5
2.1 PROCESSOS HISTORICO DA EDUCAÇÃO PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS EM GERAL-----------------------------------------------------6
2.2 ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS ATRAPALHAM A QUALIDADE DE ENSINO EM UMA TURMA COMUM-----------------------------------------------------------------------8
3 A INCLUSÃO DOS ESTUDANTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS E EDUCACIONAIS -------------------------------------------------------------------------------------9
3.1 OS PROFESSORES ESTÃO PREPARADOS PARA A INCLUSÃO------------------10
3.2 QUEM TEM NECESSIDADES ESPECIAIS APRENDEM MESMO-----------------10
3.3 APENAS OS ALUNOS ESPECIAIS PRECISAM DE INCLUSÃO ESCOLAR-----12
3.4 O QUE É BULLING-------------------------------------------------------------------------------13
4 MELHORIAS SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO DOS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E EDUCACIONAIS-----------------14
5 CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------------16
6 REFERÊRENCIAS---------------------------------------------------------------------------------17
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo aprimorar nosso conhecimento sobre a inclusão dentro do ambiente escolar, reconhecendo a importância de tal conhecimento produzido para a vida pessoal de cada membro de nossa equipe.
A educação inclusiva vem sendo um dos temas mais citados ultimamente, apesar dessa luta durar a mais ou menos uma década, somente agora podemos ver uma grande melhoria a respeito.
A inclusão dos alunos que apresentam algum tipo de necessidades educacionais e especiais vem aumentando cada vez mais, e se torna ainda mais necessário um conhecimento maior sobre o assunto, como nos comportar perante esse aluno e como introduzi lós aos demais sem faze lós sentir excluídos? Esse é um grande desafio para todos.
 Sendo assim a escolha do tema “Por uma escola para todos: novos desafios da educação na atualidade” veio nos despertar uma sede do conhecimento muito grande sobre o assunto da inclusão dentro da escola, o presente trabalho irar somar em nosso futuro como educador, como pais e membros da sociedade.
Para nos aprofundar ainda mais no assunto recorremos aos livros, artigos na internet, vídeos, autores como SERRA, MANTOAN, frequentes visitas a escola Isabel Fernandes localizada na Vila de Porto Grande e entrevistas com os pais, alunos e professores de 1ª a 5ª serie do ensino fundamental.
Vamos falar um pouco mais sobre como funciona dentro da escola a inclusão desses alunos, e os desafios encontrados pela escola na atualidade frente a esse assunto que já vem a dez décadas de luta, mas apenas agora esta ganhando uma maior proporção.
Considerando a escola como uma das mais importantes instituições de socialização da criança, onde seus comportamentos passam a ser regulado em função de regras coletivas, o tema vem descrever alguns aspectos de como manter esse aluno taxado como ‘diferentes” parte da escola sem lhe conter de nenhuma atividade oferecida a ele por direito. Favorecendo assim aprendizagem do aluno.
Pra que esse aluno se sinta parte integral da escola como outro aluno qualquer é necessário que haja na escola profissionais preparados a lhe dar com esses alunos, estando sempre atentos as suas necessidades.
Iremos falar também da importância do acompanhamento dos pais perante a escola, nesse processo de inclusão desse aluno portador de necessidades especiais. O aluno precisa se sentir parte da classe do seu ambiente escolar. 
Nosso tema vem buscar aprimorar ainda mais o conhecimento sobre a realidade enfrentada hoje dentro do ambiente escolar, e como podemos ainda melhorar a respeito desse processo de inclusão que a escola vive nos dias atuais. Iremos também mostrar quais fatos fariam mudanças relevantes para melhorias desse processo de inclusão.
2. O QUE É INCLUSÃO ESCOLAR?
Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. Termo associado mais comumente a inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental
Recusar se a ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) é crime. Todas as instituições devem oferecer atendimento especializado, chamado de educação especial. No entanto o termo não deve ser confundido com escolarização especial, que atende os portadores de deficiência em uma sala de aula ou escola separada, apenas formadas de crianças com NEE. Isto também é ilegal.
“A inclusão é a nomenclatura dada ao somatório dos esforços em possibilitar não só o direito, mas o acesso e a garantia da educação a TODAS as pessoas inclusive àquelas consideradas “diferentes”, ou seja, àquelas que por algum motivo estão excluídas da sociedade: as crianças, os jovens e adultos, especificamente os que não concluíram a educação básica em tempo hábil, os grupos étnico raciais e a população mais pobre e das zonas rurais” (UNESCO, 2012)
E nesta parcela excluída da sociedade, também se encontram as pessoas com necessidades educacionas especiais: cegos, surdos, surdo-cegos, autistas, pessoas com altas habilidades (superdotação), a pessoa com deficiência mental ou intelectual, e outros.
 Um tempo atrás as escolas privadas aceitavam os alunos portadores de necessidades especiais cobrando uma taxa no valor de no mínimo R$ 150,00 reais alegando necessitar de um profissional especializado dentro da sala de aula junto dessa criança assessorando o professor. A nova legislação criada em julho de 2015 proibir essas escolas a efetuar qualquer tipo de cobrança extra pela aceitação dessas crianças, gerando com isso muitas polêmicas dentro das instituições de ensino particular.
A opinião compartilhada por especialistas, como a psicopedagoga Cibele Guimarães em entrevista ao jornal
nacional de janeiro de 2016 nos diz:
“Trabalhei muitos anos em escola particular e percebi que vivemos em uma indústria da educação. Elas são um negócio e, como tal, visam em primeiro plano, ao lucro e não à aprendizagem”
As escolas viam a aceitação desses alunos dentro da rede de ensino particular como um dinheiro a mais, sem se preocupar com o ensino e aprendizagem desses alunos, quando o cuidador não podia estar na escola esses alunos não tinham aula, na rede particular só se frequentava as aulas quando os cuidadores estavam disponíveis caso contrario passava se semanas sem aulas. Cuidador é o profissional que acompanha individualmente cada estudante com deficiência para que ele consiga realizar atividades como ir ao banheiro, comer ou a se comunicar. Ele é um professor especializado que oferece suporte para a escola regular ou particular. 
Mas será possível mudar essa visão apenas com a proibição de taxas ditas extras? Será que isso vai trazer mais benefícios a esses alunos? Obrigar as escolas a aceitação desses alunos é a melhor saída?
Uma infinidade de perguntas nos surge a cabeça, e apenas uma reposta, apenas uma saída nos vem à mente, seria ela o investimento cada vez mais no educador que lida com esses alunos preparando os mesmos para recebê-los, passar a eles conhecimentos iguais aos demais alunos ditos “normais” visando em primeiro, segundo e terceiro lugar a educação total desses alunos, tendo plano pedagógico eficaz para os mesmos. Seria esse o grande passo para essa educação inclusiva? Nos ariscamos dizer que SIM.
2.1 PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS EM GERAL.
Na idade media conceitos antamologicos sobre portadores de deficiencias caracterizavam os pensamentos da sociedade da epoca, logo ideia de educação a essas pessoas não era siquer cogitadas, elas eram totalmmentte excluidas da sociedade, vistas como demonios. Desde lá ate os dias de hoje foram mais ou menos dez decadas de lutas para que as pessoas portadoras necessidades especias pudessem ter acesso à educação.
Na data de 1994 ocorreu um movimento de escola inclusiva, ganhado projeção internacional com a declaração de salamanca, essa passou a defender a escola sem descriminação, dando efase a um ambiente capaz de acolher a todos, inclusive os portadores de necessidades especiais.
O professor precisa esta preparado para receber esse aluno dentro da sala de aula, sabendo lidar com suas dificuldades sempre buscando orienta los da melhor forma possivel. Podemos dar um exmplo de um aluno surdo dentro de uma sala de aula de ensino normal, onde no momento de divisão de grupo esse aluno fique fora de todos os grupos nunca sendo escolhidos pelos demais alunos. Logo o professor que vem preparado para tal situaçao no momento do anuncio do trabalho em grupo, irar por sua vez ele mesmo sortear os nomes dos alunos que iram compor o grupo de trabalho em clase, fazendo assim com que o aluno surdo não fique de fora e se interaja com os demias.
 Serra nos afirma completando nosso pensamento que:
“uma classe inclusiva é aquela que promove o desenvolvimento do seu aluno, e não apenas oferece a oportunidade da convivência social. Para algumas instituições, o fato de receber o aluno especial e matriculá-lo representa uma forma de inclusão, quando de fato não é assim que pode ser denominada. Para haver inclusão é necessário que haja aprendizagem e participação social.” (SERRA, 2008, p. 33).
A inclusão ela ocorre com o interagir do aluno com necessidades especiais com os outros alunos ‘normais”, é necessário que o professor saiba se portar perante uma classe que possua esses alunos, buscando sempre algo que o faça interagir com os demais seja em um trabalho escolar, em uma brincadeira de classe, esteja sempre atento com o aprendizado desse aluno, desenvolvendo métodos que o permita acompanhar as matérias de uma forma que ele possa compreender da mesma maneira dos outros alunos.
Poderíamos dizer que isso seria o ideal para ocorrer dentro do ambiente escolar, porem em nossas entrevistas fomos surpreendidos por alguns pais a respeito desse processo, há muito preconceito a respeito de alunos portadores de necessidades especiais dentro da classe junto com outros alunos ditos “normais”. Muitos pais sentem que seus filhos são prejudicados no aprendizado por conta desses alunos. Difícil de acreditar nisso não e mesmo? Em pleno século 21, em uma era tão moderna e tecnologicamente evoluída, possa haver pessoas com os pensamentos tão pequenos, por que apenas pensar que seu filho estar perdendo algo, por que não pensar que ele esta aprendendo mais com esses alunos “diferentes”, aprendendo a respeitar as diferenças dos outros, a ser solidário. Parece até piada saber que ate mesmo os pais dos portadores de necessidades especiais possuem esse tipo de preconceito, e por mais estranho que possa parecer sim eles possuem.
Segundo o ministério da educação 78% dos estudantes com deficiência estão matriculados na rede pública. Sem um acompanhamento apropriado e sem conhecimento sobre seus direitos muitos pais acabam retirando seus filhos da escola por preocupação com a aprendizagem dos filhos. Porém muitos outros pais buscam outras saídas, lutando pelos direitos de seus filhos em se manter dentro da escola pública, obtendo ensino de qualidade como qualquer outra criança.
 2.2 ALUNOS COM DEFICIÊCIAS ATRAPALHAM A QUALIDADE DE ENSINO EM UMA TURMA COMUM?
A professora “A” que prefere que seu nome não seja citado nos responde com total ênfase que não, segundo ela:
“Ninguém aprende de forma igual, seja ele portador de algum tipo de necessidade especial ou não, todos aprendem de sua forma, ou seja, de forma diferente um do outro”.
Ela nos explica que em sua classe existem dois alunos portadores de deficiência mental, o fato de ambos necessitarem um pouco mais de sua atenção não prejudica de forma alguma os outros alunos, do mesmo jeito que outros alunos possuem dificuldades em alguma atividade de matemática necessitando de uma maior atenção dela, também não prejudica os outros. A mesma nos afirma que o professor precisa mostrar a seus alunos que esta ali para ensinar da mesma maneira a todos sem diferenças entre eles, apesar do aluno chamado por ela de “especial” necessitar de mais atenção, porem ela incentiva os outros alunos ditos “normais” a interagir com esses alunos, e vê resultados muitos bons, ela diz que eles cuidam deles como se fossem gaviões cuidando de seus ninhos, reservam a ele sempre os lugares à frente, ensinam as musiquinhas a eles, é uma verdadeira união.
 Podemos então afirmar que o educador é parte fundamental para que aja essa inclusão dentro da sala de aula, fazendo o aluno “especial” aprender, desenvolver se como uma criança normal.
Porém as turmas que possuem alunos com deficiências necessitam ser menores, pois assim favorece o aprendizado. As classes em grandes números, acaba se encontrando dificuldade para realizar as atividades e visualizar as necessidades, habilidades e evolução de cada aluno.
Não há exatamente uma regra que diga quantos alunos “especiais” pode conter dentro de uma sala de aula. Porém normalmente encontramos dois em cada sala e raramente encontramos três alunos.
Os alunos portadores de deficiências são avaliados com seus próprios avanços, os professores devem estar preparados para observar esses avanços e sempre considerando o desenvolvimento individual, mesmo ele fugindo dos critérios estimado pelo resto do grupo. Quando esse aluno acompanha o ritmo da turma faz se apenas adaptações como por exemplo para os alunos cegos uma prova em braile.
Sendo assim o aluno se adapta e tem total acompanhamento em meio ao ensino de uma turma comum e de maneira alguma atrapalha a qualidade de ensino da mesma.
3. A INCLUSÃO DOS ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS E ESPECIAIS.
 “O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores”, explica Claudia Pereira Dutra,
secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.
A questão da inclusão dentro do ambiente escolar caiu como uma bomba nas escolas, entre professores e gestores. “Como receber alunos ditos ‘diferentes” sem se ter qualquer preparo pra atendê-los? 
Essa foi à fala de todos os professores com quem entrevistamos, buscamos elaborar perguntas não evasivas, porem que esclarecessem as nossas duvidas a respeito de como esta ocorrendo esse processo. A coordenação da escola juntos aos professores, estão sempre buscando melhorias para seus alunos portadores de necessidades, se reúnem para tirar dúvidas entre si, frequentam sempre que está disponível os cursos para se aperfeiçoar e aprender a lidar cada vez mais com situações do dia a dia na escola com esses alunos.
Nos afirma a professora “C”.
“Buscamos sempre dialogar entre nos sobre os avanços desses alunos, e sempre que notamos algum comportamento diferente do mesmo dentro da classe, marcamos reuniões ou ate mesmo quando é possível vamos em suas casas conversar com seus pais o por que o aluno esta agressivo, ou triste. E juntos vamos tentar resolver o problema do aluno”. 
Esse envolvimento da escola com o aluno é fundamental para que possamos futuramente avançar cada vez mais nesse processo de inclusão desses alunos. Buscando sempre o bem estar e um ensino de qualidade ao mesmo para futuramente desfrutar de seus saberes como uma pessoa qualquer.
3.1 OS PROFESSORES ESTÃO PREPARADOS PARA A INCLUSÃO?
A professora, “B” que não autorizou utilizar seu nome, nos diz que NÂO, e se lembra da primeira aluna que teve portadora de deficiência visual em sua classe.
“Ela tinha uns 10 anos e quando eu entrei na classe e me deparei com ela, fiquei em pânico, sentir vontade de sair correndo a classe possuía 27 alunos. Eu me sentia piloto de um trem onde aquela menina dependia de mim para chegar a seu destino”.
Podemos observar o despreparo do professor em receber essa aluna, pois o mesmo não foi preparado para tais situações. MANTOAN, 2003, p17 nos diz:
“... a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando nem marginalizando as diferenças nos processos pela qual forma e instrui os alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica ser capaz de expressar, dos mais variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a partir de nossas origens, de nossos valores e sentimentos”.
“Não se pode esperar que os alunos portadores de deficiências especiais tentassem se modificar para se “encaixar” dentro de uma sala de aula regular com alunos” normais”, é necessário que a escola, os professores se modifiquem para receber esses alunos, somo-nos quem devemos nos encaixar na vida escolar deles, a aluna cega citada pela professora acima, não poderia enxergar os conteúdos escritos no quadro, mas ela pode ouvir as explicações da matéria, ela pode aprender a escrever e ate mesmo a ler com outros recursos que a mesma possui que substituem sua visão. Seus dedos, por exemplo, através da leitura em braile. 
Como já citamos antes os professores são peças fundamentais nesse processo de inclusão não apenas eles, mas os pais e a escola desde o porteiro até a gestão. Muito já se foi feito para o aperfeiçoamento do professor para saber ensinar, agir entender e avaliar esses alunos dentro do ambiente escolar, e muito ainda vai e pode ser feito. Se compararmos toda a trajetória desses alunos “especiais” até os dias de hoje já obteve se muito sucesso e vamos em buscar de mais e mais.
Hoje muitos cursos de graduação já trazem em seus curriculum cursos de libras pra que os futuros profissionais já venham desde o começo de sua formação aprendendo um pouco mais sobre a inclusão, sobre os alunos que necessitam de uma abordagem diferenciada de ensino.
3.2 QUEM TEM NECESSIDADES ESPECIAIS APRENDEM MESMO?
Dona Zelina mãe de uma aluna portadora de síndrome de down, matriculada no 2º ano do ensino regular nos diz que não, a mesma acha que sua filha não tem muita evolução dentro da classe, ela nos diz:
“ ela apenas pinta os desenhos, não conhece as vogais e nem o alfabeto direito, e as outras crianças” normais” da mesma idade que ela já sabe o alfabeto completo”.
 Em total discordância de dona Zelina, a professora Ediane Melo afirma: “A dificuldade não é sinônimo de incapacidade”. 
No entanto os alunos com dificuldades de aprendizagem devem ter uma atenção maior e o ensino deve ser baseado em metodologias adequadas e recursos que favoreçam o processo. É necessário instigar o aluno na busca pelo conhecimento e o primeiro passo é tornar a sala um espaço atrativo dinâmico e acolhedor que oportunize a construção de avanços significativos diariamente.
O artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que entende se:
“Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1)”.
Os alunos portadores de necessidades frequentam a sala de inclusão na serie em que ele for estudar, no caso do ensino de nove anos, até o 3º ano os alunos avançam e para os alunos com necessidades especiais não é diferente a partir do 4º ano só avançara se eles estiverem aptos, a diferença é que eles têm atendimento no contra turno na sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado) onde são estimulados através de recursos pedagógicos para acompanhamento das aulas.
Os alunos de inclusão são avaliados diariamente, todos os avanços ainda que pequenos devam ser considerados, pois o que o aluno produz hoje é essencial para um novo aprendizado. A avaliação deve estar presente diariamente na sala de aula e não somente durante as provas bimestrais e sim em todas as atividades da sala de aula. O professor precisa este atento a fim de verificar o quanto o aluno tem avançado, pois caso contrario é preciso buscar condições que favoreçam o processo de ensino aprendizagem valorizando todo o processo e não somente os resultados.
Não apenas cabe a escola e ao professor fazer o papel de inclusão dentro do ambiente escolar, é muito importante também o acompanhamento dos pais nesse processo junto da escola, dona Zelina citada acima nunca disse aos professores de sua filha que acha que a mesma precisa de um pouco mais de atenção no seu processo educativo dentro da escola. Os pais precisam lutar por uma educação de qualidade para seus filhos, é direito dessas crianças terem igualdade de ensino dentro do ambiente escolar como outro aluno qualquer da escola. 
Nos percebemos que muitos pais por mais triste que seja essa realidade, estão mais preocupados com beneficio que recebem por terem a guarda dessa criança, do que com sua qualidade de ensino dentro da escola e seus direitos como cidadãos.
3.3 APENAS OS ALUNOS ESPECIAIS PRECISAM DE INCLUSÃO NA ESCOLA?
 A maioria dos professores entrevistados nos diz que SIM, uma das professoras sem querer ser identificada, iremos chama lá de “D”. Nos diz a seguinte frase:
“os alunos normais não necessitam de atenção extra, eles enxergam os conteúdos no quadro, ouve as explicações do professor, manuseiam a caneta com habilidade, se não entenderem a matéria iram se manifestar, iram pesquisar a respeito, não há com que se preocupar”.
Hoje a realidade em nosso país nos mostra diferente, cada vez mais alunos “normais” precisam de ajuda dentro da classe, e o professor mais uma vez tem que esta consciente disso, uma simples
brincadeira entre alunos em se apelidarem podem causar serias consequências. Podemos citar como exemplo uma série de televisão chamada 13 PORQUES. Onde o autor buscou abordar de forma clara uma história que aconteceu veridicamente. Uma menina de 18 anos se suicidou, e deixou em 13 fitas de áudio os motivos de tal ato, no decorrer do filme nos deparamos com cenas corriqueiras de nosso dia a dia que parece ser nada mas que vista de outra maneira afeta de uma forma brusca a criança, o adolescente e ate mesmo o adulto, e o que mais nos chamou a atenção nessa serie baseada em fatos reais é que a historia toda acontece dentro do ambiente escolar, onde pequenas brincadeiras tornaram proporções gigantescas, sem que o professor, diretor e nem mesmo o orientador da escola se atentou, e muitos “gritos de socorro” foi dado e ninguém ouviu.
A cada dez crianças e adolescentes, nove sofrem esse tipo de exclusão dentro do ambiente escolar, muitos deles abandonam a escola na metade do semestre, outros mudam de escolas e o pior de todas muitos cometem suicídios. Esse é um dos problemas enfrentados no século XXI dentro da escola, para evitar que isso aconteça, pais, professores e coordenadores tem que estar cada vez mais atentos a seus filhos a seus alunos, ao ambiente escolar.
Abordar cada vez mais esse assunto dentro da escola, conscientizar os alunos de que há um limite de brincadeiras verbais e que muitas vezes um apelido que parece ser inofensivo, pode ser uma faca a machucar quem estar recebendo o apelido. E que não é besteira se a pessoa fica irritada em ser chamado de nomes que não lhe agradam.
Pode parecer uma brincadeira mas não é, é um assunto que deve sim ser abordado, esclarecido. Apelidar, coagir verbalmente, criticar intencionalmente e sucessivamente, agressões intencionais físicas. É bulling!!
3.4 O QUE É BULLING?
É uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.
Para muitos pais e ate mesmo professores pode parecer coisas normais do dia a dia um grupo reunido rindo de um colega “gordo” ou de um grupo de meninas que apelidam e riem da menina que ainda não um celular. De nada isso tem de normal, muitos adolescentes buscam seu próprio suicídio como saída para essa maratona de agressões verbais dentro do ambiente escolar, o que parece ser apenas brincadeira de criança e adolescentes se tornou serio. 
Conversamos com dona Luiza Souza ela é mãe de Luana de 13 anos, ela nos diz que sua filha sempre foi uma criança alegre, muito decidida e espontânea, porem a de dois anos pra cá sua filha começou a demonstrar um comportamento diferente, ela não conversa mais comigo, não queria ir à escola, e dormia muito, não brincava mais. “Eu achava estranho é claro, mas como ela estava passando para a adolescência achei que era apenas uma fase dela com a idade passaria”.
Já a professora Leila Nunes professora de Luana começou a notar que aluna muito participativa dentro da classe estava cada vez mais silenciosa e nunca saia da sala na hora do recreio. “Achei que ela estava enfrentando algum problema familiar” nunca pensei que ela estava se sentindo coagida pelos colegas de classe, Leila então decidiu conversa com Luana, 
“no momento em que eu a levei para uma sala na diretoria e perguntei o que estava acontecendo, por que ela não saia mais pro recreio, por que lanchava na sala e não com o resto da classe como sempre fazia, ela simplesmente desabou a chorar, e falava sem parar era como se ela estivesse com as palavras ali esperando alguém perguntar para poder dispersa lá”.
Leila descobriu então que Luana estava se sentindo coagida pelas colegas de classe que a chamavam de careta por ainda ser BV (termo usado pelos jovens para chamar alguém que nunca beijou). 
Pode parecer uma brincadeira inofensiva, porem traz grandes consequências psicológicas no aluno, isso não acontece apenas dentro do ambiente escolar, pode na vizinhança e ate mesmo dentro da própria casa. Professora, pesquisadora do bullying e consultora educacional Cléo Fante pesquisadora do bulling e consultora educacional em seu livro Fenômeno Bullying no afirma que: “prevenir a violência escolar é educar pela paz” (editora Vênus 2005).
A escola tem que esta atenta aos seus alunos, e buscando sempre interagir com os mesmos, promovendo a exposição de assuntos como este pra conscientiza lós.
A aluna que citamos acima Luana, não quis conversar sobre o assunto, ela esta sendo acompanhada por um psicólogo há um ano e meio, mas ainda não se sente a vontade para falar com as outras pessoas sobre o que passou.
É preciso nos atentar para nossas crianças cada vez, mas, buscando sempre o dialogo, dando liberdade para que essa criança venha solicitar ajuda, e a qualquer comportamento diferente, buscar investigar as causas, não somente achar que é preguiça de ir à escola, mas eu a criança esta de fato necessitado de ajuda.
4.MELHORIAS SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO DOS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E EDUCACIONAIS.
O Projeto Político Pedagógico da escola precisa ser adaptado de acordo com a realidade da escola para obter sucesso no ensino de aprendizagem desses alunos. A inclusão desses alunos na rede de ensino regular vai muito além da presença dele na sala de aula, é necessário um preparo dentro da escola para receber esse aluno. É preciso que a escola ofereça espaço para incluir esse aluno, e mais necessário ainda ter professores preparados a receber esse aluno, sabendo agir em todas as situações que esse aluno venha enfrentar dentro ambiente escolar.
O aluno portador de necessidades especiais não tem o dever de se adaptar ao ambiente escolar e sim a escola e quem tem que promover mudanças para que esses alunos sejam incluídos no ambiente escolar. 
A escola tem que este ciente das dificuldades que o aluno possui, definindo assim um método de ensino em que o aluno aprenda de forma igualitária aos outros alunos. 
O artigo 208 da Constituição brasileira especifica que é dever do Estado garantir "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino", condição que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
O aluno tem direito a educação em seu turno e ao atendimento especializado no contra turno. Além disso, o aluno portador de deficiência tem direito a um cuidador, que deve participar das reuniões sobre o acompanhamento da aprendizagem do mesmo. Como podemos integrar o trabalho do professor com o do especialista
Segundo a professora Elielma Martins especialista, nos diz que promovendo encontro para compartilharem informações, e assim trocarem ideias a respeito das possibilidades de avanços no ensino do aluno.
Uma escola que possui um gestor consciente sobre a questão da inclusão orienta seus funcionários, desde os professores ate os porteiros como receber eles alunos dentro do ambiente escolar.
Cada vez mais podemos encontrar cursos que preparam os professores para a inclusão dentro do ambiente escolar, muitos cursos como os de pedagogia e letras possuem em seu currículo libras como disciplina. Aonde o futuro educador já vai dando os primeiros passos para conhecer o mundo dos alunos que possuem necessidades especiais.
São décadas de luta para que as pessoas portadoras de deficiências tenham uma educação digna como qualquer outro cidadão. Não aceitar alunos com deficiências nas escolas é crime.
Já dizia a música de Lenine: “Todo mundo tem seu jeito singular, de crescer, aparecer e se manifestar. E que graça seria se fossemos todos iguais”.
CONCLUSÃO
Ainda há muito trabalho a se fazer no sentido de conscientizar e informa a respeito da inclusão social, a escola e os pais. Considerando também que o desenvolvimento de um trabalho que aborde um tema como este é importante para o nosso futuro seja como educadores, educandos e pais, cada elemento
do nosso grupo vai, assim, ficar muito mais ciente sobre essas dificuldades enfrentadas entre esse processo de inclusão escolar.
Tivemos muitas dificuldades na elaboração de nosso trabalho devido à amplitude do assunto, quanto mais buscávamos informações, mais queríamos saber a respeito.
Percebemos que ainda há muita coisa a se fazer a respeito desse assunto, a escola ainda não esta preparada para receber esses alunos, porem se formos comparar ao passado há uma boa evolução sobre inclusão, temos professores que já estão preparados para recebe lós, porem a maioria ainda não esta.
Observamos também que muitos pais não comparecem a escola para acompanhar a evolução de seus filhos, uma pequena minoria passa na escola quase todos os dias para acompanhar seu filho no ambiente escolar, conversar com os professores sobre a evolução deles e sobre como podem ajudar em casa nesse processo escolar.
Terminamos nossas visitas na escola com total esclarecimento na cabeça do qual tipo de educador queremos ser, buscando sempre nos especializar sobre esse processo de inclusão.
Logo chegamos à conclusão de que há muito por se fazer por esses alunos portadores de necessidades especiais e educacionais.
Seguiremos juntos na luta pela igualdade de ensino dentro do ambiente escolar, podemos também observar a dificuldade do professor em se atentar aos alunos que também precisam de inclusão dentro do ambiente escolar, porem o mesmo não possuem nenhum tipo de necessidade especial, e acabam passando despercebidos.
Quando falamos em inclusão não estamos apenas nos referindo aos alunos portadores de necessidades especiais, e sim a todos que necessitem ser incluído dentro do ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
 ARTIGO INCLUSÃO PARA TODOS: artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 e.
 Artigo inclusão social, www.fundacaotidesetubal.org.b . Acesso em: 20/05/2017
Artigo: INCLUSÃO: CAMINHOS, ENCONTROS E DESCOBERTAS.
CAVALLEIRO livro JUSTIÇA CIDADANIA E DEMOCRACIA P, 117 (2009). http://intervox.nce.ufrj.br/~elizabet e www.bancodeescola.com. Acesso em: 20/05/2017
MANTOAN, M. T. E. Interação x Inclusão: Educação para Todos In Revista Pedagógica, n.5, p. [16, 17], 2013.
PISCOPEDAGOGA CIBELE GUIMARÃES em vídeo, entrevista ao jornal nacional de janeiro de 2016. 
 PPP – Projeto Politico Pedagógico. E.M.E.F. Izabel Fernandes dos Santos, 2016.
SERRA, D. Inclusão em ambiente escolar in SANTOS, M. P.; PAULINO, M. M. (orgs.). Inclusão em educação: culturas, políticas e práticas. [p.31-44], 2ª ed. – São Paulo unesco.org/new/pt/Brasilia/education/inclusive-education/ . Acesso em: 20/05/2017
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