Avaliação de produção dos diferentes tamanhos de batata (solanum tuberosum)

Prévia do material em texto

Avaliação de produção dos diferentes tamanhos de batata (Solanum tuberosum)
Ana Paula Souza Costa
Antônio Candido Martins Neto
Ernando Santos Martins Junior
Marcos Vinicius Almeida Souza
Stefanie Sabrine Lima Silva
Resumo: A cultura da batata é de grande destaque em nosso país, que possui uma produtividade média de mais de 20 toneladas.É uma planta de propagação vegetativa, sendo assim o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de acordo com os diferentes tamanhos de batata. O experimento foi realizado no campo experimental do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA, em uma área dividida em 5 canteiros com espaçamento entre linhas de 0,8m e entre plantas 0,3m (10 plantas por linha), os tamanhos das batatas foram separados em grande, médio e pequeno, foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado. 
INTRODUÇÃO 
A batata (Solanum tuberosum L.) é a terceira cultura alimentar mais importante do planeta, e a primeira commodity não grão (EMBRAPA, 2015). No Brasil, a batata é a hortaliça mais importante, com uma produção anual de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas (EMBRAPA, 2015). Sua produçao concentra-se nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, sendo estes Estados responsáveis por aproximadamente 98% da produção nacional (Paula, 2005). A área cultivada com batata no Brasil é de aproximadamente 150 mil ha, e a produtividade média no ano de 2003 foi de 20,5 ton.ha-1 (IBGE, 2003; apud Paula, 2005).
OBJETIVO
De inicio o trabalho objetivava avaliar a produçao de Batatas (Solanum tuberosum) em diferentes tamanhos. Como não ocorreu o desenvolvimento da planta e falha de germinação objetivou-se em descrever e comparar informações de artigos e manuais técnicos com o resultado obtido a campo.
MATERIAIS E METODOS
O experimento foi realizado no campus experimental do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA, longitude -10,862184 latitude -61,958304 no dia 05 de setembro de 2017 em uma área dividida em 5 canteiros com espaçamento entre linhas de 0,8m e entre plantas 0,3m (10 plantas por linha), os tamanhos das batatas-semente foram separados em grande, médio e pequeno, foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado. 
Inicialmente foi corrigido o solo de acordo com as necessidades da cultura, as batatas-semente foram induzidas a brotação ficando em temperatura ambiente até que os brotos começassem a se estabelecer. Em seguida ocorreu o plantio por meio de sorteio. A tabela a seguir mostra como as marcações foram feitas.
	
Tabela 1: Distribuição dos tamanhos de Batatas em Grande (G), Média (M) e Pequena (P) nos canteiros.
	L1
	L2
	L3
	L4
	L5
	
0,3mM
	P
	P
	G
	G
	G
	G
	M
	P
	G
	P
	M
	G
	M
	
	P
	M
	P
	
	
	G
	P
	G
	
	
	P
	M
	M
	
	
	G
	M
	P
	
	
	G
	G
	G
	
	
	M
	P
	P
	
	
	G
	M
	P
	
	
Para alcançar os objetivos foram feitas pesquisas em artigos, manuais técnicos e cartilhas de informação e comparar com os resultados obtidos a campo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 A produtividade da batata é fortemente influenciada pela ação ambiental. Segundo Granja (1987) apud Feltran (2002) as condições sub-ótimas para o cultivo desta solanácea, apresentadas pelo clima tropical e sub-tropical, inviabilizam a manifestação do potencial produtivo das cultivares e propiciam rápida degenerescência do material de propagação. 
Como é uma planta de propagação vegetativa, o uso sucessivo do mesmo material por vários cultivos, leva a acúmulo e perpetuação de patógenos nos tubérculos semente, reduzindo a capacidade produtiva das cultivares e disseminando moléstias (Barbosa, 1996) apud Feltran ((2002). Este fato negativo predispõe a uma renovação constante do material de plantio, com aquisição de tubérculos semente com sanidade garantida de empresas idôneas ou instituições governamentais.
O ciclo de desenvolvimento da cultura da batata pode ser divido em três fases (LOPES & BUSO, 1997; KOOMAN et al.,1996): da emergência ao início da tuberização (EM-IT) do início da tuberização ao início da senescência (IT-IS) e do início da senescência a colheita (IS-CO). A fase EM-IT, se caracteriza pelo estabelecimento do sistema radicular e aumento da área folhar e fotossíntese. Quanto mais longa a fase de EM-IT, maior o ciclo total da cultura, maior rendimento final de tubérculos (SOUZA, 2003). Na fase do IT-IS, os produtos da fotossíntese são usados para crescimento dos estolões, crescimento da folhagem, início da formação e crescimento dos tubérculos na extremidade dos estolões.
A batata-semente é um insumo caro, que representa de 30% a 50% do custo de produção, sendo freqüentemente importada de países como Canadá e Holanda. As cultivares importadas não são completamente adaptadas às condições ambientais de um país predominantemente de clima tropical, como o Brasil, o que faz com que seu potencial produtivo seja inferior ao alcançado nos países de origem (RESENDE et al., 1999). A obtenção de cultivares nacionais adaptadas às condições de cultivo nas diversas regiões produtoras brasileiras e resistentes às principais doenças é a alternativa mais viável para tornar a cultura mais produtiva e rentável para o produtor.
A utilização de material propagativo de alta qualidade fitossanitária é requisito indispensável para a obtenção de elevadas produtividades na cultura da batata. Doenças transmissíveis por semente, como viroses e a murcha bacteriana, constituem-se em fatores limitantes da produtividade, ocasionando em muitas regiões elevados prejuízos. Levantamento da incidência de viroses em áreas de produção de batatasemente a partir de material pré-básico, nas principais regiões produtoras dos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, revelam índices de infecção de até 35% das plantas amostradas, atingindo níveis de 42% no caso específico de algumas cultivares (Daniels et al., 2000b).
As cultivares de batata plantadas no Brasil são, na maioria, européias, desenvolvidas em condições climáticas diferentes, e que não apresentam resistência aos nematóides das galhas em condições brasileiras (Greco, 1993; Weingartneret al., 1993).
Dentre as pragas potenciais da cultura da batata destacam-se o pulgão Myzuspersicae (Sulzer, 1776), que além de succionar a seiva das plantas, podendo diminuir o crescimento vegetativo e o tamanho dos tubérculos, é vetor de fitovírus (PETITT & SMILOWITZ, 1982; SOUZA-DIAS, 1995); o coleóptero Diabroticaspeciosa (Germar, 1824), chamado vulgarmente de “vaquinha”, cujos adultos se alimentam das folhas, causando danos nas fases de brotação e emergência das hastes, o que pode acarretar perdas significativas na produção (CRANSHAW & RADCLIFFE, 1980); as larvas, conhecidas como “larvasalfinete” que atacam as raízes e perfuram os tubérculos, depreciando-os para a comercialização (GASSEN, 1989); e a mosca minadoraLiriomyza spp., cujas larvas minam as folhas das plantas, diminuindo a área fotossintética e reduzindo o peso e o tamanho dos tubérculos (SOUZA et al., 1998).
CONCLUSÃO
Devida a cultura da batata ser muito sensível a diversos fatores o desenvolvimento das plantas do experimento foi prejudicado, um fator importante é que na área utilizada para a realização do experimento havia incidência de nematoides o que causou a podridão dos tubérculos. Outro fator é que essa cultura necessita de climas amenos o que não é a realidade da nossa região. Sendo assim as plantas de batata não conseguiram se estabelecer.
REFERÊNCIAS
MATIELO DE PAULA, Fabiana Luiza et al. Soma térmica de algumas fases do ciclo de desenvolvimento da batata (Solanumtuberosum L.). Ciência Rural, v. 35, n. 5, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/cr/v35n5/a08v35n5.pdf>. Acesso em: 20 de nov. de 2017
FELTRAN, José Carlos. Determinação das características agronômicas, dos distúrbios fisiológicos, do estado nutricional da planta e da qualidade dos tubérculos em cultivares de batata (Solanumtuberosum L.). 2002. xiv, 106 f. Dissertação(mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, 2002. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/86442>. Acesso em: 20 de nov. de 2017.
MEDEIROS, Carlos Alberto B. et al. Produção de sementes pré-básicas de batata em sistemas hidropônicos. Horticultura Brasileira, v. 20, n. 1, p. 110-114, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/hb/v20n1/14429.pdf>. Acesso em: 20 de nov. de 2017
CHARCHAR, João Maria; MOITA, Antônio Williams. Resistência de genótipos de batata a Meloidogynejavanica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 36, n. 3, p. 535-540, 2001. Disponível em: <http://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/6149/3214>. Acesso em: 20 de nov. de 2017
GOMES, Flávia Batista; MORAES, Jair Campos; NERI, Danila Kelly Pereira. Adubação com silício como fator de resistência a insetos-praga e promotor de produtividade em cultura de batata inglesa em sistema orgânico. Ciência e Agrotecnologia, v. 33, n. 1, p. 18-23, 2009. Disponível em:<http://www.prpg.ufla.br/entomologia/wp-content/uploads/2012/08/7-flavia-batista-gomes.pdf>. Acesso em: 20 de nov. de 2017
EMBRAPA. Sistema de produção da batata. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1028425/1/SistemadeProducaodaBatata.pdf> Acesso em: 20 de nov. de 2017