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SEMI Estrutura e Analise Dem Fin 01

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Estrutura e Análise das 
Demonstrações Financeiras
Autor: Vinícius Fernandes Inácio
Tema 01
Introdução à Análise e 
Estrutura das Demonstrações 
Financeiras
seç
ões
2 3
Tema 01
Introdução à Análise e Estrutura das 
Demonstrações Financeiras
Como citar este material:
INÁCIO, Vinícius Fernandes. Estrutura e Análise 
das Demonstrações Financeiras: Introdução 
à Análise e Estrutura das Demonstrações 
Financeiras. Estrutura do Balanço Patrimonial. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2018. 
Seções
2 3
Seções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
4 544 5
Tema 01
Introdução à Análise e Estrutura das 
Demonstrações Financeiras
54 54 5
Podemos dizer que as demonstrações financeiras são o produto final das informações 
geradas pela contabilidade, visto que evidenciam, ao final de um determinado período, 
o resultado das operações realizadas pelas organizações. Por organizações, inclusive, 
incluem-se as empresas privadas de todos os portes e ramos de atividades, organizações 
do terceiro setor (sem fins lucrativos) e também as entidades públicas. Nesse sentido, Silva 
e Souza (2011) afirmam que “as demonstrações financeiras são os instrumentos utilizados 
pela contabilidade para realizar essa exposição a respeito da situação econômico-financeira 
da empresa e prover aos diversos usuários internos ou externos as informações que servem 
de base para a tomada de decisões”. Veremos, no presente caderno, como é possível 
extrair informações importantes das demonstrações financeiras e auxiliar os gestores nos 
processos de tomada de decisão. Vamos lá?!
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6 766 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Iniciamos a apresentação da disciplina esclarecendo que as informações contábeis não 
são evidenciadas apenas nas demonstrações financeiras, haja vista que as organizações 
também se utilizam dos relatórios e controles gerenciais para tomar suas decisões, reunindo 
e organizando as informações de modo a atender suas necessidades.
O que estamos pontuando aqui é que a informação contábil pode ser evidenciada tanto em 
relatórios obrigatórios, como é o caso das demonstrações financeiras, bem como por meio 
dos relatórios e controles gerenciais implantados pela entidade.
Segundo dados obtidos no sítio eletrônico do Conselho Regional de Contabilidade do 
Paraná – (CRCPR), com o advento das leis 11.638/07 e 11.941/09, a contabilidade brasileira 
vem passando pelo processo de convergência às Normas Internacionais de Contabilidade 
(IFRS). Neste sentido, acompanhando a evolução do sistema contábil brasileiro, o 
Conselho Federal de Contabilidade editou inúmeras normas que tratam de assuntos 
eminentemente contábeis. Com relação às demonstrações contábeis que obrigatoriamente 
deverão ser incluídas no livro diário, como regra geral, destacamos o conjunto completo 
das demonstrações contábeis que está previsto no item 10 da NBC TG 26 R4:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(c) demonstração do resultado abrangente do período; 
(d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(e) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(f) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração 
do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se 
apresentada voluntariamente;
(g) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e 
outras informações explanatórias; e
76 76 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
(h) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado 
quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à 
reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando 
procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. (Redação alterada 
pela Resolução CFC nº 1.376/11).
Tais demonstrações, por terem um caráter obrigatório, estão previstas, além das leis 
supracitadas, na legislação do Imposto sobre a Renda no artigo 274 do Decreto nº 3.000/1999 
(RIR/1999), na legislação societária no artigo 176, I a V, da Lei nº 6.404/1976, nas normas 
do Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC nº 1.185/2009 (NBC TG 26), 
alterada pela Resolução nº 1.376/2011, e na Deliberação CVM nº 676/2011.
Contudo, vale salientar que tais demonstrações são aplicáveis às empresas, digamos, 
“tradicionais”, isto é, as companhias empresariais com finalidade de lucro. Para as 
organizações do setor público, assim como para as entidades sem fins lucrativos que 
compõem o terceiro setor, existem normas específicas que tratam do assunto, pois há 
variação tanto na obrigatoriedade, quanto no formato das demonstrações financeiras.
Por outro lado, também existe no âmbito empresarial a necessidade de se obter informações 
adicionais àquelas expressas nas demonstrações obrigatórias, e é nesse contexto que os 
relatórios gerenciais se apresentam.
Para definir esses relatórios gerenciais, Souza et al. (2015) mencionam que, “de maneira 
geral, os relatórios gerenciais são documentos escritos que possuem informações relevantes 
para possíveis tomadas de decisões assim, notamos que praticamente todos os relatórios 
são gerenciais”. 
Desta forma, percebe-se que o objetivo desses relatórios “extraoficiais” é fornecer 
informações pormenorizadas aos seus usuários para que estes detenham o maior número 
de informações possíveis, e de qualidade, para que as decisões tomadas sejam, senão 
sempre, na maioria das vezes, assertivas e eficientes.
Os relatórios gerenciais, portanto, trarão detalhes das operações do negócio, por exemplo, 
contas a receber, custos, gastos, despesas, investimentos, fluxo de caixa, orçamentos 
e inadimplência, entre outros. A partir desses relatórios, as empresas podem implantar 
controles para melhorar a gestão do negócio.
88 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Mas, para que ou para quem todas essas informações são geradas?
Em suma, para os usuários da informação contábil!
E quem são os usuários da informação contábil?
Todas as pessoas físicas e jurídicas que têm interesse ou demandam informação sobre a 
situação econômico-financeira de uma organização empresarial são consideradas usuárias 
da contabilidade.
Sendo assim, a contabilidade sempre terá vários olhares voltados para as informações 
geradas por ela, e com uma complexidade relativamente grande, uma vez que cada “olhar” 
está direcionado para uma situação específica da entidade, ou seja, cada usuário tem 
interesse em determinado tipo de informação.
Em função disso, encontramos na literatura uma espécie de divisão, ou classificação, entre 
esses usuários, com o intuito de identificá-los adequadamente e, a partir daí, reconhecer 
uma demanda de informação, gerando relatórios que atendam às suas necessidades.
Essa divisão, portanto, se dá pela localização dos usuários, isto é, se eles estão “dentro” 
ou “fora” da organização. É por isso que encontramos as expressões usuários internos e 
usuários externos da contabilidade. E como identificá-los? Vamos às definições e exemplos 
dados por Valente e Fujino (2015):
Os usuários internos são aqueles diretamente vinculados ao ambiente das 
entidades em que se localizam, tais como: administradores e empregados, 
e os usuários externos são aqueles vinculados externamente à entidade, 
participando dela ou não, tais como: seus investidores, credores, governo, 
entre outros.
Considerando que o usuário interno tem pleno acesso a toda a informação 
que necessita, o foco prioritário da contabilidade é no usuário externo. Desse 
modo, para os usuários externos, as informações geradas pela contabilidade 
são disponibilizadas pelas empresas por meio das demonstrações financeiras,cuja produção e divulgação seguem princípios, padrões e normas definidos 
por órgãos normativos e reguladores de informações econômico-financeiras 
divulgadas para o mercado, a exemplo da CVM - Comissão de Valores 
Mobiliários, CFC – Conselho Federal de Contabilidade e CPC - Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, no âmbito nacional e o IASB – International 
Accounting Standards Board, no âmbito internacional.
98 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Percebemos, então, que a ciência contábil tem, em sua essência, como seu principal 
objetivo, fornecer informações úteis que auxiliem os gestores das organizações a tomarem 
melhores decisões. É como o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (2013) define:
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, 
os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, 
são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por 
determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e 
objetivos próprios.
Ainda segundo o Conselho, a precisão das informações demandadas pelos usuários e o 
próprio desenvolvimento de aplicações práticas da Contabilidade dependem da observância 
das normas contábeis, que deverá ser aplicada em situações concretas e considerados os 
contextos econômico, tecnológico, institucional e social em que os procedimentos serão 
aplicados.
Bem... Mas será que toda informação contábil é útil?
A resposta para essa questão é um pouco mais complexa do que parece, pois, para ser 
considerada útil, uma informação contábil útil deve reunir uma série de requisitos ou atributos 
que têm por objetivo garantir a qualidade da informação. Além disso, Souza et al. (2016) 
dizem que a qualidade da informação possibilita a redução de incertezas, a probabilidade 
de realizar melhores escolhas e o melhor desempenho nas atividades.
No quadro abaixo é possível identificar as características que uma boa informação deve 
apresentar:
Autores Características de boa informação
Paim, Nehmy e 
Guimarães (1996)
Válida, confiável, precisa, completa, nova, atual, significado por meio de 
tempo e abrangente.
Freitas (1997) Precisa, completa, econômica, flexível, confiável, tempestiva, adequada, 
frequente, abrangente.
Rodman (1998) Completeza, acurácia, relevância, temporalidade.
Wang, Ziad e Lee 
(2000)
Acuracidade, objetividade, credibilidade, reputação, acessível, seguranaça 
no acesso, relevância, valor agregado, temporalidade, integridade, 
quantidade de informação apropriada, interpretabilidade, representação 
concisa, representação consistente, facilidade de manipulação.
Quadro 1: Características da boa informação
1010 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Contudo, além das características mencionadas pelos autores, que tratam das características 
principais de qualquer informação em geral, é preciso avaliar também as características 
qualitativas específicas da área contábil, a saber:
Diante desse cenário, surge a necessidade de conhecer adequadamente como as 
demonstrações financeiras são estruturadas, as contas que as compõem, o que os números 
significam em relação ao negócio, se a situação econômico-financeira da companhia é 
satisfatória, entre outros aspectos relevantes.
Autores Características qualitativas da informação contábil
Financial Accounting 
Standards Board - FASB 
(1980)
Relevância, confiabilidade, comparabilidade, uniformidade e consistência.
Padoveze (2009) Trazer mais benefícios que o custo de obtê-la, compreensível, utilidade, 
relevância, confiabilidade e consistência.
Iudicibus, Marion e Faria 
(2009)
Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Resolução do 
Conselho Federal de 
Contabilidade - CFC n°. 
1.374/2011
R|elevância, materialidade, representação, fidedigna, comparabilidade, 
verificabilidade, tempesividade e compreensibilidade.
Fonte: Souza et al. (2016)
Quadro 2: Características qualitativas da informação contábil 
Fonte: Souza et al. (2016)
Lee et al. (2002)
Livre de erros, objetiva fidedigna, credibilidade, relevante, valor agregado, 
atualizada, completa, quantidade apropriada, interpretável, compreensível, 
apresentação consistente, apresentação concisa, fácil de manipular, 
acessível e segura.
Strassburt (2004) Útil, gerenciável, oportuna, atender as necessidades, permitir análise, ter 
limites, contextualizadas, comparável, servir de apoio à tomada de decisão.
Padoveze (2009) Uniforme, precisa, atual, objetiva, oportuna, íntegra, com conteúdo, precisa, 
flexível, confiável, seletiva, consistência.
Stair e Reynolds (2011)
Precisa, completa, econômica, flexível, confiável, relevante, simples, 
pontual, verificável, acessível e segura.
1110 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Como surgiu a técnica de análise das demonstrações 
financeiras?
A análise das demonstrações financeiras é tão antiga quanto a ciência contábil em si. Isto 
porque, desde os primeiros registros que o homem realizava sobre o seu patrimônio já havia, 
mesmo que de maneira bastante primitiva, a preocupação de conhecer as modificações 
ocorridas no seu patrimônio ao longo do tempo.
Valente (2017, p. 3) afirma que o objetivo da análise das demonstrações financeiras é “relatar, 
com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-
financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências 
futuras”. De acordo com a autora, por meio das técnicas de análise das demonstrações 
financeiras, extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) 
de uma empresa.
Marion (2012) mostra que os primeiros registros do uso das técnicas de análise das 
demonstrações financeiras datam do final do século XIX, quando banqueiros estadunidenses 
começam a solicitar as demonstrações (Balanço) às empresas que desejassem contrair 
empréstimos. Surge então a primeira expressão relacionada ao assunto, a Análise de 
Balanço.
Iniciado esse processo, e pressionados pela abertura do capital por parte das empresas, os 
investidores passam a buscar empresas mais bem-sucedidas para aplicar seus recursos, 
tornando a análise das demonstrações financeiras indispensável. (MARION, 2012)
Veremos ao longo da disciplina que existem diversas técnicas para analisar as demonstrações 
financeiras, contudo, temos condições de conhecer a situação econômico-financeira de uma 
empresa através de três pontos fundamentais: a liquidez, o endividamento e a rentabilidade, 
assuntos esses que serão tratados em cadernos específicos.
Porém, para ter uma ideia do que esses pontos fundamentais representam, podemos dizer 
que a liquidez mostrará a situação financeira da empresa ou sua capacidade de pagamento, 
o endividamento evidenciará a sua estrutura de capital, e a rentabilidade, o retorno que o 
negócio está gerando para a empresa e para o empresário.
Todas as demonstrações financeiras são sujeitas à análise, isto é, as demonstrações 
financeiras exigidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (2016):
• Balanço Patrimonial (BP)
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
1212 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
• Demonstração do Resultado do Abrangente (DRA)
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Para propiciar maior segurança à análise das demonstrações financeiras, o profissional 
deverá se atentar a alguns aspectos, tais como: ter em mãos todas as demonstrações, 
visto que cada uma delas traz uma informação específica e que se complementam entre 
si; recomenda-se que sejam analisados ao menos dois ou três períodos, com o intuito de 
identificar a comportamento das contas e, consequentemente, o desempenho do negócio; 
as demonstrações devem ter credibilidade quanto à informação evidenciada, o que pode ser 
garantidopela assinatura do contador, notas explicativas completas e relatório da auditoria 
e publicação em meios de comunicação, quando for o caso.
No universo das análises das demonstrações financeiras, é importante pontuar também 
três tipos de situações que inspiram atenção. Marion (2012) pontua as seguintes:
Situação que requer algum cuidado:
• Demonstração com relatório da diretoria e nota explicativa sucinto ou incompleto.
• Vínculo com empresa de auditoria.
• Demonstrações publicadas que não atendam a todos os requisitos legais.
Situação que requer profundo cuidado:
• Demonstrações não publicadas em jornais.
• Demonstrações sem relatório de auditoria ou com ressalvas.
• Demonstrações que não atendam às normas legais.
Situação em que não se deve fazer:
• Contradições nas demonstrações financeiras ou exageros facilmente detectáveis.
• Demonstrações que não refletem a realidade.
1312 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
Técnicas de Análise
As técnicas de análise são os instrumentos pelos quais é possível extrair as informações 
das demonstrações financeiras e, a partir de então, fazer a leitura e interpretação dos 
valores encontrados. Nesse sentido, encontramos na literatura os indicadores financeiros e 
econômicos, a análise horizontal e vertical, a análise da Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC), a análise de solvência e insolvência, e outros que serão apresentados no decorrer 
da disciplina.
Em suma, a análise das demonstrações financeiras envolve a utilização de indicadores, que 
nada mais são do que o resultado obtido na divisão de duas grandezas. Uma vez identificado 
qual ou quais indicadores serão utilizados na análise, eles são calculados, comparados com 
exercícios anteriores ou com demais empresas do segmento e, finalmente, interpretados, 
isto é, se o resultado do indicador é considerado bom, razoável ou ruim.
Estrutura do Balanço Patrimonial
É comum encontrarmos na literatura que o Balanço Patrimonial é uma espécie de “fotografia” 
da situação econômico-financeira das organizações empresariais. Será isso mesmo?
Vejamos o que os autores Souza e Kowalski (2016, p. 5) dizem sobre o assunto:
O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira, composta de 
bens, direitos e obrigações da empresa, sendo dividido entre dois grandes 
grupos. O primeiro é o Ativo, composto sobre bens e direitos, representa 
as disponibilidades da empresa, sendo a aplicação destes recursos ainda 
subdividida em Circulante e Não Circulante. O segundo é o Passivo, são as 
obrigações da entidade com terceiros, sendo divididas em Circulante, Não 
Circulante e Patrimônio Líquido, que é o capital dos sócios ou próprios, são 
as origens dos recursos. Cada um compõe várias contas com características 
específicas de classificação e separação dos valores, que juntos podemos 
comparar com a saúde da entidade.
Nota-se, portanto, que o Balanço Patrimonial é a principal, e talvez mais conhecida e 
utilizada, das demonstrações financeiras. Nele são evidenciados tudo o que a empresa 
deve e tudo o que ela tem de bens e direitos, totalizando então no patrimônio que a 
empresa possui. Com relação à composição dessa demonstração financeira, é importante 
compreender exatamente o que cada conta representa e como ela afeta/influencia no 
resultado patrimonial da entidade.
A mudança mais recente, com o advento da Lei nº 11.941/2009, que alterou a Lei nº 
6.404/76, conhecida popularmente como a Lei das SA’s, a estrutura do Balanço Patrimonial 
ficou reduzida a cinco grupos de contas, sendo elas: Ativo Circulante, Ativo Não Circulante, 
1414 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, corroborando a definição 
de Souza e Kowalski (2016).
As contas que compõem a demonstração devem obedecer a uma ordem de disposição, de 
forma que para as contas do Ativo sejam listadas primeiramente as contas consideradas 
mais líquidas, ou seja, que se convertem em dinheiro mais rapidamente. Por outro lado, para 
as contas do Passivo são organizadas por vencimentos das obrigações, isto é, as dívidas 
que vencem mais rápido são apresentadas primeiro. Veremos isso com mais detalhes nos 
tópicos abaixo.
Vejamos como o Balanço Patrimonial se apresenta antes e depois da alteração da referida lei:
Agora que conhecemos as mudanças ocorridas na estrutura do Balanço Patrimonial, vamos 
conhecer um pouco sobre os grupos e suas principais contas. Isto será necessário para, no 
próximo tema, iniciarmos o trabalho de análise das demonstrações financeiras em si, com as 
técnicas de análise vertical e horizontal.
Antes das alterações Após das alterações
ATIVO ATIVO
Circulante Circulante
Realizável a longo prazo (RLP) NÃO Circulante
Permanente - Realizável a longo prazo (RLP)
- Investimentos - Investimentos
- Imobilizado - Imobilizado
- Diferido - Intangível
PASSIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Exigível a Longo Prazo (ELP) NÃO Circulante
Resultados de Exercícios Futuros
PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social Capital Social
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação de Patrimonial
Reserva de Lucros Reserva de Lucro
Lucros ou Prejuízos Acumulados Ações em tesouraria
Prejuízos Acumulados
Figura 1. Alterações do Balanço Patrimonial.
Fonte: Batalha (2014)
1514 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Já é de nosso conhecimento que o Balanço Patrimonial expressa a situação patrimonial 
da empresa por meio do somatório dos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido das 
organizações. Sendo assim, iniciamos abordando como esses bens e direitos se apresentam 
e se diferenciam entre si.
Os bens da empresa são aqueles que, além de estarem em seu poder, também são palpáveis, 
tangíveis. Os exemplos típicos de bens são os computadores, os veículos, o dinheiro no caixa 
e as máquinas da linha de produção.
Os direitos, por sua vez, representam os bens da empresa que estão em poder de terceiros, 
isto é, a empresa poderá exigir o recebimento destes, mas, no momento, está “na mão” de 
outra pessoa. O caso clássico dessa situação é uma venda feita a prazo, ou seja, o dinheiro 
pertence à empresa que vendeu, contudo ainda não está com ela, e sim com quem comprou 
a prazo. 
No que diz respeito aos valores correspondentes aos bens e direitos da entidade, portanto, 
eles serão evidenciados no “lado” do Ativo, também conhecido como aplicação dos recursos, 
podendo ser dividido entre Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, conforme estrutura 
apresentada acima.
No Ativo Circulante são evidenciados os valores correspondentes aos bens e direitos que se 
transformarão em dinheiro no curto prazo, em um prazo de até 12 meses. É nesse grupo que 
são evidenciadas, por exemplo, as contas de Caixa, Banco, Aplicações Financeiras de Curto 
Prazo, Estoques e Duplicatas a Receber. Referem-se àqueles recursos relacionados com as 
atividades operacionais da empresa, com o capital de giro do negócio.
Quando analisamos esse grupo de contas, nosso olhar deve ser focado para a dinâmica do 
negócio, isto é, essas contas vão mostrar como a atividade da empresa está se desenvolvendo. 
Mas como assim?
Se a empresa tem um saldo grande na conta Caixa, pode indicar uma má gestão financeira, 
pois dinheiro em caixa não rende, poderia então estar investido em alguma aplicação de curto 
prazo. Se o valor da conta de Duplicatas a Receber vem aumentando ao longo dos anos, 
pode sugerir que a empresa passou a realizar mais vendas a prazo, o que inspira alguns 
cuidados, como o controle das contas a receber, a política de cobrança, a estimativa para os 
devedores duvidosos. Esses são apenas alguns exemplos do que as informações do grupo 
do Ativo Circulante podem nos dizer.
Passando para o Ativo Não Circulante, vamos tratar dos bens e direitos que não se converterão 
em dinheiro no curto prazo, que a empresa não tem a intenção de se desfazer,ou mesmo que 
se desfaça, seria num espaço de tempo maior, superior a 12 meses.
1616 17
LEITURAOBRIGATÓRIA
Concluída a estrutura do Ativo, dos bens e direitos da entidade, trataremos na sequência 
das obrigações assumidas junto a terceiros, são os recursos que financiam a atividade, por 
isso, inclusive, também é conhecido como origem ou fonte de financiamento do negócio. É 
o que chamamos de passivos, que são classificados em Passivo Circulante e Passivo Não 
Circulante.
A lógica do “circulante” e “não circulante” é a mesma aplicada no Ativo, ou seja, está associada 
ao período de até 12 meses ou maior que 12 meses, curto e longo prazo, respectivamente, 
contudo estamos falando de obrigações e, por isso, devemos pensar que no Passivo Circulante 
serão evidenciadas as obrigações que vencem no curto prazo, até 12 meses, e no Passivo 
Não Circulante, as obrigações que serão exigidas no longo prazo, isto é, depois de 12 meses.
Como exemplo das informações expressas no “lado” do Passivo no Balanço Patrimonial, temos 
a conta de Salários a Pagar, Obrigações Fiscais a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, 
Fornecedores.
Finalizamos com o grupo do Patrimônio Líquido, que, segundo Ferreira (2017, p. 1):
O patrimônio líquido (PL) faz referência ao grupo de contas que registra o 
valor contábil de uma entidade. Trata-se de uma subconta contábil que leva 
ATIVO NÃO CIRCULANTE
• REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
 - Contas a Receber
 - Empréstimos a coligadas ou controladas
• INVESTIMENTOS
 - Investimentos Permanente
• IMOBILIZADO
 - Terrenos
 - Contruções e Benfeitorias
 - Veículos
 - Máquinas e Ferramentas
 - Móveis
• ATIVO INTANGÍVEL
 - Marcas e Patentes
 - Concessões
 - Softwares
Figura 2. Estrutura do Ativo – Balanço Patrimonial
Fonte: Pires Consultoria (2014)
1716 17
LEITURAOBRIGATÓRIA
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital
 - Capital subscrito
 - Capital a integralizar (-)
• Reservas de Capital
 - Contribuição de Subscritores
 - Alienação de Partes Beneficiárias
 - Bônus de Subscrição
 - Correção Monetária do Capital Realizado não Capitalizado
• Ajuste de Avaliação Patrimonial
• Reserva de Lucros
• Ações em Tesouraria (-)
• Prejuízos Acumulados
Figura 3. Estrutura do Patrimônio Líquido – Balanço Patrimonial.
Fonte: Pires Consultoria (2014)
em consideração aspectos como o capital social, os aportes financeiros de 
acionistas, os lucros acumulados, contas de reserva e até o fluxo de caixa. 
Quando falamos de PL, geralmente estamos tratando de uma empresa, ou 
seja, uma pessoa jurídica.
Vale ressaltar que o capital de terceiros sempre, ou na maioria das vezes, estará presente 
na estrutura de capital da empresa, contudo, o que se precisa atentar é quanto à proporção 
desse capital em relação ao capital próprio. Significa dizer que a empresa deve, em regra 
geral, manter uma maior participação do capital próprio do que de capital de terceiros como 
fonte de financiamento das suas operações.
O grupo do Patrimônio Líquido possui tamanha importância no campo da ciência contábil 
e das organizações empresariais, que existem demonstrações específicas para evidenciar 
as informações correspondentes a esse grupo, por exemplo, a Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL). Mas esse é um assunto para discutirmos nos temas posteriores.
A estrutura do Patrimônio Líquido que encontramos atualmente contempla as seguintes 
contas:
18 191818 19
LEITURAOBRIGATÓRIA
O Patrimônio Líquido, portanto, representa o que chamamos de capital próprio da empresa, 
aquilo que pertence à própria entidade e não depende de terceiros. Esse tipo de capital 
garante maior autonomia e segurança ao negócio, uma vez que não há dependência de 
terceiros financiando a entidade, e o custo do capital também pode ser menor em relação 
ao custo do capital de terceiros.
Contudo, cabe destacar que é prudente sempre levar em consideração a análise risco 
versus retorno, pois, se o negócio é considerado arriscado, espera-se que o retorno sobre 
o capital próprio investido seja maior, para “compensar” o risco assumido pelo investidor. 
Consequentemente, o custo desse capital próprio também será maior.
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Quer saber mais sobre o assunto? Então:
Para saber mais sobre as origens de recursos e estrutura de capital, acesse o artigo Determinantes 
da Estrutura de Capital: Um Estudo Sobre Empresas Mineiras de Capital Fechado. Disponível 
em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/recfin/article/view/30883>. Acesso em: 26 set. 2017.
Vimos que uma informação, para ser considerada útil, precisa reunir algumas características 
importantes! Acesse o artigo e veja mais detalhes sobre as características e qualidades da 
informação contábil.
Qualidade da Informação Contábil: Uma Análise de suas Características com base na Percepção 
do Usuário Externo. Disponível em <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/
viewFile/2939/pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.
O professor-doutor do Departamento de Finanças e Contabilidade da UFPB, Edilson Paulo, 
concedeu uma entrevista ao Programa Conta +, na qual fala sobre os impactos da convergências 
de padrões contábeis. Assista aos vídeos para saber mais: <https://www.youtube.com/
watch?v=6iYFAf-ywSc> (parte 1); <https://www.youtube.com/watch?v=ZXxEe22IFBM> (parte 
2). Acesso em: 26 set. 2017.
Você percebeu como o Balanço Patrimonial é rico em informações para atender às necessidades 
de diversos usuários? Para saber mais sobre as funções do BP, assista ao vídeo: <https://www.
youtube.com/watch?v=vogdvZWmrDw>. Acesso em: 26 set. 2017.
Nós abordamos durante todo o material que a informação contábil tem vários usuários, não é 
mesmo? Veja então, no vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WTGtGABB-
Zo>, como a análise do balanço pode ser útil para as empresas que desejam participar de 
licitação, um procedimento necessário para vender produtos e serviços ao poder público.
LINKSIMPORTANTES
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Instruções: 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Vimos que o “lado” do passivo no Balanço 
Patrimonial representa as origens dos recur-
sos que financiarão as aplicações no ativo. 
Destacamos ainda que é preciso estar aten-
to à proporção de capital de terceiros pre-
sente na empresa para garantir uma melhor 
condição financeira do negócio. Mesmo que 
as empresas, em geral, utilizem recursos de 
terceiros para financiar suas atividades, faz-
-se necessária a avaliação da qualidade de 
recurso, visto que a empresa pode obter um 
crédito considerado “bom” ou “ruim”. Essa 
avaliação da relação custo/benefício envolve 
muitas variáveis no seu estudo, tais como: 
condições de pagamento, taxas praticadas e 
o retorno que o investimento financiado trará 
para a empresa, por exemplo. Face ao ex-
posto, pesquise sobre quais modalidades/
linhas de crédito estão disponíveis no merca-
do e comente, sob sua avaliação, quais delas 
seriam as mais interessantes para as empre-
sas, isto é, que teriam uma qualidade maior 
Questão 2:
O Balanço Patrimonial pode ser considera-
do a principal e, talvez, a mais conhecida 
e utilizada das demonstrações financeiras. 
Nele são evidenciados tudo o que a em-
presa deve e tudo o que ela tem de bens 
e direitos, totalizando então no patrimônio 
que a empresa possui. Assim como o Ba-
de crédito. Você poderá consultar as linhas 
disponíveis nos bancos comerciais, no Ban-
co Nacional de Desenvolvimento – BNDES, 
nas agências de fomento do seu estado, e 
listar os aspectos mais relevantes, como 
taxa de juros, prazo para pagamento, prazo 
de carência, garantiasexigidas e os docu-
mentos necessários para a formalização do 
contrato. Realizada a pesquisa, você deverá 
sugerir, em sua opinião e apoiado pelos co-
nhecimentos adquiridos até o momento, qual 
linha de crédito considera mais interessante 
para uma empresa contratar.
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 4:
Na Contabilidade, o Patrimônio de uma 
empresa é representado pelo conjunto de 
bens, direitos e obrigações que esta pos-
sui. Pensando agora na estrutura do Balan-
ço Patrimonial, assinale a alternativa onde 
são evidenciadas as obrigações assumidas 
pela empresa com terceiros:
a) ativo circulante
b) ativo não circulante
c) capital social
d) patrimônio líquido
e) passivo
Questão 5:
Considerando os tipos de usuários da infor-
mação contábil, pesquise e comente exem-
plos de quais decisões são tomadas por 
usuários internos e externos da informação. 
Questão 3:
Os direitos representam os bens da em-
presa que estão em poder de terceiros, isto 
é, a empresa poderá exigir o recebimento 
destes, mas, no momento, está “na mão” 
de outra pessoa. Posto isto, no patrimônio 
da empresa, qual dos exemplos abaixo é 
considerado um direito?
lanço, a cada encerramento de exercício 
as empresas emitem todas as suas de-
monstrações financeiras, por se tratar de 
um item obrigatório. No entanto, para fins 
gerenciais, tais demonstrações podem ser 
emitidas a qualquer tempo pela empresa. 
Acerca do Balanço Patrimonial, especifica-
mente, assinale a opção correta:
a) Demonstra local, data, conta devedora, 
conta credora, histórico e valor dos 
lançamentos contábeis.
b) É a demonstração que evidencia o 
patrimônio de uma empresa de forma 
quantitativa e qualitativa.
c) Indica a formação e a utilização do 
capital social e das reservas da empresa.
d) Informa o valor dos bens adquiridos 
nos últimos seis meses.
e) Permite o controle da movimentação 
do patrimônio da empresa.
a) Caixa
b) Estoque
c) Contas a receber
d) Salários a pagar
e) Máquinas e equipamentos
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AGORAÉASUAVEZ
Como sugestão, primeiro pense sobre um 
tipo de usuário da informação contábil, por 
exemplo, os bancos. Depois, com base no 
que você aprendeu, classifique esse usuá-
rio como interno ou externo. Por fim, pense 
em que tipo(os) de decisão um banco toma 
a partir das informações contábeis.
Questão 6:
Pesquise e comente sobre os tipos de rela-
tórios gerenciais que as empresas podem 
gerar. Se for possível, inclusive, verifique 
na sua atividade profissional quais os rela-
tórios gerenciais utilizados.
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FINALIZANDO
Preliminarmente, o presente caderno apresentou as demonstrações financeiras, que são o 
produto final das informações geradas pela contabilidade, visto que evidenciam, ao final de 
um determinado período, o resultado das operações realizadas pelas organizações. 
Essas demonstrações são elaboradas para atender, em suma, os usuários da informação 
contábil, classificados como usuários internos e externos. Contudo, para que os usuários 
tenham confiança naquilo que as demonstrações financeiras evidenciam, as informações 
precisam apresentar características e qualidades que deem credibilidade a elas.
Tratamos ainda da história da análise das demonstrações financeiras, que no passado foi 
chamada inicialmente de análise de balanço, embora ainda hoje encontremos tal expressão 
em alguns materiais. Vimos sua evolução, as técnicas existentes para extrair as informações 
e a necessidade de se interpretar corretamente esses índices ou indicadores. 
Fechamos com o Balanço Patrimonial, que tratamos especificamente neste caderno. 
O Balanço pode ser considerado a principal e, talvez, a mais conhecida e utilizada das 
demonstrações financeiras. Nele são evidenciados tudo o que a empresa deve e tudo o que 
ela tem em termos de bens e direito, totalizando então no patrimônio que a empresa possui.
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GLOSSÁRIO
Demonstrações Financeiras: são o produto final das informações geradas pela 
contabilidade, visto que evidenciam, ao final de um determinado período, o resultado das 
operações realizadas pelas organizações.
Técnicas de Análise: são os instrumentos pelos quais é possível extrair as informações 
das demonstrações financeiras e, a partir de então, fazer a leitura e interpretação dos 
valores encontrados.
Usuários da informação contábil: todas as pessoas físicas e jurídicas que têm interesse 
ou demandam informação sobre a situação econômico-financeira de uma organização 
empresarial são consideradas usuárias da contabilidade.
Balanço Patrimonial: demonstração financeira, composta de bens, direitos e obrigações 
da empresa, sendo dividido entre dois grandes grupos. O primeiro é o Ativo, composto 
sobre bens e direitos, subdividido em Circulante e Não Circulante. O segundo é o Passivo, 
são as obrigações da entidade com terceiros, sendo divididas em Circulante, Não Circulante 
e Patrimônio Líquido, que é o capital dos sócios ou próprios, são as origens dos recursos.
Indicadores: resultado obtido na divisão de duas grandezas.
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GABARITO
Questão 1
Resposta: É muito comum um empresário se encher de orgulho ao falar que sua empresa 
nunca precisou obter créditos em instituições financeiras ou que nunca precisou de bancos. 
É muito importante que o empreendedor tenha conhecimento sobre quando obter crédito 
é uma vantagem ou uma desvantagem para o negócio. Se a empresa nunca precisou 
de crédito para equilibrar as contas, realmente é algo para se orgulhar, pois é uma 
comprovação de que a empresa foi capaz de realizar vendas e crescer sem gerar um 
descompasso no fluxo de caixa, isto é, o empreendedor soube planejar o futuro realizando 
as receitas previstas e controlando os custos e despesas da operação. Um dos piores 
cenários para o empreendedor é a ciranda da necessidade de endividamento contínuo 
para que o negócio continue “de pé”. Para sair desse cenário será necessário muito mais 
que recursos financeiros. Serão necessárias novas estratégias, novos produtos ou serviços 
e novas pessoas. Quando não utilizar de crédito de terceiros é ruim para a empresa? 
Quando existem oportunidades de crescimento sustentáveis e a empresa não tem recursos 
próprios para os investimentos e antecipação de despesas necessárias para desenvolver 
a expansão dos negócios. Portanto, utilizar de créditos de instituições financeiras e, 
principalmente, linhas especiais de crédito oferecidas pelo BNDES e agências de fomento 
(FINEP, Desenvolve SP, Investe Rio e outras) pode ser vantajoso para o negócio, permitindo 
aproveitar oportunidades de crescimento que apenas com capital próprio não seriam 
possíveis. Para que o processo de captação de recursos seja sustentável para a empresa, 
é necessário que o planejamento do montante de capital a ser captado esteja coerente com 
a utilização dos recursos e que sejam avaliados os prazos de pagamentos e os juros da 
dívida em relação à geração de caixa da empresa, principalmente da geração de receitas 
dos novos projetos. É muito importante alinhar as amortizações e os pagamentos de juros 
com a geração de caixa. Outro ponto importante é preparar a companhia para se relacionar 
com as instituições financeiras e agências de fomento, nesse processo é muito importante 
a companhia disponibilizar aos potenciais credores as informações financeiras organizadas 
(Balanço Patrimonial e DRE), sólidas estruturas de garantias (recebíveis futuros, fianças 
2626 27
GABARITO
ou garantias reais da companhia ou dos sócios), suas experiências de crédito anteriores e 
de sua situação cadastral (SPC, Serasa e outros). Donato Ramos atua na área de Private 
Equity da Squadra Investimentos. É mentor Endeavor desde 2008. Leia mais em Endeavor 
<https://endeavor.org.br/dividas-boas-ou-ruins-para-empresas>
Questão 2
Resposta: B
De acordo com o conceito doBalanço Patrimonial, ele é a demonstração contábil destinada 
a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial 
e financeira da entidade.
Questão 3
Resposta: C
Explicação da resposta:
Caixa - bem 
Estoque - bem 
Contas a receber - direito 
Salários a pagar - obrigação 
Máquinas e equipamentos - bem 
O que diferencia bens de direitos é a posse, ou seja, direitos são os bens da empresa que 
estão em poder de terceiros.
Questão 4
Resposta: E
No Ativo classificam-se os bens e direitos da empresa. Já no Passivo, classificam-se as 
obrigações.
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Questão 5
Resposta: Podemos classificar os usuários pela sua localização, isto é, se eles estão 
“dentro” ou “fora” da organização. É por isso que encontramos as expressões usuários 
internos e usuários externos da contabilidade. Usuários internos, ex.: administradores e 
empregados (tomam decisões sobre as operações da empresa: compra, venda, capital 
de giro). Usuários externos, ex.: investidores, credores e governo (decisões relacionadas 
à rentabilidade oferecida pela empresa investida, capacidade de pagamento, tributação, 
respectivamente).
Questão 6
Relatórios orçamentários, controle de custos, clientes inadimplentes, avaliação de 
desempenho, gestão da qualidade, produtos mais e menos vendidos e muitos outros.
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REFERÊNCIAS
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<http://uniesp.provisorio.ws/fagu/revista/downloads/edicao82014/artigo03-a-nova-estrutu-
ra-do-balanco-patrimonial.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.
FERREIRA, Ramiro Gomes. Patrimônio Líquido: como e por que aplicar este conceito 
de contabilidade em sua vida. Disponível em: <http://clubedovalor.com.br/patrimonio-liqui-
do/>. Acesso em: 27 ago. 2017.
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rial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
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São Paulo: Atlas, 2010. 
PARANÁ. Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. Demonstrações contábeis: as-
pectos práticos, elaboração e apresentação conceitual de acordo com o IFRS. Disponível 
em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/2011_demonstracoesContabeis.pdf>. 
Acesso em: 27 ago. 2017.
______. Demonstrações Contábeis Obrigatórias. Disponível em: <http://www.crcpr.org.
br/new/content/publicacao/mailing/html/2013_06_17_informativoFiscalizacao.html>. Aces-
so em: 27 ago. 2017.
PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Elaboração e análise das demonstrações financei-
ras. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PIRES, Consultoria. Balanço Patrimonial. Disponível em: <http://www.piresconsultores.
com/2014/01/balanco-patrimonial.html>. Acesso em: 27 ago. 2017.
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ceiras como instrumento para tomada de decisão. Disponível em: <http://www.ingepro.
com.br/Publ_2011/Jan/Artigo%20341%20pg%2067-78.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
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SOUZA, Carla Ferreira de, et al. O papel dos relatórios gerenciais no aumento da 
produtividade. Disponível em: <http://www.unoeste.br/site/enepe/2015/suplementos/
area/Humanarum/Ci%C3%AAncias%20Cont%C3%A1beis/O%20PAPEL%20DOS%20
RELAT%C3%93RIOS%20GERENCIAIS%20NO%20AUMENTO%20DA%20PRODUTIVI-
DADE.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
SOUZA, Maicon Cesar; KOWALSKI, Fabio Darci. Análise das contas do balaço pa-
trimonial e demonstração do resultado do exercício como ferramenta de controle 
para controladoria. Disponível em: <http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploa-
ds/2016/03/ARTIGO-MAICON-CESAR-DE-SOUZA.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
SOUZA, Marco Aurélio Batista de, et al. Qualidade da informação contábil: uma análise 
de suas características com base na percepção do usuário externo. Disponível: <http://in-
cubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/viewFile/2939/pdf>. Acesso em: 27 ago. 
2017.
VALENTE, Adriana. Análise das Demonstrações Contábeis. Disponível em: <http://web-
server.crcrj.org.br/APOSTILAS/A0181P0203.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
VALENTE, Nelma T. Zubek; FUJINO, Asa. Qualidade da informação contábil na pers-
pectiva do usuário da informação. Disponível em: <https://www.researchgate.net/
profile/Asa_Fujino/publication/299595406_QUALIDADE_DA_INFORMACAO_CONTA-
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COUNTING_INFORMATION_FROM_THE_PERSPECTIVE_OF_INFORMATION_USERS/
links/57019a1208ae650a64f8c479/QUALIDADE-DA-INFORMACAO-CONTABIL-NA-
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27 ago. 2017.

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