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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP UNIP INTERATIVA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA – COMÉRCIO EXTERIOR FELIPE FERRACIOLI PATRICIO DE OLIVEIRA BETA IMPORTADORA “COMÉRCIO EXTERIOR: VISÃO E ANALISE MERCADOLÓGICA” OSASCO – SP 11/2017 FELIPE FERRACIOLI PATRICIO DE OLIVEIRA “COMÉRCIO EXTERIOR: VISÃO E ANALISE MERCADOLÓGICA” Parte manuscrita do Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV – Superior Técnico do aluno Felipe Ferracioli Patricio de Oliveira, apresentado ao Corpo do Centro Tecnológico da Universidade Paulista - UNIP, como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnólogo em Comércio exterior. OSASCO – SP 11/2017 RESUMO A análise do processo de importação e exportação bem como a inconteste relação do binômico com a politica cambial e os elementos que o permeiam apresenta-se como uma importante ferramenta no auxilio a avaliação de desempenho global do processo de comércio exterior. Este Projeto Integrado Multidisciplinar visa o amplo e importante estudo de caso realizado na empresa Beta Importações de Florianópolis. Como objetivo norteador do mesmo, analisar o processo de importação/exportação de mercadorias e insumos da empresa Beta Importações como fonte de elucidação ilustrativa para as disciplinas do semestre. Existe ainda um estudo posterior da preparação e clima organizacional numa empresa de tal segmento e o estabelecimento de políticas de dinâmica interpessoal. Quanto à metodologia aplicada este estudo caracteriza-se como teórico-empírico, qualitativo, exploratório, descritivo e aplicado. Já quanto aos meios utilizados, classifica-se como: bibliográfico, documental, pesquisa de campo e estudo de caso. A coleta de dados realizou-se por meio de pesquisa documental e de maneira mais intensa, entrevistas semi-estruturadas. PALAVRA CHAVE: IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO, POLITICA CAMBIAL, BETA LISTA DE FIGURAS Figura 1. Organograma do comércio exterior no Brasil atualmente. ......................... 10 Figura 2. Composição de empr. para securitização de empréstimos operação de comércio exterior. ....................................................................................... 15 Figura 3. Principais termos Incoterms. ...................................................................... 17 Figura 4. Incoterms de importação. ........................................................................... 18 Figura 5. Esquema de movimentação de sistema de importação na Beta Importadora. ............................................................................................... 20 Figura 6. Esquema comercial e cadeia de valor de importação multidisciplinar modelo Beta Importadora. .......................................................................... 20 Figura 7. Tipos de modais usados na Beta Importadora – tempo estimado e valor de operação por modal incoterm CIP. ........................................................ 21 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 2 TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL ...................................................................... 6 2.1 MERCADO NACIONAL DE CAMBIO ............................................................... 6 2.2 BENEFICIOS DO MERCADO CAMBIAL .......................................................... 8 2.3 QUESTÕES GOVERNAMENTAIS ................................................................... 9 2.4 CAPITAL ESTRANGEIRO .............................................................................. 12 3 SISTEMA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ........................................... 17 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS .......................................... 22 4.1 PLANO DE AÇÃO CLIMA ORGANIZACIONAL .............................................. 23 4.2 APRENDIZAGEM VIVENCIAL ....................................................................... 24 4.3 ENDOMARKENTING...................................................................................... 26 4.4 COMUNICAÇÃO INTERNA ............................................................................ 26 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 29 5 1 INTRODUÇÃO A organização escolhida para ser estudada em termos qualitativos e empíricos é a Beta Importações. A empresa Beta Importações iniciou suas atividades há 18 anos, a partir do espirito empreendedor do atual diretor e de seu sócio que em função de constantes viagens ao exterior vislumbraram a oportunidade de trabalhar com o comércio exterior no Brasil. Inicialmente operando através de seu escritório no Brasil, trabalhavam a importação de diversos produtos, atendendo aos pedidos de clientes. Esta fase caracterizou-se pela dificuldade inicial, inerente aos novos negócios. Após um curto período de sociedade o sócio do atual diretor e proprietário deixa a empresa. Já com cinco anos de existência, a empresa se especializa em importações isentas de impostos de importação destinados a atividades de ciência e tecnologia, regulamentadas pela Lei 8_010190. Assim como resultado deste direcionamento de atividades a empresa abre seu escritório nos Estados Unidos, mais especificamente em Miami, com o objetivo de facilitar e acelerar as negociações com seus principais fornecedores_ O escritório em Miami tem como objetivo servir de base para o proprietário da empresa, em suas constantes viagens aos EUA, na operacionalização de seus negócios, uma vez que seus principais fornecedores estão localizados neste país. Esta unidade é estratégica, pois se situa na maior potencia econômica mundial, onde o ritmo de negócios e mudanças grandioso, permitindo, assim, ao dono da Beta Importações, uma maior atualização frente a novas tendências no comércio exterior. No Brasil, o escritório da Beta Importações trabalha como elo entre os fornecedores das quais é representante, e seu público-alvo que são empresas e entidades beneficiadas pela Lei 8.010.190. Dentre as empresas que representa, estão marcas mundialmente famosas como Acer, Toshiba, HP, Sony, Microsoft entre outras. 6 2 TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL Segundo Bertolo (2017) no mercado de câmbio serão negociados ativos financeiros com vencimento determinado com diferenciação ou flutuação com moedas diversas (não todos da mesma moeda), cujos papéis em uma determinada moeda podem ser negociados contra papéis em outra moeda. Esse mercado existe porque as nações querem manter seu direito soberano de ter e controlar suas moedas próprias. Caso todos os países do mundo usassem a mesma moeda, o mercado de câmbio não existiria. Qualquer que seja a moeda da fatura, alguém irá ao mercado de câmbio vender yens para comprar dólares. A RECEITA FEDERAL (2017) descreve ainda mais proativamente e profusamente a questão dando uma foz multipla à definição de mercado cambial, conforme segue: São operações de cambio como o ingresso e a saída de moeda estrangeira correspondente ao recebimento das exportações e o pagamento das importações deve ser efetuado mediante a celebração e liquidação de contrato de câmbio em banco autorizado a operarno mercado de câmbio. (RECEITA FEDERAL, 2017, p.11). Os contratos de câmbio são o instrumento preliminar desta relação citada acima. O Contrato de Câmbio é o instrumento firmado entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se definem as características completas das operações de cambio e as condições sob as quais se realizam, cujos dados são registrados no Sistema de Informações do Banco Central do Brasil - SISBACEN (RECEITA FEDERAL, 2007). 2.1 MERCADO NACIONAL DE CAMBIO O mercado de câmbio no Brasil negocia moedas estrangeiras conversíveis. Coexistindo plenamente duas formas de se negociar tais moedas. Porto e Silva (2000) apud BERTOLO (2017) "A primeira é a negociação direta com o Exterior através dos contratos de câmbio e a segunda elencarmente é internamente no Brasil 7 feito em espécie em balcões de negociação físico ou via remessas expressas via correios concretizada via internet". Porto e Silva (2000) destacam que a primeira é formalmente restrita a bancos comerciais e de investimento que são previamente licenciados pelo Banco Central do Brasil, pois este mercado é essencial para equilibrar a Balança de Pagamentos, e nela incluem a Balança Comercial, Balança de Serviços, Balança de Capitais e Transferências e outras premissas definidoras do superavit ou deficit do PIB Brasileiro, Dívida Externa, Nível de Atividade Econômica, etc; por exemplo. No segundo caso temos de acordo com Werneck (2005) um mercado acessível a pessoas comuns, pessoas jurídicas de pequeno porte a médio, empresas importadoras ou exportadoras de grande porte, negociadores e compradores de moeda paralela, instituições diversas em outras naturezas e todo agente que não seja bancário ou investimentário em escala global. Atesta ainda a titulo de informação em Werneck (2005) que no mercado interno existe a negociação de câmbio entre vários participantes, como corretoras e casas de câmbio e investidores em geral. Freitas (2004, p.104) destaca que a principal moeda negociada é o dólar que será cotado. São quatro as taxas atuais de cotação do dólar segundo esta fonte e na página supramencionada entre parenteses acima: Comercial: formada pelas operações oficiais de compra e venda de moedas entre bancos e empresas como exportações, importações, captações ou empréstimos. Interbancário: formada pela negociação entre bancos, com prazo de liquidação financeira D+2. Paralelo: formada pelas operações informais de negociação de moeda realizadas em casas de câmbio ou doleiros. Turismo: formada pela negociação de dólares entre pessoas que irão viajar para o Exterior e casas de câmbio autorizadas. A formação da taxa de câmbio é determinada diretamente pela oferta e procura da moeda (dólar). Constantemente o Banco Central do Brasil interfere na oferta e/ou procura em função de fatores como: conjuntura socioeconômica interna e externa, política monetária e nível de reservas cambiais. Em 1998 certamente foi o ano que a comunidade empresarial brasileira começou a se preocupar com medidas mais concretas para aumentar o volume de exportações, principalmente em função das desvalorizações das moedas dos países do sudeste asiático (alguns economistas até falavam em dumping cambial). (VIEIRA, 2005, p.69). 8 2.2 BENEFICIOS DO MERCADO CAMBIAL Vamos apresentar para atendimento a tal instrução três formatos de operação sistêmica e seus respectivos conceitos, aderindo apontamento posterior das vantagens e mesmo não necessário suplementando com a apresentação das respectivas desvantagens. Falaremos de Câmbio Fixo, Câmbio Flutuante e Banda Cambial. (DAEMON et al., 1978). O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar) é fixado pelo próprio governo. Deste modo, a moeda nacional passa a ter um valor fixo em relação a essa moeda-lastro. É um método protecionista-equitativo para muitas análises do tema. (CRUZ NETO, 2002; DIAS, 2003; BRASIL, 1992; KEEDI, 2001; KEEDI, 2002). Sua principal vantagem estaria calcificada no fato de que pode possibilitar uma melhor parametrização de controle da inflação neste tipo de operação. (KEEDI, 2002). Porém existe uma desvantagem atrelada ao tal tipo de operação, já que ela pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional, provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da moeda estrangeira mantida desvalorizada) - existem estudiosos que agregam o fato de que a valorização de moeda poderia favorecer a compra e giro de moeda estrangeira mais barata, então se contesta ainda tal desvantagem em muitos casos. (FREITAS, 2004). O Câmbio Flutuante é um sistema sem controle estatal, pois o mercado é que estabelece naturalmente os valores das taxas de câmbio de acordo com o nivel e demanda de oferta x procura pelas moedas negociadas. Neste sistema as variações (FLUTUAÇÕES por isso o nome) das taxas de câmbio podem se modificar em intervalos pequenos de tempo durante os dias de negociação, assim sendo, este é o setor do mercado de câmbio com mais oscilações para cima e para baixo. A principal vantagem do câmbio flutuante segundo Vieira (2005) é o próprio mercado regular tais, assim as taxas de câmbio, não terão processos de distorções cambiais na economia como um todo. 9 Enquanto isso o mesmo Vieira (2005) compele e assevera importação observação de um fenômeno que poderia ser apontado como principal desvantagem deste tipo/plataforma de operação: a valorização excessiva de moedas estrangeiras pode ocasionar inflação, enquanto a desvalorização destas moedas pode ocasionar diminuição das exportações, contudo para importadores seria uma vantagem vital. Decorre o fato de que o câmbio mesmo quando desfavorável irá criar situação favorável a outra parte, seu dinamismo e adaptação ao mercado flexivelmente é o beneficio central e universal para cada um dos tipos de operações vigentes na atualidade. O último tipo de operação de câmbio neste estrito sentido é a chamada Banda Cambial, isto é, o sistema cambial onde a autoridade gestora do cambio nosso caso o Banco Central permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite (valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial. Quando as taxas de câmbio saem deste intervalo, então ocorre a intervenção do Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com isso, ele consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo estabelecido. (BRASIL, 1992 apud RECEITA FEDERAL, 2017, p.13). A principal vantagem que a banda cambial pode proporcionar aos agentes envolvidos na operação é que a variação cambial não será tão volátil, contudo não existirá processos que elevem grandes valorizações, mas também as desvalorizações serão incipientes estando no mesmo patamar, essa situação estará permitindo maior previsibilidade ao mercado financeiro. Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de acordo com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as necessidades do mercado cambial. A desvantagem estaria neste momento instada no fato de que em muitos casos este sistema pode gerar certo artificialismo cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais. (BRASIL, 1992 apud PORTO e SILVA, 2000, p.78). 2.3 QUESTÕES GOVERNAMENTAIS O estado se apresentar autarquias, orgãos fiscalizadores, ter autoridades monetárias fortes, ser um país de primeiro mundo ou terceiro mundo, ser rico ou 10 pobre; seja qual for sua estrutura ele exerce de alguma maneira direta ou indireta influencia no comércio exterior. Então as questões governamentais afetam o comércio neste sentido como um todo.Desde a época do governo de Fernando Henrique Cardoso com a privatização das empresas em inúmeros setores, criação do plano real, começo do pagamento da imensa dívida externa, abertura maior via blocos econômicos como o MERCOSUL e fechamento de parcerias estratégicas com países desenvolvidos, além da adoção a partir do segundo mandato de tal presidente em 1999 quando o Brasil passa a utilizar o sistema de câmbio flutuante. Porém, ocorrem constantes intervenções do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio. Estas intervenções são feitas através de operações de compra e venda de dólares (mercado a vista ou futuro) e tem por objetivo evitar a desvalorização ou valorização excessivas desta moeda estrangeira. Logo, podemos dizer que o Brasil adota um sistema de câmbio flutuante, porém com certo controle governamental. (SUA PESQUISA, 2017). Abaixo se tem um organograma com os órgãos que intervém no comércio exterior brasileiro atualmente: existem dois organismos que serão elementares nesta estrutura para a Beta Importadora e qualquer empresa que queira internacionalizar- se via exclusividade importadora ou pelo menos 75% das atividades de comércio exterior ser importação. Figura 1. Organograma do comércio exterior no Brasil atualmente. FONTE: https://www.comexblog.com.br/importacao/a-estrutura-do-comercio-exterior-brasileiro/ 11 CAMEX: O órgão mais importante, e atuante, no comércio exterior brasileiro é ligado diretamente a Presidência da República. Trata-se da Camex (Câmara de Comércio exterior). A Camex foi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma Secretaria Executiva. A criação desta câmara teve como pressuposição a necessidade de resposta dinâmica as céleres transformações crescimento do setor externo brasileiro, que sempre fora tratada de forma isolada por cada um dos Ministérios do país, limitando demasiadamente o processo decisório no comércio exterior. Atualmente, nenhuma medida que afete o comércio exterior brasileiro pode ser editada sem discussão prévia da Câmara. A Camex irá fazer com que a atuação da Beta Importadora seja afetada nos seguintes sentidos: 1. Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional; 2. Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral; 3. Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda; (POLÍTICA ADUANEIRA DEFINIDA PELO SISCOMEX PREVIAMENTE) 4. Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;(A BETA DEVE OBEDECER O Certificado de Cumprimento da Política Tarifária Comum (CCPTC) - TODOS OS PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DEVERÃO ESTAR INSTRUIDOS DIRETAMENTE A Decreto nº 5.738, de 30/03/2006;– Instruções Normativas SRF nºs 645 e 646, de 18/04/2006) 5. Fixar as alíquotas do imposto de exportação; (HOJE A BETA PAGA ALIQUOTAS SEGUNDO NCM - CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS QUE VEM DO MERCOSUL, POIS FORNECEDORES DE MATÉRIA PRIMA E INSUMO DE MANUTENÇÃO ESTÃO NA AMÉRICA DO SUL) 6. Fixar as alíquotas do imposto de importação; (HOJE A BETA PAGA ICMS EM CIMA DA TABELA TIPI/IPI IPI = TIPI (%) x (Valor Aduaneiro + II) 12 7. Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas. (GERALMENTE A BETA poderia ter que pagar aliquotas especificas fixada em dólares quando importa em alguns países que atende VIDE FUTURAMENTE OS MESMOS ATUALMENTE EM QUE TRABALHA A EMPRESA NO ITEM 03 DESTE TRABALHO). Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) Atua no marketing externo, fazendo a promoção e divulgação de oportunidades comerciais no estrangeiro por meio de uma série de canais institucionais, especificamente prospecta o panorama comunicativo acerca de dois gêneros de trabalho: a promoção comercial das exportações brasileiras e as negociações internacionais, sempre buscando o interesse da política externa brasileira. A promoção comercial busca prover uma estrutura de assistência ampla às empresas brasileiras interessadas no processo de internacionalização de suas atividades, deste modo através do site especializado Invest Export Brasil é possível que as organizações acessem concorrências públicas: a Beta Importadora pode pesquisar licitações em seu segmento através deste site. Este serviço é feito através dos SECOMs. Ainda é interessante o trabalho das SECOMS em relação a Beta Importadora como elemento instrumental de radiografia da demanda de importações, pois existe um espaço no site da organização que cuida somente de tal contexto. Os SECOMs então podem ser considerados as “antenas” do Departamento de Promoção Comercial do MRE, instalados em mais de 50 postos estratégicos no exterior, este sistema integrado ajuda os importadores a realizar escolhas estratégicas. São responsáveis por captar e divulgar as informações de oportunidades comerciais e de investimentos para empresas brasileiras. Produzem também pesquisas de mercados para produtos brasileiros com oportunidades no exterior. 2.4 CAPITAL ESTRANGEIRO Estudar neste PIM o elemento FIRCE N. 10 Lei 4.131/1962 é estudar sobre as características de um modelo único, exclusivo e vigente até hoje sobre a 13 protocolação e o sistema de regramento aplicável aos capitais estrangeiros no Brasil, construído a partir da Lei n. 4.131/1962, especialmente considerando as reformas constitucionais e os normativos introduzidos pelo Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil a partir do final da década de oitenta. Firce (Departamento de Fiscalização e Registro de Capitais Estrangeiros) tem inúmeras competências, mas a fiscalização de dividas contraída por empresas estrangeiras dentro ou fora do país que tenham algum lastro em nosso sistema financeiro, além do fato de que controla o patrimônio e movimentações de tais empresas além de estudar se elas estão sendo utilizadas para fins escusos como lavagem de dinheiro ou evasão de divisas. Não somente empresas off shore (ESTRANGEIRAS) estão neste patamar, mas importadoras e exportadoras. A Beta Importadora possui hoje um volume de empréstimos em moeda estrangeira que passa de 7 milhões em dólares e 15 milhões em euros todas operações compromissadas de longo prazo e carência de pagamento de taiis dividas usadas para iniciar operações em novos países e também aumentar sua estrutura comercial em nosso país e abertura de escritórios em 13 estados. Empresas de porte médio que se estruturam mais neste ínterim tem realizado isso através da abertura de capitais e através da abertura de títulos privados conversíveis como emissão de debêntures para que investidores financiem suas dividas e este processo seja securitarizado. O Governo brasileiro a adotou nos últimos anos algumas medidas esparsas de incentivo à conversão de dívidas externas em capital de risco ou de estímulo ao ingresso de recursos externos na forma de investimento direto. Deve-se ressaltar, porém, que as decisões tomadas não envolveram alterações nos instrumentos jurídicos que definem o estatuto básico para os capitais estrangeiros no Brasil. As normas fundamentais continuaram a ser definidas pela Lei n.º 4.131, de 1962 (com as modificações introduzidas pela Lei n.º 4.390, de 1964) e pelo Decreto n.º 55.762, de 1965. (PARÁ, 2005, p.87). Dentre as medidas recentemente adotadas por este instrumento incentivador a expansão dos investimentos diretos, pode-se destacar as seguintes: a) Incentivos fiscais à conversão de empréstimos ou financiamentosexternos em investimentos diretos; 14 b) Regulamentação de investimentos estrangeiros no mercado acionário interno; c) Exigência de contrapartida sob a forma de aportes de investimento direto para o lançamento de debêntures e ações de empresas estrangeiras. A BETA Importadora poderá resolver o pagamento de tal dívida com uma securitização, segundo Prince (2004) é uma prática financeira (ou processo) que consiste em converter ativos financeiros em títulos negociáveis no mercado. Favorecerá a empresa estudada, pois transcreve assim a diminuiçao de risco de recebimento dos devidos créditos pelos credores, pois enquanto não iniciar a capitalização e amortização de tais dividas a empresa ficaria com uma classificação creditica baixa e poderia perder possibilidade de captação de novos recursos para financiar novos projetos durante a expansão atual. Decorre daí um processo que segundo Converges (2015) existe um processo de Diminuição/Transferência do risco de não receber pelos direitos creditórios. Legislativamente poderemos dizer que o FIRCE irá atuar sob o seguinte panorama: No que se refere à transformação de dívidas externas em capital direto, o primeiro passo concreto parece ter sido a decisão de introduzir incentivos fiscais em favor de empresas que realizassem a referida conversão. O Decreto-lei n.º 1.598, de 26 de dezembro de 1977, estabeleceu que pudessem ser deduzidos do lucro real os dividendos fixos de ações pertencentes a pessoas residentes ou domiciliadas no exterior, desde que as ações tivessem sido criadas pela capitalização de financiamento ou empréstimo externo registrado até 31 de dezembro de 1977 pelo Banco Central. Decreto posterior estendeu por mais um ano o prazo de aplicação do incentivo fiscal. Ainda no que se refere à conversão de empréstimos em investimentos, deve-se mencionar a decisão de liberar, para transformação em capital direto, empréstimos retidos compulsoriamente no Banco Central. A entrada de investimentos estrangeiros no mercado de capitais é regulamentada pelo Decreto-lei n.º 1.401, de 7 de maio de 1975, que permite a captação de recursos externos para aplicação em ações e debêntures. Estes recursos são administrados por sociedades de investimento especialmente destinadas à captação de recursos externos para aplicação no mercado de capitais. Os investimentos ingressados por este mecanismo estão sujeitos a uma 15 regulamentação específica, que inclui normas fixando prazo mínimo de permanência do capital estrangeiro no País, normas de registro do capital e seus rendimentos, regras fiscais, etc. Decisão recente do Conselho Monetário Nacional estabelece também que as empresas estrangeiras estarão obrigadas a trazer um aporte de investimento direto como contrapartida, quando desejarem emitir debêntures ou realizar chamadas de capital no mercado acionário. No caso da emissão de debêntures, para cada cruzeiro captado deve haver a contrapartida de dois cruzeiros em investimentos diretos Assim sendo, a BETA IMPORTADORA estará assinando um "contrato" de concessão de garantias em forma de: - Carteira de recebíveis; - Créditos imobiliários; - Créditos financeiros; - Créditos educacionais. EXIGÊNCIAS CREDITICIAS: Para que tal operação se concretize existe a necessidade de criação de alguns suportes para que tais exigências sejam garantidas de fato. A SPE (Sociedade de Propósito Específico) será o tipo de entidade que controlará as exigências crediticias e procedêuticas, tributárias, legislativas, etc: sociedade anônima não financeira, criada especificamente para esse fim. - A SPE assume a responsabilidade de receber dos “clientes” e pagar os investidores. - Delimita o negócio e isola o risco. - Dá maior transparência à operação. Figura 2. Composição de empr. para securitização de empréstimos operação de comércio exterior. FONTE: CUNHO PRÓPRIO ADAPTADO DE MDIC (2011). 16 SECURITIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS: Nesse caso, o processo de abertura de capital da empresa em questão será feito no formato de fundo de investimento de direitos creditórios, segundo ANFAC (2017) O FIDC, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, é um veículo de securitização criado pelo Conselho Monetário Nacional em 29 de novembro de 2001. O FIDC, ou Fundo de Recebíveis, surgiu como uma alternativa de investimento ao modelo clássico de intermediação financeira (praticada tradicionalmente pelos bancos comerciais), possibilitando a empresas nacionais o acesso ao mercado de capitais, uma vez que o custo do dinheiro bancário em nosso País ainda é muito alto. O projeto de estruturação de fundo de recebíveis implementado pela ANFAC, a partir de 2002, acabou se transformando também em um dos fatores que, nos últimos anos, mais contribuíu para a eficiência operacional e financeira dessas estruturas, bem como, para a melhoria da imagem do setor do Fomento Comercial. Estes fundos denominados multissetoriais, multicedentes e multissacados, contam com a participação de grandes players do mercado tais como: instituições estruturadoras, bancos administradores, bancos custodiantes, empresas de auditoria, empresas de rating, empresas consultoras especializadas na seleção de clientes, gestores de fundos de recebíveis ou gestores de FIDC, entre outros. A ANFAC vem agregando, ao longo do tempo, cada vez mais parceiros de excelência e expertise incontestáveis, atuantes no concorrido mercado de capitais. Essa iniciativa pioneira tem proporcionado aos investidores um invejável retorno, compatível com o custo benefício buscado por boa parte dos empresários do mercado do fomento comercial. 17 3 SISTEMA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO O comércio internacional é hoje os processos de concretização das importações e exportações em vários segmentos da economia. Aponta neste sentido uma abordagem similar a de Maluf (2000, p.18) que coloca estas relações como prospectoras de uma realidade liberal e ampla, onde os agentes realizam trocas comerciais, isto é, o "comércio internacional é o principal instrumento com que o mundo capitalista busca implantar a ordem econômica liberal, do ideal de integração e internacionalização da economia mundial." O aspecto negocial inclui é um dos principais caracterizadores deste mercado, a negociação de preço, prazo de entrega, condições de pagamentos, elaboração de contrato e a emissão de fatura comercial (conhecida como invoice). Para isto são comumente utilizados os termos comuns do comércio internacional INCOTERMS (WERNECK, 2005). INCOTERMS:INCOTERMS são os termos e aspectos conceituais para cada atividade na cadeia de valor de importações ou exportações. A BETA Importações irá realizar 72% das suas operações baseada na captação de insumos, matérias primas e produtos vindo de fora, então seu foco é a importação que segundo perspectiva amplitucional de Werneck (2005) que usando os pressupostos extraidos de obra anterior sobre o tema irá dividir as etapas do processo de importação da seguinte forma dentro do agrupamento das atividades que seguem, conforme é elucidado e proposto por Peixoto (2002, p.30-31). Figura 3. Principais termos Incoterms. FONTE: WERNECK (2005, p.174). 18 Os incoterms servem para traduzir as etapas da cadeia de valor da importação que está descrita pela figura acima: o agrupamento apresentado é descrito em maiores detalhes facilitando, assim, a compreensão das atividades que os compõem. (PEIXOTO, 2002 apud WERNECK, 2005). Figura 4. Incoterms de importação. FONTE: WERNECK (2005, P.175). A BETA Importação possui contratos de Exigencia Minima e Contrapartidas Iniciaisque serão documentos tutoriais de como proceder em cada fase do processo de importação: são três os principais ditados abaixo: INICIO ENTRADA EMBARQUE – EXW: Quadro 1. Explicação sobre incoterm de EXW. O vendedor coloca os bens disponíveis nas suas instalações. Este termo coloca a obrigação máxima do comprador e obrigações mínimas do vendedor. O Ex Works termo é usado frequentemente ao fazer uma citação inicial para a venda de mercadorias sem custos incluídos. EXW significa que um vendedor tem a mercadoria pronta para a levantamento nas suas instalações (obras, fábrica, armazém, fábrica) na data acordada. O comprador paga todos os custos de transporte e também assume os riscos para levar as mercadorias até seu destino final. O vendedor não carrega a mercadoria para transporte nem a liberta para exportação. Se o vendedor carregar a mercadoria, fá-lo com total custo e risco do comprador. Se as partes desejarem que o vendedor seja responsável pelo carregamento das mercadorias no momento da partida e assumir o risco e todos os custos de carregamento tal deve ficar claro pela adição de expressão explícita para este efeito no contrato de venda. FONTE: PESQUISA INTERNET. LUGAR DESIGNADO DE BUSCA DA MERCADORIA FCA: A BETA importações geralmente contrata seguros de movimentação durante esta fase e/ou está adotando em algumas ocasioes operadores logisticos próprios certificados e 19 treinados pela companhia e que possuam algum tipo de contra SLA (CONTRATO DE NÍVEL MINIMO DE SERVIÇO), pois após resgata-la e ela estar em posse do transportador contratado toda responsabilidade por prejuízos é sua, então resguarda desta maneira quanto a isso: Quadro 2. Explicação técnico-conceitual de incoterm FCA. O vendedor entrega a mercadoria, livre para exportação, à disposição do primeiro transportador (nomeado pelo comprador), no local nomeado. O vendedor paga o transporte até o ponto chamado de partida e o risco é transferido quando a mercadoria é entregue ao primeiro transportador. FONTE: PESQUISA INTERNET. PORTE PAGO ATÉ A CHEGADA - CPT: São casos isolados onde o vendedor deseja fazer parceria para manutenção de exportação para o Brasil por meio da BETA IMPORTAÇÕES, assim sendo, ela fica livre de encargos como fretes adicionais, impostos, custo de manutenção do atravessador logístico, etc. Quadro 3. Incoterm CPT explicação conceitual. CPT - Carriage Paid To (Porte pago até... lugar de destino designado) O vendedor paga os custos de transporte. O risco é transferido para o comprador após a entrega da mercadoria ao primeiro transportador. FONTE: PESQUISA INTERNET. No contexto comercial os INCOTERMS envolvidos são aqueles ligados a dinâmica de necessidade de consumo diário de embarques e desembarques produtos, além de ter de lidar com troca de produções excedentes. Com a globalização as fronteiras do planeta estão mais próximas, o aumento do volume de transações comerciais entre os países, a economia mais integrada e interdependente transformou o mercado mundial em um grande mercado único onde as empresas podem comprar e vender mercadorias de todos os continentes. (MACIEL MENDES, 2005). A vantagem direta é estimular o crescimento da economia gerando novos empregos e obtendo como conseqüência o aumento da renda da população e do país, a Beta Importações entende que a logística que da suporte a importação e exportação é dividida em atividades primárias e secundárias, as primárias se enquadram transportes, manutenção de estoque e processamento de pedidos e na secundária armazenagem, manuseio, embalagem, suprimentos, planejamento e sistema de informação. 20 Figura 5. Esquema de movimentação de sistema de importação na Beta Importadora. FONTE: CUNHO PRÓPRIO ADAPTADO DE MARTINS (2009). As empresas que dominarem essas atividades terão destaque no mercado mundial, pois conseguiram ter preço competitivo e qualidade nos serviços prestados. A empresa estudada faz operações de importação, fazendo compras de containers fabricados por fornecedor localizado na China, Japão, Tailandia e países da Europa e Estados Unidos. Figura 6. Esquema comercial e cadeia de valor de importação multidisciplinar modelo Beta Importadora. FONTE: BASILIO (2005, p.405). A importação se dá pelo motivo da diferença de valor do produto, onde é o custo do produto mais o frete e impostos têm o valor mais acessível do que realizar a compra no mercado nacional. A empresa conta com três fornecedores onde existe 21 a concorrência apenas de valores e prazo de entrega, uma vez que o produto é padronizado e já estabelecido. Segundo Basilio (2005, p.433) O Incoterms neste caso é utilizado o CIP – Carriage and Insurance Paid to onde o transporte e o seguro são pagos pelo vendedor até o destino, ou seja, incluso no valor de compra esta o custo para entrega no container no pátio da empresa compradora. Este frete envolve na maioria de sua parte o modal marítimo que tem entre suas principais características alta capacidade e o baixo custo, e entre suas principais desvantagens o longo prazo para a entrega da mercadoria. Segue tabela ilustrativa predisposta a seguir que faz um expoente comparativo tempo e valor entre os modais marítimos e rodoviários: Figura 7. Tipos de modais usados na Beta Importadora – tempo estimado e valor de operação por modal incoterm CIP. FONTE: CUNHO PRÓPRIO ADAPTADO DE BASILIO (2005, p.225). Com base nas informações da tabela gráfica acima, constatamos que existe uma grande diferença de valor e do prazo de entrega entres os modais. Desta forma podemos conceituar qual modal será usado para ter melhor custo logístico ou entrega com menor prazo, dependo assim da necessidade do cliente. A empresa usa um extenso conhecimento para buscar as melhores negociações com fornecedores no exterior. Importa a mercadoria considerando a quantidade e o prazo de entrega para não sofrer desabastecimento, utiliza os Incoterms da melhor forma possível e consegue ter a mercadoria com preço competitivo entregue no pátio da empresa. 22 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS A empresa em sua essência nos dias de hoje é um ambiente complexo de relações e interações. O manual solicita que analisemos a questão sob o seguinte prisma o aluno deve analisar a gestão de pessoas na empresa, verificar qual teoria motivacional se encaixa nas relações existentes na organização, isto é, de acordo com o que observou, analisar qual ou quais, entre os autores estudados tem seu pensamento aplicado nas práticas da empresa em relação às pessoas. Deve verificar se os líderes são democráticos ou autocráticos, se dão feedback aos colaboradores e se administram conflitos de maneira a otimizar o trabalho em grupo. Há as relações que se formam entre quaisquer dois profissionais que trabalham em departamentos diferentes, entre os quais há pouco contato. É o caso, talvez, da relação entre um colaborador da manutenção e um colaborador da logística. As relações interpessoais em sua maioria serão não as citadas acima ou entre pessoas de departamentos diferentes são aquelas direcionadas entre lideranças do alto escalão do nível hierárquico máximo e o restante da organização para melhorar o contexto de comunicação entre as ordens gerais e todos na organização. Estamos assim exprimindo a relação entre um gestor e sua equipe, há o desafio da liderança — demonstrar autoridade sem precisar do poder. Assim sendo, coexiste entre funcionários de departamentos diferentes, há o desafio do conflito de interesses — cada um possui suas prioridades no trabalho e pode, inadvertidamente, prejudicar o trabalho do colega. Entre funcionários do mesmo departamento, porsua vez, há o desafio de balancear competitividade e colaboração — ambos querem se destacar, mas precisam trabalhar juntos para alcançar as metas da equipe. Além desses exemplos, o RH pode ainda desenvolver uma gama bem variada de ações voltadas a incentivar as relações interpessoais. Nelas, o foco deve ser o de aproximar os colaboradores, respeitando os limites entre profissional e pessoal e mantendo o tom de profissionalismo. (MENESCHINI, 2006, p.03). 23 O trabalho exponencial de manutenção de relações saudáveis em uma organização é a meta primordial da gestão das relações interpessoais das empresas. Uma política de relações saudáveis no âmbito interpessoal é voltada a processos de liderança democráticos e gestão do clima organizacional positivamente. Muitos autores como Bueno (2006) falam sobre estado de harmonia e sincronização de relacionamentos. As relações de trabalho mais saudáveis são aquelas que apresentam equilíbrio. Mesmo que haja um atrito, a equipe possui uma “liga” forte o suficiente entre si para avaliar o atrito de maneira objetiva, resolvê-lo e retornar a um estado de harmonia. (BUENO, 2006, p.71) As relações em termos de clima organizacional nas empresas do segmento se competem na metodologia citada por Maslow (1999), onde as necessidades são prepostas e indicam o que as pessoas necessitam para se realizarem, deste modo as relações interpessoalizadas, Maslow criou uma teoria baseada em cinco âmbitos de necessidades: estas quando satisfeitas, linearmente as outras surgem em seu lugar e continuamente teremos um ciclo de anseios sendo atendidos regularmente. Esse processo é interminável e contínuo, entende – se como do nascimento até a morte. Nas empresas modernas se o trabalho de relações interpessoais for delineado na teoria em voga acima citada surge um clima organizacional favorável de identificação dos colaboradores com os signos e institucionalidade e valores da organização. 4.1 PLANO DE AÇÃO CLIMA ORGANIZACIONAL Atualmente foi feito um projeto na Beta Importadora para detectar insatisfação dos colaboradores ou satisfação dos colaboradores, a fim de reestruturar os processos em nível de clima organizacional. O clima organizacional pode atender as premissas de autorealização dos indivíduos segundo a teoria de Maslow e na teoria de Mc Gregor facilita as relações diretas, pois cria um ambiente para boas relações, boas trocas de tarefas, difusão da amistosidade e colaboratividade na organização, etc. 24 Para processos como este sob a teoria de Mc Gregor (2007) é necessário a criação de um ambiente projetivo intervencional, ou seja, um plano de ação para interferir e radiografar a situação atual da companhia em termos de clima: Estudo do sistema de remuneração da empresa através de pesquisa salarial a fim de verificar em que faixa a remuneração definida pela Interfarmacia está localizada no mercado externo, em empresas do mesmo ramo e porte; Formalização do processo de avaliação de colaboradores, com prévia preparação dos avaliadores envolvendo os conceitos de percepção, competências interessantes ao negócio e outros temas relativos ao processo; Levantamento das Necessidades de Treinamento das equipes a fim de verificar suas carências de conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes com as funções exercidas. Elaboração de Plano Individual de Treinamento e Desenvolvimento Gerencial; Criação e otimização dos canais de comunicação com os associados e colaboradores onde seja estimulado o clima de contribuição para sugestões e opiniões de todos. Realização de campanha motivacional a fim de aumentar o grau de comprometimento com a Empresa e reestabelecer o sentimento de afiliação entre as equipes. 4.2 APRENDIZAGEM VIVENCIAL Segundo Chiavenato (2004) tendo como boa matriz de chegada a um ambiente de melhor convivência se insere o contexto de aprendizagem vivencial nas organizações modernas. As necessidades humanas de acordo com Maslow induz a algumas necessidades, a aprendizagem vivencial são técnicas de atendimento as necessidades sociais dos sujeitos, as empresas de Comércio Exterior apesar de ter muita equipe executiva, mas também existe grande numero de colaboradores gerenciais e industriarios, transportadores, etc. 25 Havendo nisso grande fluxo de atividades em colaboração e fluxo intermitente, assim sendo, aliado ao fato de que existem muitas tecnologias e aparatos de equipamentos industriais manufatureiros, então treinamento, dinâmicas de grupo e difusão de habilidades são necessárias. Segundo Marca (2006) as principais técnicas de aprendizagem vivencial tangem o atendimento a estes módulos característicos abaixo: Realização da dinâmica, que pode ser um jogo ou atividade; Explanação das impressões, reações e emoções relativas à realização da dinâmica interpessoal; Avaliação de desempenho individual por quem aplica a dinâmica e feedback; Verificação de situações cotidianas que apresentam características parecidas com a atividade e insights Comprometimento dos envolvidos com mudanças de atitudes Assim sendo, a Beta Importações agrega em suas políticas de dinamica das relações interpessoais as seguintes metodologias e técnicas: Quadro 4. Beta programa de desenvolvimento interpessoal Beta Importadora. BETA PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL Através do Coaching é possível desenvolver habilidades, aprimorar competências, obter feedbacks, delegação e negociação mais assertivas, conquistar liderança eficaz, comunicação eficiente, foco, gestão de tempo, visão estratégica, autoconhecimento, autodesenvolvimento e melhoria contínua, entre outros inúmeros benefícios. Além disso, o Coaching oferece mais de 100 ferramentas e técnicas para desenvolver sua equipe. Confira algumas delas: FeedbackBurguer O feedbackburguer é uma técnica eficiente para dar feedback construtivos à profissionais e equipes. Ele é constituído por 3 partes: foco no positivo com um elogio verdadeiro, o feedback com uma sugestão e por fim um comentário com foco no futuro. Roda das competências Ferramenta que visa a mensuração das habilidades dos profissionais. A técnica consiste em atribuir notas de 1 a 10 entre competências como trabalho e liderança de equipes, comunicação, orientação para o cliente, iniciativa, criatividade, relacionamento interpessoal, inovação, empreendedorismo, desenvolvimento de pessoas e orientação para resultados. 26 Autofeedback Ferramenta poderosa para analisar o desempenho individual ou em grupo de profissionais e equipes. Consiste em um autofeedback onde o próprio profissional responde um questionário sobre sua performance com perguntas como: Quais são seus pontos fortes? Quais são seus pontos de melhoria? Oportunidades internas e externas? Limitadores / Ameaças? Entre muitas outras. FONTE: DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS. 4.3 ENDOMARKENTING A Comunicação e o Marketing Interno estão diretamente relacio-nados com a gestão de pessoas nas empresas. Para construir os carros que o tornaram um empresário conhecido no mundo todo, Henry Ford precisava apenas de pares de mãos. Mas com esses pares, vinha sempre o ser humano com toda a sua complexidade e variabilidade. REF:, Analisa de Medeiros (Brum,2010.) - Endomarketing de A a Z 4.4 COMUNICAÇÃO INTERNA O Programa de Benefícios da Beta Importadora ganha reforço adicional graças à comunicação que é estabelecida pela empresa e ela deseja impelir a questão de estima, de segurança e fisiologia de saúde do trabalho integrados a uma série de vantagens. Nesse sentido, a companhia conta constantemente com a utilização de canaisinternos. "Além disso, recebemos demandas do sindicato, representantes dos funcionários, gestores e até mesmo dos próprios colaboradores em relação às necessidades coletivas. De posse dessas informações, a empresa analisa, recorre e consulta as políticas vigentes, bem como seu orçamento. Estando favorável à implantação do benefício iniciamos o planejamento e estruturamos o seu funcionamento para, em seguida, divulgar utilizando os diversos meios de comunicação e, principalmente, a comunicação direta que é realizada pelo gestor", esclarece Cangussú. Inclusive, o diretor de RH, enfatiza que os gestores são os principais incentivadores dos Programas de Benefícios, seja através do contato no dia a dia, a comunicação face a face nos DDS (Diálogo Diário de Segurança) e na orientação individual, quando necessária. Além disso, os líderes sempre direcionam para a área 27 de Recursos Humanos os casos específicos, ou seja, que precisam de mais atenção e cuidado, para que a equipe especializada dê condições e suporte ao solicitante. Ao ser questionado sobre a receptividade dos funcionários em relação às iniciativas que são oferecidas Cangussú relembra os resultados obtidos a partir das pesquisas internas de clima organizacional e os depoimentos em que os colaboradores têm demonstrado a satisfação e a aceitação dos benefícios. "Sem dúvida essas práticas promovem a retenção, satisfação, motivação e, até mesmo, a atração de potenciais candidatos. Prova disso é o resultado que tivemos em outubro de 2015, quando nossa empresa se destacou no mercado e foi listada entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. O resultado dessa pesquisa nada mais é que o reflexo dos nossos programas e da valorização das pessoas, isso nos dá muito orgulho e reforça nosso compromisso e cuidado com as pessoas", comemora. Pessoas felizes produzem mais e melhor.. Essa é a essência do endomarketing.. (BRUM, 2010) 28 CONCLUSÃO Com este trabalho foi dimensionado complemento aos conhecimentos observados durante o semestre, assim sendo, é possível que possamos interprertar melhor as prerrogativas sobre sistemas de importação e exportação, desenhar a forma como se desenvolvem as políticas cambiais e monetárias de operações no exterior, enfim é um meio de desenvolver a economia por meio de uma série de instrumentos e órgãos que continuamente trabalhem em prol de atendimento ao melhor ciclo de comércio internacional na atualidade. Hoje é possível que estejamos vivendo um momento impar de instrumentalização das bases de atendimento sobre o tema e estamos em um estágio avançado de absorção de conhecimentos basilares para a boa prospecção do comércio exterior. Em termos de sistemas de importação e exportação aprendemos um pouco sobre a teoria que identifica as principais INCOTERMS nos dias de hoje e quais as INCOTERMS que se identificam ao trabalho da empresa estudada. Já pelo vértice retórico sobre teorias cambiais e práticas cambiais fizemos e tivemos oportunidade de criar um estudo integrado imersivo sobre o panorama de comércio exterior em termos de balança comercial, estudando desde os principios conceituais, passando pelas políticas adotadas e desembocando no organograma atual de operação de órgãos do governo, contudo a maior das contribuições sem duvida tenham sido as leituras sobre capital estrangeiro e a proposta de abertura de capital e sistemas de securitização. As dinâmicas das relações interpessoais possibilitaram um novo módulo de interpretação do desenvolvimento dos recursos humanos em um momento secundário deste trabalho, ressalvando e relacionando as teorias motivacionais e estrategias para atendimento das necessidades dos colaboradores modernos de empresas do setor, prospectando assim como a empresa lidera seus colaboradores e como prepara e os motiva. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Receita Federal disponível em : http:// receita.fazenda.gov.br BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing de A a Z. 2010,Ed Integrare. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 CHIZZOTTI, A. Pesquisas em ciências humanas e sociais. 5. ed_ São Paulo: Cortez, 2001. DAEMON, D.; NAIME, A.M.; WILIAMS, A.Q Comércio Internacional: Armazenagem, transportes, seguros e preços_ Porto Alegre: ADVB, 1979 KEEDI, S. Logística de Transporte Internacional: Veiculo pratico de competitividade. Sao Paulo: Aduaneiras, 2001. LUNARDI, A. L. 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Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
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