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Unidade II FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA POLÍTICA Prof. José Eduardo A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica A Idade Antiga abrange o período delimitado entre o aparecimento da escrita e o ano 476 da Era Cristã, em q e ocorre o fim do Império Romano do Ocidenteem que ocorreu o fim do Império Romano do Ocidente. No Ocidente, marcado pela Grécia e Roma, as características originárias foram mudadas de forma lenta porém marcanteoriginárias foram mudadas de forma lenta, porém marcante, desde o surgimento das Cidades-Estados gregas até os atuais Estados do mundo ocidental. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Do final do século VI a.C. ao século VIII a.C foi considerado como a “era de ouro” da Grécia, marcado pelo florescer da literat ra arq itet ra ciência e acima de t do da filosofialiteratura, arquitetura, ciência e, acima de tudo, da filosofia. Podemos identificar a antiga Grécia como o berço do pensamento político tal como concebemos atualmentepensamento político, tal como concebemos atualmente. Já naquele período, desenvolvia-se uma ciência política que apresentava, nos seus objetivos e métodos, uma grande variedade. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica A política significava, naquele período, para os gregos todos os fenômenos estatais, tanto as instituições como as ati idadescomo as atividades. No início do período clássico, o povo da Cidade-Estado de Atenas derrubou seu líder tirânico e instituiude Atenas derrubou seu líder tirânico e instituiu uma forma democrática de governo. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica As instituições e o pensamento político do Ocidente antigo apresentaram características em que o contexto de atuação do go erno apresenta a distinção sem ha er separaçãodo governo apresentava distinção sem haver separação do contexto de atuação da religião. Dessa forma o governante não era considerado divino nem Dessa forma, o governante não era considerado divino nem indicado pelos deuses, sendo eleito pelos cidadãos comuns. Na Grécia, não havia um só Estado grego, mas várias Cidades-, g g , Estados (polis, em grego), sendo a maior parte constituída como repúblicas no século VI a.C. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Todos os cidadãos poderiam falar e votar na assembleia. Eles não elegiam representantes para que agissem em seu lugar. Amparada pela liberdade de pensamento, que permitiu a expansão de ideias revolucionárias, desenvolveu-se uma intensa atividade intelectual na Gréciaintensa atividade intelectual na Grécia. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os sofistas rechaçavam a ideia de uma verdade universal e os princípios abstratos de justiça. Acreditavam que o homem é a medida de todas as coisas e que cada indivíduo pode definir e estabelecer, de acordo com suas crenças e desejos o que é direitocom suas crenças e desejos, o que é direito. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica As leis e as políticas de uma cidade grega não provinham, portanto, do palácio de um déspota, mas da discussão entre os cidadãos conceit almente ig ais na Ágora a praça deos cidadãos conceitualmente iguais na Ágora, a praça de mercado que também servia, em geral, de arena política. Os sofistas sustentaram que a razão individual é a fonte de Os sofistas sustentaram que a razão individual é a fonte de todo conhecimento e destruíram velhos dogmas, preparando o caminho para as doutrinas de Platão e Aristóteles. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Ao negar a existência de normas fixas, que regem a conduta humana, atacavam, por sua vez, nos princípios racionais da nat re a q e constit íam a base da moral e da filosofia greganatureza, que constituíam a base da moral e da filosofia grega. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os sofistas não acreditavam na natureza do homem, concebiam o Estado apoiado sobre uma base individualista e artificial e q e a a toridade política era egoísta por nat re aartificial e que a autoridade política era egoísta por natureza. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica No mundo aristocrático, o costume e a lei costumeira têm a força do Direito, são normas imperativas cuja transgressão implica castigo Com o passar do tempo à medida q eimplica castigo. Com o passar do tempo, à medida que se perdia a memória da origem de um uso, o costume, a lei não escrita passaram a ser considerados naturais.p Os sofistas entendiam que a moral, a justiça, a religião, a política eram convenção, portanto, poderiam ser ensinadas. O que seria impossível se trouxéssemos em nós, de modo inato ou por natureza. InteratividadeInteratividade (FEI) Atenas foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime democrático ateniense, é correto afirmar que: ) E b d l i ã d t t A bl ia) Era baseado na eleição de representantes para as Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos. b) Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na Cidade-Estado. ) O t i lh i d 21 dic) Os estrangeiros e as mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias da Cidade-Estado. d) Era erroneamente chamado de democrático, pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo. ) A i i tê i d At l ti i ãe) A inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da população da Cidade-Estado na política. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica O fato de se morar na mesma cidade não tornava seus habitantes igualmente cidadãos. Desse privilégio eram e cl ídos os escra os os estrangeiros e as m lheresexcluídos os escravos, os estrangeiros e as mulheres. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Da mesma forma, nem todo homem livre, nascido na polis, podia participar da admiração da justiça ou ser membro da assembleia go ernanteda assembleia governante. As instituições e o pensamento político no Oriente antigo evidenciaram como característica marcante e geral o caráterevidenciaram como característica marcante e geral o caráter sacro e religioso do poder, sendo o soberano considerado divino e filho dos deuses. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica As instituições e o pensamento político no Ocidente antigo apresentaram características diferentes em relação ao Oriente antigo O primordial go erno monárq ico e religiosoOriente antigo. O primordial governo monárquico e religioso foi substituído, gradativamente, por governos republicanos. No Ocidente antigo o contexto de atuação do governo No Ocidente antigo, o contexto de atuação do governo apresentava distinção sem haver separação do contexto de atuação da religião. De toda forma, o governante não era considerado divino nem indicado pelos deuses, sendo eleito pelos cidadãos comuns. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica A intensificação do sistema escravista acentuava a divisão do trabalho, o artesanato e estimulavao comércio, a partir da necessidade de dar a ão aos prod tos e cedentesda necessidade de dar vazão aos produtos excedentes. No século V a.C. teve início a guerra contra os persas e termina a campanha do Peloponeso o despotismo persatermina a campanha do Peloponeso, o despotismo persa e a luta entre a democracia de Atenas e a oligarquia de Esparta constituíram eventos que geraram estímulos para a pesquisa política. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os filósofos gregos dirigiram sua atenção, a partir do mundo natural, para o exame dos fatores políticos e sociais. Amparada pela liberdade de pensamento, que permitiu a expansão de ideias revolucionárias, há uma intensa atividade na Gréciaatividade na Grécia. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica A aquisição do poder político deu lugar a uma luta entre a antiga camada social de proprietários aristocráticos e a no a formada por comerciantes infl enciados por ideiase a nova, formada por comerciantes influenciados por ideias estrangeiras e com espírito predisposto à inovação. Com esse quadro preparava-se o caminho para a demagogia Com esse quadro, preparava-se o caminho para a demagogia, com o surgimento de uma série de mestres que aspiravam sensibilizar o espírito público, por meio da oratória e das artes da controvérsia. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os sofistas apresentaram a tendência desagregadora da época e aspiravam proporcionar a instrução necessária para q e os jo ens p dessem seg ir com ê ito a carreira políticaque os jovens pudessem seguir com êxito a carreira política. Os sofistas se caracterizavam, mais do que por terem ideias comuns mas por uma identidade de pontos de vista e pelocomuns, mas por uma identidade de pontos de vista e pelo emprego do mesmo método. Eles afastavam a ideia de uma verdade universal e os princípios abstratos da justiça. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os sofistas acreditavam que o homem é a medida de todas as coisas e que cada indivíduo pode definir e estabelecer, de acordo com as s as crenças e desejos o q e é direitoacordo com as suas crenças e desejos, o que é direito. Ao negar a existência de normas fixas, que regem a conduta humana atacavam por sua vez os princípios racionais dahumana, atacavam, por sua vez, os princípios racionais da natureza, que constituíam a base moral e da filosofia grega. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Os sofistas baseavam a autoridade política na força, porque sustentavam a existência de um caráter egoísta dos homens e a desig aldade de s as capacidadesdos homens e a desigualdade de suas capacidades. A questão da democracia na Antiguidade clássicaA questão da democracia na Antiguidade clássica Eles não acreditavam na natureza social do homem, concebiam o Estado apoiado sobre uma base individualista e artificial e q e a a toridade política era egoísta por nat re ae que a autoridade política era egoísta por natureza. Os sofistas foram os primeiros filósofos individualistas e sustentaram que o Estado se formava através de ume sustentaram que o Estado se formava através de um pacto social. Estabeleceram também uma separação entre o direito e a moral, sustentando que a lei, enquanto derivada da autoridade política, coagia e obrigava os homens, em muitos casos, a trabalharem abertamente, contra as normas da razão.contra as normas da razão. InteratividadeInteratividade Um aspecto importante da civilização grega da época eram os discursos proferidos na Ágora. Para obter a aprovação da maioria esses pronunciamentos deveriam conter argumentosda maioria, esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o p ç surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de pagamentocidades e ensinavam sua arte em troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como: a) Maniqueístas. b) Hedonistas. c) Epicuristasc) Epicuristas. d) Sofistas. e) Platônicos. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Platão (427-347 a.C.) é considerado um dos primeiros filósofos políticos que formulou a teoria de um Estado ideal abstrato. Platão realçou a educação como o princípio essencial do sistema político, no âmbito dos governantes e dos governos. A educação e a cultura seriam fatores primordiais para aA educação e a cultura seriam fatores primordiais para a edificação dos espaços públicos. Sob essa perspectiva, Platão fundou a Academia que p p , q resultou em um modelo referencial de todas as escolas filosóficas do Ocidente. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Para Platão, a ordem política consistia em necessidade para a realização da justiça no convívio social entre go ernados e go ernantesgovernados e governantes. Nessa ordem política, deveria haver cooperação entre as partes para a realização da justiça de modo que cada partepartes para a realização da justiça, de modo que cada parte cumpriria a sua atribuição para que o todo resultasse beneficiado da pertinente completariedade. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão A justiça estaria associada à ordem política, ao passo que a desordem política estaria associada à injustiça. Nesse sentido Platão descre e o q e seria o EstadoNesse sentido, Platão descreveu o que seria o Estado ideal e, consequentemente, justo. O pensamento político de Platão está centrado na justiça O pensamento político de Platão está centrado na justiça, pois ela é a virtude que mais integra o indivíduo ao Estado. A justiça é efetivada com o Estado e no Estado. O Estado ético de Platão consiste no meio para promover a realização da felicidade geral, assim como alcançar a virtude maior do bem comuma virtude maior do bem comum. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Platão considerou impossível separar, de modo definitivo, ética e política. Segundo Platão, a dimensão ética do homem não pode ser separada da sua dimensão política. A justiça não é objeto exclusivo do indivíduo mas do Estadoobjeto exclusivo do indivíduo, mas do Estado. Platão desenvolveu como pensador e pretenso estadista, baseado em conhecimento apurado e experiência observada, p p , a concepção original de um Estado ideal. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Segundo Platão, o Estado ideal deveria ser governado não por muitos (democracia), uma vez que a multidão não saberia go ernar mas pelos filósofos (teocracia) pois elessaberia governar, mas pelos filósofos (teocracia), pois eles contemplaram a verdade e estariam aptos a realizar essa verdade no âmbito da sociedade. Segundo Platão, a constituição de um Estado ideal, forte e perdurável exigia poderosa equipe de homens disciplinados e sempre prontos a atender aos desígnios do Estado. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Nada que fosse alheio ao Estado deveria absorver a vontade e a ação, ou distrair o pensamento único desses homens de otados ao Estado Em ra ão disso fica a proibido a elesdevotados ao Estado. Em razão disso, ficava proibido a eles o apego particular a famílias e bens temporais, que somente poderiam ser desfrutados em comum.p Pelo idealismo de Platão, o Estado devia significar, em alto nível, o que significa o ser humano em nível menor. O idealismo de PlatãoOidealismo de Platão Platão reconheceu que essa era uma situação utópica e foi além, a ponto de sugerir que esses reis deveriam ser compelidos a ass mir posições de poder de modo a e itar ocompelidos a assumir posições de poder de modo a evitar o conflito e a injustiça inerentes às outras formas de governo. Platão alertou que o Estado ideal deveria ficar sob Platão alertou que o Estado ideal deveria ficar sob responsabilidade da mais evoluída casta de governantes, imbuídos das melhores intenções e das melhores condições para governar segundo a ideia do bem comum. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Platão já havia demonstrado que, para ser bom, o Estado precisaria ser governado pelos virtuosos e, enquanto o tros alori a am o dinheiro o a honra acima de t dooutros valorizavam o dinheiro ou a honra acima de tudo, só os filósofos valorizavam o conhecimento e a sabedoria, portanto, a virtude., p , Segundo Platão, só os interesses dos filósofos beneficiariam o Estado e, portanto, os filósofos deveriam se tornar reis. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão A indistinção entre homens e mulheres é relevante, no pensamento de Platão, pois todos deveriam participar da ida pública tanto na esfera política como militarda vida pública, tanto na esfera política como militar. A participação feminina nas classes superiores proporcionaria segundo Platão uma integração plena e umaproporcionaria, segundo Platão, uma integração plena e uma perspectiva de unificação da cidade, superando eventuais contraposições entre homens e mulheres. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão No livro VII de “A República”, Platão ilustra o seu pensamento com o “mito da caverna”, em que pessoas estão acorrentadas desde a infância de tal forma q e não podem er a entradadesde a infância, de tal forma que não podem ver a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, q p , onde há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco ou não acreditariam emesses o tomariam por louco ou não acreditariam em suas palavras. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão O ponto de vista epistemológico, no “mito da caverna”, Platão vislumbrou que o ser humano vive em contato permanente com dois tipos de realidade a realidade inteligí el e acom dois tipos de realidade: a realidade inteligível e a realidade sensível. A realidade inteligível ou mundo das ideias é imutável A realidade inteligível, ou mundo das ideias, é imutável e igual a si mesma. A realidade sensível, ou mundo empírico, significa todas as coisas que afetam os sentidos do ser humano, sendo realidades dependentes e mutáveis que expressam imagens das realidades inteligíveis. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Nessa concepção de Platão, conhecida por teoria das ideias ou teoria das formas, o mundo empírico (concreto), ou das imagens percebido pelos sentidos é ma pálidaimagens, percebido pelos sentidos é uma pálida manifestação do mundo das ideias. As formas ideais ou ideias como Platão as chamava existiam As formas ideais ou ideias, como Platão as chamava, existiam em uma esfera fora do mundo onde vivemos, acessíveis apenas por meio do raciocínio filosófico e de indagações. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Isso é o que os filósofos especialmente qualificados fariam para definir o que constitui a vida digna e leva a uma vida erdadeiramente irt osa em e de ma simples imitaçãoverdadeiramente virtuosa, em vez de uma simples imitação de exemplos individuais de virtude. Platão reconheceu que essa era uma situação utópica e Platão reconheceu que essa era uma situação utópica e prosseguiu dizendo: “ou aqueles agora chamados reis devem genuína e adequadamente filosofar”, sugerindo a urgência da educação da classe governante como proposta para suas práticas. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Em razão disso, ficava proibido a eles o apego particular a famílias e bens temporais, que somente poderiam ser desfr tados em com mser desfrutados em comum. Pelo idealismo de Platão, o Estado deve significar, em nível maior o que significa o ser humano em nível menormaior, o que significa o ser humano em nível menor. A sua obra “A República”, apresenta o Estado ideal de forma identificada com o ser humano, demonstrando, em última , , análise, que todos somos o Estado. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão Platão enalteceu de forma ampla o pressuposto de que a virtude é o conhecimento e o vício existe em f nção da ignorânciafunção da ignorância. Em razão disso, ele afirmou que os males do Estado não cessarão para os seres humanos antes que a raça dos puroscessarão para os seres humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos obtenha o poder, ou que os chefes das cidades, por uma divina graça, passem a filosofar de modo verdadeiro. O idealismo de PlatãoO idealismo de Platão As principais obras de Platão são: “Críton” (399-387 a.C.) “A República” (380-360 a.C.) “Político”, “As leis” (355-347 a.C.) InteratividadeInteratividade Platão foi um dos filósofos que mais influenciou a cultura ocidental. Para ele, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida Assinale a alternativa correta:problemas da vida. Assinale a alternativa correta: a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a todo pensamento platônico. b) Como Sócrates, Platão desenvolveu uma ética racionalista que desconsiderava a vontade como elemento fundamental entre os motivadores da ação.os motivadores da ação. c) Platão alertou que o Estado ideal deveria ficar sob responsabilidade da mais evoluída casta de governantes, os filósofos. d) Platão acreditava que o conhecimento do bem era suficiente para motivar a conduta de acordo com essa ideia (agir bem). e) Para Platão a essência das coisas é dada a partir da análisee) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas material e final. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles (384-322 a.C.) foi discípulo de Platão e, embora adotasse algumas ideias dele, difere bastante do mestre pelo método e os pontos de ista q e aparecempelo método e os pontos de vista que aparecem em seu sistema político. Aristóteles era prático lógico e sistemático Suas ideias são o Aristóteles era prático, lógico e sistemático. Suas ideias são o resultado de um processo indutivo, partido do estudo científico e comparativo dos governos que existiam em seu tempo. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Sua exposição, baseada na história e na observação, era clara e precisa, com poucas nuances alegóricas e poéticas. Aristóteles construiu a política como uma ciência independente, tirando a ética do campo da disciplina. A i tót l t b l fi últi d iê i líti é Aristóteles estabeleceu que o fim último da ciência política é a busca do bem comum. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles não traçou o perfil de um governo, que servisse para todas as condições sociais, mas defendeu a tese de q e de em adaptar se as constit ições àsde que devem adaptar-se as constituições às necessidades de cada povo. Ao contrário de Platão que considerava a moral como Ao contrário de Platão, que considerava a moral como a ciência fundamental e da qual faz parte a política, Aristóteles considerava a política como a ciência mais importante, porque dentro do Estado se cumprem os fins maiselevados do homem. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Para Aristóteles, a melhor forma de governo era aquela em que todos os indivíduos atuassem na vida política. Embora tenha tido forte sentido prático, Aristóteles sempre considerou que a política é uma ciência abstrata que busca o bem-estar total do homemo bem-estar total do homem. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Ele fez um estudo detalhado das complexas correntes que afetam a vida pública, dos métodos de governo e dos meios tili ados para aplicar as reformas políticas de acordo comutilizados para aplicar as reformas políticas, de acordo com os diversos interesses em disputa e as circunstâncias variáveis de cada período.p Aristóteles escreveu seu livro “Política” depois de ter feito um estudo detalhado dos governos mais importantes de seu tempo e das obras de pensadores que o precederam, principalmente as de Platão. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles A “Política”, mais que um trabalho sistemático de filosofia política, é um tratado sobre a arte do governo, sugerindo medidas práticas para contornar problemas f t rosmedidas práticas para contornar problemas futuros. Aristóteles encontrou a origem do Estado nos esforços do homem para satisfazer seus desejos e necessidadesdo homem para satisfazer seus desejos e necessidades individuais. A sociedade entre o homem e a mulher para perpetuação da p p p ç espécie, do senhor e do escravo para a produção de alimentos. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles A Cidade-Estado, de acordo com Aristóteles, era uma forma perfeita de associação e como o homem por natureza é um animal político somente pode alcançar se s fins essenciaisanimal político, somente pode alcançar seus fins essenciais através do Estado. O Estado existe assim para satisfazer as necessidades O Estado existe, assim, para satisfazer as necessidades intelectuais e morais dos homens. A família ou comunidade doméstica, dentro do Estado, atende à satisfação das necessidades físicas da vida. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Dessa forma, o Estado se justifica de forma utilitária e, nesse sentido, a escravidão é perfeitamente legal e natural. Como os homens diferem em poder físico e capacidade intelectual, uns nasceram para senhores e outros para escravospara escravos. Os homens aptos para governar são aqueles dotados de altas condições espirituais; os que têm somente vigor físico ç p ; q g e entendimento pouco cultivado não são aptos para dirigir, mas para cumprir ordens. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles A escravidão dos prisioneiros de guerra sempre é justificada quando o triunfo da batalha implica a superioridade dos encedores não se aplica no caso de q e sofram osvencedores, não se aplica no caso de que sofram os homens inteligentes as desventuras da guerra. Aristóteles acreditava que a unidade do Estado poderia ser Aristóteles acreditava que a unidade do Estado poderia ser obtida através de uma organização adequada de diversos tipos individuais, não pela submissão partidária, como Platão, da abolição da propriedade privada e dos laços familiares. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles definiu o Estado como uma organização coletiva de cidadãos e definiu este cidadão como o indivíduo que tem direito de participar do go ernodireito de participar do governo. Aristóteles acreditava que o traço característico da cidadania consistia na participação dos indivíduos nas assembleias noconsistia na participação dos indivíduos nas assembleias, no exercício ativo dos direitos políticos. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles distinguiu claramente os termos Estado e governo. O Estado, para ele, estava integrado pelo corpo total dos cidadãos o go erno por aq eles q e ordenam e reg lam acidadãos: o governo, por aqueles que ordenam e regulam a vida daqueles, ocupam os postos públicos e exercem o poder. O Estado ideal somente é possível partindo-se do O Estado ideal somente é possível partindo-se do pressuposto de que existia também uma sociedade ideal. Caso fosse possível encontrar homens proeminentes e extraordinários, a monarquia e a aristocracia seriam as melhores formas de governo. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles sustentava que o fim do Estado se concentra no bem-estar da comunidade e que o poder político tem que ser distrib ído entre os cidadãos na medida em q e contrib amdistribuído entre os cidadãos na medida em que contribuam para a realização do Estado. O povo atuando politicamente como unidade é preferível à O povo, atuando politicamente como unidade, é preferível à atuação de qualquer de suas partes; logo, a autoridade deve residir, em última instância, no conjunto dos cidadãos. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles considerou a política como um desdobramento natural da ética. Enquanto a ética estaria orientada para a felicidade indi id al do ser h mano a política estariafelicidade individual do ser humano, a política estaria orientada para a felicidade coletiva da polis, a Cidade-Estado da Grécia antiga.g Aristóteles considerou a política e a ética de forma integrada, assim como a constituição do Estado como princípio máximo de uma congregação política, expressando sua ordem e sua estrutura de conduta. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles A ética consistia na ciência das condutas, imprecisa visto que está focada em aspectos que são passíveis de modificação. A ética não ficaria definida por aquilo que o ser humano é de modo essencial e imutável. A ética ficaria definida por ações repetidas disposições obtidas paradigmaspor ações repetidas, disposições obtidas, paradigmas apreendidos e hábitos que oportunizam as virtudes e os vícios do ser humano. A virtude está associada ao meio-termo e o vício, ao excesso ou a falta pertinente a alguma conduta. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles evidenciou três regimes políticos e três formas de governo. Os regimes políticos como monarquia, governo de um indivíduo a favor de todos; a oligarquia, o governo de alguns poucos; e a democracia o governo de todosalguns poucos; e a democracia, o governo de todos. As formas de governo: a tirania é a monarquia corrupta; a aristocracia, governo de alguns em favor de todos; , g g ; a politeia é o governo por muitos em favor de todos. O realismo de AristótelesO realismo de Aristóteles Aristóteles trabalhou com Platão na Academia por 20 anos, porém em 335 a.C. criou o Liceu, escola rival. Ao lecionar lá, formali o s as ideias sobre as ciências a filosofia e a políticaformalizou suas ideias sobre as ciências, a filosofia e a política. As principais obras de Aristóteles são: “Ética a Nicômaco” e “Política Retórica” (350 a C ) dividida em 8 livrose Política Retórica (350 a.C.), dividida em 8 livros. InteratividadeInteratividade Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Aristóteles, considere a afirmativa correta: ) A f d id i d d id dã é la) A forma de vida mais adequada para o cidadão é aquela na qual todos os habitantes da cidade, indistintamente participam da vida política, governando e sendo governados.participam da vida política, governando e sendo governados. b) O Estado nasce com o objetivo de proporcionar gerar a relação entre dominados e dominantes. c) Aristóteles pensava na origem do Estado como um ato de mera convenção sem vínculos com a natureza humana. d) Na teorização que Aristóteles faz sobre o Estado estád)Na teorização que Aristóteles faz sobre o Estado está presente a família, como na tese de que o Estado deriva da família. e) Os escritos de Aristóteles tratam da teoria das formas e das ideias. ATÉ A PRÓXIMA!
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