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Odontopediatria - aula 6 Atendimento à bebês - prof Salete Estabilização Protetora na primeira infância Indicações e Práticas clínicas (0 a 3 anos) Gestão comportamental: A boca - Orgao especial, de inter-relação com o meio - Dotado de plena carga emocional e simbolismo - As sensações de dor e prazer são amplificados - Meio do qual a criança expressa o seu amor e sua agressividade O Toque - a pele como uma roupagem contínua e flexível, envolve-nos por completo - primeiro meio de comunicação, nosso mais eficiente protetor - o bebe tem a necessidade de manutenção de um contato corporal com a mãe - satisfação dos sentidos sinestésicos e musculares - o colo deve proporcionar tranquilidade, afeto e conforto - o bebê reage rapidamente à ausência do contato com susto e choro Abordagem do paciente: O odontopediatra deve saber sobre: - estágios de desenvolvimento da criança - psicologia - gestão do comportamento - condicionamento da criança - medo e ansiedade Gestão de comportamento: - Fases de desenvolvimento - De acordo com o perfil psicológico - Individualização do atendimento O sistema afetivo criança-mãe apresenta 4 fases: Fase 1: estágio reflexo -- bebe reage aos estímulos apresentados pela mae. Dura alguns meses Fase 2: estágio de vinculação afetiva -- inicia 30 min após o parto Fase 3: estágio de segurança: ansiedade dos 6 meses. Início da fase Fase 4: estagio de independência. Entre 2 e 4 anos linguagem adequada para cada idade - Até 8 ou 9 meses de vida o bebe pode ser examinado no colo materno ou posição joelho-joelho - Entre 1 e 2 anos: forte laço emocional com a mãe - Se a criança estiver tranquila e confiante, o exame pode ser na cadeira com almofada - Entre 2 e 4 anos: período de transição - Odontopediatra deve ter criatividade, carinho e paciência - Saber distinguir os vários tipos de choro - Realizar o condicionamento prévio ao atendimento - Ambientação: apresentar a sala para a criança - Falar, mostrar, fazer, ver, ouvir e sentir - Reforço positivo Controle de voz: - " Tem uma família de bactérias aqui, são todas coloridas " - "A tia está cuidando de você e quer o seu bem" - "O seu dente está ficando tão lindo" Distração: - contar historias - cantar - falar dos animais - falar dos personagens favoritos - exibição de vídeos: tablet, celular, TV Comunicação não verbal: - Sorriso - Carinho Modelagem: - Interpretar suas expressões, anseios, temores e reações No entanto... - O medo e a ansiedade são frequentemente apresentados no ambiente odontológico - quando não há cooperação da criança, é necessário o uso de outras técnicas para o sucesso do tratamento Estabilização Protetora: Indicação: - crianças de 0 a 3 anos não colaboradoras crianças que não entendem a situação - crianças de 3 ou 4 anos não colaboradoras procedimentos complexos exodontias, endodontias Contra-indicação: crianças colaboradoras Conversa com os pais e responsáveis: - conversa no escritório antes da consulta - explicar possíveis reações da criança: choro, vomito, suor, movimentação - uso de abridores de boca - necessário levar troca de roupa - assinatura do TCLE - Apresentação das técnicas de estabilização protetora ativa e passiva - Trabalho em equipe: apoio de cabeça pela auxiliar - O toque deve ser feito com confiança e tranquilidade - Orientar auxiliares sobre a carótida (não comprimi-la) síncope Estabilização Protetora ativa: - realizada pelos responsáveis, restringindo os movimentos de mãos e joelhos - o auxiliar faz o apoio da cabeça e posiciona o abridor de boca posição joelho-joelho posição no colo posição de imobilização de mãos e joelhos posição em sela posição corpo a corpo Posição joelho-joelho: - utilizada até 1 ano de idade - para exame clinico e higiene bucal do bebe - contato com a mae -- bebe sente-se seguro Posição no colo: - há limitações: mãe não realiza a estabilização com eficácia - pouco utilizada Posição de imobilização de mãos: - utilizada em crianças colaboradoras - imobilização de joelhos se necessário Posição em sela: - mais utilizada na primeira infância (0 a 3 anos) Posição corpo a corpo: - maior contato - restringe os movimentos da criança Estabilização Protetora passiva: Alguns dispositivos são utilizados para contenção e segurança da criança: - abridores de boca - Macri (0 a 2 anos) - estabilizador de joelho e cotovelo - pacote pediátrico - Papoose Board: requer observação (pode causar hipertermia)/ em alguns países a técnica é condenada e considerada violação grave da pratica ética - Pedi-Wrap Abridores de boca: - monoblocos - Molt - K&K - Descartaveis - Open Wide e espátulas de madeira envolvidas com gaze e fita adesiva Considerações finais: - reavaliar a cada sessão a necessidade do uso de estabilização protetora - é importante a contextualização dos recursos lúdicos para utilização da técnica - "vamos vestir a capa do super homem/princesa" - Nenhuma restrição física vai traumatizar a criança, quando esta é feita com amor e carinho
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