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PAPEL DOS HORMÔNIOS INSULINA E GLUCAGON NO CONTROLE DA GLICOSE INSULINA: Isolada em 1922 por Banting e Best. Hormônio secretado pelas células β das ilhotas pancreáticas. Peso molecular: 5808. Duas cadeias lineares de aminoácidos unidas por pontes dissulfeto. Síntese: tradução do mRNA. Gene: cromossomo 11 Pré-pró-hormônio insulínico (11500) é clivado no retículo endoplasmático. Pró-insulina (9000) é clivada no golgiossomo. insulina No sangue tem meia-vida de cerca de 6 min. Degradação: enzima insulinase (principalmente no fígado). Completa eliminação da corrente sanguínea: de 10 a 15 min. Fundamental no metabolismo de carboidratos, mas também afeta a metabolização de gorduras e proteínas. Armazenamento do excesso de energia: deposição de carboidratos sob a forma de glicogênio no fígado e nos músculos, principalmente. Armazenamento de gordura no tecido adiposo: carboidratos excedentes que não podem ser armazenado sob a forma de glicogênio são convertidos em gorduras (papel lipogênico). Captação de aminoácidos pelas células, convertendo-os em proteínas. Também inibe a degradação das proteínas que já se encontram nas células. Hormônio anabólico: estimula síntese e armazenamento de compostos energéticos e inibe processos catabólicos. Produção estimulada imediatamente após refeições e inibida no jejum. Mecanismo de secreção de insulina: Glicose entra na célula β pelo GLUT-2 e é fosforilada a glicose-6-fosfato (G-6-P) pelas enzimas hexoquinase IV (glicoquinase) e hexoquinase I. Despolarização da membrana e aumento da permeabilidade nos canais de Ca2+ voltagem-dependentes. Ativação do sistema de microtúbluos e microfilamentos: migração dos grânulos de insulina para exocitose. OU Ativação da fosfolipase C: hisdrólise de fosfolipídeos de membrana, gerando trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). [Ca2+] DAG: ativa a proteína quinase C (PKC), ativando o sistema de microtúbulos e microfilamentos. Aminoácidos: estimulam a produção de insulina somente quando a concentração de glicose no sangue é adequada. Evita hipoglicemia após refeições ricas em proteínas e pobre em carboidratos. Secreção bifásica (pico inicial seguido de aumento gradual). Concentração de glicose ideal após jejum de 8 a 12 horas: 80 - 99 mg/dL. A partir de 100 mg/dL: secreção de insulina. Estimulação e inibição da secreção: Gastrina, secretina, colecistoquinina, peptídeo inibitório gástrico estimulam a secreção antes da elevação da glicemia. Fibras parassimpáticas do nervo vago estimulam a secreção: liberação de neurotransmissores (acetilcolina). GH e cortisol também estimulam a secreção nas células β. Adrenalina e noradrenalina inibem a secreção de insulina. Mecanismo de ação: ativação de receptores de membrana (ligação insulina-receptor). Receptor: 4 subunidades ligadas por pontes dissulfeto (2α // 2β). Insulina liga-se às cadeias α, provocando a autofosforilação das cadeias β. Cadeias β forforiladas: tirosina-quinase. Fosforilação de múltiplas enzimas celulares (principalmente as IRS). IRS fosforiladas: fosforilação da P13K. Ativação do sistema PKB/Akt Migração das vesículas de GLUT-4 para a membrana plasmática: elevação da taxa de captação de glicose. Alternativa: fosforilação do proto-oncogene Cbl. P13K pode estimular a MAPK (mitogênese e crescimento celular). Consequências da ação da Insulina: Akt fosforila e inativa a enzima glicogênio-sintetase-quinase 3 (GSK 3). Ativação da proteína fosfatase 1 (PP 1), desfosforilando a GSK 3. Redução da atividade das enzimas glicogênio fosforilase A e fosfoenolpiruvato-carboxi-quinase: inibição da glicogenólise e da gliconeogênese. Metabolismo de lipídeos: Estimulação do transporte de glicose e ácidos graxos. Reesterificação de ácidos graxos e formação de triacilglicerol. Aumento da síntese e atividade da enzima lipase lipoproteica (LPL), responsável pela hidrólise dos triacilgliceróis presentes nas lipopriteinas. Inibição da PKA: reduz a lipólise. Estimulação da lipogênese de novo no fígado: Insulina aumenta a conversão de piruvato em acetil-CoA, que formará ácidos graxos de cadeia longa. Metabolismo de Proteínas: Insulina estimula o transporte transmembrana de aminoácidos e a ligação de mRNA aos ribossomos. GLUCAGON: Hormônio secretado pelas células α das ilhotas pancreáticas. Peso molecular: 3485. Uma cadeia linear de 29 aminoácidos. Hormônio hiperglicêmico: é responsável por aumentar os níveis de glicose no sangue (ação contrária à insulina). Síntese: tradução do mRNA. Pré-pró-glucagon perde o peptídeo sinalizador e outras sequências peptídicas. Glucagon. No sangue possui meia vida de 3 a 4 min. Sítios de degradação: fígado e rins. Concentração de glicose acima de 200 mg/dL: inibição da secreção de glucagon. Abaixo de 50 mg/dL: não há efeito inibitório. Ações: degradação da glicogênio hepático (glicogenólise) e aumento da gliconeogênese no fígado. Mediadas pelo segundo mensageiro AMPc oriundo da ativação da adenilato-ciclase (ADC). AMPc ativa a PKA. PKA fosforila a enzima glicogênio fosforilase quinase B (GFKB). GFKB fosforila a enzima glicogênio-fosforilase B, convertendo-a em glicogênio-fosforilase A (GFA). GFA cliva o glicogênio para formar glicose-1-fosfato, que será convertido em glicose. OU Ativação direta do IP3 para mobilização de Ca2+ e aumentar a atividade da PKA. Foforilação da PKA inativa a glicogênio-sintetase: inibe a síntese de glicogênio. AMPc acelera a síntese de fosfoenolpiruvato-carboxiquinase, que converte o oxalacetato (oriundo da atividade da piruvato carbolixase sobre o piruvato) em fosfoenolpiruvato. glucagon promove a maior produção de corpos cetônicos pelo aumento da oxidação de ácidos graxos: substratos garantidos pela quebra de triacilgliceróis no fígado (lipase). Condesação de acetil-CoA. ação da PKA, que ativa a enzima lipase hormônio sensível (LHS): quebra de triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo. Mecanismo de ação: amplificador (cascata), pois poucas quantidades de glucagon são suficientes para aumentar em duas ou mais vezes os níveis de glicose no sangue. Glucagon ativa a adenilil-ciclase na membrana da célula hepática, formando monofosfato de adenosina cíclico. Ativação da proteína reguladora da proteína-quinase, que ativa a proteína-quinase. Ativação da fosforilase-b-cinase. Conversão da fosforilase b em a. Degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato. Desforforilação da glicose-1-fosfato e liberação de glicose no sangue. A estimulação contínua com glucagon pode consumir todo o glicogênio armazenado no fígado, causando hiperglicemia continuada. Glucagon aumenta a captação de aminoácidos para a célula, que servirão de substrato para a formação de glicose no processo de gliconeogênese. Glucagon acima do nível máximo normalmente encontrado no sangue: lipase de células adiposas, aumentando a disponibilidade de ácidos graxos no organismo. Inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, impedindo a remoção dos ácidos graxos do sangue. Potencializa a força do coração e aumenta o fluxo sanguíneo em alguns órgãos (principalmente rins). Aumenta a secreção de bile e inibe a secreção de ácido gástrico. Regulação da secreção de glucagon: Aumento da glicose no sangue é inibitório: o glucagon é secretado em grande quantidade em estados de hipoglicemia ou jejum. Aumento dos aminoácidos no sangue é estimulante: nesse caso as respostas do glucagon e da insulina não são opostas. Exercício físico é estimulante: impede a redução da glicemia. Estimulação simpática e parassimpática: acetilcolina e noradrenalina. Resposta simpática à hipoglicemia: adrenalina e noradrenalina. Peptídeo vasoativo intestinal também é estimulante. Insulina e somatostatina são inibitórios.
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