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Cultura da Goiaba FRUTICULTURA TROPICAL POMBAL – PB Sinonímia: Português: Goiaba (fruto) ou Goiabeira (planta) Inglês: Guava (fruto ou planta) Espanhol: Guayaba (fruto ou planta) Possíveis centros de origem - Brasil, México, Haiti, Colômbia e Perú - Norte da América do Sul - Parte da América Central Disseminação da goiabeira no mundo - Portugueses e espanhóis (regiões tropicais e subtropicais do mundo) - Filipinas, Índia, Malásia, EUA e África do Sul » Breve Histórico da Cultura • História - primeiro relato – 1514 – cronista espanhol Oviedo - Haiti - denominou de guayabo - disseminação para Índias Ocidentais, Índia, África e ilhas do Pacífico por navegadores espanhóis » Breve Histórico da Cultura • Década de 70: início de cultivo em diferentes regiões cultivo por sementes frutos para indústria início de seleções (IAC e produtores) • Década de 80: novos cultivares (Ruby, Supreme, Paluma e Rica) estaquia !!! frutos para indústria e frutos para mesa • Década de 90: produção ao longo do ano maior consumo “in natura” pequenas indústrias (ano todo) • Situação Atual Formas de consumo da goiaba - Consumo in natura do fruto - Extração da polpa • Sucos e sorvetes - Geléias e compotas - Doces - Medicinal: diarréia (folha e fruto) a) Goiaba de indústria (tradicional) - grandes indústrias - processamento de janeiro a março - estoques de matéria-prima (polpa/geléia) b) Goiaba de indústria (ano todo) - pequenas indústrias - colheita e processamento ano todo - vendem para grandes indústrias - comercializam parte com a própria marca c) Goiaba de Exportação - pequenas quantidades (ao redor de 150 t/ano) - França, Alemanha e Canadá - goiaba branca, tamanho médio, ...., por via aérea d) Goiaba de mesa - caixetas de papelão descartável (3,5kg) - caixetas de madeira tipo 1/2M (7kg) - caixas de madeira tipo M (20kg) - CEAGESP: polpa branca = 7 mil t/ano - polpa vermelha = 4 mil t/ano » Sistema de Comercialização PANORAMA MUNDIAL PRODUÇÃO MUNDIAL DE GOIABA: x 1.000 t PANORAMA NACIONAL ÁREA CULTIVADA COM GOIABA: ANO DE 2008 - Área total cultivada no Brasil: 15.743 ha - Área cultivada por Região IBGE (2008) Região Área plantada (ha) Norte 1.394 Nordeste 6.974 Sudeste 5.692 Sul 1.063 Centro-oeste 620 PANORAMA NACIONAL De acordo (IBGE, 2012) entre as regiões mais produtivas destacam-se o Sudeste e o Nordeste representado 46,6% e 42,2%, respectivamente, da produção Nacional, com uma produção de 345,3 mil toneladas numa área colhida de 15,2 mil hectares. ÁREA CULTIVADA COM GOIABA: ANO DE 2008 - Área cultivada por Estado * Paraíba (8º posição): 598 ha Estados Área plantada (ha) Pernambuco 3.795 São Paulo 3.765 Pará 1.263 Minas Gerais 905 Bahia 836 QUANTIDADE DE GOIABA PRODUZIDA: ANO DE 2008 - Total produzido no Brasil: 312.348 t - Total produzido por Região Região Produção (t) Norte 19.462 Nordeste 135.016 Sudeste 125.201 Sul 12.001 Centro-oeste 20.668 QUANTIDADE DE GOIABA PRODUZIDA: ANO DE 2008 - Quantidade produzida por Estado * Paraíba (12º posição): 4.708 t Estados Produção (t) Pernambuco 96.733 São Paulo 89.772 Pará 18.672 Bahia 15.757 Minas Gerais 13.519 PRODUTIVIDADE POR ÁREA DE GOIABA: ANO DE 2008 - Produtividade média por área no Brasil: 19.840 kg ha-1 - Produtividade média por área por Região Região Produtividade (kg ha-1) Norte 13.961 Nordeste 19.360 Sudeste 21.996 Sul 11.290 Centro-oeste 33.335 PRODUTIVIDADE POR ÁREA DE GOIABA: ANO DE 2008 - Produtividade média por área por Estado * Paraíba: 7.873 kg ha-1 Estados Produtividade (kg ha-1) Pernambuco 25.490 São Paulo 23.844 Pará 14.784 Bahia 17.411 Minas Gerais 16.171 PREÇO POR Kg DE GOIABA: ANO DE 2012 - No Brasil: R$ 1,50 a 2,00 -Valor da produção por Região - Preço médio mensal (R$/kg) na CEAGESP, entre 2003 e 2007 PREÇO POR Kg DE GOIABA: ANO DE 2008 - Valor por Estado * Paraíba: R$ 0,46 Estados Valor (reais) Pernambuco 0,74 São Paulo 0,60 Minas Gerais 0,57 Pará 0,64 Bahia 0,70 Atualmente?? Botânica - Sistemática Família: Myrtaceae Gênero: Psidium Espécie: Psidium guajava L. Botânica - Características da planta » Árvore: - porte pequeno a médio - tortuosa e esgalhada - casca lisa e delgada, desprende-se em lâminas » Folhas: - oblongas, coreáceas, pubescentes na parte inferior » Flores: - hermafroditas (androceu e gineceu) - não há incompatibilidade. » Fruto: - tipo baga, com mesocarpo + massa pastosa - cor da polpa variável - formato redondo a piriforme Botânica - Ramos - Poda - Ramos do ano com comprimento médio de 0,6-1,5 m - Inflorescências - produção no ramo do ano Sistema radicular - Pivotante ou principal (6 m de profundidade) - Sistema radicular efetivo (até 0,30 m): 70% do total Caule - Redondo e de coloração verde (jovem) ou cinzento (adulto) - Ramificado - Lenhoso (crescimento secundário): desprende a casca (ritidoma) Folhas • Inicialmente as folhas são verdes claras • Formato elíptico • Maturidade: verde escura • As folhas são opostas e de pecíolo curto • Comprimento (5 a 15 cm) e largura (3 a 7 cm) Inflorescência • Inflorescência: racemo (tipo dicásio) • Número de flores: variável (1 a 3) • Florescimento: semente (2 a 3ª ano) e enxertado (1 a 2ª ano) • Número de frutos: 1 a 3 (6% do total atinge a maturação) Flor - Abertura 6h da manhã - Demora 60 min - Pistilo e sépalas persistentes - Pétalas e estames iniciam queda no mesmo dia - A flor perdura 5 dias flores • Flores: hermafroditas → Cor Branca → 5 sépalas → 5 pétalas → Ovário ínfero → Um estígma → Grande quantidade de estames (aproximadamente 350) • Surgem na axila foliar • Em brotações de ramos maduros • Produção de frutos: meio para a base do ramo • Frutificação: a flor do meio leva sempre mais vantagem • Polinização: autopolinização (65%) e cruzada (35%) Polinização cruzada: entomófila (abelha) Fotos: Sagra Figura - Botão floral isolado (A), botão floral em grupos (B) e flor da goiabeira (C). Frutos / Tipo Baga - Mesocarpo de textura firme - 4-5 Lóculos - massa de consistência pastosa, sementes - Pegamento ~ 20% - Características variáveis - Climatérico A B C D Fases fenológicas da goiabeira cv. Paluma. (A) Fase 1: brotação e crescimento vegetativo, (B) Fase 2: crescimento vegetativo, floração e queda fisiológica dos frutos, (C) Fase 3: crescimento dos frutos, (D) Fase 4: maturação e colheita dos frutos VALOR NUTRICIONAL DA GOIABA ESCOLHA DA ÁREA - Mercado: • Quem vai comprar ou consumir o nosso produto? • Proximidade e tamanho do meucentro consumidor ou indústria. • Quanto devo produzir? - Logística: • Possibilidade de mecanização • Acesso a veículo • Disponibilidade de mão-de-obra • Lojas de insumo • Instituições de crédito - Fatores climáticos • Estações do ano; altitude; latitude e relevo do local - Fatores: água, nutrientes e O2 • Água → Intensidade e distribuição das chuvas → Disponibilidade e qualidade (irrigado) • Nutrientes → Disponibilidade (Deficiência ou excesso) → Presença de alumínio, manganês e NaCl • O2 → Excesso de água no solo → Solo compactado - Fatores edáficos • Textura e densidade do solo • Características químicas (fertilidade) • Profundidade efetiva - Outros fatores: • Histórico da área → Culturas anteriores → Ocorrência de pragas e doenças → Adubações e presença de plantas daninhas na área Obs: todas as decisões devem ser tomadas baseadas em informações (Planejamento). CLIMA Regiões mais adequadas: períodos de seca e chuva bem definidos • Período seca deve ocorrer: antes do florescimento (repouso vegetativo) início da frutificação • Período de chuva: após início da frutificação (crescimento do fruto) crescimento vegetativo (produção de novos ramos) - Altitude: nível do mar até 1.700m (acima do nível do mar) - Temperatura ideal: 25 até 30ºC Obs.: Temperaturas muito baixas ou altas: reduz o crescimento e a produção - Umidade relativa do ar: • Umidade relativa (UR): problemas fitossanitários (doenças) > 80% • Dar preferência por regiões com 50 < UR < 80% - Necessidade hídrica: → Prod. economicamente viável: 500 a 2.500 mm/ano (chuva) 800 a 1.500 mm (ideal) -Períodos críticos: cresc. Veget. e frutificação (exigente) - Maturação e colheita: ausência de chuvas SOLO - Pouco exigente - Solos adequados - profundos e permeáveis - Evitar - áreas pantanosas ou encharcadas CULTIVARES DE GOIABA → Preferências do mercado consumidor → Alta produtividade (região escolhida para plantio) → Fruto (polpa branca – exportação e vermelha – mercado nacional) → Porte da planta (porte baixo → 4 m) → Formato: periforme → Casca lisa → Resistente ao transporte e armazenamento VARIEDADES / Polpa branca: - White Selection of flórida - Petencostes - Pedra Branca ou Branca de Valinhos ou Branca de Kumagai - Ogawa Branca VARIEDADES / Polpa vermelha: - Red Selection of flórida - Paluma - Pirassununga Vermelha - IPA B - 22 - Ruby Supreme - Surubim - Pedro Sato - Ogawa - Sassaoka - Rica Kumagai -fruto globoso -polpa branca, sabor suave -casca lisa, cor verde-amarelada Ogawa nº 1 -bastante cultivada; frutos arredondados e grandes -polpa espessa, rosada, saborosa -casca lisa, cor amarela Pedro Sato -cultivada para mesa e indústria -frutos ovalados e grandes -polpa firme, rosada, sabor agradável Sassaoka -grande possibilidade de expansão -polpa espessa, rosada -casca rugosa, aparência atrativa Paluma -bastante cultivada, alta produt. frutos grandes, piriformes, c/ peq. pescoço; polpa firme, espessa, vermelha -casca lisa, amarela; destinado basicamente para indústria Rica -frutos ovalados a piriformes, de tamanho médio -polpa vermelha, espessa, com alto teor de açucar -casca verde-amarelada, levemente rugosa Características de Algumas Variedades Variedades - Kumagai - Polpa branca e poucas sementes - Frutos grandes 300-400g - Polpa com sabor suave - Casca lisa - Principal cultivar branca para a mesa - Boa conservação pós-colheita - exportação Kumagai Variedades - Ogawa - Forma arredondada com poucas sementes - Frutos grandes (300-400 g) - Casca lisa e amarela - Polpa espessa e de cor rosada, doce e sucosa com ótimo sabor Variedades - Pedro Sato - Frutos levemente ovalados de boa aparência - Tamanho variável (150 – 400g) - Casca rugosa - Polpa firme, rosa e sabor agradável e poucas sementes Variedades - Paluma - Frutos piriformes - altamente produtiva (50t/ha) - frutos grandes (> 200g) - casca lisa, amarela; - polpa firme, espessa, vermelha - destinado basicamente para indústria - Variedade mais cultivada no país Paluma Variedades - Rica - Frutos ovalados a piriformes - Frutos médio (100-250g) - Vigorosas, produtivas (50t/ha) - Polpa vermelha, espessa e firme com poucas sementes - Elevado teor de açúcar - Indústria e mercado Sassaoka Novo Milênio Variedades - Século XXI - Frutos com 200-300g - casca verde-amarelada e rugosa - Mais polpa e vermelha com poucas sementes - Maior quantidade de vitamina C - Ótimo sabor e aroma acentuado - Ideal para indústria e mesa. IPA – B - 22 VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA SURUBIM VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA PENTECOSTES VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA WHITE SELECTION OF FLÓRIDA VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA PALUMA VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA PEDRO SATO VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA PREPARO DO SOLO Recomendações para a goiaba: preparo inicial do solo - Solo arenoso (> 70% de areia) • Solos permeáveis • Baixa capacidade de retenção de água • Baixos teores de M. O. → Preparo do solo: mínimo possível (gradagem) - Solos areno-argilosos (textura média: equilíbrio entre areia e argila) • Solos permeáveis • Bem drenados • Média capacidade de retenção de água → Preparo invertido: aração e uma gradagem - Solos argilosos (> 35% de argila) • Baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água → Preparo do solo: aração e duas gradagens ADUBAÇÃO EM GOIABA Objetivo: fornecer nutrientes que são limitantes ao crescimento e produção das plantas - Adubação por: → Perpetuação de tradição → Utilização de modelos de outras regiões (receitas) Fertilização engloba: Calagem Matéria orgânica Macro e micronutriente Calagem • Aumenta a absorção de nutrientes: P e Mo • Reduz o efeito deletério do Al3+ e Mn+2 • pH = 5,5 a 6,0 Matéria orgânica • Estercos • Dose recomendada: 10 a 15 L de esterco bovino • Aplicação: covas (plantio) projeção da copa (cobertura 1 vez por ano) Macro e micronutrientes - Exigente em nutrientes minerais (disponibilidade) - Esgotante do solo Com que adubar? 13 elementos essenciais: N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, B, Mo, Mn, Fe e Cl - Ni (solo) - Fontes solúveis: • Macro: uréia, KCl, Nitrato de cálcio, MAP, entre outros • Micro: Sulfato de cobre e zinco, bórax, molibdato de sódio, etc. Quando adubar? • Plantio (fundação) • Complementada ao longo do ciclo (cobertura) Como adubar? • Em covas (misturadas ao solo em fundação) • Projeção da copa (terço intermediário em cobertura) - Covas - Sulcos - Fertirrigação Quanto adubar?• Análise de solo • Verificar em tabelas se os teores estão: baixo, médio ou alto • Procede-se a recomendação • Reposição do que foi exportado ADUBAÇÃO NA COVA (plantio) FORMAÇÃO PRODUÇÃO PROPAGAÇÃO • Seminífera - Não garante a nova planta as mesmas características da pta mãe - Produção do porta-enxerto • Vegetativa - Garante a nova planta as mesmas características da pta mãe - Proporciona redução no porte da planta INSTALAÇÃO DO VIVEIRO • Terreno plano ou com pouco declive e bem drenado • Protegido do vento • Distante de estradas e pomares comerciais • Próximo a uma fonte de água Preparo da semente Etapas • Colheita: fruto de vez ou maduro • Separar a semente da polpa • Secagem a sombra sob folha de jornal • Tratamento com fungicida • Armazenamento em recipientes plásticos (1 ano ou mais) Época de semeadura • Qualquer época do ano (disponibilidade de borbulhas e garfos) • Estacas (herbáceas) Produção do porta enxerto • Dimensões da embalagem (sacos de polietileno perfurados) 1,5 a 5 L de capacidade • Desenvolvimento do sistema radicular • Boa altura e diâmetro de caule para enxertia • Plantio: 3 a 4 sementes por saco (deixar apenas uma planta) Enchimento dos recipientes • Cinco partes de solo de boa qualidade (barranco) • Três partes de esterco curtido • Uma parte de areia • 4 kg de superfosfato simples - SFS ( por m3 de substrato) • 0,5 kg de cloreto de potássio (por m3 de substrato) • Sacos dispostos em 6 ou 7 filas (largura de 80 cm) • Distância entre canteiros de 50 cm e comprimento máximo de 15 m - Facilita enxertia e demais tratos culturais Tratos culturais • Controle de plantas daninhas • Controle de pragas e doenças Formação da muda Enxertia - seu êxito dependerá: • Condições fisiológicas do enxerto e porta-enxerto • Condições climática (umidade e calor) • Habilidade do enxertador Épocas de enxertia • Pode ser enxertado durante todo ano (garfo ou borbulha) • Porta-enxerto adequado [diâmetro (0,7 cm) e idade (9 meses)] • Enxerto (garfos): maduro com gemas intumescida e não-brotadas - Garfos ou estacas → janeiro a maio (0,5 cm) - Borbulhas → agosto a janeiro (floração) • Evitar período de chuvas • Tempo de formação da muda (12 meses) Métodos de enxertia Borbulhia • Em placa - Altura de enxertia (5 a 10 cm) - Brotação ocorre em torno de 20 dias Garfagem • No topo em fenda cheia (tamanho do garfo: 3 a 5 cm) • A inglesa simples Estaquia (ramo herbáceo) • Comprimento da estaca: 12 cm • Estacas com dois nós e dois pares de folhas reduzido a metade • Profundidade de plantio: 2 cm (bandejas ou caixas → vermiculita) • Hormônio (auxina): AIB (200 mg L-1) • Enraizamento: 60 a 70 dias → sacos plásticos de 3,5 l • Transplantio ocorre cerca de seis meses após o estaqueamento • Casa de vegetação, substrato adequado e nebulização (irrigação) Métodos de enxertia Borbulhia - Maior porcentagem de pegamento - “T” normal, invertido ou em placa (janela aberta) - Dezembro a fevereiro - Porta-enxertos de 9 meses de idade, enxertia a 10 cm do solo - Borbulhas com idade superior a 8 meses Estaquia herbácea em goiabeira - Curto período para formação das mudas e a uniformidade genética - Seleção das estacas: plantas matrizes - Poda drástica 70 dias antes da retirada das estacas - Estacas com 2 nós - Corte basal logo abaixo do nó e corte apical a 1 cm do par de folhas Estaquia herbácea em goiabeira - Planta matriz (9 anos): 500 estacas/ano (2-3 estacas por ramo) - Enraizamento - nebulização 60 dias - raízes cortadas com 10 cm - Transf. para sacos plásticos com substrato - Muda conduzida em haste única 2-3 meses - Tempo total: ~ 6 meses muda de haste única Formação Pomares - Indústria - Dimensões entre 10-50 ha - Talhões de até 2.000 plantas - Paluma e Rica: espaçamento 7 x 6 m Formação Pomares - Indústria e mercado de fruta fresca - Dimensões menores: não superior a 5 ha - Talhões de 1 ha: melhor orientação da poda - Paluma, Rica, Ogawa 3 e Pedro Sato: espaçamento 7 x 6 ou 7 x 5 m Formação Pomares - Mercado de fruta fresca - Dimensões menores: 1-3 ha - Espaçamento depende da cultivar - Kumagai (crescimento lateral): 7 x 7 m - Ogawa no1 (crescimento ereto): 6 x 6 m Instalação do pomar de goiaba • Preparo do solo • Espaçamento: 8 x 5 m ou 6 x 5 m; 7 x 6m; 7 x 7m • Alinhamento: marcação ou piqueteamento da área Áreas declivosas: marcação em curva de nível (evitar problemas de erosão) • Coveamento - Dimensões: arenoso (40 x 40 x 40 cm) e argiloso (60 x 60 x 60 cm) - Manual (boca de lobo) ou mecanizado (broca perfuradora) • Época de plantio - Irrigado: qualquer época do ano - Ideal: período das chuvas • Adubação • Plantio - Mistura-se a terra de superfície com os adubos (orgânico e mineral) - Coloca-se a muda, retira-se o saco plástico e preenche a cova - Irrigação com 10 a 20 L de água - Mulch (cobertura morta) e tutoramento (tombamento → vento) Foto – Sampaio et al. Etapas da produção de mudas a instalação do pomar IRRIGAÇÃO NA GOIABA - Conceito: consiste na aplicação de água no solo na quantidade e no momento certo visando o pleno desenvolvimento e produção da planta • Necessidade hídrica das plantas varia: → Fase de desenvolvimento → Condições climáticas da área • Irrigação eficiente (parâmetros) → Solo → Clima → Planta → Sistema de irrigação (Ea – eficiência de aplicação) Superfície: 60% Microaspersão: 90% (mais indicado para a goiaba) Gotejamento: 94% Irrigação: os mais indicados são microaspersão, o gotejamento (tubo gotejadores) e recentemente as fitas gotejadoras. São os sistemas que consomem menos energia e água, pois se caracterizam pela baixa pressão de serviço (10 a 15 mca) e também por molhar apenas parte da superfície do solo. Seu uso tem sido bastante incrementado nos últimos anos, e os investimentos iniciais caíram consideravelmente. A prática da fertirrigação nestes sistemas é quase que obrigatória, levando a uma maior economia e eficiência dos fertilizantes. Ilustração do bulbo de umidade formado no solo com gotejadores e microaspersores. Ilustração – Hernandez e Sampaio - Goiabeira irrigada por microaspersão, observando a linha lateral de polietileno linear de baixa densidade, microtubo, estaca, corpo do emissor e bocal. Fotos – Hernandez e Sampaio TRATOS CULTURAIS Definição: são todas as operações realizadas desde a emergência da plântula até a colheita do produto comercial. Desbaste: - frutos com 2-3cm diâmetro - deixa-se 2-3 frutos por ramo Poda Finalidade: Manter um crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes partes da planta Poda de formação • Desbrota: - Eliminação de galhos brotados no porta-enxerto • Conduzidas em haste única até 50 a 60 cm (corte da gema apical) • Seleciona-se 3 ou 4 brotações nos últimos 30 cm • Brotações: alternadas e em pontos diferentes • Após 50 cm esses ramos são novamente podados • A partir daí deixa-sea copa crescer sem nenhuma interferência na sua formação QUALIDADE DAS MUDAS PARA TRANSPLANTIO / PROCESSO Poda de frutificação - Retirada de ramos secos e doentes - Retirada de ramos com produção tardia e restos de colheita - Levantamento da copa da planta: eliminação de ramos com até 50 cm de altura - Eliminação de ramos ladrões: eliminar ramos que tenha com o topo um ângulo inferior a 45º - Poda de frutificação propriamente dita: • 30 dias após o término da produção • Provocar a queda de folha com redução da irrigação ou aplicação de uréia a 25% • Após a poda volta-se a irrigar e adubar a goiabeira • A produção de frutos ocorrerá cerca de 180 dias após a poda PODA Objetivos: - aumentar o arejamento e insolação no interior da copa - aumenta fotossíntese e produção de frutos - redução e adequação da copa - produções equilibradas - frutos de boa qualidade - planejamento época colheita a)PODA DE FORMAÇÃO - Pomares para indústria - Pomares com dupla aptidão - Pomares para mesa b)PODA DE PRODUÇÃO - Consiste no encurtamento dos ramos que já produziram de modo a manter a unidade de produção em atividade, pelo estímulo à nova brotação, - Poda correta varia com: # variedade # clima da região # vigor do ramo # época do ano# idade da planta # tratos culturais PODA PODA DE FORMAÇÃO PODA DE FORMAÇÃO PODA DE CONDUÇÃO PODA DE LIMPEZA DESBROTA DA PARTE INTERNA DA COPA PODA PODA PODA PODA PODA DESASTE OU RALEIO DE FRUTOS DESASTE OU RALEIO DE FRUTOS Raleio dos Frutos - Melhorar a qualidade dos frutos - Evitar quebra dos ramos - Regularizar a produção - Eliminar focos de doenças e pragas - Reduzir despesas com a colheita de frutos imprestáveis CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA GOIABA - Recomendações • Controle preventivo • Controle mecânico → Bom preparo do solo (plantio em seguida) → Utilização do cultivador (tração animal ou mecânica) → Capina manual (enxadas) - Coroamento • Controle cultural → Mudas vigorosas e plantas bem formadas → Mulch – cobertura morta → Consórcio (feijão, cebola e tomate) • Controle químico → Utilizar herbicidas em pós-emergência das plantas daninhas → Paraquat e glifosate (Roundap) → Duas aplicações anuais (evitar problemas com resíduo) Ciclo da goiabeira de 135 a 230 dias PRAGAS DA GOIABA → Broca da goiabeira (Timocratica albella) PRAGAS DA GOIABA → Besouro da goiabeira (Costalimaita ferrinea vulgata) PRAGAS DA GOIABA → Gorgulho da goiaba (Conotrachelus psidii) PRAGAS DA GOIABA → Mosca das frutas (Anastrepha fratercula) PRAGAS DA GOIABA Psilídio (Triozoida sp) - Sugam a seiva das bordas das folhas, ramos e brotações novas; - Injetam toxinas que causam encarquilhamento das bordas das folhas e posterior necrose; - O período mais favorável é primavera-verão com altas temperatura e altos índices pluviométricos. DOENÇAS DA GOIABA → Antracnose (Sphaceloma psidii) DOENÇAS DA GOIABA → Ferrugem da goiabeira (Puccinia psidii Wint) DOENÇAS DA GOIABA Seca bacteriana (Erwinia psidii) COLHEITA DA GOIABA PARA MESA - Colher o mais cedo possível (primeiras horas da manhã) - Colher com uma leve torção - Colocados em camada única na caixa plástica de colheita, revestida com espuma – 1 cm (dimensões: 47 cm x 30,5 cm x 12 cm) CLASSIFICAÇÃO - Cor da casca (verde, de vez e madura ou amarela) COLHEITA DA GOIABA PARA MESA - Tamanho (de 5 a 6 cm) (de 6 a 7 cm) (de 7 a 8 cm) (de 8 a 9 cm) (de 9 a 10 cm) (> 10 cm) - Tipo ou categoria CATEGORIAS EXTRA CATEGORIA I CATEGORIA II CATEGORIA III Defeitos Graves (%) (%) (%) (%) Imaturo Dano profundo Podridão Alterações Fisiológicas 1 1 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 > 3 > 3 3 a 10 > 4 Totais graves Total leve 1 5 5 10 7 15 > 7 > 15 Total geral 5 10 15 > 15 Defeitos graves (Imaturo) (Alterações fisiológicas) (Dano profundo) (Podridão) Defeitos leves (Lesão cicatrizada) (Lesão cicatrizada) (Dano superficial) (Umbigo mal formado) (Manchas) (Deformação) EMBALAGEM Comercialização in natura Papelão: 3,0 a 3,5 Kg Frutos: - Envolvidos em papel de seda, fitas de papel ou redes de polietileno - Acondicionados na caixa em uma só camada - Podem ser comercializados em embalagem a vácuo ROTULAGEM Varia em função do estádio de maturação e da cultivar ARMAZENAMENTO Sob condições ambiente: Paluma: Coloração externa verde-escura: 8 dias Coloração externa verde-amarelada: 2 a 3 dias Pedro Sato: Coloração externa verde-escura: 6 dias Coloração externa verde-amarelada: 2 dias Armazenamento: etapas Pré-resfriamento: ar forçado – mais utilizado 8-10ºC e 95 %UR tempo gasto: 30 min. Câmaras frias: 8 - 10ºC e 90 %UR Conservação: 15 dias ou mais Uso associado a refrigeração: Cera de carnaúba Atmosfera modificada: embalagem a vácuo 1 MCP (inibidor da ação do etileno) Busca de informações: Livros e circulares técnicas GONZAGA NETO, L. Goiaba para exportação: aspectos técnicos da produção. Brasília: EMBRAPA – SPI. 1994. 49 p. (Série Publicações Técnicas FRUPEX, 5) Busca de informações: Livros e circulares técnicas TEIXEIRA, A. H. C.; SOARES, J. M.; GONZAGA NETO, L.; MOURA, M. S. B. Goiaba produção: aspectos técnicos. Embrapa Semiárido (Petrolina – PE); Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia. 2001. 62 p. (Frutas do Brasil). Busca de informações: Sites especializados usados www.cpatsa.embrapa.com.br www.periodico.capes.gov.br www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=p&o=18 Parte das fotos foram retiradas de: Formação da planta e poda de produção da goiabeira; Aloísio Costa Sampaio – Departamento de Ciências Biológicas/Bauru e Pós em Horticultura FCA/Botucatu. A cultura da Goiabeira - Prof. Angelo Pedro Jacomino; ESALQ