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Aula goiaba 20162

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Cultura da Goiaba 
FRUTICULTURA TROPICAL 
POMBAL – PB 
Sinonímia: 
Português: Goiaba (fruto) ou Goiabeira (planta) 
 
Inglês: Guava (fruto ou planta) 
 
Espanhol: Guayaba (fruto ou planta) 
Possíveis centros de origem 
 - Brasil, México, Haiti, Colômbia e Perú 
 - Norte da América do Sul 
 - Parte da América Central 
 
Disseminação da goiabeira no mundo 
- Portugueses e espanhóis (regiões tropicais e subtropicais do mundo) 
- Filipinas, Índia, Malásia, EUA e África do Sul 
» Breve Histórico da Cultura 
• História 
- primeiro relato – 1514 – cronista espanhol Oviedo - Haiti 
- denominou de guayabo 
- disseminação para Índias Ocidentais, Índia, África e ilhas do 
Pacífico por navegadores espanhóis 
» Breve Histórico da Cultura 
• Década de 70: 
início de cultivo em diferentes regiões 
cultivo por sementes 
frutos para indústria 
início de seleções (IAC e produtores) 
 
• Década de 80: 
novos cultivares (Ruby, Supreme, Paluma e Rica) 
estaquia !!! 
frutos para indústria e frutos para mesa 
 
• Década de 90: 
produção ao longo do ano 
maior consumo “in natura” 
pequenas indústrias (ano todo) 
 
• Situação Atual 
Formas de consumo da goiaba 
- Consumo in natura do fruto 
- Extração da polpa 
 • Sucos e sorvetes 
- Geléias e compotas 
- Doces 
- Medicinal: diarréia (folha e fruto) 
a) Goiaba de indústria (tradicional) 
 - grandes indústrias 
 - processamento de janeiro a março 
 - estoques de matéria-prima (polpa/geléia) 
b) Goiaba de indústria (ano todo) 
 - pequenas indústrias 
 - colheita e processamento ano todo 
 - vendem para grandes indústrias 
 - comercializam parte com a própria marca 
c) Goiaba de Exportação 
 - pequenas quantidades (ao redor de 150 t/ano) 
 - França, Alemanha e Canadá 
 - goiaba branca, tamanho médio, ...., por via aérea 
d) Goiaba de mesa 
 - caixetas de papelão descartável (3,5kg) 
 - caixetas de madeira tipo 1/2M (7kg) 
 - caixas de madeira tipo M (20kg) 
 - CEAGESP: polpa branca = 7 mil t/ano - polpa vermelha = 4 mil t/ano 
» Sistema de Comercialização 
PANORAMA MUNDIAL 
 
PRODUÇÃO MUNDIAL DE GOIABA: x 1.000 t 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PANORAMA NACIONAL 
 
ÁREA CULTIVADA COM GOIABA: ANO DE 2008 
 
- Área total cultivada no Brasil: 15.743 ha 
 
- Área cultivada por Região 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IBGE (2008) 
Região Área plantada (ha) 
Norte 1.394 
Nordeste 6.974 
Sudeste 5.692 
Sul 1.063 
Centro-oeste 620 
PANORAMA NACIONAL 
 
 
De acordo (IBGE, 2012) entre as regiões mais produtivas 
destacam-se o Sudeste e o Nordeste representado 46,6% 
e 42,2%, respectivamente, da produção Nacional, com uma 
produção de 345,3 mil toneladas numa área colhida de 15,2 
mil hectares. 
 
 
 
ÁREA CULTIVADA COM GOIABA: ANO DE 2008 
 
- Área cultivada por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Paraíba (8º posição): 598 ha 
Estados Área plantada (ha) 
Pernambuco 3.795 
São Paulo 3.765 
Pará 1.263 
Minas Gerais 905 
Bahia 836 
 
QUANTIDADE DE GOIABA PRODUZIDA: ANO DE 2008 
 
- Total produzido no Brasil: 312.348 t 
 
- Total produzido por Região 
Região Produção (t) 
Norte 19.462 
Nordeste 135.016 
Sudeste 125.201 
Sul 12.001 
Centro-oeste 20.668 
 
QUANTIDADE DE GOIABA PRODUZIDA: ANO DE 2008 
 
- Quantidade produzida por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Paraíba (12º posição): 4.708 t 
Estados Produção (t) 
Pernambuco 96.733 
São Paulo 89.772 
Pará 18.672 
Bahia 15.757 
Minas Gerais 13.519 
 
PRODUTIVIDADE POR ÁREA DE GOIABA: ANO DE 2008 
 
- Produtividade média por área no Brasil: 19.840 kg ha-1 
 
- Produtividade média por área por Região 
 
Região Produtividade (kg ha-1) 
Norte 13.961 
Nordeste 19.360 
Sudeste 21.996 
Sul 11.290 
Centro-oeste 33.335 
 
PRODUTIVIDADE POR ÁREA DE GOIABA: ANO DE 2008 
 
- Produtividade média por área por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Paraíba: 7.873 kg ha-1 
Estados Produtividade (kg ha-1) 
Pernambuco 25.490 
São Paulo 23.844 
Pará 14.784 
Bahia 17.411 
Minas Gerais 16.171 
 
PREÇO POR Kg DE GOIABA: ANO DE 2012 
 
- No Brasil: R$ 1,50 a 2,00 
 
-Valor da produção por Região 
 
- Preço médio mensal (R$/kg) na CEAGESP, entre 2003 e 2007 
 
 
PREÇO POR Kg DE GOIABA: ANO DE 2008 
 
- Valor por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Paraíba: R$ 0,46 
Estados Valor (reais) 
Pernambuco 0,74 
São Paulo 0,60 
Minas Gerais 0,57 
Pará 0,64 
Bahia 0,70 
Atualmente?? 
Botânica 
 
- Sistemática 
 Família: Myrtaceae 
 Gênero: Psidium 
 Espécie: Psidium guajava L. 
Botânica - Características da planta 
» Árvore: 
 - porte pequeno a médio 
 - tortuosa e esgalhada 
 - casca lisa e delgada, desprende-se em lâminas 
» Folhas: 
 - oblongas, coreáceas, pubescentes na parte inferior 
» Flores: 
 - hermafroditas (androceu e gineceu) 
 - não há incompatibilidade. 
 
» Fruto: 
 - tipo baga, com mesocarpo + massa pastosa 
 - cor da polpa variável 
 - formato redondo a piriforme 
Botânica - Ramos 
- Poda 
- Ramos do ano com comprimento 
médio de 0,6-1,5 m 
- Inflorescências - produção no 
ramo do ano 
Sistema radicular 
 
 - Pivotante ou principal (6 m de profundidade) 
 - Sistema radicular efetivo (até 0,30 m): 70% do total 
 
Caule 
 
 - Redondo e de coloração verde (jovem) ou cinzento (adulto) 
 - Ramificado 
 - Lenhoso (crescimento secundário): desprende a casca (ritidoma) 
Folhas 
 • Inicialmente as folhas são verdes claras 
 • Formato elíptico 
 • Maturidade: verde escura 
 • As folhas são opostas e de pecíolo curto 
 • Comprimento (5 a 15 cm) e largura (3 a 7 cm) 
Inflorescência 
 • Inflorescência: racemo (tipo dicásio) 
 • Número de flores: variável (1 a 3) 
 • Florescimento: semente (2 a 3ª ano) e enxertado (1 a 2ª ano) 
 • Número de frutos: 1 a 3 (6% do total atinge a maturação) 
Flor 
- Abertura 6h da manhã 
- Demora 60 min 
- Pistilo e sépalas persistentes 
- Pétalas e estames iniciam queda no 
mesmo dia 
- A flor perdura 5 dias 
flores 
• Flores: hermafroditas 
 → Cor Branca 
 → 5 sépalas 
 → 5 pétalas 
 → Ovário ínfero 
 → Um estígma 
 → Grande quantidade de estames (aproximadamente 350) 
• Surgem na axila foliar 
• Em brotações de ramos maduros 
• Produção de frutos: meio para a base do ramo 
• Frutificação: a flor do meio leva sempre mais vantagem 
• Polinização: autopolinização (65%) e cruzada (35%) 
 
Polinização cruzada: entomófila (abelha) 
 
Fotos: Sagra 
Figura - Botão floral isolado (A), botão floral em grupos (B) e flor da goiabeira (C). 
Frutos / Tipo Baga 
- Mesocarpo de textura firme 
- 4-5 Lóculos - massa de 
consistência pastosa, sementes 
- Pegamento ~ 20% 
- Características variáveis 
- Climatérico 
A B 
C D 
Fases fenológicas da goiabeira cv. Paluma. (A) Fase 1: brotação e crescimento 
vegetativo, (B) Fase 2: crescimento vegetativo, floração e queda fisiológica dos frutos, 
(C) Fase 3: crescimento dos frutos, (D) Fase 4: maturação e colheita dos frutos 
VALOR NUTRICIONAL DA GOIABA 
ESCOLHA DA ÁREA 
 - Mercado: 
 • Quem vai comprar ou consumir o nosso produto? 
 • Proximidade e tamanho do meucentro consumidor ou indústria. 
 • Quanto devo produzir? 
 - Logística: 
 • Possibilidade de mecanização 
 • Acesso a veículo 
 • Disponibilidade de mão-de-obra 
 • Lojas de insumo 
 • Instituições de crédito 
 - Fatores climáticos 
 • Estações do ano; altitude; latitude e relevo do local 
 - Fatores: água, nutrientes e O2 
 • Água 
 → Intensidade e distribuição das chuvas 
 → Disponibilidade e qualidade (irrigado) 
 • Nutrientes 
 → Disponibilidade (Deficiência ou excesso) 
 → Presença de alumínio, manganês e NaCl 
 • O2 
 → Excesso de água no solo 
 → Solo compactado 
 - Fatores edáficos 
 • Textura e densidade do solo 
 • Características químicas (fertilidade) 
 • Profundidade efetiva 
 - Outros fatores: 
 • Histórico da área 
 → Culturas anteriores 
 → Ocorrência de pragas e doenças 
 → Adubações e presença de plantas daninhas na área 
Obs: todas as decisões devem ser tomadas baseadas em informações 
 (Planejamento). 
CLIMA 
 Regiões mais adequadas: períodos de seca e chuva bem definidos 
 • Período seca deve ocorrer: antes do florescimento (repouso vegetativo) 
 início da frutificação 
 • Período de chuva: após início da frutificação (crescimento do fruto) 
 crescimento vegetativo (produção de novos ramos) 
 - Altitude: nível do mar até 1.700m (acima do nível do mar) 
 
 - Temperatura ideal: 25 até 30ºC 
 Obs.: Temperaturas muito baixas ou altas: reduz o crescimento e a 
 produção 
 
 - Umidade relativa do ar: 
 • Umidade relativa (UR): problemas fitossanitários (doenças) > 80% 
 • Dar preferência por regiões com 50 < UR < 80% 
- Necessidade hídrica: 
→ Prod. economicamente viável: 500 a 2.500 mm/ano (chuva) 
 800 a 1.500 mm (ideal) 
-Períodos críticos: cresc. Veget. e frutificação (exigente) 
- Maturação e colheita: ausência de chuvas 
SOLO 
- Pouco exigente 
- Solos adequados - profundos e permeáveis 
- Evitar - áreas pantanosas ou encharcadas 
CULTIVARES DE GOIABA 
 → Preferências do mercado consumidor 
 → Alta produtividade (região escolhida para plantio) 
 → Fruto (polpa branca – exportação e vermelha – mercado 
nacional) 
 → Porte da planta (porte baixo → 4 m) 
 → Formato: periforme 
 → Casca lisa 
 → Resistente ao transporte e armazenamento 
VARIEDADES / Polpa branca: 
- White Selection of flórida 
- Petencostes 
- Pedra Branca ou Branca de Valinhos ou Branca de Kumagai 
- Ogawa Branca 
VARIEDADES / Polpa vermelha: 
- Red Selection of flórida 
- Paluma 
- Pirassununga Vermelha 
- IPA B - 22 
- Ruby Supreme 
- Surubim 
- Pedro Sato 
- Ogawa 
- Sassaoka 
- Rica 
Kumagai 
-fruto globoso 
-polpa branca, sabor suave 
-casca lisa, cor verde-amarelada 
Ogawa nº 1 
-bastante cultivada; frutos arredondados e grandes 
-polpa espessa, rosada, saborosa 
-casca lisa, cor amarela 
Pedro Sato 
-cultivada para mesa e indústria 
-frutos ovalados e grandes 
-polpa firme, rosada, sabor agradável 
Sassaoka 
-grande possibilidade de expansão 
-polpa espessa, rosada 
-casca rugosa, aparência atrativa 
Paluma 
-bastante cultivada, alta produt. frutos grandes, piriformes, 
c/ peq. pescoço; polpa firme, espessa, vermelha 
-casca lisa, amarela; destinado basicamente para indústria 
Rica 
-frutos ovalados a piriformes, de tamanho médio 
-polpa vermelha, espessa, com alto teor de açucar 
-casca verde-amarelada, levemente rugosa 
Características de 
Algumas Variedades 
Variedades 
- Kumagai 
- Polpa branca e poucas sementes 
- Frutos grandes 300-400g 
- Polpa com sabor suave 
- Casca lisa 
- Principal cultivar branca para a mesa 
- Boa conservação pós-colheita - 
exportação 
Kumagai 
Variedades 
- Ogawa - Forma arredondada com 
poucas sementes 
- Frutos grandes (300-400 g) 
- Casca lisa e amarela 
- Polpa espessa e de cor rosada, 
doce e sucosa com ótimo sabor 
Variedades 
- Pedro Sato 
- Frutos levemente ovalados de boa 
aparência 
- Tamanho variável (150 – 400g) 
- Casca rugosa 
- Polpa firme, rosa e sabor agradável 
e poucas sementes 
Variedades 
- Paluma 
- Frutos piriformes 
- altamente produtiva (50t/ha) 
- frutos grandes (> 200g) 
- casca lisa, amarela; 
- polpa firme, espessa, vermelha 
- destinado basicamente para indústria 
- Variedade mais cultivada no país 
Paluma 
Variedades 
- Rica 
- Frutos ovalados a piriformes 
- Frutos médio (100-250g) 
- Vigorosas, produtivas (50t/ha) 
- Polpa vermelha, espessa e 
firme com poucas sementes 
- Elevado teor de açúcar 
- Indústria e mercado 
Sassaoka 
Novo Milênio 
Variedades 
- Século XXI 
- Frutos com 200-300g 
- casca verde-amarelada e rugosa 
- Mais polpa e vermelha com poucas 
sementes 
- Maior quantidade de vitamina C 
- Ótimo sabor e aroma acentuado 
- Ideal para indústria e mesa. 
 
 
 
IPA – B - 22 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
 
 
 
 
SURUBIM 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
 
 
 
 
PENTECOSTES 
 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
 
 
 
 
WHITE 
SELECTION OF 
FLÓRIDA 
 
 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
 
 
 
 
PALUMA 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
 
 
 
PEDRO SATO 
 
VARIEDADES COMERCIAIS DE GOIABA 
PREPARO DO SOLO 
Recomendações para a goiaba: preparo inicial do solo 
 - Solo arenoso (> 70% de areia) 
 • Solos permeáveis 
 • Baixa capacidade de retenção de água 
 • Baixos teores de M. O. 
 → Preparo do solo: mínimo possível (gradagem) 
 - Solos areno-argilosos (textura média: equilíbrio entre areia e argila) 
 • Solos permeáveis 
 • Bem drenados 
 • Média capacidade de retenção de água 
 → Preparo invertido: aração e uma gradagem 
 - Solos argilosos (> 35% de argila) 
 • Baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água 
 → Preparo do solo: aração e duas gradagens 
ADUBAÇÃO EM GOIABA 
Objetivo: fornecer nutrientes que são limitantes ao crescimento e 
 produção das plantas 
 - Adubação por: 
 → Perpetuação de tradição 
 → Utilização de modelos de outras regiões (receitas) 
Fertilização engloba: 
 Calagem 
 Matéria orgânica 
 Macro e micronutriente 
 
Calagem 
 • Aumenta a absorção de nutrientes: P e Mo 
 • Reduz o efeito deletério do Al3+ e Mn+2 
 • pH = 5,5 a 6,0 
 
Matéria orgânica 
 • Estercos 
 • Dose recomendada: 10 a 15 L de esterco bovino 
 • Aplicação: covas (plantio) 
 projeção da copa (cobertura 1 vez por ano) 
Macro e micronutrientes 
 - Exigente em nutrientes minerais (disponibilidade) 
 - Esgotante do solo 
 
Com que adubar? 
 13 elementos essenciais: 
 N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, B, Mo, Mn, Fe e Cl - Ni (solo) 
 - Fontes solúveis: 
 • Macro: uréia, KCl, Nitrato de cálcio, MAP, entre outros 
 • Micro: Sulfato de cobre e zinco, bórax, molibdato de sódio, etc. 
Quando adubar? 
 • Plantio (fundação) 
 • Complementada ao longo do ciclo (cobertura) 
 
Como adubar? 
• Em covas (misturadas ao solo em fundação) 
• Projeção da copa (terço intermediário em cobertura) 
 - Covas 
 - Sulcos 
 - Fertirrigação 
 
Quanto adubar?• Análise de solo 
 • Verificar em tabelas se os teores estão: baixo, médio ou alto 
 • Procede-se a recomendação 
 • Reposição do que foi exportado 
ADUBAÇÃO NA COVA (plantio) 
FORMAÇÃO 
PRODUÇÃO 
PROPAGAÇÃO 
 
 • Seminífera 
 - Não garante a nova planta as mesmas características da pta mãe 
 - Produção do porta-enxerto 
 • Vegetativa 
 - Garante a nova planta as mesmas características da pta mãe 
 - Proporciona redução no porte da planta 
INSTALAÇÃO DO VIVEIRO 
 
 • Terreno plano ou com pouco declive e bem drenado 
 • Protegido do vento 
 • Distante de estradas e pomares comerciais 
 • Próximo a uma fonte de água 
 
Preparo da semente 
 
Etapas 
 
 • Colheita: fruto de vez ou maduro 
 • Separar a semente da polpa 
 • Secagem a sombra sob folha de jornal 
 • Tratamento com fungicida 
 • Armazenamento em recipientes plásticos (1 ano ou mais) 
 
Época de semeadura 
 
 • Qualquer época do ano (disponibilidade de borbulhas e garfos) 
 • Estacas (herbáceas) 
Produção do porta enxerto 
 • Dimensões da embalagem (sacos de polietileno perfurados) 
 1,5 a 5 L de capacidade 
 • Desenvolvimento do sistema radicular 
 • Boa altura e diâmetro de caule para enxertia 
 • Plantio: 3 a 4 sementes por saco (deixar apenas uma planta) 
Enchimento dos recipientes 
 • Cinco partes de solo de boa qualidade (barranco) 
 • Três partes de esterco curtido 
 • Uma parte de areia 
 • 4 kg de superfosfato simples - SFS ( por m3 de substrato) 
 • 0,5 kg de cloreto de potássio (por m3 de substrato) 
 • Sacos dispostos em 6 ou 7 filas (largura de 80 cm) 
 • Distância entre canteiros de 50 cm e comprimento máximo de 15 m 
 - Facilita enxertia e demais tratos culturais 
Tratos culturais 
 • Controle de plantas daninhas 
 • Controle de pragas e doenças 
 
Formação da muda 
Enxertia - seu êxito dependerá: 
 • Condições fisiológicas do enxerto e porta-enxerto 
 • Condições climática (umidade e calor) 
 • Habilidade do enxertador 
 
Épocas de enxertia 
 • Pode ser enxertado durante todo ano (garfo ou borbulha) 
 • Porta-enxerto adequado [diâmetro (0,7 cm) e idade (9 meses)] 
 • Enxerto (garfos): maduro com gemas intumescida e não-brotadas 
 - Garfos ou estacas → janeiro a maio (0,5 cm) 
 - Borbulhas → agosto a janeiro (floração) 
 • Evitar período de chuvas 
 • Tempo de formação da muda (12 meses) 
Métodos de enxertia 
 Borbulhia 
 • Em placa 
 - Altura de enxertia (5 a 10 cm) 
 - Brotação ocorre em torno de 20 dias 
 Garfagem 
 • No topo em fenda cheia (tamanho do garfo: 3 a 5 cm) 
 • A inglesa simples 
 Estaquia (ramo herbáceo) 
 • Comprimento da estaca: 12 cm 
 • Estacas com dois nós e dois pares de folhas reduzido a metade 
 • Profundidade de plantio: 2 cm (bandejas ou caixas → vermiculita) 
 • Hormônio (auxina): AIB (200 mg L-1) 
 • Enraizamento: 60 a 70 dias → sacos plásticos de 3,5 l 
 • Transplantio ocorre cerca de seis meses após o estaqueamento 
 • Casa de vegetação, substrato adequado e nebulização (irrigação) 
Métodos de enxertia 
 Borbulhia 
- Maior porcentagem de pegamento 
- “T” normal, invertido ou em placa (janela aberta) 
- Dezembro a fevereiro 
- Porta-enxertos de 9 meses de idade, enxertia a 10 cm do solo 
- Borbulhas com idade superior a 8 meses 
Estaquia herbácea em goiabeira 
- Curto período para formação das mudas e 
a uniformidade genética 
- Seleção das estacas: plantas matrizes 
- Poda drástica 70 dias antes da retirada das 
estacas 
- Estacas com 2 nós 
- Corte basal logo abaixo do nó e corte apical 
a 1 cm do par de folhas 
Estaquia herbácea em goiabeira 
- Planta matriz (9 anos): 500 estacas/ano (2-3 
estacas por ramo) 
- Enraizamento - nebulização 60 dias - raízes 
cortadas com 10 cm 
- Transf. para sacos plásticos com substrato 
- Muda conduzida em haste única 2-3 meses 
- Tempo total: ~ 6 meses muda de haste única 
Formação Pomares 
- Indústria 
- Dimensões entre 10-50 ha 
- Talhões de até 2.000 plantas 
- Paluma e Rica: espaçamento 7 x 6 m 
Formação Pomares 
- Indústria e mercado de fruta fresca 
- Dimensões menores: não superior a 5 ha 
- Talhões de 1 ha: melhor orientação da poda 
- Paluma, Rica, Ogawa 3 e Pedro Sato: espaçamento 7 x 6 ou 7 x 5 m 
Formação Pomares 
- Mercado de fruta fresca 
- Dimensões menores: 1-3 ha 
- Espaçamento depende da cultivar 
- Kumagai (crescimento lateral): 7 x 7 m 
- Ogawa no1 (crescimento ereto): 6 x 6 m 
Instalação do pomar de goiaba 
• Preparo do solo 
• Espaçamento: 8 x 5 m ou 6 x 5 m; 7 x 6m; 7 x 7m 
• Alinhamento: marcação ou piqueteamento da área 
 Áreas declivosas: marcação em curva de nível (evitar problemas de erosão) 
 
• Coveamento 
 - Dimensões: arenoso (40 x 40 x 40 cm) e argiloso (60 x 60 x 60 cm) 
 - Manual (boca de lobo) ou mecanizado (broca perfuradora) 
 
• Época de plantio 
 - Irrigado: qualquer época do ano 
 - Ideal: período das chuvas 
 
• Adubação 
 
• Plantio 
 - Mistura-se a terra de superfície com os adubos (orgânico e mineral) 
 - Coloca-se a muda, retira-se o saco plástico e preenche a cova 
 - Irrigação com 10 a 20 L de água 
 - Mulch (cobertura morta) e tutoramento (tombamento → vento) 
Foto – Sampaio et al. Etapas da produção de 
mudas a instalação do 
pomar 
IRRIGAÇÃO NA GOIABA 
 
- Conceito: consiste na aplicação de água no solo na quantidade e no 
 momento certo visando o pleno desenvolvimento e produção 
 da planta 
 • Necessidade hídrica das plantas varia: 
 → Fase de desenvolvimento 
 → Condições climáticas da área 
 • Irrigação eficiente (parâmetros) 
 → Solo 
 → Clima 
 → Planta 
 → Sistema de irrigação (Ea – eficiência de aplicação) 
 Superfície: 60% 
 Microaspersão: 90% (mais indicado para a goiaba) 
 Gotejamento: 94% 
Irrigação: os mais indicados são microaspersão, o gotejamento (tubo 
gotejadores) e recentemente as fitas gotejadoras. São os sistemas que 
consomem menos energia e água, pois se caracterizam pela baixa 
pressão de serviço (10 a 15 mca) e também por molhar apenas parte da 
superfície do solo. Seu uso tem sido bastante incrementado nos últimos 
anos, e os investimentos iniciais caíram consideravelmente. A prática da 
fertirrigação nestes sistemas é quase que obrigatória, levando a uma 
maior economia e eficiência dos fertilizantes. 
Ilustração do bulbo de umidade formado no solo com gotejadores e 
microaspersores. Ilustração – Hernandez e Sampaio 
- Goiabeira irrigada por microaspersão, observando a linha lateral de polietileno 
linear de baixa densidade, microtubo, estaca, corpo do emissor e bocal. Fotos – 
Hernandez e Sampaio 
TRATOS CULTURAIS 
Definição: são todas as operações realizadas desde a emergência da plântula até a 
colheita do produto comercial. 
 
Desbaste: - frutos com 2-3cm diâmetro 
 - deixa-se 2-3 frutos por ramo 
 
Poda 
Finalidade: Manter um crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes 
 partes da planta 
Poda de formação 
 • Desbrota: 
 - Eliminação de galhos brotados no porta-enxerto 
 • Conduzidas em haste única até 50 a 60 cm (corte da gema apical) 
 • Seleciona-se 3 ou 4 brotações nos últimos 30 cm 
 • Brotações: alternadas e em pontos diferentes 
 • Após 50 cm esses ramos são novamente podados 
 • A partir daí deixa-sea copa crescer sem nenhuma interferência na sua 
 formação 
QUALIDADE DAS MUDAS PARA TRANSPLANTIO / PROCESSO 
Poda de frutificação 
 - Retirada de ramos secos e doentes 
 - Retirada de ramos com produção tardia e restos de colheita 
 - Levantamento da copa da planta: eliminação de ramos com até 50 cm 
 de altura 
 - Eliminação de ramos ladrões: eliminar ramos que tenha com o topo 
 um ângulo inferior a 45º 
 
 - Poda de frutificação propriamente dita: 
 • 30 dias após o término da produção 
 • Provocar a queda de folha com redução da irrigação ou aplicação de 
 uréia a 25% 
 • Após a poda volta-se a irrigar e adubar a goiabeira 
 • A produção de frutos ocorrerá cerca de 180 dias após a poda 
PODA 
Objetivos: 
 - aumentar o arejamento e insolação no interior da copa 
 - aumenta fotossíntese e produção de frutos 
 - redução e adequação da copa 
 - produções equilibradas 
 - frutos de boa qualidade 
 - planejamento época colheita 
a)PODA DE FORMAÇÃO 
 - Pomares para indústria 
 - Pomares com dupla aptidão 
 - Pomares para mesa 
b)PODA DE PRODUÇÃO 
 - Consiste no encurtamento dos ramos que já produziram de modo a manter a 
unidade de produção em atividade, pelo estímulo à nova brotação, 
 - Poda correta varia com: # variedade # clima da região # vigor do ramo # época do 
ano# idade da planta # tratos culturais 
PODA 
PODA DE FORMAÇÃO 
PODA DE FORMAÇÃO 
PODA DE CONDUÇÃO 
PODA DE LIMPEZA 
DESBROTA DA PARTE INTERNA DA COPA 
PODA 
PODA 
PODA 
PODA 
PODA 
DESASTE OU RALEIO DE FRUTOS 
DESASTE OU RALEIO DE FRUTOS 
Raleio dos Frutos 
- Melhorar a qualidade dos frutos 
- Evitar quebra dos ramos 
- Regularizar a produção 
- Eliminar focos de doenças e pragas 
- Reduzir despesas com a colheita de frutos imprestáveis 
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA GOIABA 
- Recomendações 
 • Controle preventivo 
 
 • Controle mecânico 
 → Bom preparo do solo (plantio em seguida) 
 → Utilização do cultivador (tração animal ou mecânica) 
 → Capina manual (enxadas) - Coroamento 
 
 • Controle cultural 
 → Mudas vigorosas e plantas bem formadas 
 → Mulch – cobertura morta 
 → Consórcio (feijão, cebola e tomate) 
 
 • Controle químico 
 → Utilizar herbicidas em pós-emergência das plantas daninhas 
 → Paraquat e glifosate (Roundap) 
 → Duas aplicações anuais (evitar problemas com resíduo) 
Ciclo da goiabeira de 135 a 230 dias 
PRAGAS DA GOIABA 
 → Broca da goiabeira (Timocratica albella) 
PRAGAS DA GOIABA 
 → Besouro da goiabeira (Costalimaita ferrinea vulgata) 
PRAGAS DA GOIABA 
 → Gorgulho da goiaba (Conotrachelus psidii) 
PRAGAS DA GOIABA 
 → Mosca das frutas (Anastrepha fratercula) 
PRAGAS DA GOIABA 
Psilídio (Triozoida sp) 
- Sugam a seiva das bordas das folhas, ramos e brotações novas; 
- Injetam toxinas que causam encarquilhamento das bordas das 
folhas e posterior necrose; 
- O período mais favorável é primavera-verão com altas temperatura e 
altos índices pluviométricos. 
DOENÇAS DA GOIABA 
→ Antracnose (Sphaceloma psidii) 
DOENÇAS DA GOIABA 
→ Ferrugem da goiabeira (Puccinia psidii Wint) 
DOENÇAS DA GOIABA 
Seca bacteriana (Erwinia psidii) 
 COLHEITA DA GOIABA PARA MESA 
 
 - Colher o mais cedo possível (primeiras horas da manhã) 
 - Colher com uma leve torção 
 - Colocados em camada única na caixa plástica de colheita, revestida 
com espuma – 1 cm (dimensões: 47 cm x 30,5 cm x 12 cm) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
- Cor da casca (verde, de vez e madura ou amarela) 
 COLHEITA DA GOIABA PARA MESA 
 - Tamanho 
(de 5 a 6 cm) (de 6 a 7 cm) (de 7 a 8 cm) 
(de 8 a 9 cm) (de 9 a 10 cm) (> 10 cm) 
- Tipo ou categoria 
CATEGORIAS EXTRA CATEGORIA I CATEGORIA II CATEGORIA 
III 
Defeitos Graves (%) (%) (%) (%) 
Imaturo 
Dano profundo 
Podridão 
Alterações 
Fisiológicas 
1 
1 
1 
1 
2 
2 
2 
3 
3 
3 
3 
4 
> 3 
> 3 
3 a 10 
> 4 
Totais graves 
Total leve 
1 
5 
5 
10 
7 
15 
> 7 
> 15 
Total geral 5 10 15 > 15 
Defeitos graves 
(Imaturo) (Alterações fisiológicas) 
(Dano profundo) (Podridão) 
Defeitos leves 
(Lesão cicatrizada) (Lesão cicatrizada) (Dano superficial) 
(Umbigo mal formado) (Manchas) (Deformação) 
EMBALAGEM 
Comercialização in natura 
 Papelão: 3,0 a 3,5 Kg 
Frutos: 
 - Envolvidos em papel de seda, fitas de papel ou redes de polietileno 
 - Acondicionados na caixa em uma só camada 
 - Podem ser comercializados em embalagem a vácuo 
ROTULAGEM 
Varia em função do estádio de maturação e da cultivar 
ARMAZENAMENTO 
Sob condições ambiente: 
 Paluma: 
 Coloração externa verde-escura: 8 dias 
 Coloração externa verde-amarelada: 2 a 3 dias 
 
 Pedro Sato: 
 Coloração externa verde-escura: 6 dias 
 Coloração externa verde-amarelada: 2 dias 
Armazenamento: etapas 
 
Pré-resfriamento: ar forçado – mais utilizado 
 8-10ºC e 95 %UR 
 tempo gasto: 30 min. 
 
Câmaras frias: 8 - 10ºC e 90 %UR 
 Conservação: 15 dias ou mais 
 
Uso associado a refrigeração: 
 Cera de carnaúba 
 Atmosfera modificada: embalagem a vácuo 
 1 MCP (inibidor da ação do etileno) 
 
Busca de informações: 
 
Livros e circulares técnicas 
 
GONZAGA NETO, L. Goiaba para exportação: aspectos técnicos da 
produção. Brasília: EMBRAPA – SPI. 1994. 49 p. (Série Publicações 
Técnicas FRUPEX, 5) 
Busca de informações: 
Livros e circulares técnicas 
TEIXEIRA, A. H. C.; SOARES, J. M.; GONZAGA NETO, L.; MOURA, M. 
S. B. Goiaba produção: aspectos técnicos. Embrapa Semiárido 
(Petrolina – PE); Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de 
Tecnologia. 2001. 62 p. (Frutas do Brasil). 
Busca de informações: 
 
Sites especializados usados 
 
www.cpatsa.embrapa.com.br 
 
 
www.periodico.capes.gov.br 
 
 
www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=p&o=18 
Parte das fotos foram retiradas de: Formação da planta e poda de produção da goiabeira; Aloísio Costa Sampaio 
– Departamento de Ciências Biológicas/Bauru e Pós em Horticultura FCA/Botucatu. 
A cultura da Goiabeira - Prof. Angelo Pedro Jacomino; ESALQ