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AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E FUNÇÕES Prof. Msc. Vicente Senna Jr PROTEÍNAS • Ajudam a formar as membranas celulares de todos os seres vivos • Estão presentes inclusive nos vírus • + abundante entre os compostos orgânicos • Quanto > o parentesco entre as espécies diferentes, + parecidas serão suas proteínas Aminoácidos: os monômeros proteicos • O que são monômeros? São as unidades fundamentais dos polímeros. • Proteínas são polímeros. Seus monômeros são chamados de AMINOÁCIDOS. PROTEÍNAS • Catalisadores – enzimas • Estruturais – colágeno, queratina • Reserva – albumina, caseína • Transporte – hemoglobina • Contráteis – actina e miosina • Protetoras – anticorpos • Hormônios – insulina • Receptores – permeases • Pigmento – clorofila • Hereditariedade - histonas FUNÇÕES: PROTEÍNAS COMPOSIÇÃO DAS PROTEÍNAS: • Substâncias orgânicas de grande peso molecular • Chamadas de “macromoléculas” • Formada por 2 ou + aminoácidos (geralmente são formadas por centenas) • PROTEÍNAS = AA + AA + AA + AA + AA... Aminoácidos: os monômeros proteicos • Um aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. • Alguns aminoácidos também podem conter enxofre. • Os aminoácidos são divididos em quatro partes: o grupo amina (NH2), grupo ácido carboxílico (COOH), hidrogênio, carbono alfa (todos os diferentes grupos se ligam a ele) e um substituinte característico de cada aminoácido (radical). AMINOÁCIDOS COMPOSIÇÃO DOS AMINOÁCIDOS: Grupo Amina Ácido RADICAL AMINOÁCIDOS COMPOSIÇÃO DAS AMINOÁCIDOS: • São conhecidos 20 tipos de Aminoácidos • Vegetais produzem todos os AA que necessitam (animais não!!!!) • REAÇÃO TRANSAMINAÇÃO: Produção de um tipo de AA a partir de outro obtido na alimentação (animais) CLASSIFICADOS EM: • Aminoácidos naturais: produzido pelo organismo • Aminoácidos essenciais: obtido na alimentação (não produzido pelo organismo) Nome Símbolo Glicina Gly, Gli Alanina Ala Leucina Leu Valina Val Isoleucina Ile Prolina Pro Fenilalanina Phe ou Fen Serina Ser Treonina Thr, The Cisteina Cys, Cis Tirosina Tyr, Tir Asparagina Asn Glutamina Gln Aspartato ou Ácido aspártico Asp Glutamato ou Ácido glutâmico Glu Arginina Arg Lisina Lys, Lis Histidina His Triptofano Trp, Tri Metionina Met Existem 20 tipos de aminoácidos. Observe na tabela ao lado: São isômeros, mas que não são classificadas como isômeros constitucionais. São os chamados estereoisômeros, cujos átomos são ligados na mesma sequência (a mesma constituição), mas diferem no arranjo de seus átomos no espaço. Estereoisômeros Estereoisômeros Carbono quiral Um objeto quiral é aquele que possui a propriedade de "lateralidade", ou seja, é um objeto que não pode ser colocado sobre a sua imagem especular de forma que todas as partes coincidam. Em outras palavras, um objeto quiral não é superponível à sua imagem especular. Estereoisômeros Estereoisômeros A configuração absoluta do átomo de carbono alfa dos aminoácidos é indicada através dos prefixos D- e L-. Opticamente ativas: Os resíduos de AAs Estereoisômeros L Estereoisômeros D Alguns peptídeos de membrana bacteriana Certos peptídeos antibióticos CLASSIFICAÇÃO PELO GRUPO R PROPRIEDADES QUÍMICA DOS AAS BIOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS É o grupo R que distingue um aminoácido de outro, sendo ele o responsável pelas propriedades físico-químicas de cada aminoácido; •Polares carga positiva •Polares com carga negativa •Polares com carga nula a pH fisiológico (pH 6-7) Aminoácidos hidrofílicos Aminoácidos hidrofóbicos Aminoácidos Aromáticos Aminoácidos hidrofóbicos Os grupos R nesta classe de AAs são apolares e hidrofóbicos Aminoácidos hidrofóbicos Alanina Valina Estabilizam a estrutura proteica_ Interações hidrofóbicas Leucina Isoleucina Aminoácidos hidrofóbicos Metionina Prolina Grupo tioéter Cadeia alifática com uma estrutura cíclica distinta Grupo Imino_ conformação rígida (colágeno) Aromáticos Aminoácidos hidrofóbicos Interações hidrofóbicas Fenilalanina Aromáticos Aminoácidos hidrofóbicos Tirosina Triptofano Aminoácidos hidrofílicos Não carregados Ligações de hidrogênio_ grupo hidroxil Serina treonina Aminoácidos hidrofílicos Não carregados Cisteína Ligações de hidrogênio_ Grupos sulfidril Cistina Ligação dissulfeto Hidrofóbico Ligação covalente (entre cadeias polipeptídicas) Aminoácidos hidrofílicos Não carregados Grupos amida Asparagina Gluatamina Aminoácidos hidrofílicos Carregados positivamente Histidina Lisina Básicos Aminoácidos hidrofílicos Carregados positivamente Arginina Aminoácidos hidrofílicos Carregados negativamente Ácidos Aspartato Aminoácidos hidrofílicos Carregados negativamente Ácidos Glutamato Aminoácidos incomuns com funções importantes 4-hidroxilisina Tecido conectivo (colágeno) Proteínas de parede celular Características Físicas •São todos compostos sólidos, cristalinos e que se fundem a alta temperatura; •Incolores; •A maioria apresentam sabor adocicado; •Alguns insípidos; •E outros amargos; •Em soluções aquosas apresentam alto momento dipolar. PROPRIEDADES QUÍMICAS • Característica ácida (presença do grupo carboxila); • Característica básica (presença do grupo amino); • Interação intramolecular, originando um "sal interno": • PF e PE altos (características dos sais) Propriedades Químicas Caráter anfótero – íon dipolar (pode atuar como base ou ácido) AMINOÁCIDOS LIGAÇÃO PEPTÍDICA Ligação entre 2 aminoácidos = Dipeptídeo Ligação entre vários aminoácidos (< 50) = Polipeptídeo Proteína = Centenas de AA PROTEÍNAS DIFERENÇA ENTRE PROTEÍNAS PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS FORMA • Proteínas fibrosas – moléculas torcidas. Ex: Albumina (ovo) e queratina (cabelo e unhas) • Proteínas globulares – moléculas enoveladas. Ex: Hemoglobina PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS ESTRUTURA ESPACIAL • Estrutura primária – tipos de AA que formam o fio • Estruturas secundárias – Cadeia forma hélice • Estruturas terciárias – Hélice torce sobre si mesma • Estruturas quaternárias – Presente em algumas proteínas. São 2 ou + cadeias unidas entre si. DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS Influenciado pela temperatura, pH, radiação etc. Desnaturação proteica Desnaturação proteica é a perda da estrutura tridimensional da proteína, ou seja, ela perde a sua forma original. Há desnaturações reversíveis, e irreversíveis. Temos como irreversível o exemplo da albumina do ovo, que uma vez que foi cozida, o resfriamento não faz com que a proteína se renature. A desnaturação faz com que a proteína perca a sua função. É por isso que não podemos passar de 42º de febre, pois daí em diante muitas enzimas(que são proteínas) irão se desnaturar e trazer muitos malefícios ao indivíduo. As hemácias, quando desnaturadas, não podem acoplar o gás na hemoglobina, e assim não tem mais função. Os agentes responsáveis: -O calor. Cada proteína tem uma temperatura específica de desnaturação. Nossas enzimas se desnaturampor volta dos 42ºC ou mais. Algumas bactérias que vivem em geiseres tem enzimas que só desnaturam após os 300ºC. -O pH. O pH(potencial de hidrogenato) também pode desnaturar uma proteína, uma vez que esta tem seu pH, qualquer coisa em contraposição irá alterar sua estrutura tridimensional. -Agentes químicos, como o veneno. Esses agentes podem agir sobre a proteína desfazendo ligações, principalmente em pontes de hidrogênio. DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS VANTAGEM • Esterilização de frascos, utensílios e alimentos DESVANTAGEM • Febres altas (> 40° C) FUNÇÃO DE DEFESA: OS ANTICORPOS SISTEMA IMUNOLÓGICO • Funciona 24 hrs/dia e compreende todos os mecanismos de defesa do corpo contra bactérias, vírus ou parasitas Responsável também: • Limpeza do organismo (células mortas) • Rejeição de enxertos (transplantes) • Memória imunológica ANTÍGENOS • “Corpo estranho” que provoca a formação de anticorpos • Geralmente formados por proteínas • Um animal não produz anticorpos contra suas próprias proteínas (há exceções) ANTICORPOS OU IMUNOGLOBULINAS • Proteínas produzidas pelos leucócitos (glóbulos brancos) • Somente são produzidos quando houver estímulo • São específicos (1 anticorpo p/ cada antígeno) ANTICORPOS x ANTÍGENOS VACINAS x SOROS Imunização ativa Imunização passiva FUNÇÃO CATALISADORA: ENZIMAS ENZIMAS • Proteínas com função catalítica (aumentam a velocidade das reações bioquímicas) AÇÃO ENZIMÁTICA Função das enzimas: Diminuir a energia de ativação para que uma reação ocorra. Energia de ativação: Alta temperatura necessária para ocorrer uma reação química centro ativo PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS GERAIS ESPECIFICIDADE • Modelo chave-fechadura PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS GERAIS FATORES LIMITANTES - pH PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS GERAIS FATORES LIMITANTES – concentração do substrato PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS GERAIS FATORES LIMITANTES - temperatura Febre: Desnatura as proteínas -> ALTA TEMPERATURA Conservação de alimentos (ou órgãos): Neutraliza as enzimas -> BAIXA TEMPERATURA PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS GERAIS INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INIBIÇÃO COMPETITIVA: Bactérias não conseguem produzir ácido fólico (essencial para sua reprodução) e acabam morrendo
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