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Ilicitude e Culpabilidade

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06/02
O que é um lícito? É um ato que não fere um bem jurídico.
Lei Penal Permissiva:
Excludente de Ilicitude (art. 23);
Estado de Necessidade (art. 24);
Legítima Defesa (art. 25);
Estrito Cumprimento do Dever Legal;
Exercício Regular do Direito.
Legítima Defesa
Caracteriza pela existência de agressão ilícita, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. O crime é um fato típico e antijurídico, salvo hipóteses legais (Estado de Necessidade). A legítima defesa serve para cessar ataques de uma pessoa. Para cessar ataques de um objeto (por exemplo, um cão) cabe o Estado de Necessidade.
Legítima Defesa Real: A legítima defesa real é aquela em que a pessoa se defende de alguma reação ilegal que a outra pessoa tem para com si. Assim sendo, para que seja este tipo de legítima defesa, a pessoa tem que usar de mecanismos que tenham a mesma proporção daquele ataque previsto pelo agressor. 
Legítima Defesa Sucessiva: Este tipo de defesa acontece quando o agressor realiza uma atitude ilícita perante a vítima, e esta reage praticando atos que ultrapassam os limites da legítima defesa, ação esta que acaba provocando prejuízo ao primeiro agressor e, com isso, acaba realizando um ato para moderar os efeitos daquela ação.
Legítima Defesa Recíproca: Na verdade, este tipo de legítima defesa praticamente não existe, mas ocorre sim a agressão entre ambas as partes, e como não tem como saber quem iniciou a agressão, o juiz aplica que ocorreu a legítima defesa. 
Legítima Defesa Putativa: circunstância. Nesse caso, deve-se analisar a situação, porque nesse caso não existe a necessidade de ser ameaçado por meio de um instrumento, analisando então as circunstâncias anteriores ou até mesmo do momento que irão demonstrar a ameaça ao bem jurídico. Deve oferecer risco ou ameaça de violência. Um incapaz não pode se favorecer da legítima defesa, já que a pessoa deve ser lúcida. O contrário pode ocorrer, já que a pessoa lúcida tem discernimento total, podendo assim agir contra um esquizofrênico que está oferecendo riscos.
09/02
Estado de Necessidade
Para ser considerado deve haver perigo atual, mas não iminente (o fato do perigo ainda não foi consumado). O perigo iminente é existe, mas é doutrinário. A situação não pode ter sido provocada propositalmente. 
Não é somente um único bem jurídico a se proteger (a vida), podem ser outros. Pode ser para defender bem jurídico próprio ou de terceiros. Não se pode exigir que sacrifique o próprio bem jurídico ou de terceiro em favor do outro (a não ser que tenha o dever jurídico legal de salvar pessoas e sacrificar-se pelo próximo, como um bombeiro).
Caso esteja na situação, não pode deixar de ajudar, mas caso não esteja mais diretamente envolvido na situação e for impossibilitado de agir, não será obrigado a ajudar (uma pessoa que foge de um prédio em chamas e desmoronando, caso não seja mais possível empregar meios de salvamento suficientes, não será mais obrigatório agir (não sendo obrigado a ser “salvador da pátria”)).
20/02
Estrito Cumprimento do Dever Legal
Deve ser uma ação de funcionário público ou agente público. Deve ser estrito cumprimento, fora isso a conduta torna-se ilícita e é caracterizado como abuso de autoridade. O dever legal deve ser imposto por lei, decreto, regulamento ou qualquer ato administrativo, desde que de caráter geral.
É necessário que o agente tenha a consciência de que cumpre um dever legal. É obrigado a agir, sendo para um perigo atual ou iminente. 
Um policial que está de folga ou até mesmo fazendo “bico” ainda continua sendo policial, podendo então exercer a defesa da população. No caso do policial, atirar na cabeça de uma pessoa é considerado excesso. Isso acontece porque o policial é preparado para situações de alta adrenalina. No caso do civil não é uma regra, já que se deve analisar a situação por conta do estado emocional. É dever da Polícia agir para defender, não do civil. Um bombeiro que já iniciou o processo de salvamento deve tentar ao máximo salvar as vítimas.
Para excluir a culpabilidade no caso de embriaguez, essa deve ser completa e involuntária. Nesse caso não existe discernimento algum dos atos por culpa de terceiros.
No caso da violência doméstica, o homem bate na mulher, porém, é morto quando não está a agredindo. Será então um homicídio privilegiado, não existindo a exclusão da culpabilidade. Caso seja no meio da violência, será então uma legítima defesa.
23/02
A Polícia, sobretudo a Militar, tem força ostensiva, devendo nesse caso agir obrigatoriamente para cessar o ataque. No caso de excesso, um policial não tem tantas ressalvas quanto um civil. O excesso doloso se dá quando a pessoa tem noção do que faz, sabe que já cessou o ataque, porém, acaba exagerando com os meios utilizados.
Exercício Regular do Direito
Devo obedecer às normas, caso contrário, também há excesso. Eu posso proteger minha residência com uma cerca elétrica ou um cão, devendo avisar com uma placa. Não posso exagerar nessa autodefesa, se não também ficará caracterizado como excesso. O Exercício Regular do Direito é praticado apenas por civil.
27/03
Excesso
Culposo: quando não existiu o animus de exceder. Tem pena menor que o doloso e depende das circunstâncias.
Doloso: quando há o animus do excesso. Tem uma pena maior que o culposo, por conta de o agente possuir a vontade de matar. Não se fala de imprudência nesse caso. 
Exculpante: vira fato atípico, considerando-se legítima defesa. Ocorre quando a pessoa não se dá conta do excesso, devido alguma circunstância que afete o biológico ou psicológico (nesse caso, deve-se analisar a pessoa que excedeu o meio).
O problema do excesso seria causar uma possível perda de excludente de ilicitude.
Ilícito: um fato antijurídico. Para ser antijurídico deve ser contra o Ordenamento Jurídico do Estado, podendo ser crime em outro país e fato atípico no Brasil.
Justo e Injusto: subjetivo. Depende do entendimento de crença da sociedade, podendo ser considerado justo e antijurídico. Um pai que teve a filha estuprada e pratica a autotutela. Pode ser que a sociedade considere justo, porém, é antijurídico. Um incesto entre irmãos é injusto, mas não antijurídico. Nesse caso, se um dos dois for menor, existirá um fato antijurídico.
Culpabilidade
Teoria finalista: discute a culpabilidade quando se aplica a pena. Somente os imputáveis. Deve ter conhecimento da ilicitude (ou potencial conhecimento). Dever ter ou tido uma maneira mais branda de solucionar o problema (conduta diversa).
Inimputabilidade: maioridade penal (no Brasil, no critério biopsicológico; formação completa do sistema psicológico; um discernimento TOTAL).
Caso afete o discernimento de alguma forma, o agente é inimputável.
Semi-imputável: uma capacidade reduzida, mas quem a possui, pode ter tido discernimento total do ato. Os juízes costumam decidir entre medida socioeducativa ou enviar diretamente ao presídio (via de regra, costumam decidir por enviar diretamente ao presídio).
02/03
03 fatores definem a Culpabilidade: inimputável ou imputável; problemas psicológicos; conhecimento do ilícito. Entende-se que o menor de 18 anos não tem um discernimento total por não “pensar no médio-longo prazo”.
Inimputável por doenças mentais
Deve-se analisar clinicamente pelo juízo, no entanto, a família pode fornecer exames médicos comprobatórios. Se comprometer o discernimento de alguma forma, o agente é inimputável.
Com o crime consumado, o agente deve ser pego o mais rápido possível para constatar que ele estava com o discernimento comprometido. Caso não seja pego durante a crise de doença mental, pode ser usado exames comprobatórios.
Ao inimputável é dado a medida de segurança (internado ou ambulatorial) NÃO sendo mais julgado (antigamente era tratado a doença, depois era julgado pelo crime cometido).
A natureza jurídica é preventiva para a medida de segurança, fazendo exames criminológicos anuais. Considerado “curado”, será solto. Dada a prescrição do crime,o agente em medida de segurança deve ser solto.
06/03
Deve-se fazer exames criminológicos antes e depois de entrar na prisão. Via de regra, quem pede o exame é o MP.
Oligofremia: medido pelo QI. De 0 a 29, tem equivalência de idade de uma criança de 0 a 3.5 anos. De 30 a 59 é considerado imbecil, sendo equivalente a uma criança de 07 a 08 anos. Grau leve, de 60 a 89, onde se encontra o débil mental (deficiência mental), equivalente a um adolescente de 12 anos.
Pré-ordenada: a pessoa se predispõe a um tipo de situação para acabar realizando um crime que não faria em uma situação normal.
Embriaguez involuntária: deve ser COMPLETA e não provocada pelo próprio agente. Apenas esse tipo de embriaguez possui excludente de ilicitude. 
Sonambulismo: uma pessoa sonâmbula não lembra dos atos que realizou, portanto, é excludente de ilicitude.
Silvícola: não tem conhecimento. Isso acontece com os índios que vivem de maneira totalmente isolada da nossa sociedade, não conhecendo o nosso Ordenamento Jurídico; também é excludente de ilicitude.
Exigibilidade de Conduta Diversa
Sob tais circunstâncias, é aceitável que a pessoa tenha agido de tal forma (coação moral irresistível). Quem responde pelo crime é quem coagiu, nesse caso, o coautor.
Potencial Conhecimento da Ilicitude
Obediência Hierárquica. Se o fato é cometido em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
09/03
Obediência Hierárquica
Deve trabalhar em serviço público; a ordem não pode ser manifestamente ilegal; deve ser subordinado. Não é uma ordem comum; não configura quando sabe ser ilegal.
Erro de Proibição
A pessoa estava acostumada com outro Ordenamento Jurídico, onde essa conduta não é ilegal. Deve estar nesse novo Ordenamento Jurídico há pouco tempo.
13/03
Concurso de Pessoas (art. 29 do CP)
Para ser considerado concurso de pessoas, o partícipe deve saber que está contribuindo para uma conduta crime (liame subjetivo). Caso não saiba, mas no decorrer da ação fique sabendo, é dever do agente se esquivar do crime e avisar as autoridades responsáveis para não lhe ser imputado o crime (para ser partícipe, a conduta realizada deve ter sido relevante para a ação do autor). Exemplos de concurso de pessoas: atrair vítima para o local; dirigir um carro em fuga; criar tumulto para distrair pessoas etc.
O partícipe é o cúmplice, ele concorre/auxilia para que o crime do agente se consuma. 
Crime Monossubjetivo é um crime qualificado que não exige a participação de um terceiro. Caso haja participação (partícipe), será considerado concurso eventual. Exemplos: homicídio (art. 121 do CP), roubo (art. 157 do CP).
Crime Plurissubjetivo é um crime que necessita de mais de uma pessoa (autor + partícipe ou partícipes) para que seja consumada, sendo considerado concurso necessário. Exemplos: associação criminosa (art. 288 do CP), rachas (art. 173, 174 e 308 do CTB).
Paralela: duas ou mais pessoas trabalham juntas para um objetivo em comum, como, por exemplo: quadrilha ou bando.
Contrapostos: crime de rixa (art. 137 do CP). Os agentes são, ao mesmo tempo, autores e vítimas.
Convergente: as condutas tendem a se encontram e, desse encontro, surge o resultado, como, por exemplo, o crime de adultério (art. 240 do CP). 
Autor do Crime
É dividido entre autor por domínio do fato ou autor mediato. O primeiro não age diretamente, porém, planeja o crime. A pergunta que deve ser feita é se esse autor pode interromper a conduta crime. O segundo serve de outra pessoa (ou um animal) sem condições de discernimento para realizar a conduta típica em seu lugar.
O fato de ser inimputável por maioridade penal, somado ao fato de ser oligofrênico, grau médio (QI de 50). Não possuía o necessário discernimento para compreender o caráter delituoso do ato.
Teorias de Autoria
Pode ser restritiva, extensiva ou por domínio do fato. 
A teoria restritiva ocorre quando apenas o autor realiza a conduta típica (núcleo do tipo), sendo os outros considerados partícipes. A teoria extensiva considera como autor tanto quem praticou o núcleo do tipo como quem não praticou (apenas deu assistência), sendo que todos respondem pelo tipo penal e pena. A teoria por domínio do fato considera como autor aquele que detém o controle da produção de resultado, possuindo assim o domínio completo de todas as pessoas envolvidas e da ação praticada.
A teoria utilizada no Código Penal Brasileira é a teoria restritiva.
Coautoria: dois ou mais indivíduos envolvidos no crime, de acordo com a teoria utilizada. 
20/03
Concurso de Pessoas ou Agentes
A diferença de autor e partícipe é o núcleo do tipo, embora autores que não executam o núcleo do tipo sejam enquadrados no crime. É também aceito a Teoria do Domínio do Fato: aquele que, ainda que não tenha executado o núcleo do tipo, em função de ter o domínio do fato, podendo assim fazer com que o resultado se altere, impedindo a sua execução por ter ascendência sobre os demais, será considerado autor pelo domínio do fato.
Autoria mediata: é aquele que manda um animal matar uma pessoa; aquele que se usa de um inimputável completo (criança de 07, 08 anos) para cometer o crime; aquele que se serve de doente mental; aquele que se prevalece da posição que ocupa dentro de uma repartição pública e, sabendo-se hierarquicamente superior a outro, manda-o executar uma ordem que não pareça manifestamente ilegal, caracterizando obediência hierárquica; aquele que se vale de uma coação moral irresistível obrigando alguém a cometer um crime para proteger um bem jurídico próprio ou de terceiro é considerado autor mediato (se vale de uma terceira pessoa, dominando a vontade alheia, usando desse terceiro como um instrumento). 
No caso do concurso de agente não precisa de duas pessoas, é subjetivo, caracterizado por um monoagente. Se uma pessoa está estuprando uma pessoa e outro está ameaçando com a arma, temos dois autores. Isso ocorre porque o núcleo do estupro é constranger, não manter relações sexuais. Para haver concurso de agentes, o partícipe deve saber do crime e ter concordado em participar, isso se chama liame subjetivo (não havendo liame subjetivo não haverá crime). Deve haver também pluralidade de ação, relevância da ação e o mesmo tipo penal. O pai que ajuda a mulher a matar o próprio filho (ele é o pai), participa de infanticídio. O enfermeiro que auxilia a mãe a matar o filho, é partícipe de infanticídio, se não souber que o filho é dela, ele participa de homicídio. Sempre que eu não conseguir provar a autoria, deve-se dar tentativa para ambos.
23/03
No que diz respeito ao concurso de agente e de pessoas, divide-se entre monossubjetivo e plurissubjetivo. O primeiro não depende de concurso, se tiver, concurso eventual (o núcleo do verbo pode ser praticado sozinho, porém, se praticado em conjunto, será eventual). Já no plurissubjetivo exige-se o concurso de pessoas, como em uma associação criminosa. 
A teoria criada para discutir quem é o autor é a teoria restritiva, sendo o autor aquele que faz com que aconteça o resultado (pratica o núcleo do verbo). A teoria unitária não discute quem é o autor, ela diz que quem estiver envolvido será considerado autor, diferentemente da restritiva, onde cada qual pagará pelo o que cometeu (art. 29 CP). A teoria extensiva não é usada para definir autoria no Código Penal Brasileiro, sendo que essa teoria a pena do autor será distribuída para todos que participaram.
O Código Penal também aceita a Teoria de Domínio do Fato: será considerado autor do crime quem for o organizador ou mandante do crime, mesmo que não tenha praticado o núcleo do verbo (não será considerado partícipe). O subordinado deve ter praticado diretamente as ordens de acordo com o que ordenou o mandante do crime. Existe diferenças entre o autor intelectual, mandante e autor pelo domínio do fato. O primeiro é apenas o organizador do crime, mas não exerce poder sobre o bando. O mandante seria a pessoa que exerce a influência sobre o bando, podendo não ser eleo autor intelectual. Por último, o autor pelo domínio do fato é quem não exerce o núcleo do verbo, mas é considerado autor.
A função da pena de prisão é retributiva, enquanto a função da medida de segurança é preventiva.
A questão do concurso de pessoas ou agentes é disciplinada pelo artigo 29 do CP que determina que a culpabilidade será imputada de acordo com a ação do sujeito (in verbis: na letra da lei). Artigo 29 do CP: Quem, de qualquer forma concorre para a prática será imputado pela pena cominada (na medida exata da sua culpabilidade).
A teoria que discorre sobre a autoria, adotada pelo Código Penal Brasileiro, é a teoria restritiva. Essa teoria restringe quem será autor, partícipe, coautor, sendo que cada um pagará apenas pelo o que cometeu. Também temos a teoria do domínio do fato que defende que como autor aquele que tem domínio sobre o resultado, embora o autor pelo domínio do fato não realize o núcleo do tipo, ele tem condições de mudar o resultado porque pode impedir que isto aconteça. 
Qual a discussão sobre a aceitação de autoria sobre o domínio do fato? Alguns doutrinadores dizem que se o artigo fala na medida da culpabilidade e quem é autor é quem executa o núcleo, não poderia se considerar autor quem não executou o núcleo, porque, de fato, não executou. Nesse caso, a discussão era se deveria aplicar a pena diminuída de partícipe para quem organizou o crime, o que não se pode pensar que o agente que tem domínio do fato, inclusive do resultado, seja beneficiado por essa diminuição de pena.
Já a natureza jurídica do concurso é disciplinada pela teoria unitária que define: todos os que contribuem para a prática do delito cometem o mesmo crime, independentemente do número de autores e partícipes, todos respondem pelo mesmo tipo penal na medida da sua culpabilidade. A diferença para a teoria extensiva seria apenas na aplicabilidade da pena, o crime cometido será o mesmo.
A teoria dualista, no que se refere à natureza do concurso, entende que há um tipo penal para o autor e outro tipo penal para os partícipes. A dualista seria usada no caso do infanticídio quando a pessoa (um enfermeiro) ajuda uma mãe a matar o recém-nascido, mas não sabe que é o filho dela, respondendo assim por homicídio.
Na teoria pluralista diz que cada um dos participantes do crime responderá um tipo penal próprio.

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