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Operações Unitárias na Operações Unitárias na Industria Química IIIIndustria Química III Prof.: Esdras Passos Conteúdo: Aula 04 Operações Unitárias III A evaporação, a cristatizaçào e a secagem envolvem a transferência simultânea de calor e de massa. Na evaporação, uma solução líquida é concentrada pela vaporização de uma parte do solvente. As exigências térmicas são grandes em virtude de o calor latente de vaporização do solvente ter que ser fornecido ao sistema. Quando uma solução é evaporada até que fica saturada pelo soluto, o prosseguimento da evaporação, ou o resfriamento, leva à precipitação dos cristais sólidos. Esta é a base física da cristalização, uma operação unitária que se usa para separar os solutos da solução. Cristalização Operações Unitárias III A cristalização é usada industrialmente na fabricação de muitos sais inorgânicos. Pode ser também usada para separar misturas de sais pela cristalização fracionada. A cristalização consiste na formação de partículas sólidas no interior de uma solução homogênea de um soluto e um solvente. A cristalização é uma operação industrial importante devido à variedade de materiais que são comercializados na forma cristalina, como: lactose, ácido cítrico, sacarose, acetato de sódio, tiossulfato de sódio, sulfato de cobre e outras substâncias. Operações Unitárias III Existem diversos métodos para se cristalizar uma solução, podendo ser simples, como apenas resfriar tabuleiros contendo soluções concentradas quentes, ou até os mais complexos, como utilizando cristalizadores contínuos, os quais são minuciosamente controlados para a obtenção das partículas com formas e tamanhos desejados, de acordo com as exigências do mercado Operações Unitárias III Fenômeno da cristalização Crescimento e nucleação são os dois fenômenos responsáveis pela retirada do soluto da solução e sua incorporação em uma fase sólida. A nucleação consiste na formação de novos cristais, enquanto o crescimento é o processo pelo qual os cristais já existentes se tornam maiores. A nucleação e o crescimento dos cristais são fenômenos competitivos, já que ambos consomem massa de soluto durante o processo de cristalização. Operações Unitárias III Figura - Diagrama esquemático indicando a variação de energia livre (ΔG, linha tracejada) resultante da variação de energia livre de volume (ΔGv) e da energia livre de superfície (ΔGs) em função do tamanho do cristal. O raio crítico (rc) é o raio a partir do qual a semente passa a ser estável e a cristalização progride pela diminuição da energia livre total do sistema. Operações Unitárias III Diagrama de fases esquemático representando os estados de solução insaturada, supersaturada (metaestável) . Operações Unitárias III Nucleação É a formação de núcleos cristalinos a partir de uma solução supersaturada; Ocorre de forma ocasional pela associação aleatória do soluto. Operações Unitárias III O crescimento dos cristais é afetado por vários fatores, são eles: Correntes de concentração; Movimento da solução; Graus de sobressaturação; Temperatura de cristalização; Adição de substâncias estrangeiras à solução; Hidrodinâmica da solução; Operações Unitárias III Equipamento de cristalização Os cristalizadores podem ser classificados convenientemente em termos do método usado para se obter o depósito das partículas. Os grupos são: 1. Cristalizadores que conseguem a precipitação mediante o resfriamento de uma solução concentrada e quente. 2. Cristalizadores que conseguem a precipitação mediante a evaporação de uma solução. 3. Cristalizadores que conseguem a precipitação pela evaporação adiabática e pelo resfriamento. Operações Unitárias III Cristalização por Arrefecimento É a forma mais eficaz para produzir a supersaturação, nos casos em que a solubilidade aumenta muito com a temperatura; Os cristalizadores de arrefecimento podem ser contínuos ou descontínuos. Operações Unitárias III Descontinuo Continuo Operações Unitárias III Balanço de Massa Admitindo que este processo opera em estado permanente, com a carga líquida inicial e o magma do produto contendo os cristais e a solução característicos do conteúdo do cristalizador, o balanço de massa do soluto pode ser escrito na forma. Soluto na carga = soluto nos cristais do produto + soluto na solução do produto Operações Unitárias III Onde pode ser reescrita como: C = massa dos cristais no magma produzido por unidade de tempo; Ma= massa molecular do soluto anidro; Mh= massa molecular do cristal hidratado; XF= fração mássica do soluto anidro na carga; X”= solubilidade do material na temperatura do produto expressa como a razão ponderal do sal anidro para o solvente; F = massa total da carga por unidade de tempo; V = massa da solução por unidade de tempo. Operações Unitárias III 1) Uma solução de sulfato de magnésio a 104°C contendo 30,1% em massa de MgSO4 alimenta um cristalizador por resfriamento que opera a 20°C. A corrente que sai do cristalizador é uma lama de partículas sólidas de sulfato de magnésio heptaidratado [MgSO47H2O] suspensa em uma solução líquida. A solução saturada a 20°C contém 23,2% em massa de MgSO4. Determine a vazão na qual a solução deve alimentar o cristalizador para produzir uma tonelada de sulfato de magnésio heptaidratado por hora. Dados: Solubilidade ponderada de MgSO4(20°C) X”= 0,710 Dados de massas atômicas:(Mg= 24,3)(S= 32,0)(O= 16,0)(H= 1,0) Exercícios: Operações Unitárias III 2) Uma solução de sulfato de magnésio a 104°C contendo 35% em massa de MgSO4. Um cristalizador é alimentado com 1,8 ton/h de solução de sulfato de magnésio por resfriamento que opera a 20°C. Sai do cristalizador uma lama de partículas sólidas de sulfato de magnésio heptaidratado [MgSO47H2O]. A solução saturada que sai do Cristalizador a 20°C contém 21,2% em massa de MgSO4. Determine a massa de sulfato de magnésio heptaidratado por hora dos cristais que sai do cristalizador e qual é a massa por hora de sulfato de magnésio na solução residual. Dados: Solubilidade ponderada de MgSO4(20°C) X”= 0,710 Dados de massas atômicas: (Mg= 24,3)(S= 32,0)(O= 16,0)(H= 1,0) Operações Unitárias III 3) Um cristalizador tipo Swenson-Walker deve ser utilizado para produzir 900 Kg/h de cristais de FeSO4.7H2O, pelo resfriamento de uma solução saturada deste sal de 0,42 de entrada no cristalizador a 50°C. Os cristais e a solução saturada deverão sair do cristalizador a 25°C. O resfriamento será feito com água que é alimentada no cristalizador a 20°C e sai a 30°C. Calcular: a) A vazão mássica de solução inicial. b) A área de troca de calor necessária, admitindo um coeficiente global de transmissão de calor igual a 170 Kcal/h.m2. °C. Calor de dissolução do FeSO4.7H2O a 18°C = + 4.400 Kcal/Kmol (endotérmica) Dados de solubilidade pondera de FeSO4.7H2O (X” = 0,29) Dados de massas atômicas: (Fe= 55,8)(S= 32,0)(O= 16,0)(H= 1,0)
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