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Resumo Civil Teoria Geral dos Contratos, Vicio redibitorio e Evicção

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ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS
- Os efeitos contratuais são em regra concernentes somente ás partes do contrato, porque o terceiro não manifestou vontade, porém existem exceções, como preleciona a teoria da relatividade dos contratos. 
Exceção: estipulação em favor de terceiros – os efeitos de um contrato são sentidos por um terceiro que não é parte.
Estipulante (quem estipula) – aquele quer beneficiar um terceiro
Promitente (aquele que promete) – aquele se obriga a beneficiar um terceiro 
-O terceiro só terá consequências BENÈFICAS, não pode se impor a ele obrigações, ele apenas sentirá os EFEITOS de uma relação contratual
-Somente a capacidade do PROMITENTE e do ESTIPULANTE serão analisadas, não importa a capacidade do Terceiro.
-O promitente pode se desobrigar com a recusa do Terceiro, ele não é obrigado a aceitar. A Recusa do terceiro é feita na EXECUÇÃO do contrato, a mesma não tem o condão de invalidar o negócio jurídico que foi formulado.
O ESTIPULANTE PODE EXIGIR AO PROMITENTE QUE ELE CUMPRA O CONTRATO
O TERCEIRO TAMBÈM PODE EXIGIR AO PROMITENTE A CUMPRIR O CONTRATO, se ele anuir ás condições e normas do contrato e o estipulante não tenha reservado a faculdade de o substituir, na forma do 436
Se for estipulado pelo estipulante que o terceiro pode reclamar a execução do contrato, o estipulante perde o direito de EXONERAR o promitente.
O estipulante pode substituir o terceiro independente da anuência do terceiro e do outro contratante
NÃO PODE SUBSTITUIR se o contrato foi firmado em razão de algum ônus no qual o estipulante se beneficiou anteriormente
NATUREZA JURÍDICA – Divergência, mas a maioria acredita que a natureza é CONTRATUAL. 
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
É a promessa a alguém que um fato que um terceiro vai cumprir.
Essa promessa de fato de terceiro, quando o terceiro não executa o fato, o que promete responde por perdas e danos
Ex: eu estou organizando uma festa, e eu digo que minha festa uma banda vai aparecer, e justamente por conta disso a festa bombou, todo mundo quis comprar o ingresso etc.. Se essa banda não vai, eu posso ser demandado á reparar por perdas e danos justamente porque quebrei a essa expectativa e frustrei a promessa de fato de terceiro.
Se a banda anuir que irá aparecer, ela que irá se obrigar, deixou de ser promessa de fato de terceiro, então se ela não aparecer, ela mesmo responde, quem promete não irá responder.
Não cabe indenização de perdas e danos se o terceiro for o cônjugue do promitente, dependendo da anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime de casamento, a indenização, de algum modo venha a recair sobre seus bens
Três requisitos pra não poder 
-Ser cônjugue
-Depender de sua anuência o ato a ser praticado
-Houver confusão patrimonial pelo regime de casamento
CONTRATO PRELIMINAR 
Trata-se de um contrato feito com o objetivo de se formular um contrato definitivo no futuro.
Ex: Promessa de compra e venda
É uma faculdade legal que o ordenamento vai permitir aos contratantes
CONTRATO OBRIGATÓRIO É TÃO VINCULANTE/OBRIGATORIO QUANTO OS CONTRATOS DEFINITIVOS. (Salvo se houver distrato, ou seja, as partes resolvem de comum acordo que não irão respeitar o pacto futuro. Salvo também se alguma obrigação preliminar desse contrato não for cumprida)
O Contrato preliminar deve conter todos os elementos essenciais ao contrato a ser celebrado, MENOS A FORMA. Ex: Compra e venda de bem imóvel tem que ser igual ao definitivo, porém não precisa ser levado à escrituração publica (forma)
Concluido o contrato preliminar, QUALQUER UMA pode EXIGIR da outra a celebração do definitivo
Esse contrato preliminar pode ter um prazo, se esse prazo se consuma, pode-se dar ensejo á execução do contrato principal.
Se houver CLÀUSULA DE ARREPENDIMENTO, o contrato não poderá a ser levado a sua execução levada
Se não houver clausula, pode haver adjudicação compulsória, a parte pode pedir ao juiz mandar que se execute o contrato definitivo/principal
REGISTRO – A doutrina diverge sobre a necessidade do registro do contrato preliminar, elencando que seria útil a Publicidade do Terceiro de boa fé que almeja comprar uma casa objeto de um contrato preliminar sendo almejada no futuro por um contrato definitivo. Outra parte da doutrina diz que o registro é requisito de validade para a exigência do cumprimento do contrato definitivo.
Ações possíveis diante de inadimplemento de uma das partes
O juiz pode suprir a vontade da parte inadimplente e tornar definitivo o contrato preliminar
Exceção: se isso for contra a natureza da obrigação
OU pode a parte desfazer o contrato e pedir perdas e danos
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
Possibilidade de uma das partes indicar uma pessoa que irá adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrentes do contrato.
Tem que ter a anuência da pessoa que foi nomeada (anuência em 5 dias ou outro prazo estipulado)
A aceitação da pessoa nomeada tem que ser da mesma forma utilizada para a celebração do contrato principal.
Os efeitos irão retroagir (ex tunc) ao momento em que o contrato foi assinado (o primeiro) e não ao momento que houve a transferência/substituição da pessoa declarada
Há duas possibilidades de se excluir esse instituto de contrato com pessoa a declarar. Havendo essas duas possibilidades, o contrato será eficaz entre os contratantes originários:
Se não houver indicação da pessoa no prazo de 5 dias ou o estipulado, ou se ou nomeado se recusar a aceita-la
Se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação
Se a pessoa é insolvente ou incapaz no momento da nomeação.
CONTRATO ALEATÒRIO
Divisão entre contratos comutativos e aleatórios (incerteza quanto à prestação e o recebimento do benefício – depende de um evento futuro e incerto condição)
O contrato aleatório tem na diferença substancial do comutativo (equilíbrio e certeza em relação às prestações), a incerteza de pelo menos uma das prestações de uma parte.
O contrato aleatório se difere de uma obrigação condicional porque os efeitos do contrato aleatório tem por eficácia a partir do momento da sua celebração (o benefício pode vir a qualquer tempo, dependendo de algum fato), a obrigação condicional só terá efeito a partir DO evento futuro e incerto.
A espécie de contrato aleatório mais comum é Contrato de Seguro.
Para o segurado – comutativo (tem que pagar as prestações à seguradora)
Para a seguradora – aleatório (prestação incerta, pode ser que nunca a seguradora tenha que dar uma contraprestação, mas o segurado está amparado pelo contrato em caso de sinistro.)
VENDAS DE COISAS FUTURAS, COM RISCO DE EXISTIREM OU NÃO (EMPTIO SPEI) 
Você se obriga a comprar os filhotes que um cachorro campeão terá, sem saber SE ou quantos virão, e por isso pode pagar mais barato. 
Mesmo se o cachorro não se reproduzir a vida inteira, ou se ele morre, você deve pagar (terá o outro o direito de receber integralmente o que foi prometido art. 458), pois assumiu o risco. Exceção: Dolo ou culpa do devedor (ex: houve a castração do animal)
O risco é em relação a própria existência da coisa. 
Macete para lembrar : Se obriga a pagar 100 reais pra um pescador jogar rede no mar, se vier 0 ou 100 peixes você DEVE pagar integralmente ao pescador o que prometeu, pois o risco foi em relação a existência
VENDAS DE COISAS FUTURAS, COM RISCO EM RELAÇÃO A QUANTIDADE DA COISA. (EMPTIO REI SPERATAE)
Aqui a coisa deve existir. Se não existir não haverá alienação.
Eu celebro um contrato e digo que vou pagar 100 mil reais pela próxima colheita do agricultor, mas desde que ela exista em ALGUMA quantidade, mesmo que menos que o esperado. Mesmo que eu pague 100 mil e venha a melhor colheita de todos os tempos, problema é de quem vendeu, tenho direito a tudo. Mas se vierem por exemplo 10 cenouras, eu paguei 100 mil reais por 10 cenouras, eu assumi o risco. 
O alienante para receber sua contraprestação deve garantir a existência da coisa. Se a coisa não existir em nenhuma quantidade. Aqui a aleatoriedade versasobre a quantidade.
Macete para lembrar: você se obriga a pagar 100 reais para um pescador, assumindo o risco de vir em qualquer quantidade, 1 ou 100. Se não vier nenhum peixe, o alienante restituirá o preço recebido.
VENDAS DE COISAS EXISTENTES, MAS EXPOSTAS A RISCO
Aqui a coisa existe, mas está exposta a risco.
O adquirente assume o risco de não receber a coisa adquirida, ou recebe-la parcialmente, ou ainda danificada, deteriorada ou desvalorizada, pagando ao alienante TODO o valor. MESMO que a coisa já não existisse no dia da celebração, o adquirente deve pagar todo valor ao alienante (Com a condição que nenhum dos dois soubesse disso)
Ex: navio mercante que vai passar por uma tempestade, e eu digo que assumo o risco mesmo que o navio afunde, eu celebrei um contrato aleatório por coisa exposta a risco, se eventualmente isso perece, mesmo que o perecimento for um momento antes da celebração, eu vou pagar por tudo.
A alienação poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, cabendo ele provar que o alienante não ignorava (sabia) da consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta à risco a coisa.
VICIO REDIBITÒRIO
Instituto que permite redibir (resolver, encerrar, enjeitar, que é devolver e reaver o valor pago) um contrato comutativo quando a coisa dele vier com algum vicio ou defeito oculto que a torne impropria ao uso que é destinada, ou que lhe diminua o valor.
É uma FACULDADE do adquirente optar pelo abatimento de preço, se a coisa ainda lhe tiver uso.
Se quem vendeu sabia do vicio: restituição do valor + perdas e danos (proteção ao consumidor)
Se quem vendeu não sabia do vicio: restituição do valor pago + despesas do contrato (proteção ao consumidor, sem prejudicar o alienante de boa-fé)
PRESSUPOSTOS fundamentais para que o instituto tenha aplicação:
-Tem que ter um ÔNUS, (contratos onerosos ou gratuitos com encargos)
- O defeito tem que ser oculto (porque não é conhecido ao comprador, se soubesse, a lei presume que anuiu com o defeito.)
-O defeito deve existir no momento da celebração do contrato, do ato da TRADIÇÃO. Mesmo após isso, havendo um vicio já existente que faça a coisa perecer (não que diminua o valor), a responsabilidade do alienante ainda subsiste
AÇÕES CABÌVEIS AÇÕES EDILÍCIAS
Ação Redibitória : redibir, resolução do contrato com a devolução dos valores e do produto com defeito
Ação quantum minori ou estimatória : ação que estima o abatimento do preço.
PRAZO DECADENCIAL:
Bens móveis 30 dias
Bens imóveis 1 ano
INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO
Não estava na posse: momento da tradição
Já estava na posse: A partir da alienação (prazo reduzido á metade)
Se o defeito só puder ser conhecido mais tarde: a partir da CIÊNCIA do defeito: Prazo máximo de 180 dias bens móveis e 1 ano bens imóveis.
Animais: Lei especial (ou usos locais)
Regra Especial : Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas as outras
Ex: livro com defeito de uma série de livros (Nessa hipótese não está autorizado a rejeição de todos os outros) Só a coisa defeituosa pode ser restituída com uma ação quantum minoris, mas se o defeito comprometer uma universalidade de um todo INSEPARÁVEL, o alienante responderá integralmente pelo vicio.
EVICÇÃO
Perda da coisa adquirida onerosamente por conta de decisão judicial (ou administrativa) que confere posse ou propriedade, no todo ou em parte, a um terceiro com direito anterior.
Ex: João adquiriu de Pedro um bem imóvel, João pagou pra Pedro tudo que deveria, passa um tempo e descobre-se havia um terceiro possuidor de boa-fé (Carlos) que tem direito subjetivo a requerer usucapião, e assim o faz, e por conta de decisão judicial há o reconhecimento que o legitimo possuidor daquele imóvel adquirido por João é de Carlos.
3 Personagens 
Alienante – Vende o bem
Adquirente (EVICTO) – O pobre coitado que comprou, mas que perdeu pro terceiro 
Terceiro (EVICTOR) – Pessoa que terá reconhecida o seu direito ao bem.
A legislação vai resguardar a esfera patrimonial do adquirente, afirmando que o alienante não tem só o dever de garantir o uso e gozo da coisa, mas de garantir o seu direito sobre a coisa que foi adquirida onerosamente.
-O alienante responde pela evicção dos contratos onerosos, ainda que venha de hasta publica.
-TODO CONTRATO TEM cláusula de pleno Direito de evicção implícita, a evicção é por isso, ex vi legis.
Podem as partes, por clausula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade por evicção
A legislação garantiu essa autonomia para as partes, de no âmbito de suas relações negociais, tanto quanto incrementar as possibilidades de reforçar a responsabilidade daquele adquirente, mas de também diminuir ou excluir a responsabilidade do alienante em caso de Evicção.
MESMO com essa clausula de garantia ou exclusão genérica expressa, pode o evicto receber o preço que pagou se:
-Não sabia do risco da evicção (assinou contrato padrão mas não sabia se existia um risco real, tinha uma clausula de evicção no contrato, mas o adquirente nunca imaginou do risco real)
OU
-Adquirente sabia do risco existente, mas não assumiu expressamente 
EXTENSÃO DA RESPONSABILIDADE DO ALIENANTE PELA EVICÇÃO
-Valor feito pelas benfeitorias necessárias ou uteis que o evicto teve que arcar
-Se quem fez a benfeitoria foi o alienante – abaterá na restituição a ser paga ao evicto
-Frutos que o adquirente teve que restituir ao terceiro
- Indenização pelas despesas do contrato e prejuízos que resultaram diretamente da evicção
-Juros e correção monetária
-Honorarios do advogado
-Perdas e danos se houver culpa ou dolo (Alienar uma coisa que já sabia que vai sofrer a evicção, dolosa ou culposamente, é agir contra a lei, responsabilidade civil perdas e danos)
DETERIORIZAÇÃO
Se a coisa se deteriorar na mão do adquirente (evicto), PERSISTE a responsabilidade de restituir do alienante, salvo quando isto ocorrer por culpa do adquirente (evicto)
Se o evicto tiver auferido vantagens das deteriorizações (se desfez de parte dos bens que estavam no imóvel) esse valor será subtraído do valor que ele irá receber do alienante.
Evicção Parcial
Duas hipóteses:
Se considerável: recisão do contrato + restituição
Se não for considerável : indenização perdas e danos
Denunciação da Lide
Pra execer o direito que a evicção lhe resulta, você tem que notificar do litigio o alienante imediato, denunciando-o a lide
Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.

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