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Aula 4 Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

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Lúpus Eritematoso Sistêmico 
(LES) 
Prof. Julio Cesar de Oliveira 
Introdução 
• O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma 
doença autoimune de múltiplos órgãos, 
caracterizada por uma ampla variedade de 
manifestações clínicas (BAQI, 1996). 
• É uma doença inflamatória 
crônica de caracter auto-imune, pois 
apresenta a produção de vários auto-
anticorpos devido a uma disfunção do sistema 
imune. 
INTRODUÇÃO 
• Acomete aproximadamente uma em cada 
1000 pessoas, sendo muito mais freqüente 
no sexo feminino, com proporção de 10 
mulheres para cada 1 homem. 
• Cerca de 10 a 20 % dos pacientes com LES 
apresentam algum familiar com 
quadro reumatológico ou de doença auto-
imune (tireóide, hepática), o que mostra o 
componente genético no aparecimento da 
doença. 
INTRODUÇÃO 
• No seu início a doença acomete com maior 
freqüência a articulação e a pele (“rash” 
malar = lesão avermelhada que acomete as 
bochechas e dorso do nariz de forma 
simétrica), e de forma mais grave, o rim e o 
sistema nervoso. Como qualquer outra 
doença, quanto antes for feito o seu 
diagnóstico melhor o seu tratamento e sua 
evolução. 
Fisiopatologia 
• Os sintomas podem surgir em diversos órgãos 
de forma lenta e progressiva (em meses) ou 
mais rapidamente (em semanas) e variam 
com fases de atividade e de remissão. 
• São reconhecidos 2 tipos de lúpus: o cutâneo, 
manifestando apenas com manchas na pele 
(geralmente avermelhadas ou eritematosas), 
principalmente nas áreas que ficam expostas à 
luz solar e o sistêmico, no qual um ou mais 
órgãos internos são acometidos. 
Fisiopatologia 
• Qualquer idade, raça e sexo, porém as 
mulheres são mais acometidas, entre 20 e 45 
anos, sendo um pouco mais frequente em 
pessoas mestiças e nos afro-descendentes. 
Fisiopatologia 
• No Brasil, as estimativas indicam que existem 
cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a 
maioria mulheres. Acredita-se assim que uma 
a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a 
doença. Desta forma, em uma cidade como o 
Rio de Janeiro teríamos cerca de 4.000 
pessoas com lúpus e em São Paulo 
aproximadamente 6.000. Por essa razão, para 
os reumatologistas, o lúpus é uma doença 
razoavelmente comum no seu dia-a-dia 
Etiologia 
• Embora a causa do LES não seja conhecida, sabe-se 
que fatores genéticos, hormonais e ambientais 
participam de seu desenvolvimento. Portanto, 
pessoas que nascem com susceptibilidade genética 
para desenvolver a doença, em algum momento, 
após uma interação com fatores ambientais 
(irradiação solar, infecções virais ou por outros 
micro-organismos), passam a apresentar alterações 
imunológicas. 
Sintomas 
• Alguns sintomas são gerais como a febre, 
emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e 
desânimo. Outros, específicos de cada órgão 
como dor nas juntas, manchas na pele, 
inflamação da pleura, hipertensão e/ou 
problemas nos rins. 
• Inflamação dos gânglios (ínguas), que 
geralmente é acompanhada por febre e pode 
ser confundida com os sintomas de infecções 
como a rubéola ou mononucleose. 
Manifestações Clínicas Frequentes 
• Lesões de pele 
• Articulares 
• Inflamação das membranas 
• Inflamação dos rins (Nefrite) 
• Alterações neuro-psiquiátricas 
• Sangue 
 
 
Diagnóstico 
• Ao mesmo tempo, como algumas alterações 
nos exames de sangue e urina são muito 
características, eles também são 
habitualmente utilizados para a definição final 
do diagnóstico. 
• Exames comuns de sangue e urina são úteis 
não só para o diagnóstico da doença, mas 
também são muito importantes para definir se 
há atividade do LES. 
• Embora não exista um exame que seja 
exclusivo do LES (100% específico), a presença 
do exame chamado FAN (fator ou anticorpo 
antinuclear), principalmente com títulos 
elevados, em uma pessoa com sinais e 
sintomas característicos de LES, permite o 
diagnóstico com muita certeza. 
 
CRITÉRIOS REVISADOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (1982) 
 1. RASH MALAR 
 
2. LESÃO DISCÓIDE 
 
3. FOTOSSENSIBILIDADE 
 
4. ÚLCERAS ORAIS 
 
5. ARTRITE 
 Não erosiva de 2 ou mais articulações 
 
6. SEROSITE 
 Pleurite 
 Pericardite 
 
7. RENAL 
 Proteinúria maior que 0,5 g / d 
 Cilindros 
8. NEUROLÓGICO 
 Convulsão 
 Psicose 
 
9. HEMATOLÓGICO 
 Anemia hemolítica 
 Leucopenia menor que 4.000 / mm3 
 Linfopenia menor que 1.500 / mm3 
 Plaquetopenia menor que 100.000 / 
mm3 
 
10. ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
 Anticorpos Anti-DNA 
 Anticorpos Anti-Sm 
 Anticorpos Antifosfolípides 
 
11. ANTICORPOS ANTI-NUCLEARES 
(FAN) 
 Arthritis Rheum (1997) 
Tratamento 
• O tratamento da pessoa com LES depende do 
tipo de manifestação apresentada e deve 
portanto, ser individualizado. Dessa forma a 
pessoa com LES pode necessitar de um, dois 
ou mais medicamentos em uma fase (ativa da 
doença) e, poucos ou nenhum medicamento 
em outras fases (não ativas ou em remissão) 
Tratamento 
• Ao mesmo tempo, o tratamento sempre inclui 
remédios para regular as alterações 
imunológicas do LES e de medicamentos 
gerais para regular alterações que a pessoa 
apresente em consequência da inflamação 
causada pelo LES, como hipertensão, inchaço 
nas pernas, febre, dor etc. 
Tratamento 
• Os medicamentos que agem na modulação do 
sistema imunológico no LES incluem os 
corticóides (cortisona), os imunossupressores, 
em especial a azatioprina, ciclofosfamida e 
micofenolato de mofetil. 
• É necessário enfatizar a importância do uso 
dos fotoprotetores que devem ser aplicados 
diariamente em todas as áreas expostas à 
claridade. 
Tratamento 
• Os sintomas mais leves podem ser tratados 
com analgésicos, anti-inflamatórios e/ou 
doses baixas dos corticóides (prednisona - 5 a 
20 mg/ dia). Na vigência de manifestações 
mais graves do LES, as doses dos corticóides 
podem ser bem mais elevadas (prednisona - 
60 a 80 mg/ dia). 
Cuidados 
• Cuidado especiais com a saúde incluindo 
atenção com a alimentação, repouso 
adequado, evitar condições que provoquem 
estresse e atenção rigorosa com medidas de 
higiene (pelo risco potencial de infecções). 
Idealmente deve-se evitar alimentos ricos em 
gorduras e o álcool (mas o uso de bebidas 
alcoólicas em pequena quantidade não 
interfere especificamente com a doença). 
Prevenção e Reabilitação 
• Manutenção de uma atividade física regular, 
preferencialmente aeróbia que ajuda não só 
para o controle da pressão e da glicose no 
sangue, mas também contribui para melhorar 
a qualidade dos ossos, evitando a osteoporose 
e melhorando o sistema imunológico. 
 
Como parte importante da abordagem terapêutica, 
algumas medidas gerais são recomendadas, como: 
1. Educação: informar ao paciente e familiares o que é a doença, sua 
evolução, riscos e os recursos disponíveis para diagnóstico e 
tratamento. Recomenda-se a necessidade de cumprimento das 
medidas estabelecidas pelo médico. 
2. Apoio psicológico: transmitir otimismo e motivação para o 
tratamento, além de estimular os projetos de vida. 
3. Atividade física: repouso nos períodos de atividade sistêmica da 
doença e medidas visando melhora do condicionamento físico 
(estimular atividade física regular). 
4. Dieta: Não há evidência científica de que os alimentos possam 
influenciar o desencadeamento ou evolução da doença. Recomenda-se 
a adoção de uma dieta balanceada, evitando-se excessos de sal, 
carboidratos e lipídios. 
5. Proteção: contra luz solar e outras formas de irradiação 
ultravioleta. 
6. Evitar: tabagismo. 
• Baqi N, Moazami S, Singh A, Ahmad H, Balachandra S, Tejani A. Lupus nephritis in children: a 
longitudinal study of prognostic factors and therapy.J Am Soc Nephrol 1996; 7(6):924–9. 
 
• Lúpus Eritematoso Sistêmico: Tratamento do Acometimento Cutâneo/Articular*) Sato EI, 
Bonfá ED, Costallat LTL, Silva NA, Brenol ]CT, Santiago ME, Szajubok ]CM, Rachid-Filho A, 
Barros RT, Vasconcelos M . Rev Bras Reu matol. 11. 44. n. 6 . p. 454-7, nov./dez .. 2004 
 
• Sociedade brasileira de reumatologia – Cartilha de Lupus eritematoso sistemico 2011.

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