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FACULDADE BRASILEIRA Credenciada pela Portaria/MEC No 259 de 11.02.1999 – D.O.U. de 17.02.1999 AGRAVO EM EXECUÇÃO PREVISÃO LEGAL Artigo 197 da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) PRAZO Regra: 05 dias para interpor e 02 dias para arrazoar (aplica-se o rito do Recurso em Sentido Estrito, conforme posicionamento doutrinário e jurisprudencial amplamente majoritário). O prazo para oferecimento das contrarrazões é de 02 dias. FORMATO DA PEÇA Regra: Peça com petições de interposição e razões, ambas oferecidas perante o juízo a quo. Caso o recurso já esteja interposto, elabora-se uma petição de juntada, anexando-se as razões. A parte recorrida oferece contrarrazões, anexada a uma petição de juntada. O objetivo aqui simplesmente é o de contrapor os argumentos lançados nas razões recursais, defendendo a decisão impugnada. COMPETÊNCIA/ATRIBUIÇÃO Juízo a quo: Juiz da Vara das Execuções Criminais/Penais (Estadual ou Federal). Juízo ad quem: Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal. LEGITIMIDADE Podem interpor o recurso de agravo em execução o Ministério Público e o condenado. VERBO No preâmbulo da petição de interposição, utilize o verbo “interpor”. DENOMINAÇÃO DAS PARTES Na redação da petição, empregue “Recorrente” ou “Agravante” e “Recorrido” ou “Agravado”. HIPÓTESES DE CABIMENTO Não há rol referente às hipóteses de cabimento do agravo em execução. Em verdade, é cabível para impugnar qualquer decisão proferida pelo juízo da execução penal, cuja competência é definida pelo art. 66 da Lei de Execuções Penais. CONTEÚDO As razões do agravo em execução devem ser divididas em três partes: a) dos fatos; b) do direito; e c) do pedido. PEDIDO GENÉRICO Petição de Interposição: recebimento e processamento do recurso. Deve ser pedido, também, o juízo de retratação. Razões: conhecimento e provimento do recurso. SÚMULAS RELACIONADAS À PEÇA Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal. PARTICULARIDADES Há juízo de retratação. Há efeito devolutivo. FACULDADE BRASILEIRA Credenciada pela Portaria/MEC No 259 de 11.02.1999 – D.O.U. de 17.02.1999 Em caso de não conhecimento ou não seguimento do agravo em execução, cabe a interposição de carta testemunhável (art. 639 do Código de Processo Penal). Como será a estrutura da sua peça? Na petição de interposição, dirigida ao juízo a quo, deve ser manifestado pela parte sucumbente o interesse em recorrer. Além disso, é fundamental que seja requerido o juízo de retratação. Nas razões de agravo em execução, além do endereçamento dirigido ao Tribunal competente, a petição se divide em três partes: a) dos fatos; b) do direito; c) do pedido. No tópico aos fatos, você deverá reproduzir, na medida do possível, o enunciado proposto, tomando-se a cautela de retirar os dados que não sejam pertinentes. Jamais acrescente dados ao enunciado proposto. Trabalhe somente com as informações que lhe forem apresentadas. Como referência, faça conter sempre nos fatos aquilo que for desenvolver mais adiante, quando for escrever o tópico “do direito”. No item pertinente ao direito, o examinando deverá argumentar no sentido de que deve ser concedido o pedido outrora negado, que gerou o presente recurso. Já em relação aos pedidos, basta reproduzir, em síntese, o que foi desenvolvido no tópico referente ao direito, seguindo a mesma ordem lógica. Não transcreva o artigo. Basta apontá-lo. Legislação específica: Muito embora o Código de Processo Penal ainda preveja um livro inteiro a respeito de execução penal (Livro IV), é relevantíssimo apontar que tais artigos foram praticamente revogados tacitamente em sua integralidade, pela Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/1984). Processo de Execução: Ao contrário do que se verifica no processo civil, principalmente no tocante ao processo sincrético, a execução penal é processada em autos e em varas distintas. O pressuposto para a execução penal é o trânsito em julgado da sentença condenatória ou absolutória imprópria. Com uma destas ocorrências, é extraída guia de recolhimento pelo juízo de conhecimento, composta por um formulário contendo os principais dados sobre o processo-crime e as peças processuais mais relevantes. Tal guia é encaminhada para a Vara de Execuções Criminais, e lá é autuada. É a partir daí que surge o processo de execução. Rito: A Lei de Execução Penal, em seu artigo 197, faz menção apenas ao agravo em execução, não disciplinando o seu rito. É amplamente majoritário que deve ser empregado o mesmo rito do recurso em sentido estrito, principalmente no tocante ao prazo (05 dias para interpor e 02 dias para arrazoar), à existência de juízo de retratação e ao seu processamento (Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal). Competência: FACULDADE BRASILEIRA Credenciada pela Portaria/MEC No 259 de 11.02.1999 – D.O.U. de 17.02.1999 Caberá agravo em execução para impugnar decisão proferida pelo juízo da execução, dentre as hipóteses estabelecidas no artigo 66 da Lei de Execução Penal. A interposição será dirigida sempre ao juízo a quo, consistente no juízo da execução penal apontado no problema. E as razões são endereçadas ao Tribunal competente.
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