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WEB aula 2 - Educação e Diversidade: relações étnico-raciais
Inclusão da diferença: entre a teoria e a prática
Nesta unidade você poderá ler a respeito de casos de inclusão de alunos com necessidades especiais. Poderemos ponderar se a realidade da inclusão desses cidadãos está sendo efetiva ou, como diz o título do artigo, é apenas uma inclusão improvisada. Também terá a oportunidade de pensar sobre a importância da comunicação na construção de uma escola onde o comportamento respeitoso permita a existência da diferença.
Necessidades Especiais: escolas nada especiais
No primeiro ano que lecionei, havia um aluno cadeirante, ensino médio. A escola havia sido inaugurada naquele ano, 1998, salas, banheiros, tudo novinho. Mas a escola não foi projetada para alunos com necessidades especiais. Na porta das salas, um pequeno degrau dificultava a movimentação da cadeira de roda. Para ir ao banheiro, um colega sempre o acompanhava para ajudá-lo: o banheiro também não era apropriado. Você pode imaginar o constrangimento de um adolescente que precisa da ajuda de um amigo para levá-lo ao banheiro? Mas a escola não foi construída pensando nele, e a escola nem é tão antiga assim. Infelizmente, até hoje, esta escola permanece do mesmo jeito.
Entre o discurso da inclusão e a prática há um enorme abismo. Mesmo os alunos com dificuldade de aprendizagem não têm atendimento adequado. As escolas não têm, em seus quadros, pessoas capazes de atender as diversas necessidades. Parece que o problema não é apenas naquela escola onde lecionei por dez anos...
Leia o texto a seguir:
"Inclusão improvisada, alunos com deficiência abandonados.
Crianças portadoras de necessidades especiais não têm atenção adequada."
Flávia Martins Y Miguel
No plano das ideias, dos discursos de gestores e, principalmente no papel, a inclusão dos alunos com deficiência no sistema público de ensino é uma política impecável. Na prática, porém, o modelo de educação especial inclusiva desenhado com régua e compasso pelo Ministério da Educação, (MEC) em 2003, apresenta obstáculos enormes, que passam pelo despreparo dos professores, falta de acessibilidade nas escolas e nenhum projeto pedagógico específico. O resultado dessas distorções pode ser facilmente identificado dentro das salas de aula. Como é o caso da pequena Jordânia Sarafim, 12, que nasceu com paralisia cerebral e está matriculada em uma escola pública no bairro Novo Progresso, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A mãe, Maria Solidade Silva, se viu obrigada a assistir às aulas ao lado da filha para tentar driblar a falta de atenção dada à aprendizagem da criança. "Eles nos obrigam a colocar as crianças na escola regular, mas os professores não sabem educar, não têm os cursos para isso. Eu fico muito desmotivada.
Não quero que ela fique largada. Eu quero que ela aprenda. A minha menina é uma gracinha, ela tem potencial", desabafou Maria. Na sala ao lado de Jordânia, um garotinho com má formação física e deficiência visual estava sentado em cima de uma almofada, a poucos centímetros da lousa, copiando as palavras. A professora contou que o pequeno de 11 anos, com estatura de uma criança de 6, chegou de casa chorando naquele dia. O motivo: ele não sabia ler. "Temos alunos que precisam de um trabalho diferenciado. Não temos orientação nenhuma de como tratar as várias deficiências que temos nessa escola. Ninguém aqui nunca teve preparo para isso", disse Gorete Foscolo, supervisora da escola municipal. É na boa vontade dos profissionais e na sorte que a política de inclusão tenta se equilibrar, enquanto as ações dos gestores não se mostram eficazes. Em Contagem, são 1.400 alunos com deficiências variadas na rede pública, de um total de 81 mil estudantes. No entanto, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura não soube informar quantos dos mais de 4.200 professores do município foram capacitados para trabalhar com a educação especial. O secretário da pasta, Lindomar Diamantino Segundo, admitiu que a inclusão está longe do ideal. De acordo com ele, o tema é um desafio para a sociedade.
"A escola brasileira, na sua história, não foi pensada para incluir. Mas já fizemos investimentos na formação dos professores, com vários cursos de inclusão. A nossa obrigação é sempre melhorar", disse. O garoto Luiz Felipe Wenceslau, 7, portador de paralisa cerebral, contou com o privilégio de ter passado pelas mãos de uma psicopedagoga, em uma escola pública no bairro Inconfidentes, em Contagem, no ano passado. Mesmo assim, a mãe teve que batalhar pela presença de um auxiliar em sala de aula para cuidar do filho. "Sem estagiário, a professora tinha que deixar as 25 crianças para trocar a fralda dele. E ainda tive sorte porque ela tinha experiência na área", disse a comerciante Deyse Wenceslau. A professora do menino, Maria Eugênia Aleixo, relembrou com carinho da experiência de ensinar o aluno especial. Porém, disse que são poucos os colegas que conseguem sucesso. "Luiz Felipe foi um privilégio. Mas ainda acho que a lei no papel é uma coisa e no cotidiano da escola, o que se vê são alunos matando o tempo. Tudo é tratado como formalidade para matar o tempo."
Censo Escolar
Mudanças. Em 2004, passaram a ser coletados os dados sobre a série ou o ciclo escolar dos alunos atendidos pela educação especial, possibilitando a criação de indicadores sobre a qualidade da educação no país.
Web-aula 2 - Diferença e Escola
A sociedade é heterogênea, formada por pessoas com interesses e identidades diferentes. Diferenças físicas, psicológicas, sociais e culturais. Apesar desse fato, só muito recentemente, começamos a percebê-lo como um problema. Em geral, estávamos acomodados.
A sociedade (ou seja, nós) padroniza a beleza, o comportamento, a inteligência. Como grande parte da população não consegue enquadrar-se nesses padrões, surge o preconceito e a discriminação.
O preconceito não é racional, sua origem está nas emoções. Mas podemos racionalizar, ou melhor, podemos inventar razões para ele. Nesse processo de construção de estereótipos, criamos rótulos: gordo, balofo, magricela, feio, bonito, aleijado, etc.
Esse sentimento nasce da nossa admiração por nós mesmos. Amamos o nosso jeito de ser, adoramos nossa maneira de pensar. Por isso rejeitamos aqueles que são diferentes.
Mas, não basta reconhecer que existe diversidade. Devemos promover a interação das diferenças, enriquecendo a sociedade. Esse processo exige comunicação.  Comunicar implica participação, pois é tornar comum alguma coisa. Para que a comunicação seja efetiva, deve-se respeitar a diversidade.
A questão não é fazer com que as pessoas pensem ou se comportem exatamente iguais, mas que consigam respeitar o jeito do "outro". A comunicação tem essa função, tornar conhecido esse "outro", procurando diminuir o desconhecimento, que é fonte de boa parte do preconceito.
A escola deve se tornar a escola da diversidade, da inclusão e da valorização do "eu" e do "nós". A escola (ou seja, nós) deve promover o respeito nos relacionamentos sociais, para que a diversidade humana seja respeitada e valorizada.
Fala-se muito que o direito a ser diferente é uma questão de cidadania. Aliás, palavra mais utilizada do que compreendida. Cidadania é o direito de participar da cidade, ser cidadão.
A escola é que tem o dever de capacitar o indivíduo para que ele se torne um cidadão. Na antiguidade, acreditava-se que poucos tinham o direito de cidadania. Hoje, pensamos que TODOS devem ter esse direito. Assim, todos os seres humanos, independente de suas características, têm direito de "participar da cidade", ou seja, ser cidadão.
Todos nós conhecemos o discurso de que todos os homens são iguais em direitos e deveres. No cotidiano, porém, a liberdade e a igualdade somente são garantidas através do exercício diário de autoconhecimento e tolerância.
Diante da grande diversidade humana, emerge, muitas vezes escondido, o preconceito. Esse é o maior desafio daquele que quer ser livre. Pois, ao expor a própria diversidade, é também fazer valer o direitodo outro de ser autêntico. Ter o direito de ser diferente e dar ao outro o direito de sê-lo igualmente.
Uma escola que se preocupa com essa questão garante esses direitos. Cria um ambiente saudável, que favorece a compreensão entre os indivíduos e que constrói um espaço de respeito entre as pessoas.
É preciso compreender que frequentar a escola é expandir as possibilidades de contato, possibilitando a consciência do pertencimento a uma realidade maior. Isso significa fornecer aos alunos, todos os alunos, um processo de socialização mais amplo do que aquele que o individuo já vivenciava no ambiente doméstico.
O desenvolvimento físico e intelectual dos alunos acontece paralelamente ao desenvolvimento social. A aprendizagem é resultado da articulação de diversas práticas e conhecimentos que devem ser trabalhados na escola, para proporcionar o máximo de sabedoria às crianças.
Apesar do consenso teórico em torno da diversidade, tratar desse assunto é como revirar um baú antigo, pois traz à tona sentimentos empoeirados como racismo, preconceito e egoísmo.
O crescimento acelerado dos meios de comunicação de massa coloca à disposição da população uma grande quantidade de informação. Mas, pouca reflexão se faz a partir dessas informações. Na escola, isso não é diferente. O estudante é bombardeado com informações a todo o momento.
A dificuldade de se lidar com essa questão na escola é que existe pouco espaço para a interação dos alunos as informações que lhes são oferecidas. A falta de reflexão e troca de conhecimentos sobre as informações despejadas nos alunos cria, ainda, mais conflitos no ambiente escolar.
Os estudantes deveriam exercitar o pensamento crítico, comunicar-se e interagir com os dados apresentados. Caso contrário, a unilateralidade de pensamentos favorece o preconceito e desfavorece a diversidade.
Um bom exemplo é o bullying. É um problema que sempre existiu, mas tem aparecido na mídia recentemente. O bullying é o termo inglês que caracteriza os atos de intimidação, atormentação e escárnio ocorridos na escola. É comum encontrarmos nas escolas a "brincadeira” dos alunos com o colega que tem alguma coisa de diferente. Os apelidos, a provocação, o desprezo, são exemplos de bullying.
Essa prática é constituída por pequenos atos como: apelidos, chacotas sobre aparência, jeito de falar, se vestir, ou qualquer outro aspecto que dissocie uma criança da outra. Existem casos que se chega a agressões físicas entre os estudantes.  Quando não identificado, o bullying pode tomar dimensões de difícil controle.
Av2 - Web-aula 2 - Educação e Diversidade: relações étnico-raciais
1) Em nossa Web aula aprendemos sobre a educação inclusiva a partir do público alvo da educação especial. Vimos os desafios enfrentados por escola, professores, alunos e seus pais. Sobre a inclusão de pessoas com deficiência sabemos que a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi incorporada à legislação brasileira em 2008. Após uma atuação de liderança em seu processo de elaboração, o Brasil decidiu, soberanamente, ratificá-la com equivalência de emenda constitucional, nos termos previstos no Artigo 5º, § 3º da Constituição brasileira, e, quando o fez, reconheceu um instrumento que gera maior respeito aos Direitos Humanos.
Quais são os maiores desafios apontados na web?
Assinale a alternativa correta. Alternativas:
a) Espaço físico adequado e formação de professores.
b) Legislação específica e órgãos educacionais fiscalizadores.
c) Instrumentos e estratégias eficazes para a educação de pessoas com deficiência.
d) Aceitação dos pais e professores para o ensino regular e Lei específica que regulamente essa forma de ensino.
e) Legislação adequada e verba destinada para aquisição de materiais escolares específicos para esse público.
2) Ainda na Web aprendemos que:  "É preciso compreender que frequentar a escola é expandir as possibilidades de contato, possibilitando a consciência do pertencimento a uma realidade maior. Isso significa fornecer aos alunos, todos os alunos, um processo de socialização mais amplo do que aquele que o individuo já vivenciava no ambiente doméstico". (p.6).
Assim, podemos afirmar que: Assinale a  alternativa correta. Alternativas:
a)O desenvolvimento do sujeito ocorre apenas pelas condições biológicas e independe de suas relações sociais.
b)O desenvolvimento físico e intelectual dos alunos acontece paralelamente ao desenvolvimento social.
c)O sujeito depende, unicamente, das condições materiais para seu desenvolvimento.
d)As condições psicossociais não interferem, de forma efetiva, no desenvolvimento do sujeito.
e)O sujeito com deficiência necessita da convivência com outros sujeitos com deficiência. Por isso, é necessária uma escola para esse atendimento exclusivo.
3)Diante da grande diversidade humana, emerge, muitas vezes escondido, o preconceito. Esse é o maior desafio daquele que quer ser livre. Pois, ao expor a própria diversidade, é também fazer valer o direito do outro de ser autêntico. Ter o direito de ser diferente e dar ao outro o direito de sê-lo igualmente. Uma escola que se preocupa com essa questão garante esses direitos. Cria um ambiente saudável, que favorece a compreensão entre os indivíduos e que constrói um espaço de respeito entre as pessoas.
O que é preconceito? Assinale a alternativa correta. Alternativas:
a) O preconceito é o conceito formado com fundamentos e crítica.
b) O preconceito é o conjunto de opinião formada por um sujeito ou grupo e incorpora todas as crenças e costumes.
c) O preconceito é formado culturalmente em um determinado espaço e tem por base a crítica.
d) É o conjunto de valores formado por um determinado segmento da sociedade.
e) É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento crítico ou lógico.
4) A sociedade é heterogênea, formada por pessoas com interesses e identidades diferentes. Diferenças físicas, psicológicas, sociais e culturais. Apesar desse fato, só muito recentemente, começamos a percebê-lo como um problema. Em geral, estávamos acomodados.
Qual é o papel da escola com relação às diferenças existentes em nossa sociedade?
Assinale a alternativa correta.
Alternativas:
a) Deixar explicitas todas as diferenças.
b) Reconhecer e conscientizar sobre as diferenças.
c) Ir além de conscientizar, mas promover a interação das diferenças.
d) Prevenir o preconceito explícito.
e) Ter mecanismos para reprimir qualquer tipo de bullyng.
5) A escola deve se tornar a escola da diversidade, da inclusão e da valorização do "eu" e do "nós". A escola (ou seja, nós) deve promover o respeito nos relacionamentos sociais, para que a diversidade humana seja respeitada e valorizada. Fala-se muito que o direito a ser diferente é uma questão de cidadania. Aliás, palavra mais utilizada do que compreendida. Cidadania é o direito de participar da cidade, ser cidadão.
Qual é o dever da escola para com o aluno com deficiência?
Assinale a alternativa correta.
Alternativas:
a) É dever da escola utilizar de todos os meios para ensinar de forma homogênea todos os sujeitos.
b) A escola deve buscar por meio das políticas públicas os direitos dos alunos com deficiência.
c) A escola deve buscar formação continuada para os professores para atender o público alvo da educação especial.
d) A escola tem o dever de formar o indivíduo para que ele se torne um cidadão.
e) A escola deve incluir a família em seu planejamento anual.

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