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LEI DA INCLUSÃO E A REALIDADE DAS ESCOLAS BRASILEIRAS
No dia 06 de julho de 2015, foi criada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que entrou em vigor no dia 02 de janeiro de 2016, conforme o Art. 1o  da lei 13.146 de 6 de julho de 2015. Essa nova lei brasileira representou um grande avanço, não somente no Brasil, mas também em outros países por tratar de um assunto delicado em nossa sociedade, envolvendo questões como acessibilidade, educação e trabalho para pessoas que são portadoras de deficiências e problemas cognitivos, procurando amenizar os problemas da discriminação no meio social, integrando essas pessoas aos demais. 
A lei que assegura a inclusão de todos serve também para o ambiente escolar. Todas as escolas regulares e particulares no país possuem o dever de aceitar os alunos especiais sem cobrar taxas extras por essa criança ou adolescente, promovendo uma inclusão e socialização em meio aos outros alunos na sala de aula, a fim de transformar a cultura escolar, fazendo com que esses jovens aprendam a respeitar as diferenças sem que haja o preconceito e se construa uma amizade também com os alunos que possuem alguma necessidade especial. Além disso, os benefícios que essa inclusão promove aponta para diversas questões, uma das mais importantes seria o momento de interação do aluno inclusivo com os colegas diferentes dele, pois isso contribui para o seu desenvolvimento. A criança pode aprender, muitas vezes, por repetição, assim, observando os outros alunos ele poderá tentar desenvolver as atividades de forma semelhante.
A inclusão mostra-se cada vez mais crescente no âmbito escolar, anualmente as escolas públicas e privadas tem um aumento significativo nesse quesito em todo o Brasil, entretanto, mesmo com a criação da lei, diversas mudanças e exigências que ocorrem para que o aluno especial pudesse ter acesso à escola regular, muitas instituições ainda não possuem todos os requisitos que estão previstos na norma, como por exemplo, a acessibilidade, que seria considerado como o básico para a adaptação dos alunos, assim, faltando rampas, banheiros adaptados e até mesmo corrimãos.
Nas escolas, para que a Lei Brasileira de Inclusão possa ser devidamente aplicada, prevê que todos os profissionais (professores e pedagogos) estejam preparados e qualificados para atender da melhor forma possível as necessidades dos alunos, com a escola promovendo formação adequada e continuada para a equipe docente, fornecendo tudo que possa auxiliar no andamento da comunidade escolar perante esses casos, trabalhando também atividades que estimulem o desenvolvimento dessa criança ou adolescente. Ademais, as universidades precisam inserir por obrigatoriedade disciplinas que trabalhem com as questões de inclusão dos alunos na base curricular dos cursos de licenciatura para que durante sua carreira escolar possam saber como atuar perante esses casos, entretanto, a realidade em que estamos inseridos é oposta, em maior parte dos casos, os professores não são totalmente qualificados para atender a todas as dificuldades de seus alunos, muito menos a escola em si, principalmente (no caso de escolas de rede pública) a falta de verba por parte do Governo Federal é o que mais afeta o andamento das inclusões, mesmo a escola desejando inserir tudo o que se precisa, muitas vezes acaba não podendo realizar.
A escola em maior parte dos casos faz apenas a socialização desse indivíduo e não, de fato, uma inclusão, assim como em uma escola da rede pública pesquisada na cidade de Santa Rosa no estado do Rio Grande do Sul. A partir do momento em que o aluno chega a escola muitos pais não mencionam as dificuldades e necessidades especiais dos filhos quando as mesmas não são visíveis, principalmente quando essas são de aprendizagem (leves), ou de conduta, cabendo ao professor descobrir algo diferente naquele aluno, as dificuldades mais severas e já diagnosticadas são sempre mencionadas pelos pais para que a escola possa dar a devida atenção e então no início do ano letivo ele é acolhido primeiramente com as boas vindas como os demais por parte da direção e apresentado nominalmente a professora de cada turma que os conduzirá até suas respectivas salas de aula para a apresentação e acolhimento da professora. Devido à estrutura da escola, na medida do possível, é atendida as necessidades do aluno dependendo do seu tipo de necessidade, as de locomoção, por exemplo, as vezes é feita a troca de sala de aula para que essas sejam adaptadas, quando já não são, devido ao acesso as rampas, corrimões e banheiros adaptados. Nem todos os professores e profissionais da escola são qualificados para trabalhar com esses alunos, mesmo que almeje ter o seu quadro pessoal habilitado para atuarem com as necessidades dos mesmos que estão matriculados, não acaba sendo possível devido à falta de recursos, assim como a necessidade de ter uma monitora para auxiliar no andamento das aulas, porém, não possuem verbas suficientes para manter esses profissionais. Os professores, em caso de necessidade do aluno, precisam adaptar e planejar as aulas de modo diferenciado, como letra ampliada, por exemplo, em casos de alunos com baixa visão, bem como material pedagógico necessário para o seu atendimento. Ao se tratar da questão de inclusão, a instituição faz na verdade uma socialização desse indivíduo, isso porque “Fala-se mais e mais de inclusão, sem pensar que não se trata de incluir, trata-se sim de conhecer as diversas possibilidades para o desenvolvimento humano e de estar aberta a elas numa relação dialógica genuína” (PRESTES, 2012, p.191). Devido a muitos colegas deixarem esse aluno de lado e somente querer o contato de crianças e jovens que sejam iguais a eles, tenta-se incentivar a igualdade para que todos possam ter o mesmo tratamento entre os colegas, assim como os professores, que recebem o alerta da direção para que durante o andamento das aulas, não esqueçam, por falta de atenção ou de tempo, procurar buscar o aluno e averiguar se o mesmo está conseguindo captar as informações e conteúdos passados, entretanto, isso nem sempre acaba sendo feito por conta da demanda de matérias e número de alunos. A escola não está totalmente adaptada para atender deficientes físicos ou toda a demanda de tratamentos especiais para seus alunos por falta de recursos financeiros para que muitas coisas possam ser realizadas, a adaptação é feita aos poucos e a medida do possível é feita a reconstrução de sua estrutura física, bem como o corpo de docentes.
Com isso percebe-se a falta de estrutura e preparação nas escolas, tanto públicas como também muitas particulares. A falta de verbas é, na maior parte das vezes, o principal problema que afeta as escolas brasileiras, o descaso do governo com a educação sempre foi motivo de debate entre muitas esferas da sociedade. A lei foi imposta para que pudesse gerar melhorias no ensino para todos, porém, nem sempre é isso que realmente acontece, também pela falta de capacitação dos docentes e colaboradores das instituições e falta de profissionais adequados para esse tipo de área. A melhoria mais significativa seria a maior ajuda por parte dos governos, apoiando toda a estrutura necessária para cada escola, assim como facilitando o acesso, aos professores e pedagogos, à cursos que pudessem capacitá-los de melhor forma para trabalhar com essas crianças especiais.
Referências Bibliográficas
 
Textos disponíveis em: 
MENDANHA, Soraya. Com avanços na educação, Lei Brasileira de Inclusão completa um ano. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/07/05/com-avancos-na-educacao-lei-brasileira-de-inclusao-completa-um-ano. Acesso em: 20 de mar. 2018. 
RESENDES, Josiane. Lei da inclusão: como fica o ensino a partir de agora. Disponível em: http://playtable.com.br/blog/lei-da-inclusao/. Acesso em: 20 de mar. 2018.
BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 21 de mar. 2018.
PORTAL, Colunista.A deficiência intelectual na humanidade. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-deficiencia-intelectual-na-humanidade/44389. Acesso em: 25 de mar. 2018.

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