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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório n°4: Reações de caracterização de carboidratos 
 
 
 
 
 
Nome do aluno (a): Skarllathy J. J. C. de Carvalho. 
Professor (a): Carolina Fortes Rigos. 
Código da Disciplina: DCN11431 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06 de junho de 2014. 
 
1. RESUMO 
O seguinte procedimento tem como assunto as reações de caracterização de 
carboidratos. Eles são classificados como: monossacarídeo, dissacarídeo e 
polissacarídeo. Todos os monossacarídeos e alguns dissacarídeos e polissacarídeos 
possuem carbonos anoméricos livres, dando a eles um caráter redutor, estes são 
chamados de açúcares redutores e são capazes de reduzir íons metálicos. Realiza-se o 
teste de Benedict e de Fehling para a identificação de açúcar redutor, e o teste de 
Tollens para a identificação de grupos aldeídos. Realiza-se também a hidrólise ácida do 
amido (observação através da reação com o iodo) e da sacarose (observação da inversão 
da rotação óptica). Obteve-se resultados satisfatórios para todas as análises, exceto o 
teste de Tollens. 
 
2. INTRODUÇÃO 
Os carboidratos perfazem a mais abundante classe de biomoléculas da face da Terra, 
sendo a sua oxidação o principal meio de abastecimento energético da maioria das 
células não fotossintéticas. Eles atuam também como elementos estruturais da parede 
celular e como sinalizadores no organismo
1
. 
Existem três classes principais de carboidratos que são: os mossacarídeos, 
constituído por uma única unidade poliidroxicetona ou poliidroxialdeído, eles possuem 
dois ou mais grupos hidroxil, a frutose e a glicose (Figura 9) são exemplos de 
monossacarídeos com 5 grupos hidroxil; os dissacarídeos consistem de dois 
monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação O-glicosídica, a sacarose é um 
exemplo de dissacarídeos, em que é formado pela glicose e frutose (Figura 5); os 
polissacarídeos são polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de 
monossacarídeos, podendo ser homopolissacarídeos, em que contêm uma única espécie 
monomérica, como o amido (Figura), ou podendo ser um heteropolissacarídeo que 
contêm dois ou mais tipos diferente
2
. Os oligossacarídeos consistem em cadeias curtas 
de unidades de monossacarídeos, ou resíduos, unidas por ligações glicosídicas. 
Quando os açúcares possuem a extremidade de uma cadeia um carbono anomérico 
livre (carbono carbonílico ou hemiacetal) são chamados de açúcares redutores, eles 
possuem a capacidade de reduzir íons metálicos, tais como Cu
2+
, Ag
+
 ou ferricianeto, 
em meio alcalino. No geral os monossacarídeos são açúcares redutores, mas os di e 
polissacarídeos nem sempre apresentam essa propriedade. Exemplos de açúcares 
redutores são a glicose e a lactose, como pode ser visto na Figura 1: 
 
Figura 1. Representação da Glicose (esquerda) e da Lactose (direita), com seus respectivos carbonos anoméricos. 
(Fonte: Livro Princípio de Bioquímica de Lehninger)2 
 
As estruturas de oligossacarídeos e polissacarídeos em geral são determinadas por 
uma combinação de métodos: a hidrólise enzimática específica para determinar a 
estereoquímica da ligação glicosídica e produzir fragmentos menores para análises 
adicionais; a metilação para localizar as ligações glicosídicas; e a clivagem gradual para 
determinar a sequência e a configuração dos carbonos anoméricos
2
. 
 
3. PROCEDIMETO EXPERIMENTAL 
 
Tabela 1. Materiais e reagentes utilizados nos procedimentos. 
 Materiais:  Reagentes: 
- Erlenmeyer; 
- Tubos de ensaio; 
- Chapa de aquecimento; 
- Termômetro; 
- Pipeta Pasteur; 
- Bécker; 
- Pipeta graduada; 
- Bastão de vidro; 
- Polarímetro. 
 
- Água destilada; 
- Solução de amido a 1%; 
- Solução de frutose a 1%; 
- Solução de glicose a 1%; 
- Solução de sacarose a 1%; 
- Reagente de Benedict; 
- Solução de HCl 3 mol/L; 
- Solução de Tollens; 
- Solução de Fehling A; 
- Solução de Fehling B; 
- HCl concentrado; 
- Lugol. 
 
 
 
3.1. Procedimento: Reações características dos carboidratos – oxidação/redução: 
 
Métodos: 
Utilizou-se as seguintes soluções de carboidratos para a realização dos testes: frutose, 
glicose, sacarose e amido, todas a 1%. Para os testes, cada tubo de ensaio refere-se ao 
seguinte carboidrato: Tubo 1, frutose; Tubo 2, glicose; Tubo 3, sacarose; Tubo 4, 
amido. 
 
3.1.1. Teste de Benedict para açúcares redutores: 
Numerou-se 4 tubos de ensaio. A cada tubo adicionou-se 2,5 mL do reagente de 
Benedict e 1 mL da solução do carboidrato, agitou-se. Colocaram-se os tubos de ensaio, 
ao mesmo tempo, em banho-maria (aproximadamente 100°C). Observou-se o que 
ocorreu passados 5-6 minutos. 
Numerou-se outros 2 tubos de ensaio, ao primeiro adicionou-se 5 mL de sacarose e 
ao segundo 5 mL de amido, nos dois tubos adicionou-se 4-5 gotas de HCl 3 mol/L. 
Aqueceu-se as soluções em banho-maria, sendo a primeira por 5 minutos e a segunda 
por 30 minutos. Realizou-se o teste de Benedict utilizando-se 1-2 mL das soluções 
acidificadas (sacarose e amido) e comparou-se os resultados obtidos com as soluções 
sem a adição de ácido. 
 
3.1.2. Teste de Tollens (espelho de prata): 
Numerou-se 4 tubos de ensaio. Colocou-se 1 mL da solução de Tollens em cada tubo 
de ensaio e adicionou-se 0,5 mL do carboidrato e agitou-se. Colocou-se os tubos em 
banho-maria (aproximadamente 70°C) durante 5 minutos. Observou-se e anotou-se os 
tubos em que apareceram um espelho na parede interna. 
 
3.1.3. Teste de Fehling para açúcares redutores: 
Numerou-se 4 tubos de ensaio. Em cada um misturou-se 1 mL da solução de Fehling 
A com 1 mL da solução de Fehling B. Adicionou-se 0,5 mL da solução de carboidrato e 
agitou-se. Em banho-maria aqueceu-se as soluções até a fervura, durante 5 minutos. 
Observou-se os tubos de ensaio em que apareceram precipitados avermelhados. 
 
 
 
3.2. Procedimento: Reação de hidrólise do amido: 
 
Métodos: 
Colocou-se em um erlenmeyer de 100 mL, cerca de 20 mL da solução de amido a 
1%. Na capela adicionou-se 1,0 mL de ácido clorídrico concentrado, agitou-se e 
transferiu-se 1,0 mL dessa mistura para um tubo de ensaio, nesta adicionou-se 1 gota de 
lugol e observou-se a cor. Colocou-se o erlenmeyer sobre a chapa metálica, e dentro 
dele adicionou-se pedras de ebulição, mantendo-se a ebulição branda. Ao início da 
ebulição retirou-se cerca de 1 mL da amostra, a cada 4 minutos, utilizou-se cerca de 6 
tubos de ensaio. Em cada tubo adicionou-se 1 gota de lugol. Ao último tubo, adicionou-
se base até o meio ficar básico e realizou-se o teste de Benedict. 
 
3.3. Procedimento: Reação de hidrólise da sacarose (Inversão da sacarose): 
 
Métodos: 
Em um polarímetro mediu-se a rotação ótica da solução de sacarose a 10 % (50 mL). 
Calculou-se a sua rotação específica. Transferiu-se a solução para um erlenmeyer e 
adicionou-se 20 gotas de ácido clorídrico concentrado, tampou-se a solução e a aqueceu 
por cerca de 10 a 15 minutos. Esfriou-se e mediu-se a rotação ótica novamente. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1. Procedimento: Reações características dos carboidratos – oxidação/redução: 
 
4.1.1. Teste de Benedict para açúcares redutores: 
Numerou-se 4 tubos de ensaio e adicionou-se em cada um 2,5 mL do reagente de 
Benedict, esse reagente consiste de uma solução de sulfato de cobre em meio alcalino
3
 e 
apresenta coloração azul. Posteriormente adicionou-se em cada tubo 1,0 mL da solução 
de carboidrato, sendo em cada tubo um carboidrato diferente, observou-se que a solução 
permaneceu com a coloração azul (Figura 2). Posteriormentecolocaram-se os tubos de 
ensaio em banho-maria (100°C) por cerca de 6 minutos. Após o aquecimento observou-
se que os tubos 3 e 4, os quais continham os carboidratos sacarose e amido, 
respectivamente, não mudaram de cor. Os tubos 1 e 2, os quais continham a frutose e a 
glicose formaram precipitado vermelho-tijolo, a solução do tubo 2 (glicose) ficou 
escura, mas no fundo do tubo observou-se a decantação do precipitado vermelho-tijolo 
(Figura 3). 
 
 
Figura 2. Reagente de Benedict mais o carboidrato, antes do aquecimento. 
 
 
Figura 3. Reagente de Benedict mais o carboidrato, após o aquecimento. 
 
O reagente de Benedict detecta a presença de açucares redutores, esses açucares 
apresentam extremidades da cadeia carbônica com carbonos não impedidos para 
reagirem, conhecidos como carbonos anoméricos, exemplos desses açucares são a 
maltose, galactose, lactose, glicose e frutose, sendo esses dois últimos produtos da 
degradação da sacarose, que é um açúcar não redutor
4
. Esses açucares redutores 
possuem o agrupamento –OH livre no carbono 1 do anel, e em solução alcalina o anel 
se rompe e a molécula fica aberta com um grupamento redutor, como pode ser visto na 
Figura 4 a quebra do anel da glicose. 
 
 
Figura 4. Quebra do anel da molécula de glicose formando a glicose aldeído. (Fonte: Aula Mono e 
Dissacarídeos – Propriedades dos açúcares)4 
 
Esses açúcares quando estão em presença do reagente de Benedict (CuSO4 em meio 
alcalino) eles reduzem o cobre 2+ (sulfato de cobre) à cobre 1+ (óxido de cobre), como 
pode ser visto na reação abaixo: 
 
 
 
→ → 
 
No teste realizado constatou-se que a frutose e a glicose (que são monossacarídeos) 
são açucares redutores e a sacarose e o amido não o são, pois essas duas últimas não 
possuem carbonos anoméricos livres e estão envolvidas em ligações glicosídicas, como 
pode ser vista nas Figuras 5 e 6. 
 
 
Figura 5. Estrutura da Sacarose, a qual apresenta uma ligação glicosídica entre a glicose e a frutose. (Fonte: 
Texto – a química do açúcar – Conselho Regional de Química)5 
 
 
Figura 6. Estrutura do Amido, a qual apresenta ligações glicosídicas entre moléculas de α-glicose. (Fonte: Texto 
– Amido – Brasil Escola)6 
 
Numerou-se outros dois tubos de ensaio e ao primeiro adicionou-se 5 mL da solução 
de sacarose e 5 gotas de HCl 3 mol/L e aqueceu-se a solução em banho-maria por 5 
minutos. Ao segundo tubo de ensaio, adicionou-se 5 mL da solução de amido e 5 gotas 
de HCl 3 mol/L e aqueceu-se em banho-maria por 30 minutos. Após o aquecimento 
realizou-se o teste de Benedict utilizando-se 2 mL das soluções acidificadas. Para a 
solução de sacarose houve a formação do precipitado vermelho-tijolo e para a de amido 
não houve (Figura 7). Isso ocorre, pois a concentração do ácido adicionado não é 
suficiente para a quebra da estrutura do amido em moléculas de glicose, mas é 
suficiente para a quebra da estrutura da sacarose, em que forma a glicose e a frutose. 
 
 
Figura 7. Teste de Benedict com as soluções de sacarose e amido acidificadas. 
 
Como a glicose e a frutose são açúcares redutores, estes formam precipitados 
vermelho-tijolo, pois reagem com o reagente de Benedict formando o Óxido de Cobre 
(Cu2O). 
 
4.1.2. Teste de Tollens (espelho de prata): 
Numerou-se 4 tubos de ensaio, e em cada um adicionou-se 1 mL do reagente de 
Tollens, que consiste em uma solução amoniacal de nitrato de prata. Adicionou-se 0,5 
mL da solução do carboidrato em cada tubo de ensaio, agitou-se e aqueceu-se em 
banho-maria (70°C) por 5 minutos. Após o aquecimento observou-se que as soluções do 
tubo 1 e 2 houve a formação de espelho de prata (Figura 8) e as soluções do tubo 3 e 4 
não houve nenhuma formação. 
 
 
Figura 8. Teste de Tollens, positivo para a frutose e a glicose. 
 
O reagente de Tollens é formado pelo cátion diaminoprata, Ag(NH3)2
+
, ele é um 
agente oxidante. Esse reagente serve para diferenciar aldeídos de cetonas, pois quando 
expostos ao reagente de Tollens apenas os aldeídos são oxidados (oxidados a ácido 
carboxílico) e forma-se o espelho de prata, isso não ocorre com a cetona. A reação que 
ocorre entre o aldeído e o reagente é a seguinte: 
 
 
 
 → 
 
 
Observando-se a Figura 9, nota-se que a glicose possui o grupo aldeído e a frutose 
possui grupo cetona, sendo assim o reagente de Tollens serve para diferenciar esses dois 
carboidratos, ocorrendo a formação do espelho de prata apenas com a glicose. Mas, não 
foi observada essa diferença no procedimento realizado, pois formou-se o espelho em 
ambas soluções, com isso percebeu-se um erro ocorrido durante a realização da prática. 
Este erro pode ter ocorrido devido a alguma contaminação de grupos aldeídos no tubo 
de ensaio em que se encontrava a solução da frutose, ou algum erro na execução do 
procedimento. 
 
 
Figura 9. Estrutura da glicose (esquerda) e da frutose (direita). (Fonte: Texto – Fazendo um espelho de prata – Canal 
do Educador)7 
 
 
4.1.3. Teste de Fehling para açúcares redutores: 
Enumerou-se 4 tubos de ensaio, colocou-se 1,0 mL da solução de Fehling A e 1,0 
mL da solução de Fehling B em cada tubo. Adicionou-se 0,5 mL da amostra e agitou-se. 
Aqueceu-se à fervura em banho de água durante 5 minutos e observou-se o 
aparecimento de precipitado avermelhado no fundo do tubo, nos tubos 1 e 2, sendo que 
no 1 houve um escurecimento da solução (Figura 10). 
 
 
Figura 10. Teste de Fehling, positivo para a frutose e a glicose. 
 
O teste de fehling serve para determinar o caráter redutor de uma substância 
orgânica. A solução A é constituída por Sulfato de Cobre (II) e a solução B é constituída 
por NaOH e o sal tartarato de sódio 2,3-di-hidroxibutanodiato (KNaC4H4O6.4H2O)
8
, ao 
misturar as duas soluções ocorre a formação do Hidróxido de Cobre (II) e do Sulfato de 
Sódio: 
 
CuSO4 + 2 NaOH → Cu(OH)2 + Na2SO4 
 
O sal KNaC4H4O6.4H2O (agente complexante) tem por finalidade estabilizar a 
formação do Hidróxido de Sódio em meio alcalino. 
A frutose e a glicose em solução possuem caráter redutor e em meio alcalino este 
caráter se torna mais marcante, fazendo com que esses grupos redutores reduzam os 
íons cobre (II) à íons cobre (I). Assim, ocorre a formação de hidróxido cuproso (CuOH) 
e com o aquecimento este se converte em óxido cuproso (CuO), que é um composto 
insolúvel de coloração avermelhada, a seguir tem-se a reação geral que ocorre: 
 
 
4.2. Procedimento: Reação de hidrólise do amido: 
Em um erlenmeyer adicionou-se 20 mL de solução de amido e 1,0 mL de HCl 
concentrado. Retirou-se 1,0 mL dessa solução e a transferiu para um tubo de ensaio e 
adicionou-se 1 gota de Lugol no tubo de ensaio e observou-se uma coloração azul 
escuro (Figura 11). 
 
 
Figura 11. Reação do amido com o Iodo. 
 
Colocou-se o erlenmeyer sobre a chapa metálica e adicionou-se pedras de ebulição, 
visando manter a ebulição branda. Enumerou-se 6 tubos de ensaio, e a cada 4 minutos 
passados retirou-se 1,0 mL da solução contida no erlenmeyer e o transferiu para cada 
tubo de ensaio e adicionou-se 1 gota de lugol. Observou-se que a medida que a solução 
ficava mais tempo no aquecimento, as soluções ficavam mais claras quando adicionava-
se o lugol, porém as três últimas soluções ficaram praticamente com a mesma 
coloração. (Figura 12). 
 
 
Figura 12. Reações de amido com iodo após aquecimento da solução de amido com HCl concentrado. 
 
O amido é um homopolissacarídeo composto por cadeias de amilose e amilopectina. 
A amilose é formada por unidades de glicose unidas por ligaçõesglicosídicas, que 
originam uma cadeia linear (α-1,4). A amilopectina é formada por unidades de glicose 
unidas em α-1,4 e α-1,6, formando uma estrutura ramificada9 (Figura 13). 
 
 
Figura 13. Representação da cadeia da amilose (A) e amilopectina (B). (Fonte: Carboidratos – Estrutura, 
propriedade e funções)1 
 
Para a determinação da presença de amido é utilizado o lugol (solução de iodo) como 
identificador da atividade extracelular de amilases. O aparecimento de coloração azul 
escura violácea, como a que foi observada no primeiro tubo de ensaio (Figura), indica a 
presença de amido. Com o tratamento por ácidos fortes e aquecimento o amido, pode 
ser convertido completamente em moléculas de glicose, como pode ser visto na reação 
abaixo: 
 
 
 
→ 
 
O ácido a quente hidrolisa tanto as ligações α-1,4 como as α-1,6. À medida que a 
hidrólise progride, a reação com o iodo vai desaparecendo e o poder redutor do 
hidrolisado vai aumentando, então a medida que vai ocorrendo essa hidrólise a reação 
com o iodo deixa de ocorrer e a coloração vai deixando de ser azul escura, pois todo o 
composto não redutor (amido, que reage com o iodo) esta sendo convertido em seu 
constituinte essencial, que é um açúcar redutor (glicose, que não reage com o iodo)
10
. 
Notou-se que logo nos primeiros tubos a solução deixou de ser azul, ocorrendo 
rapidamente a conversão do amido em glicose. Ao último tubo de ensaio (tubo 6) 
adicionou-se NaOH, até o meio estar básico, posteriormente realizou-se o teste de 
Benedict, o qual deu positivo, confirmando então a presença do açúcar redutor (glicose). 
 
4.3. Procedimento: Reação de hidrólise da sacarose (Inversão da sacarose): 
Encheu-se o tubo do polarímetro com a solução de sacarose 10%, e mediu-se a 
rotação, obtendo-se uma rotação de +10° (dextrorrotatória). Transferiu-se a solução para 
um erlenmeyer e adicionou-se 20 gotas de HCl concentrado, após o aquecimento dessa 
solução por 15 minutos, deixou-a esfriar e mediu-se a sua rotação ótica novamente, 
obtendo-se –10° (levorrotatória). 
A sacarose é um açúcar dextrorrotatório, ou seja, capaz de desviar a luz polarizada 
para a direita, após a sua hidrólise ocorre a formação da glicose e da frutose, a glicose é 
dextrorrotatória, e a frutose formada está na sua forma piranosídica (mais estável) que é 
altamente levorrotatória, com isso, a estrutura da frutose favorece a rotação para a 
esquerda, diz-se então que o açúcar inverteu o ângulo
4
. 
Após a acidificação e o aquecimento da solução de sacarose, ocorreu-se a hidrólise 
do açúcar, conhecido como açúcar invertido. 
 
5. CONCLUSÃO 
A partir do experimento realizado nota-se a variedade de métodos utilizados para a 
análise de açúcares, podendo-se identificar a presença de açúcares redutores, através de 
reações com íons metálicos. Apesar do resultado não esperado no teste de Tollens, 
percebe-se a sua importância na determinação de grupos aldeídos, servindo como base 
para a diferenciação dos monossacarídeos frutose e glicose. Observa-se a relevância das 
reações do amido com iodo para a identificação de sua total hidrólise, e da medição de 
rotação da estrutura da sacarose como método na determinação da hidrólise desse 
açúcar. 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
[1] JUNIOR, WILMO E. F. Carboidratos: Estrutura, propriedade e funções. Química 
Nova na Escola, São Paulo, n. 29, p. 8-13, agosto 2008. 
 
[2] NELSON, DAVID L.; COX, MICHAEL M. Carboidratos e Glibiologia. 
Princípios de bioquímica de Lehninger. 5ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 235-
263. 
 
[3] FIGUEIRA, ANGELA C. M.; ROCHA, JOÃO B. T. Açúcares redutores no 
ensino superior: atividades baseadas nas resoluções de problemas. Experiências em 
ensino de ciências, V. 7, n. 3, 2012. 
 
[4] OETTERER, MARÍLIA. Aula: Mono e Dissacarídeos – Propriedades dos 
açúcares. Disponível em: 
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/lan/pdf/Mono%20e%20Dissacarideos%20-
%20Propriedades%20dos%20Acucares.pdf>. Acessado em: 23 de jun. de 2014. 
 
[5] CRUZ, SANDRA H.; SARTI, DANILO A. A Química do Açúcar. Disponível 
em: <http://crq4.org.br/?p=texto.php&c=quimicaviva_acucar>. Acessado em: 23 de jun. 
de 2014. 
 
[6] FOGAÇA, JENNIFER. Amido. Disponível em: 
<http://www.brasilescola.com/quimica/amido.htm>. Acessado em: 23 de jun. de 2014. 
 
[7] FOGAÇA, JENNIFER. Fazendo um espelho de prata. Disponível em: 
<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/fazendo-um-espelho-prata.htm>. 
Acessado em: 23 de jun. de 2014. 
 
[8] FERRARI, VALQUÍRIA. Teste de Fehling. Disponível em: 
<http://pt.scribd.com/doc/169267223/Teste-de-Fehling-Portal>. Acessado em: 23 de 
jun. de 2014. 
 
[9] DERNADIN, CRISTIANE C.; SILVA, LEILA P. Estrutura dos grânculos de 
amido e sua relação com propriedades físico-químicas. Ciência Rural, Santa Maria, V. 
39, n. 3, p. 945-954, 2009. 
 
[10] REMIÃO, JOSÉ O. R.; SIQUEIRA, ANTÔNIO J. S.; AZEVEDO, ANA M. P. 
Enzimas: hidrólise ácida e enzimática do amido. Bioquímica: Guia de aulas práticas. 
Edipurcs, 2003. p. 109-110.

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