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Direito Individual do Trabalho
Marta Diana Lucindo Tenório
4º Período
Caso Concreto
1. João foi admitido na empresa A em 15 de Agosto de 2014.
2. Entregou a CTPS no dia da sua admissão.
3. Trabalhou 2 anos e 4 meses na empresa, recebendo metade de um salário-mínimo.
4. Em 2017, foi demitido por externar sua opinião em relação às roupas do proprietário da empresa (demissão por justa causa, segundo o proprietário).
5. Até a data da sua demissão não lhe foi devolvida a CTPS.
6. Em sua opinião, quais os direitos de João no ato de sua rescisão.
	Levando em consideração os fatos anteriormente narrados, vê-se que, em primeiro lugar, o direito do trabalhador, no que tange a anotação da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), como ressalvado no art. 29 da CLT (Consolidação das Leis do trabalho), foi cumprido. No entanto, a empresa não lhe devolveu a carteira até a data de sua demissão no prazo de quarenta e oito horas (como exige o artigo supracitado). Então, “(...) poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação” (artigo 36, da CLT).
É importante destacar que o empregador não pode estipular um contrato determinado por prazo superior a 2 (dois) anos (segundo o art. 445) e que não lhe é autorizada a prorrogação por mais de uma vez, sob pena de tornar o contrato permanente (art. 451). Portanto, João, segundo as disposições celetistas, deve ter sido admitido por prazo indeterminado. Caso contrário, haverá mais uma falta por parte da empresa.
	Em se tratando da remuneração do trabalhador, tem-se como base o Capítulo III da CLT, que versa sobre o salário-mínimo, sendo este a “prestação mínima” a qual o empregador se obrigará. Sabendo que há uma fórmula no art. 81, onde o salário-mínimo (Sm) corresponde a soma do valor de gastos diários com alimentação (a), habitação (b), vestuário (c), higiene (d) e transporte (e), entende-se que, ressalvadas as exceções, o empregador deverá pagar o valor correspondente ao atual ajuste salarial contido no Decreto 8.166/2013 (R$ 724,00) e não metade deste valor, como foi confirmado neste caso.
	A demissão por justa causa, por sua vez, está disciplinada no artigo 482. Há neste dispositivo um rol taxativo de justificativas válidas para rescisão de contrato. Foi designado pela empresa A que o motivo ocasionador da demissão fora um comentário feito por João sobre as roupas do proprietário da empresa. Ainda foi afirmado pelo narrador dos fatos (Prof. Tiago Tupinambá) que o comentário não foi de reprovação; e sim o contrário. Isso, consequentemente, configura que a atitude do trabalhador não se enquadra no que versa este artigo.
	Não sendo, neste caso, demissão por justa causa, João tem direito a aviso-prévio, férias proporcionais, 1/3 de férias, 13º salário, FGTS, multa de 40% do FGTS e Seguro-Desemprego e indenização por danos materiais e morais em razão das faltas cometidas pela empresa.
	Vê-se, portanto, que, neste caso, há muitos direitos (dissertados anteriormente) resguardados pelo art. 7º da Carta Magna e pela CLT a serem resguardados. É, por conseguinte, injusto que o texto constitucional, como afirma Ferdinand Lassalle, não passe de uma “folha de papel” ou a luta antiga e contínua de uma classe trabalhista para inaugurar a Lei 5452/43 não seja com louvor executada. Logo, faz-se necessário o cumprimento destas normas jurídicas.
Referências Bibliográficas
Consolidação das Leis do Trabalho, Lei 5452/43.
Constituição da República Federativa do Brasil em 1988.
Disponível em: http://leitrabalhista.com.br/demissao-por-justa-causa-direitos-faltas-motivos-e-causas/						Acessado em: 24/08/2014 	 às 13:37.

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