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FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Aula II: Fraturas Osteogênese Osso é um tecido conjuntivo rígido, inflexível no qual a matriz extra celular (MEC) é impregnada com sais de cálcio e fosfato (mineralização) Formação do tecido ósseo Ossificação – processo pelo qual o osso se forma Esqueleto Embrionário: Membrana de tecido conjuntivo fibroso Cartilagem hialina (ambas tem formato de osso e fornecem locai para ossificação Osteogênese Processo de formação do tecido ósseo – 6ª ou 7ª semana do desenvolvimento embrionário. Ossificação Endocondral - substituição gradativa do tecido cartilaginoso por tecido ósseo Ossificação Intramembranosa – formação de tecido ósseo no interior de uma membrana de tecido conjuntivo que serve de molde para o osso (formação de ossos planos da caixa craniana, mandíbula e clavícula) Fratura Conceito: Perda total ou parcial da continuidade de um osso Definição: é um estado de interrupção da continuidade de um osso que, geralmente, é resultado de um impacto violento (força deformante) sobre o osso levando à incapacidade de transmissão de carga devido à perda da sua integridade estrutural. Incidência: é maior no sexo masculino, devido a uma exposição maior aos traumas, porém se inverte na idade avançada em virtude da osteoporose pós- menopausa. Fratura Resulta de uma sobrecarga (única ou múltipla) Provoca danos visíveis as partes moles por um processo de ruptura e com características de implosão Fratura Características mecânicas do osso Rigidez – pouca deformação em condições de carga Resistência – tolerância a altas cargas Classificação das Fraturas: Quanto a Etiologia Quanto a comunicação com o meio externo Quanto a localização Quanto a extensão Quanto a configuração Quanto a relação entre os fragmentos Fratura - Etiologia 1. Trauma (direto ou indireto) 2. Estresse 3. Patológica Fratura – Comunicação com o meio externo 1. Fechada ou simples 2. Aberta, composta ou exposta Fratura – Localização Fratura – Localização Diafisária Epifisária Placa Epifisária Metafisária Intra articular Fratura – Localização – Salter Harris Fratura – Configuração ou tipo de superfície Fratura – Relação entre os fragmentos 1. Não desviada 2. Desviada • Angulada (varo, valgo, posterior, anterior • Cavalgada • Rodada • Impactada Angulada (desvio varo) Cavalgada Rodada Impactada Fratura Fratura – Fase Consolidação Estágios: 1. Hematoma 2. Proliferação periosteal e endosteal 3. Formação do calo ósseo 4. Consolidação 5. Remodelação Fratura – Fase Consolidação Hematoma: caracterizado por um período de hemorragia; Proliferação periosteal: formação de um colar de tecido ativo que circunda cada fragmento ósseo; Calo ósseo: deposição de cálcio; Consolidação: formação de osso maduro; Remodelação: formação de um colar que circunda todo o osso. Fratura – Fase Consolidação Hematoma: Inicia no máximo em 48 hrs e finaliza em uma a duas semana Vasodilatação e hipertermia Invasão de neutrófilos, basófilos e macrófagos O hematoma se converte em uma rede fibrina para iniciar a produção celular Fratura – Fase Consolidação 2. Fase de reparação Calo primário: Composta principalmente por tecido fibroso e cartilaginoso com pequenas quantidades de osso Osteoblastos responsáveis pela mineralização do calo ósseo 2. Fase de reparação Calo secundário: Calo duro e tecido esponjoso Melhora a estabilidade da fratura O crescimento dos componentes celulares dependem do periósteo e da medula óssea Fratura – Fase Consolidação Remodelação: Pode durar meses ou anos O osso fibrilar se transforma em laminar e trabecular A cavidade medular é ocupada por medula óssea Fratura – Fase Consolidação Fase 2 – Linha sutil de fratura com reação periosteal Fratura – Fase Consolidação Calo ósseo Normal Fratura – Fase Consolidação Calo Ósseo Normal Necessidade de 2 incidências para o estudo radiológico Fratura – Fase Consolidação Fêmur com haste intramedular e fratura consolidada Fratura – Mecânica Instável – ocorre na maioria das fraturas Estável – em especial as fraturas metafisárias impactadas Parcialmente Estáveis: • Alinhadas com periósteo intacto • Extremidade proximal do colo do fêmur • Em galho verde Fratura – Métodos de Tratamento Fratura sem estabilização: Natureza tenta estabilizar através da contração muscular, do hematoma e do edema Fratura – Métodos de Tratamento Fratura com tratamento conservador: • Imobilização provisórias: o Enfaixamento (colar cervical, em oito, Velpeau) o Esparadrapagens o Tração (cutânea/esquelética) o Apoio (tipóia) o Talafix Enfaixamento clavicular “em oito” Velpeau Esparadrapagem Tração Tipoia Talafix Fratura – Métodos de Tratamento Fratura com tratamento cirúrgico (OSTEOSSÍNTESE): intervenção cirúrgica que une mecanicamente os fragmentos ósseos de uma fratura, por intermédio de uma peça metálica, que permite a consolidação, pela formação do calo ósseo. Função do implante: • Imobilizar a fratura até a consolidação, mantendo estabilidade suficiente para permitir a precoce reabilitação funcional (não leva a consolidação mais rápida) Tipos de implante: • Haste intramedular • Fio percutâneo • Fixador externo • Placa em ponte • Placa de compressão • Banda de tensão Fratura – Métodos de Tratamento Haste intramedular Fio percutâneo Fratura – Métodos de Tratamento Fixadores Externos ILIZAROV Fratura – Métodos de Tratamento Placa em Ponte Placa de Compressão Fratura – Métodos de Tratamento Fratura – Métodos de Tratamento Fratura – Avaliação Verificar postura Ferimentos/ cicatrizes Aderências Deformidades Coloração/ estado circulatório Inervação Imagens Fratura – Avaliação Fratura – Avaliação • União Retardada: persistência de linha radioluscente, pequena área de proliferação periosteal, ausência de calo • Não união: extremidades lisas, escleróticas arredondas, sem evidências de união na linha da fratura • Má união – calo ósseo e consolidação não anatômica Caso Clínico I O.S.R; 63 anos, sofreu queda ao solo observando se rotação externa e encurtamento do MSD. Foi encaminhado ao HPS, onde após a realização de RX contatou se fratura de colo de fêmur a direita. Hoje encontra se internado no 2º dia de PO ( osteosintese \ fixação interna) apresentando boa estabilidade. Quais os 3 procedimentos principais cinesioterapêuticas para este paciente no segundo dia de PO Resposta caso clínico I • Mobilização artrocinematicas para ganho de ADM e diminuição de dor do membro acometido (exceto rotação interna de quadril ). • Exercícios Isométricos para ganho de FM para movimento de quadril exceto para rotadores externos. • Troca de postura para evitar complicações • Planejar a retirada precoce do leito (sentar) Caso Clínico II Paciente 70 anos, sofreu queda da própria altura fraturando o colo do fêmur, sendo realizado um tratamento cirúrgico com colocação de PTQ direito cimentada. Citar 4 objetivos prioritários, descrevendo as condutas realizadas. Fratura – Avaliação • Sentar fora do leito ( apoio para MID sempre mantendo abdução e rotação externa de quadril). • Iniciar apoio parcial com auxilio de um andador Iniciar reforço muscular com exercícios ativos livres/assistidos, flexão de quadril até 90º, caso o arco cirúrgico for posterior. • Manter abdução e RE de quadril mantendo coxinho ou travesseiro entre as pernas Obrigada!
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