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HISTÓRICO Princípios gerais de redução de fraturas: Não mudaram desde a época de Hipócrates (460 a.C.). Redução: colocar os fragmentos em posição anatômica. Contenção: manter os fragmentos em posição. Imobilização: tempo necessário para haver a união óssea. A mandíbula pôr o único osso móvel da face, apresenta características muitos peculiares em sua configuração: uma forma aproximada de ferradura com dupla articulação, inserida nas fossas, mandibulares dos ossos temporais por cápsula, ligamentos e inserções musculares (pterigoideo medial, pterigpóideo lateral, temporal e massater. Responsável pela função mastigatória com conjuntos de elementos dentais presentes e dispostos sequencialmente pelos incisivos centrais e laterais com a função básica de cortar os alimentos e primeiros e segundos pre molares com função de triturar e os molares de moer, bem como função estética do terço inferior da face. Etiologia Causas predisponentes Dentes inclusos Cistos e tumores Osteopenia, osteoporose, displasias ausências dentárias Trauma Automobilístico Queda própria altura paf Agressões Considerações Anatômicas áreas de resistência e fragilidade devido Forma e arranjo trabecular Intensidade e direção do trauma Simples ou fechada: uma fratura que não produz uma ferida aberta em contato com ambiente externo, seja através da pele, mucosa ou ligamento periodontal. Composta ou aberta: uma fratura na qual uma ferida externa, envolvendo a pele, mucosa ou ligamento periodontal, se comunica coma quebra no osso. Comunicativa: uma fratura na qual o osso é estilhaçado ou esmago. Galho verde: uma fratura em que uma cortical óssea esta quebrada e outra cortical óssea dobrada. Patológica: uma fratura que ocorre a partir de lesão leve, em razão de doença óssea preexistente. Múltiplas: uma variedade na qual existem duas ou mais linhas de fratura TRATAMENTO DAS FRATURAS DE MANDÍBULA Impactada: uma fratura na qual um fragmento é firmemente levado a outro Atrófica: uma fratura espontânea resultante da atrofia do osso, tal como em mandíbulas endêntulas Indireta: uma fratura em um ponto distante do local do ferimento Complicada ou complexa: uma fratura na qual há lesão considerável do tecido mole, adjacente, ou partes adjacentes podendo ser ou simples ou composta. Classificações Fratura de mandíbula Fratura de sínfise São aquelas que ocorrem desde a distal de um canino até a distal do canino contralateral. Clinicamente a presença de hematoma sublingual é altamente sugestiva de fratura de sínfise. Fraturas instáveis por grande maioria é tratada de forma cruenta. Aceso cirúrgico preferencial é intrabucal semelhante á incisão para mentoplastia porem nos casos em que existe ferimento lacerante na pele, ele é utilizado para tratamento dessas fraturas. Fratura de corpo Por definição são aquelas fraturas localizadas entre distal canino e último molar. A via de acesso preferencial no tratamento destas fraturas é extrabucal , porem casos de fratura na região dos pré molares pode se Utilizar a via intrabucal de forma bastante satisfatória. Material utilizado FIR usado depende do tipo da fratura. Fratura de ângulo O deslocamento do coto proximal endêntulo é para a medial e superior por ação dos músculos elevadores da mandíbula. O paciente queixa se de contato prematuro na região posterior da maxila o que impede o fechamento normal da boca. Tratamento varia desde a deslocação de uma pequena placa do sistema 2,0 na linha obliqua externa por via intrabucal até emprego da placa de reconstrução dependendo do tipo de fratura e do grau de deslocamento. Fratura do Ramo Fraturas de ramo sofrem pouco deslocamento devido á proteção da alça pterigommassetérica, casos como esse tratamento é somente o bloqueio maxilomandibular nos casos de fraturas com grandes deslocamentos ou cominutivas a redução aberta e a FIR estão indicadas. Fratura de côndilo O tratamento e conservador que consiste de BMM por no máximo duas semanas seguido por fisioterapia intensa por vários meses. Casos são tratados de forma cruenta, usar como via de acesso a incisão retromandibular. Fratura de mandíbula atrófica Os casos de fratura em mandíbula atrófica devem ser tratados com FIR utilizando placas de acordo com sistema 2,4 colocando os parafusos na região de sínfise e ângulo para evitar a topografia do feixe vasculonervoso alveolar inferior. Fratura de mandíbula em criança No tratamento de fraturas mandibulares em crianças no período de dentição mista deve ter especial cuidado com os germes dos dentes permanentes. A fratura com grande deslocamento utiliza se a FIR associada a goteiras cercladas nas mandíbulas por meio de fios de aço. Fraturas com um pouco deslocamento utiliza se somente a cerclagem. Exame clinico A avaliação inicial é parte de uma pesquisa secundaria, quando aderindo ao protocolo de suporte avançado de trauma a vida (ATLS). A estabilização das vias areas pode exigir traqueostomia em lesões de esmagamento graves, como a mandíbula deve severamente deslocada. A mandibula deve ser avaliada após o paciente ser estabilizado e após lesões possivillmente fatais já tiverem sido identificadas. Os sinais e sintomas das fraturas mandibulares são os seguintes. Diagnostico Sinais e sintomas Má oclusão: mordida aberta, desvio de linha media, dentes fora do plano oclusal, dificuldade de abertura de boca. Disfunção e deformidade em mordida aberta anterior podem indicar fratura de colo de côndilo (bilateral). Desvio lateral da mandíbula pode indicar fratura subcondilar (unilateral) ou uma fratura telescópica do corpo do osso. Fratura unilateral de côndilo: desvio de linha média para o lado fraturado. Edema local quase todas as fraturas mandibulares apresentam um certo grau de hematoma e extravasamento de liquido no interior dos tecidos adjacentes geralmente associados a uma extensa equimose. Exame radiológico Os exames radiológicos a seguir são uteis no diagnóstico de fraturas mandibulares Radiografia panorâmica Radiografia lateral obliqua Radiografia posteroanterior Visão oclusal Visão periapical Visão towne reversa ATM, incluindo tomografias TC – espiral de alta resolução ou tomografia computadorizada helicoidal. Tratamento Princípios gerais de redução de fraturas: Redução: colocar os fragmentos em posição anatômica. Contenção: manter os fragmentos em posição. Imobilização: tempo necessário para haver a união óssea Princípios gerais do tratamento das fraturas de mandíbula Reestabelecimento da oclusão reestabelecimento da função mastigatória Reparo tecidual ósseo Fases: inflamação, fibroplasia e remodelação Inflamatória: até 5 dias Rompe vasos, menos oxigênio, necrose séptica, inflamação e edema Vasodilatação, formação de hematoma, início de proliferação celular pluripotenciais Diferenciação em osteoblastos, condroblastos e fibroblastos Angiogênese, depósito de colágeno, formação do tecido de granulação Formação de cartilagem hialina à partir do hematoma Calo cartilaginoso: 4 a 40 dias Interna e externamente (periosteal e endosteal ) Calcificação da cartilagem, aumento dos osteoblastos e surgem os osteoclastos Tem a função de estabilizar o osso enquanto ocorre o reparo ósseo Calo ósseo: 4 a 40 dias Calcificação do calo cartilaginoso Aposição de matriz osteóide Formação óssea pela calcificação da matriz osteóide Remodelação: 25 a 50 dias Remodelação do calo ósseo, substituição do osso primitivo por osso maduro Tratamento pode ser cruento ou incruento dependendo da fratura ser favorável ou desfavorável estabelecer uma oclusão satisfatória o quanto antes Estabilizar e evitar formação de focos infecciosos e tecido granulomatoso Bloqueio maxilo-mandibular (transcirúrgico ou tardio) Leonardo de souza lima Capitulo: 24 Tratamento das fraturas de mandíbula Autor: Ronaldo de Freitas Lslreal
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