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Adm_Científica_Taylor

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1. APRESENTANDO TAYLOR
	O Engenheiro Frederick W.Taylor nascido em Filadélfia, Estados Unidos, no ano de 1856 e falecido em 1915, foi quem iniciou o estudo da Administração Científica, destacando as tarefas e a aplicação dos métodos da ciência ao problema da administração, figurando como princípios básicos observar e medir, na busca de elevar a eficiência industrial, provocando conflitos no pensamento administrativo e nas indústrias da época. 
	Taylor teve uma educação disciplinada. No início de seus estudos tomou conhecimento dos problemas causados pela Revolução Industrial. Teve a felicidade de iniciar sua vida profissional vivenciando os problemas de baixo para cima; iniciou como operário e foi galgando novos postos até assumir a função de Engenheiro, quando se formou em 1885.
	A moda vigente naquela época era o pagamento por tarefa. Isto gerava um problema, quando os patrões reduziam ao máximo o preço da tarefa, ato contínuo, os empregados reduziam o ritmo da produção das máquinas para contrabalancear o pagamento por peça, determinado pelos patrões. Taylor como chefe de oficina de uma Indústria, resolveu aprofundar seus estudos no problema de produção, detalhadamente.
2. PRIMEIRO PERÍODO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	A Administração Científica teve seu primeiro período iniciado com Taylor através de seus estudos realizados na Empresa MIDVALE STEEL CO, começando pelos operários e extrapolando suas conclusões para a Administração Geral. Na teoria, seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo.
	Taylor deixou a primeira empresa em 1889, entrando para a BETHLEHEM STEEL WORKS, onde tentou a aplicação de suas conclusões, sofrendo enorme resistência. Registrou cerca de cinco patentes de invenções de máquinas, ferramentas e processos de trabalho. Em 1895 apresentou a AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINERS um estudo denominado Notas sobre as Correias, publicando em seguida outro trabalho destinado a Remuneração do Operário, “Um Sistema de Gratificação por Peças”
	O seu primeiro período corresponde à época da publicação do seu primeiro livro em 1903 SHOP MANAGEMENT (Administração de Oficina) enfocando exclusivamente técnicas para racionalizar o trabalho operariado, estudando o tempo e os movimentos (MOTIDN - TIME STUDY). Taylor analisou com paciência o trabalho executado pelo operário em cada tarefa, analisando seus movimentos e processos na tentativa de aperfeiçoá-los e racionaliza-los. Verificou a baixa produtividade dos operários em relação com a máquina e constatou que o operário mais produtivo ganhava o mesmo que um operário menos interessado, concluindo a necessidade de pagar medindo a produtividade.
2.1. - Em resumo a Administração de Oficinas diz que:
2.1.1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos (medindo produção) e ter baixos custos de produção.
2.1.2 A realização desses objetivos passava pela aplicação de métodos científicos e experiências para o problema global, formulando a partir daí princípios e estabelecendo processos padronizados para maior controle das operações nas fábricas.
2.1.3 Os Empregados, Condições de Trabalho e Materiais, teriam que estar cientificamente ajustados e selecionados para facilitar os cumprimentos das normas estabelecidas.
2.1.4 Os empregados deveriam ser cientificamente preparados, aperfeiçoando suas aptidões na busca de produtividade.
2.1.5 Trabalhar bom relacionamento entre a administração e os trabalhadores para facilitar a implantação de mudanças ou princípios diferentes.
3. - SEGUNDO PERÍODO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	O segundo período da Administração Científica corresponde à época da publicação de outro livro de Taylor “Princípios da Administração Científica” (1911) quando conclui que racionalizar trabalho significa também estruturar a empresa buscando coerência para a aplicação dos seus princípios.
	Segundo Taylor, os principais problemas existentes nas empresas de sua época poderiam ser agrupados em três fatores:
3.1. Boicote dos operários reduzindo produtividade para evitar redução de salário.
 
Causas do Boicote:
3.1.1. Sentimento entre os trabalhadores de que o maior rendimento do homem e da máquina resulta em desemprego;
3.1.2. Sistema Administrativo usado, que leva os operários à ociosidade do homem e da máquina resulta em desemprego
3.1.3. Aplicação de métodos empíricos e ineficientes, desperdiçando tempo e produtividade.
3.2. Gerentes despreparados e sem conhecimento do trabalho a ser realizado.
3.3. Falta de uniformidade das técnicas utilizadas no trabalho.
	Para eliminar esses problemas, Taylor idealizou e difundiu para o mundo o seu famoso sistema de administração também conhecido como SISTEMA DE TAYLOR, GERENCIA CIENTÍFICA, ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA NO TRABALHO E ORGANIZAÇÃO REGIONAL DO TRABALHO, que segundo o próprio Taylor era muito mais uma evolução do que uma teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso.
	Implantar a Administração Científica, segundo Taylor deve ser um processo gradual e demanda tempo. A fim de evitar alterações bruscas que causam inevitavelmente descontentamento entre os empregados. A implantação requer um período de 4 a 5 anos.
4. ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA. 
	A Administração e a Organização estudadas e tratadas cientificamente não só revolucionam as Indústrias como também teve um grande impacto na Administração em si, principalmente pela aplicação de uma metodologia sistemática na análise e solução dos problemas, no sentido de baixo para cima.
 	A Administração Cientifica pode ser assim sumariada:
“Ciência em lugar de empirismo.
Harmonia, em vez de discórdia.
Cooperação, não individualismo.
Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.
“Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiência e prosperidade”.
4.1. Elementos de Aplicação da Administração Científica segundo Taylor:
a) estudo do tempo e padrões de produção
b) supervisão funcional;
c) padronização de ferramentas e instrumentos;
d) planejamento de tarefas e cargos;
e) princípio da exceção;
f) utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
g) fichas de instruções de serviço;
h) idéia de tarefa associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;
i) classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;
j) delineamento da rotina de trabalho.
	Embora a Administração Científica iniciada por Taylor tivesse uma preocupação muito mais filosófica, onde exige um esforço maior de mente, tanto da direção como dos operários, os seus seguidores tinham uma preocupação maior com o mecanismo e com as técnicas do que com a filosofia da Administração Científica.
	O objetivo maior da Administração Científica é a prosperidade do patrão e do empregado. Deve haver identidade de interesses entre os dois. A Administração Científica fundamenta que os interesses de ambos são único. A prosperidade de um não existe sem a prosperidade do outro.
5. ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO.
	Na prática o método de aprendizado utilizado pelas indústrias da época, era o de copiar observando o companheiro vizinho, este processo levava a diferentes maneiras e métodos para uma mesma tarefa e ao mesmo tempo uma variedades de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operários. A administração Científica se encarregou de analisar e utilizando do estudo de tempos e movimentos, definir o método mais rápido e o instrumento mais adequado que seriam utilizados em cada trabalho. A esta substituição de métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos, recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).
	A Administração Científica se encarregou de definir pontos até então bastante conflitantes que era a repetição de responsabilidades. Com elas a Gerencia ficou com o planejamento (estuda o trabalho do operário e o método utilizado), a supervisão, assiste o trabalhador durante a produção e o trabalhadorexecuta.
	Os principais aspectos da ORT são:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos.
Estudo da fadiga humana;
Divisão do trabalho e especialização do operário
Desenho de cargos e de tarefas;
Incentivos salariais e prêmios de produção;
Conceito de “homo economicus”;
Condições ambientais de trabalho;
Padronização de métodos e de máquinas;
Supervisão funcional.
5.1. ANÁLISE DO TRABALHO E ESTUDOS DE TEMPOS E MOVIMENTOS
	Racionalizar trabalho está diretamente ligado ao estudo de tempos e movimentos. Verificando os movimentos para a execução de cada tarefa e observando com paciência a operação dessas tarefas a cargo dos operários, podem ser simplificados os movimentos úteis e eliminados os movimentos inúteis, economizando esforço e tempo dos operários. Paralelamente a essa análise do trabalho, seguiam-se os estudos dos tempos e movimentos com o objetivo de medir o tempo médio para a execução de determinada tarefa. Adicionados há outros tempos, encontrava-se o tempo padrão. Poderia então padronizar o método e o tempo destinado a execução de uma tarefa.
5.1.1. A racionalização dos métodos e a fixação dos tempos padrões trouxeram outras vantagens conforme abaixo:
Eliminar os movimentos inúteis e substituí-los por outros mais eficazes.
Tornar mais racional a seleção e treinamento do pessoal.
Melhorar a eficiência do operário e, consequentemente, o rendimento da produção.
Distribuir uniformemente o trabalho, para que não haja períodos de falta ou excesso de trabalho.
Ter uma base uniforme para salários equitativos e para prêmios por aumento de produção.
Calcular com mais precisão o custo unitário e, por conseguinte, o preço de venda dos produtos.
5.1.2. O objetivo maior do estudo dos tempos e movimentos eram os seguintes:
Eliminação de todo desperdício do esforço humano.
Adaptação dos operários à própria tarefa.
Treinamento dos operários para que respondam às exigências de seus respectivos trabalhos.
Maior especialização de atividades
Estabelecimentos de normas bem detalhadas de atuação no trabalho.
5.1.3 Frank B. Gilbreth (1868 - 1924), engenheiro e americano, também acompanhou Taylor e contribuiu com a administração científica, aprofundando seus estudos na área de estudo dos tempos e movimentos dos operários para a racionalização do trabalho; aumento de produtividade e concluindo que, todo trabalho manual pode ser reduzido e movimentos elementares podem ser decompostos para a análise de quaisquer tarefas. O estudo dos movimentos elementares constitui o último elemento da Administração Científica.
	Segundo Gilbreth os movimentos elementares são:
Procurar
Escolher
Pegar
Transportar vazio
Transportar cheio
Posicionar
Preposicionar
Unir
Separar
Utilizar
Soltar a carga
Inspecionar
Segurar
Esperar Inevitavelmente
Esperar quando evitável
Repousar
Planejar.
	A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos era a busca incansável de utilizando os recursos disponíveis, elevar a eficiência dos operários no seu desempenho previamente estabelecido. Desta forma, podemos afirmar que eficiência é a melhor maneira de executar uma tarefa aplicando os recursos (pessoas-máquinas, materiais-pessoas etc.) de maneira racional
5.2. A FADIGA HUMANA
	Para Gilbreth o estudo dos movimentos é realizado com uma tripla finalidade.
5.2.1. -Evitar os movimentos inúteis na execução de uma tarefa.
5.2.2 - Executar os movimentos úteis o mais economicamente possível do ponto de vista psicológico.
5.2.3 - Dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada.
	Gilbreth com seus estudos verificou que a fadiga predispõe o trabalhador para:
Diminuição da produtividade e da qualidade do trabalho;
Perda de tempo;
Aumento da rotação de pessoal;
Doenças;
Acidentes;
Diminuição da capacidade de esforço.
	Sabendo-se que a fadiga reduz eficiência Gilbreth propôs alguns princípios de economia de movimentos classificados em três grupos abaixo:
Relativos ao uso do corpo humano;
Relativos ao arranjo material do local de trabalho;
Relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento.
	A Administração Científica pretendia com isto racionalizar os movimentos, eliminando os que produziam a fadiga, direta ou indiretamente, relacionado com a tarefa executada pelo homem.
5.3. ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO
	Com a análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos, as indústrias se reestruturaram , havendo com isto a divisão do trabalho e a especialização do operário na busca da produtividade. A limitação de cada operário para a execução de uma única tarefa de maneira contínua e repetitiva, encontrou na linha de montagem sua principal base de aplicação e logo se estenderam a todos os campos de atividades. A idéia básica era a de que a eficiência aumenta com a especialização.
5.4. CARGOS E TAREFAS
	A Administração Científica também com Taylor, tentou estabelecer os cargos e tarefas a serem desempenhados pelas pessoas, por isso, foi muito reverenciado e muito criticado.
	Entende-se por tarefa a uma unidade possível dentro da divisão do trabalho.
	Entende-se por cargo, o conjunto de tarefas a serem executadas e pode ter uma ou mais pessoas que executam tarefas específicas.
	Um conjunto de cargos forma uma seção e um conjunto de seções forma um departamento.
	Desenho de cargos é a especificação, como executar, e as relações com os demais cargos existentes. E o princípio básico é que cada cargo deve conter um número limitado de tarefas relacionado para uma execução automatizada por parte do trabalhador que deve fazer e não pensar ou decidir.
	A simplificação no desenho de cargos manuais permite as seguintes vantagens:
a) admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo o custo de produção;
b) minimização dos custos de treinamento (aprendizagem do método de trabalho);
c) redução na possibilidade de erros na execução, diminuindo os refugos e rejeições;
d) facilidade à supervisão, permitindo que cada supervisor possa controlar um número maior de subordinados;
e) aumento da eficiência do trabalhador, permitindo-lhe uma produtividade maior.
5.5. INCENTIVOS SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO
	Para contemplar este item, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e de prêmios de produção que se baseava no pagamento pela produção de cada operário, acrescida de um prêmio de produção adicional que aumentava à medida que se elevava a eficiência do operário.
	Com o plano de incentivo salarial, procurava conciliares os interesses da Empresa (menor custo de produção) com os interesses dos operários (salários maiores) tendo, porém que suportar o trabalho repetitivo, robotizado.
5.6. CONCEITO DE HOMEM ECONÔMICO
	Com a Administração Científica implantou-se o conceito de homem econômico, segundo o que, toda pessoa é concebida a enfermidade por recompensas salariais econômicas e materiais. O homem procura o trabalho não porque gosta e sim para sobreviver.
	Essa estreita visão de natureza humana - o homem econômico - além de vê-lo como empregado do dinheiro, via no operário da época um individuo mesquinho e limitado, que deveria ser controlado continuamente.
5.7. CONDIÇÕES DE TRABALHO
	Taylor e seus seguidores verificaram que o método de trabalho e os incentivos salariais não eram suficientes para ser eficiente, mais também um conjunto de condições que garantissem o bem estarem físico do operário diminuindo a fadiga.
	As condições de trabalho que mais preocuparam os Engenheiros de Administração Científica foram às seguintes:
a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa;
b) arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção;
c) melhoria do ambiente físico detrabalho de maneira que o ruído, a ventilação, a iluminação, o conforto geral no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador;
d) projeto de instrumento e equipamentos especiais para cargos específicos, como transportadores, seguidores, contadores e outros utensílios para reduzir movimentos desnecessários.
	Com a Administração Científica, as condições do trabalho passaram a ser muito valorizados, não porque eram essenciais para a obtenção de eficiência do operário.
5.8. PADRONIZAÇÃO
	Além de todas as outras preocupações anteriores (tempos e movimentos, fadiga, divisão do trabalho, especialização, incentivos salariais) a organização racional do trabalho passou a preocupar com a padronização dos métodos e processos de trabalho e com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas, no sentido de eliminar o desperdício e aumentar a eficiência, diminuindo os custos.
	Com a Administração Científica, a padronização passou a ser uma preocupação constante na busca de eficiência e na condução da simplificação.
5.9. SUPERVISÃO FUNCIONAL
Taylor propunha a supervisão funcional que seria a existência de supervisores especializados e com autoridade funcional sobre seus subordinados. Essa autoridade funcional é relativa e parcial.
	A Administração Funcional consiste em dividir o trabalho de maneira que cada homem tenha que executar a menor variedade possível de funções, seja do assistente ao Superintendente. Com isto o operário recebia orientações e ordens de encarregados diferentes, cada um desempenhando sua própria função particular. 
6. PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	Vários autores procuraram estabelecer seus próprios princípios de administração, dentre os quais destacamos:
6.1.. Princípios da Administração Científica de Taylor
	Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:
6.1.1. Princípio de planejamento; substituir no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, por meio de planejamento do método.
6.1.2. Princípio de preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, prepara também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.
6.1.3. Princípio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor possível.
6.1.4. PrIncípio da execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.
6.1.5. Outros princípios implícitos de Administração Científica segundo Taylor, enunciado dispersivamente em sua obra.
a - Estudar o trabalho dos operários, decompô-lo em seus movimentos elementares e cronometrá-lo para, após uma análise cuidadosa, eliminar ou reduzir os movimentos inúteis e aperfeiçoar e racionalizar os movimentos úteis.
b. - Estudar cada trabalho antes de fixar o modo como deverá ser executado.
c. - Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com as tarefas que lhe serão atribuídas.
d. -Dar aos trabalhadores instruções técnicas sobre o modo de trabalhar, ou seja, treiná-los adequadamente.
e. -Separar as funções de preparação e as de execução, dando-lhes atribuições precisas e delimitadas.
f. - Especializar e treinar os trabalhadores, tanto na preparação e no controle do trabalho quanto na sua execução.
g. - Preparar a produção, ou seja, planejá-la e estabelecer prêmios e incentivos para quando forem atingidos os padrões estabelecidos, bem como outros prêmios e incentivos maiores para quando os padrões forem ultrapassados.
h. -Padronizar os utensílios, os materiais, o maquinário, o equipamento e os métodos e processos de trabalho a serem utilizados.
i. - Dividir proporcionalmente (entre a empresa, os acionistas, os trabalhadores e os consumidores) as vantagens que resultarem do aumento da produção proporcionado pela racionalização.
j. - Controlar a execução do trabalho, para mantê-lo nos níveis desejados, aperfeiçoa-lo, corrigi-lo e premiá-lo.
k. - Classificar de forma prática e simples os equipamentos, os processos e os materiais a serem empregados ou produzidos, de forma a tornar fácil o seu trato e o seu uso.
6.2. 	Princípios de eficiência de Emerson
	Harrington Emerson (1853-1931), também auxiliou Taylor, procurou simplificar os métodos de Taylor e popularizou a Administração Científica, desenvolvendo inclusive os primeiros trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados. Os seus princípios são:
6.2.1. Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os ideais.
6.2.2. Estabelecer o predomínio do bom senso.
6.2.3. Manter orientação e supervisão competentes.
6.2.4. Manter disciplina.
6.2.5 - Manter honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho.
6.2.6. - Manter registros precisos, imediatos e adequados.
6.2.7. - Fixar remuneração proporcional ao trabalho.
6.2.8. - Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho
6.2.9. - Fixar normas padronizadas para o trabalho.
6.2.10 - Fixar normas padronizadas para as operações.
6.2.11. -Estabelecer instruções precisas.
6.2.12.- Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficiência.
6.3. Princípios Básicos de Ford
	Henry Ford (1863 - 1947) o mais conhecido da administração moderna, iniciou sua vida como mecânico, chegando a engenheiro-chefe de uma fábrica, onde idealizou e projetou um modelo de carro autopropelido. Em 1889, fundou sua primeira fábrica de automóveis fechando logo em seguida. Continuou seus projetos e fundou a Ford Motor Co, fabricando carros populares, com um plano de venda e assistência técnica de grande alcance, que revolucionou o comércio na época. Em 1913, já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus empregados parte das ações de sua empresa. Estabeleceu um salário mínimo de U$5,00 (cinco dólares) por dia e jornada de trabalho de 08h00minh, quando a realidade da época era de dez a doze horas. Em 1926 já tinha 88 fábricas, empregava 150 mil homens e fabricava 2.000.000 de carros por ano. Outros métodos creditados a Ford foi o de haver formulado idéias e teorias a respeito da administração. Utilizou um sistema de concentração vertical produzindo desde a matéria prima inicial ao produto acabado, além de uma cadeia de distribuição comercial para o meio de agências próprias. Fez fortuna graças ao constante aperfeiçoamento de seus métodos, processos e produtos e idealizou a produção em série.
	Três aspectos suportam o sistema da produção em série:
6.3.1 - a progressão do produto através do processo produtivo é planejado, ordenada e contínua.
6.3.2 - O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo.
6.3.3 - as operações são analisadas em seus elementos constituintes.
	Ford adotou três princípios básicos, a saber,
6.3.3.1. Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria prima e a rápida colocação do produto no mercado.
6.3.3.2. Princípio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação. Por meio desse princípio, conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários. A velocidade de produção deve ser rápida. Diz Ford em seu livro: ”O minério sai da mina no sábadoe é entregue sob a forma de um carro, ao consumidor, na terça feira, à tarde”. 
6.3.3.3. Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. Assim o operário pode ganhar mais, um mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção.
6.4. - PRINCÍPIO DA EXCEÇÃO:
	Taylor adotou um sistema de controle operacional baseado na verificação das exceções ou desvios dos padrões normais. Daí o principio da exceção que funciona como um sistema de informação que apresenta dados divergentes distantes dos resultados previstos.
	O princípio da exceção é fundamentado em relatórios que acusam apenas os desvios ou afastamentos dos resultados esperados em determinados programas.
7. - AVALIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	As obras de Taylor e seus seguidores sofreram várias críticas, porém não tira o mérito de verdadeiros pioneiros da Teoria da Administração.
	As principais críticas à administração científica foram:
7.1. - MECANISMO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	A Administração Científica deu-se pouca atenção ao elemento humano, restringindo-se basicamente às tarefas e aos fatores relacionados com o cargo e função do operário
	A primeira crítica sofrida pelo Taylor ismo ocorreu em 1911, pelo professor Hoxie da Universidade de Chicago, quando estudou o problema das greves dos operários na maioria das empresas americanas.
7.2. SUPER ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO.
	Na busca da eficiência, a Administração Científica preconizavam a especialização do operário privando-os da satisfação no trabalho e violando a dignidade humana, a partir do momento que passa a ser roborizado. 
7.3. VISÃO MICROSCÓPICA DO HOMEM
	A Administração Científica refere-se ao homem ignorando-o como ser humano e social, adota uma concepção negativista de que os indivíduos são preguiçosos e ineficientes, considera o homem como um apêndice da maquinaria industrial.
7.4. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA
	A Administração Científica também é criticada por apresentar-se como ciência e sem comprovação científica de seus princípios. Os aspectos mais importantes do método utilizado por Taylor referem-se ao como e não ao por que da ação dos operários.
7.5. ABORDAGEM COMPLETA DA ORGANIZAÇÃO.
	Para muitos autores, a Administração Científica é considerada incompleta e inacabada, restringe apenas aos aspectos formais, omite os informais e abandona os aspectos humanos da organização.
7.6. LIMITAÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO
	Taylor e seus seguidores limitaram-se exclusivamente ao problema da produção localizada nas fábricas, esquecendo dos demais aspectos da vida de uma empresa (financeiros, comerciais etc.) o que limita e restringe a sua abordagem.
7.7. ABORDAGEM PRESCRITIVA E NORMATIVA
	A Administração Científica preocupou-se apenas em estabelecer e prescrever princípios normativos, ao invés de explicar o seu funcionamento.
7.8. ABORDAGEM DE SISTEMA FECHADO
	A Administração Científica se caracterizou também por visualizar somente aquilo que acontecia dentro de uma organização, desconsiderando o meio em que está situada. Todavia não podemos desconsiderar Taylor e seus seguidores que teve papel importante na evolução da Administração Científica.
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