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TECNOLOGIA DE CARNES E DERIVADOS Profª Drª Luciana Cristina Brigatto Fontes E-mail: lcbfonte@uninove.br Composição Química da Carne Composição Química da Carne Fatores que Influenciam na Composição da Carne Raça; Espécie; Sexo; Idade; Nutrição. Proteínas da Carne COMPONENTE PORCENTAGEM ÁGUA 60 A 80% PROTEÍNAS 15 A 25% GORDURAS 3 A 13% CARBOIDRATOS 0,8 A 1% MINERAIS 0,5 A 2% Classificação das Proteínas da Carne Proteínas contráteis Proteínas do tecido conjuntivo Proteínas sarcoplasmáticas Actina e miosina Colágeno e elastina Mioglobina e enzimas Contração Muscular Actina + miosina + ATP + saída de Ca+2 para sarcoplasma Complexo actomiosina Sarcoplasma Reticulo sarcoplasmático Miofibrila Relaxamento Muscular •Ca+2 volta ao retículo sarcoplasmático (bomba de cálcio); •Gasto de ATP; •Liberação do complexo actomiosina. Rigor Mortis ABATE CESSA CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE DE O2 METABOLISMO ENZIMÁTICO CONTINUA (HOMEOSTASE) QUEBRA DO GLICOGÊNIO GLICOSE ↑ ÁCIDO LÁTICO ↓ pH (7,0 PARA 5,4 – 5,8) POUCA PRODUÇÃO DE ATP Rigor Mortis FORMAÇÃO DO COMPLEXO ACTOMIOSINA ESGOTAMENTO DAS RESERVAS DE ATP NÃO EXISTE ATP PARA QUEBRAR O COMPLEXO ACTOMIOSINA RIGOR MORTIS Rigor Mortis Resolução do Rigor Mortis Amaciamento da carne; Ação de enzimas proteolíticas da própria carne (CALPAÍNAS TIPO I); •Ativada pelo cálcio •Bastante efetiva logo após o abate, quando o pH da carne cai e chega a 5,7 Maturação Tecnológica ou Comercial Calpaínas tipo II •Inicia as atividades 16 horas após o abate e mantém a atividade por longos períodos; •Ativada por concentrações maiores de cálcio (adição de cálcio extra na maturação); •Ativada em pH 5,7; •Responsável pela continuidade do amaciamento. Maturação Insuficiente Carne PSE (Pale – Soft – Exudative); Principalmente em carne de porco; Stress no momento do abate. Cor pálida; Textura flácida; Baixa capacidade de retenção de água. Carne PSE Mutação genética para conseguir carne mais magra. normal PSE Carne PSE Decomposição acelerada do glicogênio Queda abrupta do pH Temperatura ainda está +/- 38ºC Desnaturação proteica acentuada Carne PSE Baixa CRA Carne DFD • Dark, Firm, Dry (escura, firme e seca); • pH maior, conservação menor; • Rejeição do consumidor. normal DFD Carne DFD Jejum prolongado Redução de glicogênio Pouca ↓ pH (6,2) Grande CRA Superfície pegajosa e escura Stress prolongado Processo de Cura Processo de conservação, além de conferir qualidades sensoriais atraentes, como cor, sabor e aroma. Temperatura •2 a 4ºC •Cura quente Sais de Cura Nitrato e nitrito Cor Sabor Inibem Clostridium botulinum Podem formar nitrosaminas e metahemoglobina Sais de Cura OXIMIOGLOBINA Fe+2 NITROSO MIOGLOBINA Fe2+ NITROSO HEMOCROMO (ROSA) – Fe2+ NO2 - / NO3 - PRESUNTO COZIDO SALAME Defumação Aplicação de fumaça Conservação Sabor; Aroma; Conservação. ↓ Aw; Ação do calor; Incorporação de substâncias antimicrobianas da fumaça. Defumação Aparência Alteração na textura; Reação de Maillard; Incorporação de componentes da fumaça, que alteram cor. Embutidos Emulsionados e Não Emulsionados Emulsão Cárnea: é a união de moléculas de gordura e água, através de proteínas solubilizadas. Salsicha Carne de diferentes animais de açougue, CMS máximo 60%, miúdos comestíveis (estômago, coração, língua, rins, miolos e fígados), tendões, pele e gordura. Embutido Emulsionado: Salsicha Trituração e mistura Embutimento Cozimento Remoção do envoltório Tingimento Resfriamento Embalagem Salsicha Matéria prima Homogeneização Salsicha Proteínas miofibrilares solubilizadas em solução salina 1 a 3% de sal Água Gordura •Trituração e mistura: Emulsão Embutimento MANUAL MECÂNICO Cozimento estufas vapor imersão em tanques com água quente Embutido Não Emulsionado: Salame Trituração e mistura Adição da cultura Embutimento Fermentação Secagem e maturação Estocagem Salame Microrganismos mais utilizados: Lactobacillus e Pediococcus Staphylococcus e Micrococcus Fermentação: Açúcares ácido lático Cor Sabor Salame Maturação Temperatura: 12-18ºC Umidade: 75-85% SABOR DO EMBUTIDO Desidratação Hidrólise enzimática de proteínas e de gorduras Referências Bibliográficas LAWRIE, R. A. Ciência da Carne. Porto Alegre: Artmed, 2005. 384p. MAGANHINI1, M. B. et al. Carnes PSE (Pale, Soft, Exudative) e DFD (Dark, Firm, Dry)em lombo suíno numa linha de abate industrial. Ciênc. Tecnol. Aliment., v. 27 (supl.), ago, p. 69-72, 2007. ORDONEZ, J.A. Tecnologia de alimentos: alimentos de origem animal. v.2. Porto Alegre: Artmed, 2005. 279p. DICKEL, E. L. Tecnologia de produtos cárneos. III Encontro Estadual das Inspeções Sanitárias do Paraná. Universidade de Passo Fundo. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária . 2010, 157 p. GAVA, A. J.; SILVA, C. A. B.; FRIAS, J. R. Tecnologia de Alimentos – Processos e Aplicações. São Paulo: Nobel, 2012. 512p. GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. 4. ed. São Paulo: Manole, 2011. 1034p. Referências Bibliográficas
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