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Desenvolvimento de medicamentos 2016 1

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Profa. Ma. Karina Honda Adati 
 - Tempo de desenvolvimento: 
cerca de 12 a 15 anos; 
 - Somente 1 em cada 5000 a 10000 
substâncias chega até os pacientes; 
 - Investimento de US$ 300 milhões 
a US$ 1,5 bilhão por medicamento; 
 - 7 entre 10 drogas não cobrem os 
custos de P&D; 
 
 - Fontes: 92,4% Indústria Privada e 3,6% 
Universidades; 
 - Processo complexo: muitos pesquisadores 
envolvidos (químicos, físicos, 
bacteriologistas, fisiologistas, 
farmacologistas, toxicologistas, 
hematologistas, imunologistas, 
endocrinologistas, patologistas etc). 
 - Fármaco ideal: efeito desejado, via mais 
adequada (geralmente a oral), dose e 
frequência mínimas, sem efeitos colaterais, 
eliminação eficiente, sem efeitos residuais, 
fabricação fácil, baixo custo, estável. 
 
 Síntese Química e Farmacologia 
pré-clínica 
 Pesquisa bibliográfica; 
 Planejamento químico; 
 Métodos de síntese; 
 
 Molécula protótipo e síntese de 
análogos; 
 Nessa fase se faz patente 
(proteção da descoberta → 
duração de 20 anos). Produto 
patenteado = paga taxa anual 
para o INPI – Instituto Nacional 
de Propriedade Intelectual; 
 
 Estudos toxicológicos, 
farmacodinâmicos e 
farmacocinéticos (in vivo e in 
vitro → comportamento da 
molécula em animais e cultura 
de células); 
 Pré-formulação: Identificação 
do fármaco, estudos físico-
químicos (solubilidade, 
dissolução, polimorfismo); 
 Scale up do fármaco; 
 Desenvolvimento de produção 
do fármaco (estrutura, pessoas, 
equipamentos). 
 
 Desenvolvimento do fármaco; 
 Informações preliminares da 
atividade farmacológica e 
segurança; 
 90% das substâncias são 
eliminadas; 
 Análise de eficácia e segurança; 
 2 a 10 anos para descoberta 
(sendo 5 anos de testes pré 
clínicos); 
 Etapa de transição; 
 Estudos físico-químicos (fármaco + 
excipientes); 
 Testes preliminares com as 
matérias-primas; 
 
 
 Sistema de Classificação 
Biofarmacêutica (SCB): é um 
sistema científico desenvolvido por 
Amidon e colaboradores (1995) na 
tentativa de classificar os fármacos 
com base em sua solubilidade 
fisiológica (alta ou baixa) e 
permeabilidade intestinal (alta ou 
baixa). Quando combinados com 
as características de dissolução “in 
vitro” tem-se a biodisponibilidade 
dos fármacos incorporados em FFS 
de liberação imediata. 
 Instrução Normativa – IN nº 4, de 
03 de agosto de 2011 
 Dispõe sobre o Guia para isenção e 
substituição de estudos de 
biodisponibilidade 
relativa/bioequivalência e dá outras 
providências 
 A intenção do SCB é fundamentar 
os critérios de isenção dos estudos 
de bioequivalência para os 
medicamentos genéricos 
apresentados na forma sólida. 
 
Solubilidade Permeabilidade 
Classe I Alta Alta 
Classe II Baixa Alta 
Classe III Alta Baixa 
Classe IV Baixa Baixa 
Desenvolvimento da Forma 
Farmacêutica 
 - Fase: Formulação – escala de 
bancada e farmacologia clínica. 
 - Farmacologia Clínica Fase I: 
 O estudo deve ser aprovado pelo 
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP); 
 
 É o primeiro estudo em seres humanos 
com pequenos grupos de pessoas 
voluntárias (de 20 a 100), em geral sadias 
de um novo princípio ativo, ou nova 
formulação; 
 É assinado um termo de Consentimento 
Livre e Esclarecido (RDC 196/96), onde 
consta a justificativa, o objetivo, a 
liberdade de desistência, a indenização e 
tudo pertinente à pesquisa; 
 
 Essa pesquisa propõe estabelecer 
uma evolução preliminar da 
segurança e do perfil 
farmacocinético (absorção, 
distribuição, metabolização e 
excreção) e quando possível, um 
perfil farmacodinâmico; 
 
 Maior dose tolerável, menor dose 
efetiva; relação dose/efeito, 
duração do efeito, efeito colateral; 
 Definição dos adjuvantes, 
desenvolvimento da forma 
farmacêutica (de acordo com a via 
de administração); 
 
 - Farmacologia Clínica Fase II (Estudo 
Terapêutico Piloto) 
 As pesquisas realizam-se em um número 
limitado (pequeno) de pessoas, geralmente 
com 100 a 200 pacientes com a enfermidade 
e frequentemente são seguidas de um 
estudo de administração; 
 Visa indicação, eficácia, confirmação da 
segurança, biodisponibilidade e 
bioequivalência de diferentes formulações; 
 Os objetivos do Estudo Terapêutico Piloto 
visam demonstrar a atividade e estabelecer 
a segurança a curto prazo do princípio 
ativo, em pacientes afetados por uma 
determinada enfermidade ou condição 
patológica; 
 
 Deve ser possível estabelecer as 
relações dose-resposta, com o 
objetivo de obter sólidos 
antecedentes para a descrição de 
estudos terapêuticos ampliados 
(Fase III). 
 
 Desenvolvimento da Produção 
 - Fase: transição escala 
 Scale up do processo de produção da 
forma farmacêutica; 
 - Fase: escala de produção 
industrial 
 Desenvolvimento da produção; 
 
 Estudo de Estabilidade – Brasil: 
zona IV (quente e úmido); 
Estabilidade acelerada (6 meses); 
Longa duração (60 meses); 
Objetivo: determinar prazo de 
validade e cuidados de 
conservação; 
 Desenvolvimento de controle do 
produto e processo – análise por 
métodos descritos nas 
Farmacopéias ou métodos 
exclusivos; 
 Validação do processo (atestar a 
eficácia, amostras em pontos 
críticos do processo, análise, 
avaliação em relação à 
especificação); 
 
 - Farmacologia Clínica Fase III (Estudo 
Terapêutico Ampliado) 
 São estudos realizados em grandes e 
variados grupos de pacientes, no 
mínimo 800 voluntários 
diversificados; 
 Duração de aproximadamente 4 
anos; 
 Perfil terapêutico: 
 Indicações; 
 Dose, via de administração; 
 Contra indicações; 
 Efeitos colaterais; 
 Medidas de precaução; 
 Interações; 
 
 Risco/benefício a curto e longo prazo. 
 
 Deferimento do Registro – publicado no 
D.O.U. 
 Lançamento do Produto 
 - Fase: comercialização (produção em 
larga escala) 
 - Farmacologia Clínica Fase IV 
 São pesquisas realizadas depois de 
comercializado o produto; 
 As pesquisas são executadas com 
base as características com que foi 
autorizado o medicamento, 
geralmente são estudos de 
vigilância pós-comercialização, 
para estabelecer o valor 
terapêutico, o surgimento de novas 
reações adversas ou confirmação 
da frequência de surgimento das já 
conhecidas, e as estratégias de 
tratamento; 
 
 Devem-se seguir as mesmas 
normas éticas e científicas 
aplicadas às pesquisas de fases 
anteriores; 
 Após a comercialização, as 
pesquisas clínicas desenvolvidas 
para explorar novas indicações, 
novos métodos de administração 
ou novas combinações 
(associações) etc. 
 Farmacovigilância: SAC indústria; 
ANVISA (notificação espontânea, 
farmácia notificada ou hospital); 
 Revalidação do registro: após 5 
anos. 
 
 No Brasil, registrado pela ANVISA - Setor GGMED 
 GEPEC - Registro de Medicamentos Novos: RDC n° 136, de 29 de maio de 2003; 
 GEMEG - Registro de Medicamentos Genéricos: RDC n° 16, de 2 de março de 2007; 
Necessário estudo de Equivalência Farmacêutica e Biodisponibilidade Relativa. 
 GEMES - Registro de Medicamentos Similares: RDC n° 17, de 2 de março de 2007; 
Necessário estudo de Equivalência Farmacêutica e Biodisponibilidade Relativa. 
 UPBIH - Registro de Produtos Biológicos: RDC n° 315, de 26 de outubro de 2005; 
Estudos clínicos fase I, II, III e IV (se existir). Demonstração da atividade terapêutico 
e segurança. 
 GMEFH - Registro de Produtos Fitoterápicos: RDC n° 48, de 16 de março de 2004; 
Comprovação de segurança de uso (toxicologia pré-clínica e clínica) e de eficácia 
terapêutica (farmacologia pré-clínica e clínica) do medicamento. 
 
 Parao registro, os documentos 
são divididos em 2 partes: 
 
 Documental; 
 
 Relatório técnico;

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