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ENGQ Estudo de caso 1

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PUC Minas – Praça da Liberdade 
Engenharia de Produção 
Engenharia da Qualidade 
Prof. Marcelo Batista de Castro 
Estudo de Caso – 5,0 pontos – 07/02/18 
Nome: 
 
 
 
Blockchain e sua integração com a Indústria 4.0 
 
O conceito de "Indústria 4.0" surgiu de uma iniciativa estratégica do governo federal da Alemanha em 2012, 
com o objetivo de manter seu protagonismo e competitividade no fornecimento de soluções para indústrias 
em todo o mundo. Hoje, as empresas de consultoria em estratégia e os fornecedores de soluções para 
indústrias utilizam "Indústria 4.0" para denominar o conjunto de tecnologias operacionais (instrumentação e 
controle) e de tecnologias de informação que, na visão de cada um deles, traz uma revolução na forma 
como a produção é realizada nas empresas. 
 
Não menos relevante na ótica da Indústria 4.0 é a utilização de tais tecnologias de forma integrada, com 
conectividade entre seus elementos e interoperabilidade entre sistemas: do chão de fábrica às decisões 
estratégicas (integração vertical) e do projeto de um produto até o seu descarte, segundo as etapas do ciclo 
de vida de produto (integração horizontal). 
 
Um aspecto chave da integração horizontal é o compartilhamento de informações relativas a produtos. Em 
todas as etapas deste ciclo (ex: projeto, produção, armazenamento, utilização, suporte e aposentadoria) há 
stakeholders (empresas e organizações) que geram ou utilizam informações sobre os produtos: fábricas, 
fornecedores, empresas de logística, clientes e empresas de manutenção, entre outras. 
 
Por onde passam, os produtos deixam rastros. Quanto melhor for o processo de rastreabilidade de um 
produto, melhor será a qualidade das informações de seu histórico. Mas como e onde guardar este histórico? 
Suponha que cada produto tenha uma identificação única, definida universalmente (isto é, todos os 
stakeholders utilizam a mesma identificação para um dado produto). Cada stakeholder pode ter o seu 
próprio banco de dados e manter o seu histórico do produto. Neste cenário, a integração horizontal só 
acontecerá se os stakeholders tiverem acesso a todos estes bancos de dados. Uma outra alternativa é ter 
apenas um banco de dados, de responsabilidade de um dos stakeholders. Para esta alternativa ter sucesso é 
necessário haver mecanismos consistentes e confiáveis de governança e de autenticidade de dados. As 
duas alternativas podem funcionar, mas você deve estar se perguntando: há alguma alternativa melhor. Sim, 
há: os blockchains. 
 
A tecnologia Blockchain foi criada em 2008 como forma de registrar todas as transações (ex: transferências) 
já realizadas (ou seja, o histórico) com as unidades da moeda virtual Bitcoin. Com os princípios da anarquia 
em seus fundamentos, sem confiar em uma entidade centralizadora para ser o fiel depositário de tal histórico, 
os blockchains do Bitcoin foram projetados para serem necessariamente distribuídos e digitalmente assinados 
por cada um que realize operações com esta moeda. Há múltiplas aplicações da tecnologia Blockchain fora 
da área financeira. Por exemplo, empresas buscam certificar a procedência de produtos alimentícios, como 
pretende a Wallmart na China ao rastrear a produção de carne suína por meio de blockchains. 
 
Blockchains podem ser a resposta para "como" e "onde" guardar históricos de produtos, para melhorar a 
integração horizontal de informações no ciclo de vida de um produto na Indústria 4.0. Nas chamadas "redes 
permissionadas", empresas são convidadas para compartilhar e registrar dados de um produto em um mesmo 
blockchain: uma fábrica pode registrar dados de projeto e produção, uma empresa de logística pode 
registrar dados de transporte e armazenamento, clientes podem registrar dados de utilização, empresa de 
manutenção podem registrar dados das atividades de suporte (corretivas e preventivas) e, por fim, empresas 
de descarte e reciclagem podem registrar o destino final de um produto. Todas as transações já realizadas 
com um produto estão em um mesmo lugar. É o prontuário eletrônico do produto. Assim como os profissionais 
de saúde podem realizar melhor suas atividades quando têm acesso ao prontuário eletrônico de um 
paciente, os stakeholders em um ciclo de vida de produto também podem se beneficiar de um blockchain 
"centrado em produto". Em um blockchain de produtos a responsabilidade pelas informações é distribuída, 
pois cada parte assinará digitalmente o que acrescentar ao histórico e todos têm uma cópia desse histórico, 
o que traz mais resiliência à solução, pois não há um ponto único de falha. 
 
 
PUC Minas – Praça da Liberdade 
Engenharia de Produção 
Engenharia da Qualidade 
Prof. Marcelo Batista de Castro 
Estudo de Caso – 5,0 pontos – 07/02/18 
Nome: 
 
 
 
Fonte: http://convergecom.com.br/tiinside/home/internet/18/05/2017/blockchain-e-sua-integracao-com-
industria-4-0/ 
 
1. Os sistemas convencionais da qualidade ainda terão como assegurar (certificar) a qualidade na 
Indústria 4.0, considerando a flexibilidade de seus processos? Justifique. 
 
2. A utilização da tecnologia blockchain pode ser comparada a gestão da qualidade por conformidade 
ou por projeto? Justifique. 
 
3. O princípio da qualidade em tecnologia e comunicações pode ser assegurado pela tecnologia 
blockchain? Por quê?

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